Aquilo que os Sonhos dizem. escrita por Ana Áctile


Capítulo 75
A mulher bêbada.


Notas iniciais do capítulo

Minnaaaaa, está ai o capítulo de hoje. Demorou um pouco, eu sei, mas é que eu cheguei mais tarde em casa e ainda iria começar a escrever. Pois é... ¬¬ '
Agora estou de aparelho nos dentes T.T



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Era fim da tarde. Estava andando de um lado para o outro do quarto de hotel com o celular na mãos. Estou nervosa pois Ant até agora não ligou para dar alguma notícia. Mas eu cheguei até aqui, não posso mais desistir.

–Rose. - Lucy me chamou. - Rose. - Chamou novamente. - Rose! - Gritou e em seguida tapou a boca. - Calma, Rose. Por favor. - Sussurrou.

–Calma? Como vou ter calma, Lucy? Eu estou desesperada! - Sussurrei ''alto''.

Desabei na minha cama.

–Olha! Nós não fomos embora ainda. Vamos só na manhã de amanhã. Ainda tem tempo.

–Que tempo? Já viu que horas são? O tempo está passando e não vai parar só pra Ant procurar por informações.

Lucy começou a falar enquanto vinha até a mim e se sentou do meu lado.

–É, Rose. Mas está esquecendo que ela está indo contra as regras por você? Ela não pode fazer o que está fazendo e muito menos entregar pra você.

–Se eu conseguir alguma coisa, qualquer coisa, que possa me ajudar a encontrar Jack e cumprir a promessa, vou me livrar dos sonhos. - Comecei. - Eu cheguei até aqui. Fui até aquela escola de novo. Não é justo ir embora de mãos vazias.

Lucy me abraçou de lado. Ficamos um tempo assim. Então o celular começou a tocar. Rapidamente atendi.

–Alô?!

–Alô! srta. BlacknedRose?

–Sim, sou eu.

–Quem fala é Audrey. - Ela falou. - Alice, foi difícil, mas consegui uma coisa que acho que vai te ajudar. Você pode vir aqui na escola, amanhã de manhã?

–Claro! Posso sim. - Respondi sem pensar duas vezes. - Que horas mais ou menos?

–As 9. Está bom?

–Está ótimo!

–Está marcado então, srta. BlacknedRose.

Nos despedimos e encerramos a chamada.

–E ai? - Lucy perguntou cheia de expectativa.

–Amanhã, as 9, na escola.

•••

Estou de volta a escola. Estou sozinha com a diretora Ant, em sua sala.

–BlacknedRose, eu fiz o máximo que pude.

E me entregou o pedaço papel que estava em sua mão desde que cheguei. Dei uma olhada rápida e pude ver que era um endereço.

–Faz muito tempo, então se eles vivem lá ainda ou não, eu não vou saber. Desculpe. Mas achei que poderia ajudar em alguma coisa. Deve tentar pelo menos.

–Obrigada. - Disse depois de desviar o olhar do papel para ela.

A diretora me acompanhou até a porta.

–Boa sorte, querida. Vou torcer por você! - E me deu um abraço antes de eu ir embora.

Sai da escola e fui para o carro onde todos estavam me esperando.

–E ai? - Lucy perguntou depois que eu fechei a porta do carro.

–Ela conseguiu um endereço. Não é certo que ainda vivam lá.

–Não custa tentar! - Madame Blue deu uma força.

–Deixe-me ver. - Papai pediu.

Lhe entreguei o papel.

–Não sei como chegar lá. Vamos perguntar pelo caminho.

–Ok. - Falei.

Então partimos a procura do lugar que o papel indicava. Depois de perguntar para algumas pessoas como chegar no tal lugar, descobrimos que era um bairro classe média alta. As casas eram, na maioria, brancas ou de tijolos envernizados. Eram lindas.

Paramos na casa do número que correspondia no papel. Saltei do carro e fui até lá. Toquei na campainha e um senhor me atendeu.

