The legend of guardians escrita por Jessica Tatiane Souza Leme


Capítulo 8
Surgem das trevas


Notas iniciais do capítulo

O capitulo 8 saiu mais rapido que eu imaginava, talvez pela empolgação de postá-lo AHHAHUAHUAHUHUAUHAHU. Provavelmente o Capitulo 9 vai demora um pouco, mas o postarei o/



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O noticiário matinal de Shibuya iniciava com uma matéria falando sobre o ocorrido no dia anterior. Algumas câmeras haviam capturado imagens de Mayumi, Belle e Louise, porém elas atacavam muito rápido por isso apenas dava para se ver vultos, a única imagem nítida era de Belle em sua forma sereia. Aquilo chamava a atenção dos habitantes e os amedrontavam. Uma outra noticia também os surpreendia: de madrugada algumas pessoas foram afetadas por uma estranha doença que as deixavam pálidas. Alguns médicos tinham suspeitas de que se tratava de quadros de anemia aguda, mas eles diziam que iriam analisar cada caso.

Na sala de um luxuoso apartamento, encontrava-se Vough assistindo ao noticiário, sentado em uma poltrona, enquanto degustava-se com uma taça de vinho tinto. O vampiro estava trajando apenas um kimono negro de tecido leve, a parte de cima deste deixava uma parte do peitoral definido amostra. Ao lado esquerdo dele, havia uma pequena mesa de vidro, na onde ele deixava a taça ao lado de uma garrafa da bebida que estava degustando. Vough ouvia alguém batendo na porta, reconhecendo, pela energia, quem era, tomando a palavra:

– Entre, Mayumi!

A kitsune soltava um longo suspiro, pois sabia que o vampiro já estava informado sobre o ocorrido, mesmo assim logo abriu a porta, a fechando logo em seguida e caminhava até uma curta distancia da poltrona onde Vough estava sentado, se ajoelhando abaixando a cabeça fazendo com que suas longas madeixas negras caíssem para frente e sua franja fizesse uma pequena sombra sobre seus olhos escarlates. Antes que Mayumi tomasse a palavra, o vampiro levantava-se da poltrona, enquanto virava-se de frente a sua serva, mais uma vez tomando a palavra:

– Onde está Belle?

– Vough-sama, ela se recusou a vir comigo por mais que eu insistisse. – Respondia Mayumi, mantendo-se de cabeça baixa. – Nós encontramos a esfatai da luz e do trovão. Safiya e Louise apareceram como previsto, mas as humanas com as esfatais tiveram o controle sobre elas por um momento e falhamos...

– Hu! Como sempre, eu mesmo terei que resolver isso. – Respondia Vough friamente. – Pude ver por uma parte do noticiário que as esfatais da luz e do trovão as protegeram. Eu sabia que Belle não iria conseguir detê-las sozinha, por isso mandei que a auxiliasse. Você foi patética neste combate, Mayumi! Pensei que fosse mais útil e que os treinamentos que lhe dei tivessem servido para algo.

– M-me perdoe Vough-sama... – Se desculpava Mayumi. – Eu subestimei aquelas humanas, não imaginei que as esfatais as protegeriam...

Antes de respondê-la, o vampiro começava a andar em torno da mesma a rodeando, enquanto falava:

– Para seu próprio bem é melhor que não falhe mais, Mayumi!

Vough cessava seus passos parando em frente a kitsune, levando a mão direita até a face da mesma, a apertando com certa força erguia-na para que ela o fitasse, logo em seguida continuava a falar, agora em um tom ainda mais ameaçador:

– Não faça-me arrepender de tê-la “ salvo” naquele dia.

Mayumi ouvia atentamente as palavras do vampiro, engolindo em seco e abaixando as orelhas de raposa. Naquele momento alguns flash’s de 10 anos atrás começavam a surgir na mente da kitsune.

[Inicio de Flashback]

Mayumi era uma kitsune que vivia pacificamente pelas florestas de Frostwar sem seguir Lighting ou Night Ghost, no entanto sua família acabou sendo morta em meio a um dos embates de Lighting e Night Ghost. A kitsune tinha apenas 10 anos, quando um grupo de seres travessos chamados Stellions perseguia a pequena por pura diversão, pois sabiam que apesar dela possui um grande poder não o sabia utilizar. Eles assustaram-na até uma floresta propositalmente, ao aproximarem-se de uma caverna eles recuam. A pequena parava de correr e olhava para trás sem entender o que havia acontecido, indagando para si mesma, enquanto dava alguns passos para trás:

– Que estranho... Por que eles foram embora?

