The legend of guardians escrita por Jessica Tatiane Souza Leme


Capítulo 7
A iluminada.


Notas iniciais do capítulo

Oi, povo! Finalmente estou postando o Capitulo 7 o Primeiramente vou logo avisando que os capítulos daqui pra frente vão ficar grandes. Os demais eu procurei deixar médios para a leitura não ficar muito cansativa, mas os capítulos de agora em diante não vão ser possíveis de se separar da mesma forma, pois iriam acabar ficando sem nexo. De qualquer forma, se acharem que ficou cansativo, postem sugestões nos comentários que vou procurar melhorar :3



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Era por volta de 12 h em Shibuya, alguns colégios haviam encerrado seus horários de aula do período da manhã. Rose conversava com Louise, Penelope, Adiel, Osamu e Angus sobre o treinamento quando foi surpreendida por uma garota um pouco menor que si lhe pegando pelo braço direito. Ela possuía longos cabelos em tom loiro e olhos em tom mel.

– Ai, Aury! Você me assustou. – Resmungava a cientista bufando em seguida.

– Desculpe, Rose... Não foi a minha intensão te assustar. – Desculpava-se a garota.

– Tudo bem. – Respondia a ruiva e um tom tranquilo de voz.

Louise permanecia em silencio observando a cena, a necromante havia sentido uma aura pura em torno de Aury a deixando pensativa.

– Essa garota possui uma aura muito pura para uma humana comum. – Comentava Louise para si mesma em pensamento.

– Rose, hoje meus tios não podem vir me buscar. Você pode me levar em casa? – Indagava a menor, depois olhando para Louise. – Se não estiver ocupada...

– Eu tenho um compromisso mais tarde. – Respondia a cientista. – Por que não vai com o Magnus como de costume? Afinal, a casa dele fica muito mais próxima a sua do que a minha.

– Ele disse que está ocupado... Eu não queria ir sozinha... – Respondia Aury abaixando a cabeça.

– Por que não pede para seus pais virem te buscar? – Indagava Louise.

Rose empurrava a necromante de leve para lhe chamar a atenção, em seguida dizendo:

– Louise! Os pais dela morreram.

– Ah, eu não sabia. Desculpe Aury. – Se desculpava Louise.

– Tudo bem. – Respondia Aury após um leve suspiro.

– Bom, eu posso leva-la em casa, Aury. O Magnus é um grosso! Não sei como você o suporta. – Dizia Rose cruzando os braços.

– Ele só tem um gênio difícil. E obrigada, Rose. – Dizia Aury rindo de leve.

– Eu também vou! – Dizia Louise dando um passo a frente. – Gostei de vous, Aury.

– Ah, obrigada... Louise? É esse seu nome? – Dizia Aury com um sorriso gentil nos lábios.

– Isso mesmo! – Respondia a necromante. – Meu nome é Louise Beaumont.

– Que nome bonito! – Elogiava Aury sorridente. – O meu nome é Aury Starlight.

– Starlight... Já ouvi esse sobrenome em algum lugar. – Comentava Louise pensativa.

– Ok, ok. Vamos conversando pelo caminho. – Dizia Rose, voltando o olhar para Penelope, Adiel, Osamu e Angus. – Estaremos no lugar combinado assim que levarmos Aury na casa dela.

– Está bem, até mais! – Se despedia Penelope e depois Adiel, Osamu e Angus.

Assim que se despediam as três saiam andando.

– Pelo seu sotaque e nome deduzo que é francesa, não é Louise? – Comentava Aury.

– Oui! – Confirmava a necromante em expressão francesa.

– Que legal! – Dizia Aury animada.

Enquanto as três conversavam, elas se aproximavam da praia. A poucas distancia da areia uma pedra brilhava conforme a luz do sol batia nesta, logo a frente estava Safiya em forma de uma bela gata branca estando prestes a apanhar a pedra brilhante que se tratava da esfatai da luz. Aury via a gata se aproximando da mesma, enquanto comentava:

– Olha ali gente! Que gatinha fofa!

– M-meow... – Miava Safiya para disfarçar, enquanto erguia a pata direita dianteira.

– A esfatai da luz! – Comentava Louise psiquicamente, fitando a pedra.

Aury aproximava-se de Safiya abaixando-se até a mesma direcionando a mão direita calmamente até o topo da cabeça desta.

– Aury, cuidado! Ela pode se assustar e te arranhar. – Alertava Rose.

Safiya aproximava a cabeça em direção a mão da garota para receber o carinho, enquanto ronronava.

