A Alegria da Esperança escrita por Fefa


Capítulo 14
Tortura.


Notas iniciais do capítulo

Oláa! Consegui postar agr cedo hahaha
Não sei se vou postar de noite, mas vou tentar!
Boa leitura! :D



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Acordei quando o aerodeslizador pousou. Desci dele com a minha mente ainda despertando, reparei no lugar em que tínhamos parado: Um prédio velho e enorme, como o prédio em que os rebeldes ficavam. Estranhei por um momento mas ignorei, vai ver ali era seguro. Só então eu olhei para trás e vi Gale com uma arma apontada em sua cabeça, era o piloto que a segurava.

Antes que eu pudesse reagir o co-piloto já tinha colocado uma arma em minha cabeça, quando olho para os lados várias pessoas tinham surgido e apontado armas para todos. Eu tremia dos pés a cabeça, o que dificultou muito minha caminhada e levei alguns tropeções, e consequentemente, várias batidas com a arma em minha cabeça.

Um outro aerodeslizador chegou e Johanna e Beetee desceram deles, e alguns outros símbolos da revolução. Agora eles tinham a maioria reunidos aqui. Fiquei aliviada que Annie não estava no meio.

Eles nos levaram para uma sala grande, suja e escura e nos sentaram em várias cadeiras, amarrados. Parecia que estavam todos posicionados para ver um show. Um homem entrou no comodo, ele era parcialmente careca com apenas alguns cabelos crescendo nas laterais, seus olhos eram negros e ferozes.

– Que maravilha! Todos os símbolos que se dizem tão fortes, pegos! - Ele deu uma gargalhada enorme e medonha.

– Bem, não vou enrolar mais. Eu sou Harry Fullton, o líder dos rebeldes. E eu acho que todos vocês merecem uma lição, depois de tantos erros e mortes que vocês cometeram, merecem castigos.

Ele fez um sinal com a mão e dois homens enormes vieram em minha direção, me desamarraram e me levaram para o lado de Fullton.

– Katniss, a garota em chamas, o Tordo, a culpada! Você, minha querida, é a que mais merece um castigo aqui. Então vamos tentar te ensinar alguma coisa.

Os homens grandalhões vieram até mim novamente, um segurando minha mão para trás, prendendo elas, e outro ficou parado na minha frente.

– Me diga Katniss, por que você matou Coin? - Fullton disse com um sorriso no rosto.

– Po-orque o que ela queria não era correto, nem justo-o. - Disse tentando me manter firme.

E então eu senti a força do soco que o homem em minha frente me deu, minha cabeça ficou zonza imediatamente, ouvi alguém gritando, Peeta? Não sei dizer, meu ouvido zumbia e minha cabeça latejava.

– Resposta errada, minha querida. Vamos ver se você acerta a próxima: O que Coin queria para Panem?

– Ela queria todo o poder para ela. - Respondi ainda atordoada.

– Você errou de novo.- Ele respondeu fingindo ficar triste, mas logo dando uma gargalhada.

Senti o impacto de outro soco, dessa vez no nariz. O sangue jorrava, o que dificultava minha respiração. Eu sentia meu rosto pegando fogo, a dor incendiando cada parte dele. Ouvi Peeta gritando novamente e agora dois homens foram até ele e o seguraram, o controlando.

– Pelo visto você não aprende fácil, vamos tentar outra técnica. Ah, essa eu sei que Johanna adora!

Eu já sabia o que era: choque. Comecei a me debater e gritar, mesmo com a dor que vinha do meu rosto eu continuei. Um dos homens tapou minha boca tão forte que a dor só aumentava, lágrimas desciam descontroladamente.

Me colocaram em uma cadeira amarrada. Viraram um balde em mim, a água fria amenizando a dor, para depois piorar.

– Uma pena termos que chegar a esse ponto. - Mas o rosto de Fullton não demostrava pena nenhuma.

E então começou. Cada parte do meu corpo queimava e gritava por ajuda. Eu não tinha controle do meu corpo, ele se debatia sem controle e eu mal podia senti-lo. A dor era angustiante, eu achei que não iria aguentar. E finalmente parou.

Eu estava sem forças, a fraqueza me dominava e eu quase desejava morrer. Me tiraram dali e levaram até a cadeira que eu estava anteriormente, me juntando aos outros. Não conseguia me mexer, minha cabeça ficou abaixada e eu não entendia nada que acontecia mais.

– Katniss, minha querida. Já que você não aprende,vamos ver se um amigo seu aprende.

Levantei minha cabeça o suficiente para ver ele pegando um homem, ele era um símbolo da revolução que tinha lutado conosco, mas que eu não conhecia direito. Fullton fez as mesmas perguntas que fez para mim, e infelizmente, ele também respondeu errado. E sua punição foi a morte, um tiro bem mirado em seu coração.

Começaram a nos levar para outro lugar, nossas celas. Fui deixada no chão frio de um cubículo, aproveitei a frieza do chão por sob meu corpo quente, era relaxador e eu queria ficar lá para sempre. Eu estava avulsa as coisas que aconteciam ao meu redor, os outros estavam lá, eu sabia disso, mas era a única coisa.

Quando me senti mais forte eu levantei. Tinha um prato com comida no chão da cela, na verdade, era só um caldo marrom aguado. Me forcei a comer, e mesmo não sendo a melhor comida do mundo, me senti bem mais forte.

Comecei a observar as coisas ao meu redor. Johanna e Tracy estavam na mesma cela, a minha frente. Na diagonal, Beetee estava com Gale. Tentei ver quem estava nas celas do meu lado, mas não era possível.

– Johanna... Johanna. - Chamei ela com uma voz fraca e rouca.

Ela fez sinal para eu ficar em silencio e apontou para os homens grandalhões que estavam de guarda, assenti. Mexendo apenas os lábios, sem emitir som, disse:

– Onde está Peeta?

Ela apontou para a cela do meu lado direito. Me arrastei até a parede e fiquei encostada, era o mais próximo que eu conseguia ficar de Peeta. Passei o dedo pelo meu rosto: minha mandíbula esquerda estava dolorida e inchada, o meu nariz também, o sangue já estava seco. Meu corpo doía ao toque, queimando por inteiro.

O desespero tomou conta de mim. Todos meus amigos estavam presos, sendo torturados e eu também. A culpa era minha, como Fullton disse, eu era a culpada. Sempre era. Comecei a chorar descontroladamente, soluçando alto. Um dos guardas veio até mim, mandando eu calar a boca.

– Me desculpe, me desculpe todos. - Eu balbuciava repetidamente.

Fullton surgiu no comodo acompanhado de dois guardas.

– Estão preparados para aparecer para o público? - Ele disse com um sorriso maléfico no rosto.

Eu odiava aquele sorriso.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei. Eles nunca tem paz!!
Pois é, a vida não ta fácil pra ninguém hahaha
Comentem o que acharam, sua ideias, críticas...
Bjjs