'O Sole Mio escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 5
Jardim da bela Florença


Notas iniciais do capítulo

A Vi sabe quanto eu me enrolei com esse capítulo, minhas sinceras desculpas por isso. Mas eu tive problemas com o enredo anteontem e hoje tive uma dor de cabeça terrível e não tem remédio aqui em casa, então eu tive que me virar com chá e um quase cochilo, meio que deu certo. Deixa eu parar de falar disso, aproveitam o capítulo.
Capítulo revisado.
Godere.



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"Así, así será

El amor brillará

Así, así tendré

Mil mañanas de felicidad

Un pasaje hacia la eternidad

Porque nunca jamás me sentí así."

"Então, assim será

O amor brilha

Então eu vou ter

Mil manhãs de felicidade

Uma passagem para a eternidade

Porque eu nunca me senti assim."

– Así Será - Il Volo

Era o jardim que rodeava a casa no topo da colina antes de dar a vez para o vinhedo, que era diferente dos jardins que Emma já tinha visto na Inglaterra, fosse para um passeio ao ar livre ou pesquisando para os trabalhos do sr. Hepburn como foi a vez que ele enviou um grupo até Rydal para um projeto sobre a história do lugar e nem o jardim foi poupado disso. De uma forma bem diferente, aquele jardim sinuoso por onde ela caminhava agora parecia mais selvagem, como se as coisas escolhecem onde querem nascer, mas mesmo assim, harmonioso e com pouca interferência que não fosse da madeira que fazia uma trilha e também um banco ao lado da única peça de concreto, uma modesta banheira para passarinhos.

Quando se ficava sentada bem quieta no banco, os passarinhos vinham até ali como se não houvesse ninguém, talvez não importasse mesmo que houvesse, eles eram livres e suas assas o passaporte para os lugares mais distantes que pudessem desejar ver. Foi uma andorinha que parou na borda da bacia e parecia observar Emma assim como ela o observava, quando esta estendeu a mão, o pássaro ficou muito feliz de saltar para o dorso da mão dela.

– Conhece esse lugar não é? - Ela perguntou sem esperar obter uma resposta. - Aqui é realmente um bom lugar para se viver, tem sombra e água fresca, mas não é só isso, não? Todo esse lugar emana um sentimento bom, é mais que só paz, é felicidade. - Parou de falar, analisando o lugar, as trepadeiras, os arbustos e a maior árvore do lugar, exatamente acima de sua cabeça. - Eu gostaria de ter as suas asas, pequeno bichinho, voar até o horizonte, ver tudo de um jeito diferente, ver a história entorno de nós lançando as linhas que nos ligam aos outros, e todo dia poder voltar aqui, onde você vai sempre se sentir bem e acolhido. Mas eu não nasci com asas, então eu vou seguir meu caminho por onde ele for e espero um dia voltar e visitar essa paisagem novamente, nada é mais bonito que as campinas na Itália, você tem muita sorte, amiguinho, então faça um favor e voe por todo lugar que seu coração te levar.

Com um movimento leve, Emma incitou o pássaro a voar e viu ele se distanciar cada vez mais até perdê-lo de vista.

O tempo passou mais rápido do que Emma pretendia, e até o momento ela ainda não tinha pedido a nenhuma das irmãs para levá-la para conhecer um pouco de Florença, muito menos carona para a faculdade na manhã seguinte. Desceu para ajudar com a mesa, enquanto a maioria estava na sala assitindo algum programa que ela não conhecia.

Si può andare con l'altra Emma, ​​non ha bisogno di venire qui per aiutare in cucina, sei un ospite! – Pode ir lá com os outros Emma, não precisa vir ajudar aqui na cozinha, você é uma convidada! - Ralhou Dona Marília.

Ma io non sto pagando per la mia presentazione qui, e un mese di tempo per me per chiedere di più generosità. – Mas eu não estou pagando pela minha hospedagem aqui, e um mês é tempo de mais para eu pedir por generosidade.

– Querida, pode ficar conosco o ano inteiro, ter mais uma filha ocuparia o espaço que as outras deixaram!

– Ainda assim, eu queria ajudar já que não posso falar em dinheiro porque ainda não trabalho. - Respondeu segura, desde antes de chegar a Itália dinheiro a preocupava.

Ragazza! - Dona Marília fez um sinal de negação e desapontamento girando a cabeça - Não precisamos do seu dinheiro, só o que Raoul faz é capaz de sustentar a todos sem qualquer mudança notável nos números.