– Awn! Que fofa, tão mansinha. – Comentava Aury acariciando Safiya suavemente. – Será que ela tem dono?

– Bom, ela não tem coleira. Mas, parece ser bem cuidada. – Dizia Aury.

Louise cutucava a cintura da ruiva e fazia um sinal discreto para a esfatai da luz, enquanto cochichava:

– Ali, aquela é a esfatai da luz. E a gata que Aury está acariciando é a Safiya.

– Quer dizer então que ela é uma de vocês? – Indagava Rose, também cochichando discretamente para Louise. – Temos que bolar um plano para pegar a esfatai da luz, Aury está muito próxima a ela.

– Uh?! O que é isso? – Indagava Aury aproximando-se da esfatai da luz.

– Miau! – Miava Safiya em tom de alerta.

Quando Aury estava prestes a apanhar a esfatai, uma grande onda aproximava-se esta. Safiya ativava um escudo em torno de todos ali os protegendo. No meio do mar podia-se ver uma bela jovem de longos cabelos lilás e olhos azuis estando em pé em uma espécie de torre de água, tomando a palavra:

– Saudações, traidoras!

– Belle?! O que faz aqui? E nós não somos traidoras! – Dizia Louise dando um passo a frente. – A única traidora é a Amunet. Nós viemos aqui para recuperar as esfatais!

– O que está acontecendo? – Indagava Aury assustada.

– Depois lhe explicamos com calma, Aury. – Respondia Rose. – Então você se chama Belle? Pelo visto é mais um ser que tem poderes.

– Isso mesmo, humana tola. Sou Belle Vênus, alguém superior a você. Não entendo como um ser tão insignificante teve o controle da esfatai do trovão, mas isso não importa. Apenas terá esse controle temporariamente. – Dizia a sereia fitando Rose e logo voltando a atenção para Louise. - Amunet os manipulou, por isso são traidores.

– Isso não é verdade, Belle! – Dizia Safiya dando um passo a frente.

– A-a gatinha fala! – Se impressionava Aury.

– Desculpe por estar presenciando isto. Não deixarei que nada lhe aconteça! – Se desculpava Safiya fitando Aury e depois Belle. – Você já deve saber o que aconteceu com nossa mestra, Belle.

– Sim, eu sei que uma força estranha a dominou. – Respondia Belle. – Mas, a mestra Basilissa já retomou os sentidos e nós mandou exterminá-los e recuperar as esfatais.

– O que? A mestra Basilissa ordenou nós exterminar? Não pode ser... – Dizia Safiya incrédula.

– Pouco me importa se acreditam ou não. Vou derrota-las e recuperar as esfatais do trovão e da luz. – Dizia Belle preparando outro golpe.

– Tomem cuidado! Aury, pegue a esfatai da luz! – Dizia Louise

– M-mas... E-eu? – Indagava a garota.

– Rápido, Aury! Eu as protegerei! – Dizia Safiya, tomando sua forma meio-humana, enquanto uma aura branca tomava conta de seu corpo.

Aury estava assustada e confusa com tudo aquilo, mesmo assim respirou fundo procurando se acalmar. A garota olhava para seu lado direito vendo um cristal brilhando próximo a um banco. Sabia que não teria tempo para perguntas, logo tratou de se aproximar rapidamente da esfatai a apanhando. Neste momento uma grande nuvem negra se formava acima da cabeça de Aury, em seguida uma grande quantidade de água começava a cair, no entanto Safiya consegue ativar uma aura colorida em forma de cúpula em torno de todos ali presente os protegendo do ataque da seria, que permanecia encima da torre de água sorrindo sadicamente.

– Safiya, as proteja. Eu lutarei contra a Belle! – Dizia Louise dando alguns passos para frente e mudando seus trajes para uma armadura leve.

– Tome cuidado, Louise. Ela está em vantagem neste lugar. – Alertava Safiya estando a frente de Rose e Aury.

– Pif! Eu sei disso. – Respondia Louise, emanando uma aura roseada em torno de si.

– Como sempre bancando a metida. Está bem, como queiram. Irei acabar com você primeiro, Louise! – Dizia Belle erguendo os braços para o céu.

Neste momento, uma enorme nuvem negra tomava todo o local junto com elas uma chuva intensa começava. Louise estralava os dedos fazendo com que várias mãos surgissem em torno de Belle. Uma delas tentava apanhá-la, porém esta saltava para cair na água. Foi então que surgia uma outra mão em forma de punho, socando o estomago da sereia a jogando para longe da água. Como ela não esperava por aquele golpe, acabava o recebendo caindo bruscamente no chão fazendo com que sua cauda desaparecesse.