Distraída, ela não notou que havia uma caverna logo atrás de si, tendo na entrada uma espada escarlate com detalhes em tom negro cravada no chão. Consequentemente Mayumi acaba trombando com esta, assustada a kitsune se virava de frente a arma, vendo que a runa ao centro do punhal brilhava intensamente. Quando ela pensou em correr trombava com alguém, desta vez acabava caindo sentada no chão. Ao erguer seus olhos escarlates, via a imagem do que parecia ser um ancião alto de pele pálida e longos cabelos grisalhos, ele possuía olhos escarlates assim como a pequena. Ela afastava-se, pois a energia daquele ser a fazia deduzir que se tratava de um vampiro. De fato, era um deles, se tratava de Vough. Ele havia adormecido naquela caverna, pois após combater Kyozaky acabou se enfraquecendo. O vampiro havia deixado sua espada, Holocaust, encravada na frente da caverna junto com uma barreira para que ninguém o incomodasse enquanto estivesse adormecido. Ele ria sadicamente ao notar a kitsune tão assustada, enquanto aproximava-se dela. Assim que estava bem próximo abaixava-se na altura da mesma, aquilo fazia-na ficar paralisada e tremula de medo. Vough pode perceber que Mayumi carregava um grande poder e que ela poderia se tornar poderosa com os devidos treinamentos, por isso preferiu não ataca-la, ao em vez disso exterminou o grupo de Stellions sugando o sangue deles. A kitsune se espantava com a velocidade que Vough os atacava e também ficava intrigada pelo fato deste não lhe atacar, pensava que provavelmente ele estava se divertindo em vê-la cada vez mais assustada. Quando ela se levantava par tentar fugir, o vampiro surgia à frente desta, agora estando com sua pela aparência jovial e seu poder aumentado, mas ainda não lhe sendo satisfatório.

–Se você tentar fugir vai ser muito pior! – Dizia Vough em um tom sombrio e autoritário.

– P-por que não me atacou? – Indagava a pequena, ainda assustada.

– Você me será muito útil. – Explicava o vampiro aproximando-se novamente da kitsune. – Você possui um grande poder, que desconhece. Talvez você não saiba, eu sou Vough, costumava a ser um dos comandantes de Night Ghost. Posso treiná-la desde que seja minha serva.

A kitsune ficava pensativa com a proposta, mas também se via encurralada.

– E-esta bem... – Acabava concordando a kitsune. – Acho que já ouvi falar de seu nome... Foi você que lutou contra Kyozaky?

– Hum... Assim é melhor. – Dizia Vough fitando Mayumi com um olhar de superioridade. – Sim, eu que lutei contra esse traidor e quase o derrotei antes que ele fosse banido. Lhe darei mais detalhes sobre isso em um outro momento. Já que não segue a Lighting ou a Night Ghost ao menos tem um nome?

– Meu nome é Mayumi. – Respondia a kitsune, enquanto se levantava.

[Fim de flashback]

– Não vou desapontá-lo, Vough-sama. – Dizia Mayumi.

– Assim espero que seja! – Dizia o vampiro de modo frio, soltando a face da kitsune.

– Vough-sama, tem algo importante que deve saber. – Dizia Mayumi, se pondo em pé. – A garota que está com a esfatai da luz se chama Aury Starlight.

– Starlight?! – Surpreendia-se Vough. – Não pode ser. Esse sobrenome era o de Kyozaky!

– Parece que essa menina e filha do Kyozaky. – Explicava Mayumi.

– Isso significa que aquele energúmeno está aqui. – Dizia Vough pensativo. – Mas, isto seria impossível, ele não era um imortal.

– Vough-sama, segundo a menina ele morreu de velhice. – Explicava Mayumi. – E a mãe dela morreu quando nasceu.

– Claro que isso iria acontecer. Uma humana comum não iria aguentar o poder de um ser magico, por mais que se tratasse de uma mestiça. – Comentava Vough.

– Vough-sama acha que ele queria que essa menina o vingasse? – Indagava Mayumi.