– Não está mais aqui quem falou! - Emma ergueu as mãos e quase se sentiu mal por ter iniciado aquela conversa, mas continuava a pensar que ela era necessária, aceitar toda a gentileza calada a faria se sentir mal em mais ou menos dia.

Não teve tempo de sair da cozinha quando foi chamada atrás de si por uma voz nem tão amigável e que não parecia tão feliz assim. Lá na porta estava ele, Raoul com um par de sapatos em uma só mão segurando pelos saltos, a expressão fazia como a voz, fechadae grave, a testa franzida como se ela tivesse feito mais que apenas esquecê-los no carro.

Le sue scarpe – Seus sapatos. - Foi a única coisa que disse ao entregar a Emma antes de murmurar - Ecco perché ho lasciato le scarpe non prendono la mia auto - É por isso que eu não deixo tirarem os sapatos no meu carro.

– Obrigada, na verdade eles nem meus são, então eu sofri o bastante ao não encontrá-los, pense nisso como uma punição já que você não pode reclamar, perguntou se eu queria tirar os sapatos e eu só tirei!

– Chegue em um lugar onde você é respeitado e veja o que eles dizem dos saltos da sua acompanhante da noite anterior.

– Foi um favor! Caramba, eu não devia ter aceitado, além de ouvir coisas grotescas de homens sem nenhum escrúpulo aparentemente, tenho que ouvir você me dizendo bobagens como se eu pudesse ser sua namorada quando não te aguento da mesma maneira que você não me suporta! Devia ter ido sozinho, talvez nós dois fossemos mais respeitados. - Respondeu antes de se virar e seguir pelo corredor do térreo e ele voltar para fora com uma expressão enraivecida.

"Ora essa, agora além de tudo eu sou a nova idiota que eles acham ser capaz de atuar Raoul só por causa de um par de sapatos! E nem meus são, são da irmã dele!"

Devolveu os sapatos os colocando em um lugar visível para Francesca os ver depois. Voltou para a cozinha tentando o máximo ignorar o que tinha acabado de se passar, felizmente Raoul não estava mais lá e os outros irmãos vinham aos poucos se sentarem na mesa e conversar em um barulho harmonioso perto dos pensamentos caóticos na cabeça de Emma. Mesmo com a carranca que fez Dona Mantovani ao ver Emma pegar as panelas que ela disse a Pietra que já poderiam ser postas na mesa, ela não se importou e continuou a trazer e ajudar em tudo que podia. Ajudar um pouco ali nunca seria um encomodo, mesmo que Emma odiasse ficar na cozinha da casa que dividia com a avó e os pais, e corresse de precisar ajudar em algo daquilo, ali ela não tinha esse mesmo receio, e ela queria que aquilo significasse uma evolução pessoal.

Se sentou na mesa com todos e esperou pela oração que ela estava tentando se acostumar a fazer, era a hora agora de atacar a melhor comida que ela conhecia, o risotto de ervas tinha um aroma capaz de fazer a barriga de Emma se manifestar roncando. Quando finalmente todos tinham começado a comer, a conversa resurgiu e a intenção da maioria era exatamente perguntar a Emma.

Ti ho visto in giardino oggi - Vi você no jardim hoje - comentou Stella - E 'simile alla vostra casa in Inghilterra?– É parecido com o da sua casa na Inglaterra?

Non c'è da confrontare con, viviamo in un appartamento e poi abbiamo né ombra di un giardino. – Não, não há com o que comparar, nós moramos em uma apartamento e então não temos nem sombra de um jardim. - Emma, sentiu-se quase envergonhada por admitir aquilo, ninguém em casa tinha paciência para cuidar de um vaso de planta, um jardim inteiro então estava fora de questão.

– Sembra che la tua vita era molto diverso da quello che abbiamo qui. – Parece que a sua vida era bem diferente da que temos aqui. - Comentou o esposo de Stella ao seu lado.

Sicuramente. – Com toda certeza.

E che ti piace di più? – E de qual você gosta mais? - Ele perguntou, mesmo ao ouvir o protesto da esposa por considerar aquilo uma falta de educação mda parte de Ignazio.

– Não há nada de errado, Stella. E a minha resposta seria sem dúvida: Nunca saberei dizer, quando você tem a pessoa certa ao seu lado, não importa que tipo de vida você leva.

Aquilo causou um silêncio quase desconfortável, ninguém poderia contestar aquela resposta e na pressa de mudar de assunto resolveram partir para o fato que amanhã iniavam-se as aulas de Emma e estando de férias, nem Francesca, nem Pietra iriam a faculdade e levariam Emma consigo, Danilo então se ofereceu, já que ele e Raoul eram os únicos que saiam cedo de casa e a quem tecnicamente não causaria nenhum problema levá-la consigo.