– Pelo visto a Belle não é tão perigosa assim. – Comentava Rose com uma gota ao lado da cabeça. – Poderíamos aproveitar e fugir, Safiya!

– Não devemos subestimá-la. – Alertava a neka. – Além disso, tem mais alguém aqui perto.

– Argh! – resmungava Belle se levantando.

– Tsc... Quantas vezes vous vai cair nesse truque? – Provocava Louise, estalando os dedos invocando um golem de fogo ficando em pé no ombro deste.

Em resposta Belle empunhava as duas mãos para frente fazendo com que a água da chuva se reunisse em torno da necromante e do golem, rapidamente uma bolha feita de água surgia para bloquear os movimentos de sua oponente. Louise dava um sorriso de canto em forma debojada, com um simples movimento com sua mão esquerda o golem convocava uma aura flamejante a explodindo junto com a bolha, a explosão fazia com que grandes bolas de fogo fossem lançadas contra Belle em alta velocidade. Algumas partes do traje da sereia acabavam sendo queimado junto com algumas partes de sua pele, o impacto a lançava para longe fazendo-na rolar no chão. A sereia se enfurecia colocando as mãos no chão, estando com uma grande parte de suas madeixas violaticas a frente da própria face.

– Grr! Maldita! Vai pagar por machucar o meu corpo! – Rosnava Belle, enquanto se levantava.

As orelhas de Safiya se mexiam freneticamente em sinal de alerta, ela se virava para Aury e via uma cauda grande e felpuda se aproximando desta a alertando:

– Cuidado, Aury!

A garota olhava para trás, neste momento a cauda avançava em sua direção, mas antes que esta pudesse a envolver Rose a empurrava caindo no golpe tendo suas mãos presas ao próprio corpo pela cauda. Um riso sensual e feminino podia-se ser ouvido, do galho de uma arvore ali perto saltava Mayumi caindo em pé suavemente, em seguida tomando a palavra:

– Belle, como você é inútil!

– Eu estava indo bem até você me atrapalhar, sua exibida!- Bradava Belle batendo o pé no chão e aumentando a intensidade da chuva.

– Bem mau você quis dizer. – Provocava a kitsune, enquanto trazia a cauda que estava prendendo Rose para junto de si junto à ruiva.

– Mayumi, solte a Rose! – Exclamava Safiya. – Deve ter algum engano... A mestra Basilissa nunca os mandaria para nos exterminar.

– Os únicos enganados aqui são vocês. – Retrucava Mayumi apertando mais a cauda já que Rose estava se debatendo muito. – E você fique quietinha ou será pior, hihi!

– Argh... – Resmungava Rose. – Eu sei que você quer a esfatai do trovão. Mas, eu não vou entrega-la!

– Hã, veja só que petulante! – Dizia Mayumi erguendo levemente a sobrancelha direita. – Acha mesmo que uma mera humana sem poder algum pode ao menos me causar um arranhão?

A kitsune mal terminava de falar e sua cauda que estava segurando Rose começava a entrar em chamas, porém esta possuía um tom azul claro e fazia a cientista sentir uma grande queimação interna.

– Argh! – Resmungava Rose fechando os olhos.

– Rose! – Exclamavam as três.

Belle fazia com que uma grande quantidade de água se reunisse em baixo dos pés das jovens, em seguida fazia com que um turbilhão de água surgisse as jogando para o alto as atordoando e enfraquecendo o golem de fogo.

– Cof... Cof... Ce maudit ( Que Maldita!) ! Eu não deveria ter baixado a guarda. – Dizia Louise se levantando estando completamente ensopada. – Vou continuar cuidando de Belle. Safiya cuide da Mayumi!

A necromante mal acabava de falar e já se preparava para mais um golpe. Ela fazia com que o golem de fogo desaparecesse fazendo surgir em seu lugar seu grande dragão-zumbi, desta vez Louise ficava no chão ao lado do mesmo. Em um simples movimento com a cabeça, o dragão-zumbi partia em alta velocidade em direção a Belle a atacando com suas garras e cauda. A sereia desviava como podia, invocando seu tridente em tom dourado em sua mão direita o utilizando para se defender dos golpes. Enquanto Louise e se dragão-zumbi batalham contra a sereia, Rose permanecia de olhos fechados procurando se concentrar para usar o poder da esfatai do trovão. Ao notar aquilo Mayumi ria sadicamente e dizia em tom debojante:

– Há, há, há! Uma humana patética como você jamais terá o controle da esfatai do trovão.