– É provável. – Comentava o vampiro, estando pensativo. – De qualquer forma eu mesmo cuidarei dessa pivete. Pelo visto, ela não imagina que herdou os poderes de um paladino.

– Sim, de fato, Vough-sama. – Concordava a kitsune. – ela nem ao menos sabia que Kyozaky era de Frostwar.

Ambos sentiam uma energia familiar se aproximando, logo ouviam uma janela se abrindo vendo a figura de uma harpia se aproximando e tomando a palavra:

– Interrompo?

– Não, Roxanne. O que quer? – Respondia Vough, tomando a atenção para a harpia.

– Eu senti as energias das esfatais da luz e das trevas em um bairro a alguns quilômetros daqui. – Respondia Roxanne.

– Ótimo, excelente oportunidade para eu ter uma “ conversa” com Aury Starlight. – Dizia Vough sorrindo sadicamente.

– Aury Starlight? – Indagava Roxanne.

– Ela é filha do maldito Kyozaky. Eu mesmo darei um jeito nela, entendido? – Dizia Vough fitando fixamente as duas.

– Sim, Vough! – Respondia Roxanne.

– Sim, Vough-sama! – Respondia Mayumi.

– Mayumi, arrume essa bagunça. – Dizia Vough caminhando para um dos quartos. – Roxanne, nos vamos assim que eu trocar minhas vestes.

Em uma das casas do bairro a alguns quilômetros do apartamento, Magnus estava vendo o noticiário como de costume, estando sentado no sofá, enquanto terminava de tomar café da manhã. Normalmente o rapaz acharia uma grande uma noticia como aquela, porém naquele momento ele se intrigava. Assim que terminava de comer um pedaço de pão, retirava do bolso de sua calça jeans um cristal negro, o levantando na direção da televisão, foi quando notou que ele era parecido com as pedras que Rose e Aury seguravam.

– Que estranho... – Comentava o rapaz consigo mesmo. – Por que Rose e Aury estariam com cristais parecidos com este? E o que faziam naquele local?

– Uau! Que cristal bonito, maninho! – Comentava Nina se aproximando de seu irmão e sentando-se ao lado deste. – Onde você achou? Parece com os que a Rose e a Aury estão segurando na TV. Eu queria ter um também.

– Encontrei esse cristal ontem quando eu vinha do colégio mais cedo. – Explicava Magnus, estando pensativo e guardando o cristal em seu bolso novamente. – Não sei bem o que é isso, mas irei descobrir.

A campainha da casa tocava e uma mulher de longos cabelos negros abria a porta, vendo que era Aury a cumprimentava com um sorriso gentil nos lábios:

– Bom dia, Aury! Pode entrar. Como vai?

A pequena retribuía ao sorriso gentil da mesma forma, dando alguns passos calmamente para frente, em seguida respondia a mulher:

– Bom dia, senhora! Estou bem, obrigada. E a senhora, como vai?

– Também estou bem, Aury. – Respondia a morena. – Tem certeza de que está bem? Vejo que esta com alguns machucados.

– Ah... É que ontem eu encontrei uma gatinha presa em uma arvore e fui salvá-la, mas acabei caindo. – Inventava Aury. – Mas, não se preocupe. Estou bem!

– Awn! Uma gatinha? Eu posso ver ela? – Indagava Nina correndo até Aury. Já que era mais nova que a loira, era mais baixa.

– Melhor que seja outra hora, Nina. – Dizia Magnus, enquanto se levantava apanhando sua mochila em tom cinza. – Vamos, Aury. Se não vamos nós atrasar.

– Sim, Magnus tem razão, Nina. – Concordava Aury levando a mão esquerda no topo da cabeça da menor afagando as madeixas curtas e negras da mesma. – Quando voltarmos do colégio eu te mostro ela.

– Eba! – Alegrava-se a menos dando um pequeno pulo.

– Até mais tarde mãe, e para você também, Nina. E comporte!- Se despedia o rapaz.

Magnus e Aury caminhavam até a porta, assim que saiam se deparavam com Safiya em forma de uma gata branca.

– Imagino que essa é a gata que você tentou salvar. – Comentava Magnus fitando a pequena felina.

– Ah, é sim! – Respondia Aury sorrindo gentilmente e depois fitando a neka. – Ela é um amorzinho, não é Safiya?