Grazie, molto gentile, non fastidio, Raoul? – Obrigada, muito gentil, não incomoda a você, Raoul? - Emma perguntou se voltando para a outra ponta da mesa, ela sabia que era Danilo que na verdade era a carona de Raoul e ser carona de Danilo não valia muito quando ele estava na mesma posição em relação ao irmão.

In qualche modo. – De forma alguma . - Ele respondeu e não pareceu aberto a discutir mais alguma coisa e isso interferiu na conversa da mesa até o fim do almoço.

A tarde, depois de passar um tempo deitada na rede com os outros ouvindo os mais animados cantarem algumas canzoni italianas até que Pietra se postou ao seu lado e começou a cochichar:

– Emma, eu vou até o centro pegar um vestido que eu deixei para arrumar na costureira, quer vir comigo e conhecer um pouco da cidade?

Mi piacerebbe. – Eu adoraria. - Respondeu em um sussurro e se levantou de onde estava. Entraram em casa a passos leves. - Perché ci sembra di essere in esecuzione?– Porque parecemos estar fugindo?

Perché siamo, Emma! – Porque estamos, Emma! - Respondeu ela depois de controlar o riso. - Eles jamais te deixariam ir assim tão fácil, estava a dez minutos esperando o momento certo de te puxar de lá, logo eles devem abrir mais uma garrafa de vinho e quem sabe até dançar. Agora troque de roupa rápido, te espero no carro.

Correu para as escadas e procurou a primeira roupa que considerou aceitável no guarda-roupa, uma regata florida e uma bermuda jeans, então pos as sapatilhas e o óculos de sol, e o seu lenço rosado para finazar. Como uma fugitiva, escapuliu daquele lugar pela cozinha e teve que procurar para saber qual dos seis carros era de Pietra, se bem que o único vermelho lhe parecia lógico lhe pertencer.

O caminho era cheio de curvas e até capaz de deixar alguém que tem o estômago forte enjoado, já Emma não se decidia entre conversar com Pietra e observar a paisagem urbana do lugar, sorria toda vez que entravam em uma das ruelas que ainda tinha o calçamento de pedra, umas claras, outras escuras e todas lisas pelo desgaste.

Enquanto alternava entre as duas atividades, descobriu mais sobre a moça ao seu lado que sobre a cidade (Pietra recomendou que ela saísse com sua irmã Amanda, ela com certeza era mais interessada nas histórias daquela cidade e datas, que a motorista). Era como responder a pergunta: Quem é Pietra Mantovani além de uma jovem linda, confiante e muito amigável. Mas não é só isso que faz alguém. Pietra terminou de cursar o terceiro período de moda - e com certeza o curso certo para ela, já que seus olhos brilhavam ao dizer aquilo e ela parecia se sentir vitoriosa por realizar aquele sonho - uma vez foi convidada para ser modelo como forma de entrar no ramo e um dia quem sabe, emergir como estilista, mas nenhum dos seus irmãos permitiram que ela fosse, o que justificava o comportamento dela na mesa durante o primeiro jantar de Emma - responsável por pôr-la em maus lençóis de início - e Pietra falou que até tentou ir escondida, mas Bianca estaria lá e com certeza a delataria, mesmo que sem intenção, à Danilo. Em troca teve de contar sobre seu primeiro trabalho, como assistente de um dos professores da faculdade, muito trabalho e pouco salário, mas a compensação por contar com estágio fez com que ela aturasse dois semestres inteiros.

Tiveram então uma pausa para que Pietra indicasse todas as lojas que gostava na rua, de brechós até boutiques, provando o quanto moda fazia parte dela. Por um momento Emma acreditou que parariam naquele lugar como faziam a alta classe das cidades mais badaladas do mundo, mas Pietra não pareceu depois de alguns minutos, tencionar gastar o dinheiro como as patricinhas, e aquilo tornava-a mais complexa diante da visitante e seus olhos de turista, Pietra era mais complexa que isso e com certeza era uma boa pessoa para se ter por perto e mais ainda para se querer a amizade. A ela e a sua sorella.

Dona Marília Mantovani. - A mamma.


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Notas finais do capítulo

Sobre a música: mais uma do Il Volo, mas fazer o que, sou apaixonada por eles! Dessa vez eu quis por algo com relação ao que a Emma sente estando no jardim, mil manhãs de felicidade e uma passagem para a eternidade, o jardim transpira isso!
Não sei quando eu venho com o próximo capítulo, estou pretendendo escrever as outras fics antes, adoro vocês! Beijos.
Bacio.