Aquilo que os Sonhos dizem. escrita por Ana Áctile
Notas iniciais do capítulo
O capítulo vai para Chloe Riddle que favoritou a fic!
–Chocolate. - Falei.
–Morango. - Lucy retrucou.
Estamos eu, Lucy e Madame Blue fazendo um pequeno lanche. Depois que chegou em casa, Blue assou um rápido bolo para nós três comermos juntas.
A campainha tocou. Blue se ofereceu para abrir a porta.
–Só um minuto, meninas.
Se levantou e foi até a porta. Instantes depois, ela reapareceu com Adam vindo logo atrás.
–Visita pra você, jovem Rose! - Discretamente apontou para Adam.
Suspirei, me levantei e fiz sinal para Adam me acompanhar. O levei até o jardim.
O céu já estava escuro e como o jardim possui pequenos pontos de luz pelos arbustos de flores e o poste, com caule de rosas enroscados por ele, está longe de nós, está quase impossível de ver o rosto de Adam com nitidez.
–O que quer? - Perguntei.
–Rose! Até quando vai fazer isso?
–Até ter certeza que você vai parar com essas besteiras.
–Que besteiras?
–De ficar me tratando como uma criança.
–Mas Rose...
O interrompi.
–E tentar me botar contra Peter. Se você não gosta dele, eu não tenho culpa e...
–Rose, você não entende?
–Entendo o que?
Adam respirou fundo, desviou o olhar algumas vezes e escondeu o rosto com as mãos. Ele tinha algo a dizer, tenho certeza disso, mas está pensando se deve ou não falar.
–Ciúme. - Murmurou com o rosto ainda escondido.
–O que? - Perguntei para ele repetir.
Ele descobriu o rosto.
–Ciúme. - Praticamente gritou.
Fiquei olhando pra ele. Não tenho a mínima ideia do que dizer.
–Que? - Indaguei para ele falar alguma coisa e assim me dar mais alguns segundos pra pensar.
–Tenho medo de perder você. - Falou. - Quer dizer... a su-sua a-amizade. - Gaguejou.
Adam baixou a cabeça e depois a virou pro lado.
–Isso... isso é besteira e...
Fui interrompida quando Adam pegou a minha mão me puxando pra ele e me abraçando.
Esse abraço é diferente dos que Gother costuma me dar. Ele sempre me levanta do chão, mas agora, como ele é um pouco maior que eu, minha bochecha está em seu peito e sinto seus braços cobrindo minhas costas.
A princípio não sabia o que fazer, depois resolvi corresponder ao abraço rondando sua cintura com meus braços.
–Promete que nunca vai deixar de ser minha amiga? - Pediu.
–Não preciso nem prometer. - E ri.
Adam riu também.
Desfizemos o abraço. Peguei uma de suas mãos e voltamos pra cozinha.
Ficamos mais algumas horas conversando. Quando meu pai chegou, percebemos que já eram 21hrs da noite. Meus amigos jantaram comigo e depois foram embora. Adam levou Lucy até a casa dela.
Eu, papai e Blue ficamos conversando. Fiquei com eles até decidi ir dormir.
•••
–Que coisa chata. Literalmente. - Gritei para o monstrinho que fica me perseguindo em meus sonhos. - Não se cansa disso não?
–Proteger Alice. Ninguém toca na Alice.– Sibilou.
Sempre ignorada...
–Ninguém deve tocar na Alice. Ninguém pode tocar na Alice.– Continuou a sibilar.
Parei de andar.
–Tocar na Alice. Tocar na Alice. - Falei com sarcasmo. - Não sabe falar de outra coisa a não ser isso?
A única coisa que comprova que esse troço me vê é que ele nunca sai do meu lado. Se eu parar, ele para também e fica me rondando. Inclui também a primeira e única vez que virou a cabeça em minha direção. Se não fosse por isso, eu duvidaria que ele tem a capacidade de me ver.
Irritada, gritei. E a resposta que tive foi a coisa, que estava me rondando, de repente parar.
Ela parou de lado e em seguida virou a cabeça em minha direção. Pela segunda vez. Assim como a primeira vez que isso aconteceu, a cabeça parecia que estava quebrada. A coisa vagarosamente virou a cabeça de modo que ficasse de frente pra mim, me olhando se tivesse olhos, e depois virou o corpo.
Em seguida, a coisa levantou um dos braços. Enquanto esse braço estava sendo erguido, garras fora criadas.
Fui atacada.
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