– Meow! – Respondia Safiya em um miado.

– Safiya? Já até deu um nome à ela? – Comentava Magnus, enquanto começava a caminhar.

– Bem, sim. – Respondia Aury, seguindo o rapaz ficando ao lado do mesmo. – É um nome bonito, não acha?

– É sim, e diferente. – Concordava o rapaz olhando para trás vendo que Safiya os seguia. - Você deveria ter deixado ela na sua casa, Aury.

– Eu tentei, mas ela não queria ficar sozinha. – Dizia a garota meio sem graça.

Magnus bufava de leve, mas ainda sim se mantinha calmo, logo voltando a atenção para a garota tomando a palavra:

– O que exatamente aconteceu ontem?

– O-ontem? – Indagava a pequena olhando para os lados.

– Sim, eu vi o noticiário e notei que você e a Rose estavam segurando um cristal muito parecido com este. – Dizia Magnus, levando a mão esquerda até o bolço de sua calça, retirando o “cristal negro”.

Aury voltava a atenção para Magnus fitando o cristal se impressionando, Safiya logo identificava que se tratava da esfatai das trevas, assim começava a miar e a andar para um lugar mais discreto. A pequena vê as ações da neka compreendendo o que ela queria dizer, a mesma apanhava um dos braços do rapaz o puxando delicadamente para onde Safiya ia.

– O que houve? – Indagava Magnus não entendendo o que estava acontecendo.

– Magnus, esse cristal é uma esfatai. – Explicava a pequena em um tom mais baixo. – Te trouxe para cá, pois existem seres que estão atrás delas e que não as devem ter em mãos.

– Esfatai? O que exatamente é isso? – Indagava o rapaz ficando curioso com tudo aquilo.

– As esfatais são cristais iguais a estes que vocês estão segurando. – Explicava Safiya, sentando-se no chão.

– Você fala?! – Impressionava-se o rapaz, fitando a neka.

– A Safiya não é uma gatinha comum, ela é um ser magico que veio de uma dimensão chamada Frostwar. – Explicava Aury.

– Frostwar... Quer dizer que aquelas três do noticiário também são dessa tal dimensão? – Indagava Magnus.

– Sim, a sereia se chama Belle, a kitsune é a Mayumi e a garota de cabelo roxo é a Louise. – Explicava Safiya calmamente. – Em Frostwar nós temos uma mestra que se chama Basilissa, ela é responsável pelo equilíbrio de nossa dimensão junto com as esfatais. Cada uma representa um elemento: Fogo, terra, ar, água, gelo, eletricidade, luz e trevas. Rose está com a do trovão, Aury com a da luz e você, Magnus, com a das trevas. Vocês dois devem tomar muito cuidado com essas esfatais, elas são as mais poderosas.

– Se são tão importantes assim, por que estão aqui? – Indagava Magnus fitando a esfatai das trevas. – E por que um elemento como esse supostamente me escolheria?

– A mestra Basilissa foi tomada por uma estranha energia. Eu e Amunet, que é uma de nós, tivemos que batalhar contra a mestra. A colisão entre os poderes das duas formaram uma fenda dimensional sugando as esfatais e as mandando para cá. Eu, Amunet, Louise, Katsuo, Mizaki, Musset e Leonel viemos recupera-las, quando saímos de Frostwar a mestra Basilissa estava incociente. Ao que parece ela despertou, porém aquela energia permanece no corpo dela. Não sei explicar como, mas a mestra Basilissa nos julgou como traidores e mandou Mayumi e Belle para nos exterminar. Temos suspeitas de que não são apenas elas que vieram. – Explicava Safiya com uma expressão de preocupação. – Quanto a esfatai das trevas, não se preocupe, Magnus, ela não é maligna é apenas um elemento para o equilíbrio de Frostwar.

– Tudo isso é um tanto confuso para mim. – Comentava Magnus voltando a atenção para Aury e Safiya.

Neste momento uma raja de penas caia em alta velocidade na direção do trio, Safiya saltava na frente de Aury e Magnus usando o Prisma de Bastett para os defender.

– O que foi isso? – Indagava Magnus olhando para os lados.