–Pois não? - Ele disse.

–Olá. Meu nome é Alice BlacknedRose. - Me apresentei.

–Albert Jhonson - O senhor falou.

Apertamos as mãos.

–Queria saber se o senhor pode me informar uma coisa.

–Bem, perguntei. Com certeza ajudarei se puder!

–Queria saber se um garoto chamado Jack Blaker mora ai.

–Jack Blaker? Oh! Acho que não, criança! Os Blaker se mudaram daqui a muitos anos. Comprei a casa deles já faz quase dez anos!

–Sério? Mesmo?

–Te garanto que sim. Com certeza saberia se um garoto chamado Jack, morasse nessa casa comigo! - A intenção dele não era me dar um fora pois ele usou um tom de brincadeira e riu com vontade.

–Bem... obrigada então. E desculpe pelo incomodo.

–Está tudo bem criança.

Tinha me virado e estava voltando para o carro quando o senhor me chamou.

–Ah! Ei, criança! Espere um minuto que vou ver se posso lhe ajudar.

O senhor entrou na casa e ressurgiu com uma menina jovem do lado.

–Criança, essa é minha filha Jovie. Jovie essa é Alice. - Ele nos apresentou. - Ela quer saber sobre os antigos moradores desta casa.

–Ah! Os... os... - Procurou pela memória. - Os Blaker! Certo? - Se lembrou.

–Sim. A família Blaker. Me informaram que eles moravam aqui.

–Ah não, querida... - Jovie falou. - Compramos essa casa deles a nove anos atrás.

–A senhora sabe onde eles moram hoje em dia? - Arrisquei.

–Quando soube da última vez, essa família morava num bairro um pouco distante daqui. Espere um minuto que vou pegar o endereço pra você.

Jovie entrou na casa e voltou me entregando um papel daqueles especialmente para bilhetes, cor laranja.

–Tome. Espero que você consiga encontra-los.

Nos despedimos, voltei para o carro e partimos para o novo endereço.

•••

O novo endereço é de um bairro totalmente diferente do outro. É um bairro humilde, uma comunidade. Paramos o carro novamente e agora, em frente a uma casa de um aspecto velho, destruída pelo tempo. As paredes eram descascadas e marcada por algumas pichações. Eu e Lucy saltamos do carro e fomos até a porta onde eu, mais uma vez, fiquei parada sem fazer nada.

–Tá preparada, Rose? - Lucy falou como um incentivo para eu fazer alguma coisa.

Respirei fundo e olhei pelo batente da porta e descobri que não havia campainha, por isso bati na porta. Não tive resposta de início, então bati na porta novamente só que dessa vez, mais forte. Senti a porta balançar um pouco, o que quer dizer que a madeira não estava em um bom estado.

Então eu escutei uma voz vindo do outro lado.

–Esses moleques. Vocês não tem mais o que fazer não? - Resmungou.

A porta abriu com força.

–O que vocês querem? - Falou.

Então ela percebeu que não era nenhum dos ''moleques'' .

Quando ela abriu a boca pra falar, o bafo de bebida impregnou o ar ao meu redor. A mulher estava bêbada. Totalmente embriagada.

–Olha só! O que duas garotinhas como vocês estão fazendo aqui? - Falou com a língua um pouco enrolada.

–Desculpe se estamos incomodando. É que eu estou a procura de alguém e acho que a senhora o conhece. - Expliquei. - Meu nome é Alice BlacknedRose. - Me apresentei.

–Clarie Blaker - Falou com desdém. - Fala logo o que vocês querem.

–Queria saber se Jack Blaker mora ai.

A mulher soltou uma gargalhada.

–Creio que você não poderá falar com ele.

–Por que?

–Por que ele sumiu. Foi embora.


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Notas finais do capítulo

Vou usar as notas finais de hoje pra pedir de novo aos leitores-fantasmas que comentem e favoritem. Deem qualquer sinal de vida!