– É mais uma que está com Belle e Mayumi, esta é a Roxanne. – Explicava Safiya olhando em volta, enquanto tomava sua forma humanoide. – Tomem cuidado, ela é muito rápida.

Um pio de águia poderia ser ouvindo, o trio levava seus olhos para cima e via a harpia se movendo em forma circular. Safiya reconhece que ela estava preparando um golpe, assim intensificava a defesa.

– Bólido de penas!- proferia Roxanne.

Assim que ela convocava o ataque um circulo surgia em torno da defesa de Safiya, se transformando em uma cúpula contendo inúmeras penas, elas começavam a atacar a barreira de forma intensa e rápida.

– Se eu pudesse usar a esfatai da luz... – Dizia Aury.

– Não faça isso, Aury. – Alertava Safiya, fortificando a barreira como podia. – Você ainda não consegue controlar-na.

– Rajadas psiônicas!- Exclamava uma voz feminina.

Uma rajada feita de pose psíquico era lançada contra Roxanne a fazendo ser jogada para longe e ser neutralizada temporária. A dona do golpe surgia ao lado de Safiya utilizando teletransporte, se tratava de Amunet.

– Amunet! – Exclamava Safiya com um largo sorriso nos lábios.

– Uau! Essa é a Amunet. – Comentava Aury.

– Saudações, Safiya, Aury e Magnus. – Saudava Amunet os fitando com um leve sorriso de canto.

O céu começava a ser tomado por uma energia maligna o tingindo de negro. Aury se estremecia de leve ao sentir aquela energia, abraçando o braço direito de Magnus.

– Que sensação horrível é essa? – Indagava a pequena.

– Fiquem em alerta! – Alertava Amunet olhando ao seu redor.

– Ora ora, a traidora finalmente decidiu parar de se esconder. – Dizia uma voz imponente e máscula.

– Quem está ai? – Indagava Magnus olhando para os lados.

– Esse é o Vough, ele é o comandante de Night Ghost. – Explicava Safiya.

– Não sou nenhuma traidora, Vough! – Defendia-se Amunet- Eu nunca trairia a nossa mestra...

Uma aura escarlate começava a ser emanada, dela começava-se a se formar o corpo do vampiro, este agora trajando uma armadura em tom escarlate com detalhes em dourado na parte do peitoral, joelheiras e caneleiras, os braceletes possuíam um tom escarlate ainda mais intenso e aviam detalhes em tom cinza, assim como suas ombreiras que seguravam a longa capa negra logo atrás de si. Por de baixo da armadura havia uma malha em tom negro em panos leves, seus pés eram calçados por longas botas no mesmo tom. Logo Vough tomava a palavra, tomando-se sua expressão séria e fria:

– A maior prova de sua traição foi ter criado aquele fenda dimensional propositalmente e trazer Safiya e cia para o mundo humano. Já que sabia da existência da filha de Kyozaky. E claro que sabe muito bem que ele era um traidor, por isso foi banido de Frostwar.

– Kyozaky não era o nome de seu pai, Aury? – Indagava Magnus, fitando a menor.

– Sim, mas até ontem eu não sabia que ele era um paladino de Frostwar. – Respondia Aury.

– O que? Você é filha do Kyozaky? – Indagava Amunet, fitando Aury.

– Não se faça de inocente, Amunet! – Dizia Vough friamente. – Você vai pagar muito caro por nos trair. E vocês, entreguem-me as esfatais da luz e das trevas ou as arrancarei a força!

– Já disse, não sou nenhuma traidora. – Respondia Amunet, logo voltando a atenção para Aury e Magnus. – Não entreguem as esfatais. Todos estão dizendo que eu sou a culpada de tudo o que esta acontecendo, mas não é verdade. Tudo que fiz foi apenas tentar conter a m...mestra.

– Pelo visto já está sabendo que a mestra Basilissa não é a sua mãe verdadeira, Amunet. – Dizia o vampiro em tom sarcástico. – Isso não me importa. Entreguem-me as esfatais de uma vez!

Aury soltava o braço de Magnus dando um passo a frente, fitando Vough com um olhar determinado e um brilho de coragem em seus olhos, logo tomando a palavra:

– Não vamos entregar as esfatais! Meu pai era bondoso, ele não seria capaz de ser um traidor. E também, não acredito que a Amunet seja uma traidora!

– Petulante como o próprio pai. – Dizia Vough com um certo tom de fúria ao observar a determinação e coragem da pequena que de fato lembravam o paladino. – Pirralha tola, você não sabe nada sobre Amunet ou Frostwar. É apenas um ser inferior e inútil como seus amigos. Eu mesmo me encarregarei de tamanha arrogância!

Roxanne encontrava-se sentada sobre suas patas de água, em um galho de arvore, aguardando o momento certo para atacar. Vough estendia seu braço direito para o lado, neste momento uma aura escarlate surgia junto a uma espada no mesmo tom. Safiya intensificava o Prisma de Bastett, em seguida o vampiro cravava sua espada no chão intensificando a aura escarlate em torno de sua arma, tal energia se espalhava pelo solo o rachando. Logo abaixo do quarteto surgiam rajadas de energia negra os jogando para o alto rompendo a defesa de Safiya, após isto Vough desencravava a Holocaust utilizando a mão direita, a deixando em posição diagonal, no mesmo instante partia em direção ao grupo, porém antes que o vampiro pudesse se aproximar, um turbilhão de água surgia logo abaixo destes os jogando para cima fazendo com que o grupo caísse no chão, obrigando-no a cessar seus movimentos. Mas, antes que eles pudessem atingir o solo, Amunet usava seu poder psíquico para levita-los e os pousando no chão em segurança.

– Belle, pare de me atrapalhar! – Dizia Vough de modo imponente.

– Eu não vou deixar barato aquela humilhação que essa pivete me fez passar! – Respondia a sereia saltando do galho de uma outra arvore fitando Aury, logo voltando a atenção para Vough. – Mas, claro que aquilo também foi culpa da Mayumi.

– Você duas foram patéticas. – Revidava Vough virando-se para Aury e Safiya. – Eu mesmo darei um jeito nessas duas. Você e Roxanne vão cuidar de Amunet e esse pivete.

– Mas, Vough... – Resmungava Belle.

– Faça o que estou mandando, Belle! – Bradava Vough fitando a sereia com um olhar ameaçador.

– Está bem. – Dizia a seria sendo obrigada a aceitar as ordens do vampiro.

– Vough, pare com isso! – Dizia Safiya se pondo à frente dos três. – Esses humanos não têm culpa do que esta acontecendo em Frostwar. Você não notou nada de anormal na mestra Basilissa após ela despertar?

– Esses humanos estão com as esfatais, você sabe muito bem disso, Safiya. – Respondia Vough. – A mestra Basilissa está perfeitamente bem. Aquela energia não era pareo para o grandioso poder de nossa mestra! Recebemos ordens claras para exterminar os traidores, como já deve saber.

– Infelizmente não adianta tentar convencê-los, Safiya. – Dizia Amunet. – Não queremos mais um problema para Frostwar, mas parece que não há alternativa a não ser lutar contra eles.

– Oh, mas que comovente! – Dizia Vough em um tom de deboche. – Você já deveria saber que não sou manipulável como os demais, Amunet!

O vampiro mal terminava de falar e já realizava um corte rasteiro em direção ao quarteto, lançando com esta uma aura avermelhada. Amunet novamente usava de seu poder psíquico para levitar todo ali, em seguida avisava:

– Tomem cuidado para não serem pegos por essa aura! Ela suga a força vital do local afetado.

Antes que todos fossem levitados, Roxanne levantava voo estendo suas asas, lançando uma rajada de penas, Amunet e Safiya se defendiam do golpe e também procuravam defender Magnus e Aury, porém uma das penas acabava acertando Aury a fazendo cair no chão à frente do golpe de Vough. A pequena tentava rolar para o lado oposto o mais rápido que podia, mas acabava tendo a perna direita acerta de raspão.

– Aury! – Exclamava Safiya pousando ao lado da garota.

– Argh... Não se preocupe comigo, Safiya. Vou ficar bem. – Dizia Aury.

Belle aproveitava-se da distração para atacar: a sereia movia o braço direito para frente concentrando uma grande quantidade de poder para assim proferir:

– Canhão de água!

Quando o golpe foi conjurado, uma grande rajada de água ia em direção a Amunet e Magnus. A maga vendo tal golpe proferia:

– Campo de força!

Neste momento ela criava uma cúpula, feita de poder psíquico, em torno de si mesma e de Magnus, fazendo com que a água se expalhasse sem atingir Safiya e Aury, Roxanne já previa isto, assim ela começava a voar em torno do quarteto em alta velocidade reunindo a água em torno destes com a ajuda de sua habilidade do vento. Amunet percebe o que Belle e Roxanne pretendiam, tratando de conjurar mais um feitiço:

– Duplicação!

A imagem da maga tornava-se distorcida, rapidamente surgia outra imagem de si, esta se teletransportando. Neste exato momento, o vento se juntava com a água, transformando-na em gelo congelando os pés dos quatro. Vough percebia o que Amunet pretendia, assim também usava teletransporte, surgindo atrás de Aury, em um rápido movimento o vampiro deixava a lamina de sua espada na altura do pescoço da pequena, a milímetros da veia principal da mesma.

– Aury! – Exclamavam os três.

– Pensou que eu iria cair neste truque velho, Amunet? – Dizia Vough em tom de deboche, enquanto levava a mão esquerda até a face de Aury. – Com um simples movimento posso acabar com essa menina, se quiserem que ela sobreviva me entreguem as esfatais!

– Nunca pensei que fosse tão baixo, Vough! – Dizia Amunet desfazendo a ilusão.

– Hã, veja só quem fala! A traidora. – Revidava Vough.

– Não façam isso! – Dizia Aury, mesmo um tanto amedrontada. – As esfatais são mais importantes do que eu.

– Não diga bobagens, Aury! – Exclamava Magnus, apertando a esfatai das trevas com força.

O vampiro havia notado o brilho que começava a ser emanado da esfatai das trevas e também sentiu uma energia pura vinda da esfatai da luz, assim tomava a palavra:

– Atreva-se a usar a esfatai das trevas e essa menina morre!

Antes de terminar de falar, voltava a atenção para a pequena, voltando a falar em um tom ainda mais ameaçador:

– Isso também serve para você, Aury!

Magnus olhava para a pedra que estava segurando notando aquele brilho sutil, indagando:

– Mas, o que é isso? Eu nem mesmo sei como usá-la e essa esfatai está brilhando...

– A esfatai das trevas reagiu com sua energia, Magnus. – Explicava Safiya.

Belle fazia com que nuvens negras tomassem o céu, logo conjurava uma forte chuva proferindo:

– Lâminas de água!

Ela manipulava as partículas de água as transformando em pequenas fagulhas, assim ao em vez de água caiam as lâminas, a sereia as controlava para que não acertasse Vough. Roxanne se protegia das fagulhas usando uma de suas asas, já que suas penas possuíam uma alta resistência. Uma aura esverdeada começava a tomar o corpo de Amunet aumentando a intensidade de seu poder, em sua mão esquerda surgia seu cajado, em seguida fechava os olhos lançando uma poderosa onda psíquica com seu poder mental lançando as fagulhas para longe. No momento em que a onda iria alcançar Vough, este se teletransportava levando Aury consigo, usando de sua habilidade psíquica fazia com que sua voz ecoasse pelo local:

– Este é meu ultimo aviso: se vocês querem que essa menina sobreviva entreguem-me as esfatais. Encontrem-me em Shintoki CO ao final do dia.

Assim que Vough terminava de falar, a nevoa negra desaparecia junto com Belle e Roxanne, consequentemente o trio e desparalizado.

– Isso foi falha minha, eu não deveria ter descuidado da Aury... – Lamentava-se Safiya.

– O Vough fez jogo sujo. – Dizia Amunet colocando as mãos na cintura.

– Acredito que seja melhor avisamos Rose e os outros sobre isso. Temos menos de 24 hrs para pensar em uma solução para isso. – Dizia Magnus voltando sua atenção para as duas.

– Sim, você tem razão, Magnus, - Concordava Safiya. – Você tem ideia onde a Rose, Penelope, Adiel, Angus e Osamu estão agora?

– Provavelmente estão em aula no momento. – Respondia Magnus. – Mas, se formos rápidos suficiente podemos chegar antes de começar o segundo período de aula.

– Bom, eu apenas vou ajuda-los por que a Aury não tem culpa do que está acontecendo, caso contrario não moveria mais nenhum dedo! – Dizia Amunet cruzando os braços. – Estou começando a ficar farta de me acusarem o tempo todo!

– Não diga isso, Amunet. – Dizia Safiya se aproximando da maga. – Eu sei que você não seria capaz de trair a mestra Basilissa.

– Às vezes você não me parece muito convincente, Safiya. – revidava Amunet. – Mas, vamos deixar isto de lado por hora. Posso nos teletransportar até o colégio onde Rose, Penelope, Adiel, Angus e Osamu e provavelmente Louise estão. Posso usar uma ilusão e parecer que estávamos ali a muito tempo.

– É melhor irmos rápido, então. – Dizia Magnus.

– Eu vou procurar Katsuo, Gladius, Musset e Mizaki. – Dizia Safiya. – Leonel deve estar procurando a esfatai do gelo.

– Certo, vamos! – Dizia Amunet.

Assim que a maga terminava de falar, teletransportava-se junto com Magnus para o corredor principal do colégio onde o mesmo estudava. Não demorou muito para serem notados por Rose, Louise, Penelope, Adiel, Angus e Osamu.

– Que milagre é esse de você estar por aqui, Magnus? A essa hora você já estava na sala de aula. – Comentava Rose.

– Amunet!? O que faz aqui? – Indagava Louise.

– Estamos aqui, pois Vough, Roxanne e Belle surgiram e nos atacaram. – Explicava a maga.

– Eu encontrei isso ontem quando eu voltava do colégio. – Dizia Magnus levando a mão direita a frente. – Eles estavam atrás desse cristal. Ao que parece é uma esfatai, assim como as que vocês tem e Aury também.

– E-essa é a esfatai das trevas! – Comentava Louise incrédula – Deve tomar muito cuidado com o poder dessa esfatai. E onde está Aury?

– Vough a raptou. – Respondia Amunet suspirando fundo.

– O que?! – Indagava Rose, Louise, Penelope, Adiel, Angus e Osamu.

– E você não fez nada para impedir? – Bradava Louise.

– Sh! Vamos pra fora! Aqui vamos chamar muita atenção. – Alertava Rose.

O grupo ia até o pátio, assim que chegavam Amunet tomava a palavra:

– Se eu tentasse algo Vough iria mata-la.

– Ao que parece ele quer as esfatais. – Dizia Magnus.

– Não podemos entregar as esfatais para o Vough. – Dizia Rose. – Mas, também não podemos deixar Aury sozinha.

– Vough é muito forte para vocês lutarem contra ele. – Explicava Louise. – Ele é o comandante de Night Ghost.

– Nós podemos enganá-lo. – Sugeria a ruiva. – Levamos as esfatais sim, mas não o deixaríamos apanhá-las.

– Vough não é tapado como a Belle. – Respondia Louise. – E muito menos é tão facilmente enganado.

– A ideia da Rose não é ruim. – Comentava Musset surgido na sombra de uma arvore. – Posso ganhar tempo enquanto vocês salvam a Aury.

– Ah e você sim é pareo contra o Vough, não é? – Ironizava Louise.

– Talvez se eu, você e Amunet agíssemos juntas poderíamos lidar contra ele, mas os humanos vão conosco e não podemos arriscar a vida deles. – Respondia Musset.

– Safiya poderia nos proteger. – Dizia Amunet. – No entanto, isso arriscaria a vida da Aury. É melhor que Musset ganhe tempo, afinal ela conhece bem o Vough e vai saber como distrai-lo.

–Isso é. – Acabava concordando a necromante. – E onde está Safiya?

– Ela foi procurar Katsuo, Mizaki e Gladius. – Respondia Amunet. – Eu vou nós teletransportar para onde eles estão.

Em um piscar de olhos todos já estavam na cabana na floresta.

– Nós já estamos sabendo do ocorrido. – Dizia Mizaki.

– Tem ideia do que podemos fazer? – Indagava Gladius.

– Vough especificou o lugar? – Indagava Rose.

– Sim, disse para irmos à Shintoki CO até o final do dia. – Respondia Magnus.

– Ótimo, nos podemos nos ocultar pelos corredores e por alguns setores para pegá-los desprevenidos. – Dizia Rose. – Afinal, com certeza Vough irá com seus aliados.

– É uma boa ideia, posso ocultar a energia de vocês, enquanto Musset distrai Vough. – Dizia Amunet.


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