– Rose, não se esforce tanto pode ser perigoso! – Alertava Safiya.

– Não importa o quanto você tente você não vai conseguir! – Dizia Mayumi mantendo o tom debojado e aumentando a intensidade da chama azul. – Se vai ficar do lado deles, Safiya, então terei que exterminá-la também.

A kitsune erguia a mão esquerda a esticando para frente, no entanto momento viu que uma aura dourada era emanada no corpo de Rose, logo em seguida Mayumi sentia uma grande descarga elétrica pelo seu corpo sendo obrigada a soltar a ruiva e se afastar da mesma. Incrédula com o corrido, a kitsune a fitava e tomava a palavra:

– Eu não acredito! Como uma mera mortal conseguiu controlar a esfatai do trovão?

– Eu também não faço ideia. – Respondia Rose com um sorriso confiante nos lábios e reabrindo os olhos. – Apenas sei, que aparentemente a esfatai do trovão me aceito como sua portadora.

– Hã! Não me faça rir! – Respondia Mayumi em tom irônico. – O que você sabe sobre as esfatais e sobre a importância delas para Frostwar? É como dizem: Os humanos apenas se importam com seus desejos mesquinhos. E naturalmente, ao se depararem com tamanho poder acham que já possuem o controle e manipula-lo como desejar.

– É verdade que existem pessoas deste tipo que citou, Mayumi. – Respondia a ruiva tranquilamente mantendo a sua aura dourada em torno de seu corpo. – Mas, não é o seu caso. Minha única certeza é de que quero ajuda-los a recuperar a paz de Frostwar.

– Então você quer nós ajudar? – Indagava Mayumi colocando uma das mãos na cintura.

– É claro que eu quero, por isso estou ajudando Louise e os outros. – Respondia Rose atenta a qualquer movimento da kitsune.

– É ai que você está errada, queridinha. – Dizia Mayumi agitando as nove caudas. – Amunet, Louise, Leonel, Katsuo, Gladius, Musset, Mizaki e até mesmo Safiya traíram Frostwar. Você sabe muito pouco sobre nosso mundo e certamente também esta sendo enganada.

– O que quer dizer com isso? – Indagava a cientista estando confusa.

– Isso é um mal entendido. – Protestava Safiya se pondo ao lado de Rose. – Nós não estamos traindo Frostwar e não há provas que Amunet seja a causadora de tudo o que está acontecendo.

– Safiya, você acha pouco ela supostamente não ter notado aquele energia que quase dominou a mestra Basilissa?! – Dizia Mayumi.

– A única coisa que sabemos é que aquela energia é muito poderosa. Se ela foi capaz de quase dominar nossa metra, certamente também obteve uma forma de se ocultar de Amunet e eu. – Respondia Safiya tranquilamente.

– Isso é fato. No entanto, aquela energia foi manipulada por alguém. – Respondia a kitsune. – E os únicos que podem manipular dessa forma não os Threstic. Mas, sabemos que eles foram eliminados apenas sobrevivendo Amunet.

– Vendo por este lado é realmente suspeito. – Dizia Rose pensativa.

– Não há provas de que aquela energia é de um Threstic.- revidava Safiya. – A ameaça ainda é desconhecida, por isso estamos focando a reunir as esfatais para a mestra Basilissa primeiramente.

– Enquanto isso, a ameaça ainda esta solta. – Retrucava Mayumi.

– Eu tenho uma sugestão. – Dizia Rose. – Ao em vez de todos de Frostwar virem para cá atrás da Amunet sem saber se ela é realmente a culpada disto tudo, por que vocês não se aliam? Assim o grupo da Mayumi ficaria em Frostwar pesquisando sobre essa tal energia e o da Safiya buscam as esfatais. O que acham?

– Nós recebemos ordens explicitas de exterminar Amunet e os outros, não podemos ir contra as ordens da mestra Basilissa. – Respondia Mayumi.

– Ainda não consigo acreditar que a mestra Basilissa deu essa ordem a vocês duas... – Dizia Safiya.

– Safiya, você era a menos indicada de ir para cá. – Dizia Mayumi. – Você era a guardiã de nossa mestra, seu dever era estar junto a ela haja o que houver. Mas, você se esqueceu de seu dever deixando a mestra Basilissa sozinha e tão vulnerável. Ou você esqueceu que a fenda dimensional ainda esta aberta?

– Sim, você tem razão, Mayumi... – Respondia a neka abaixando a cabeça. – Eu não deveria ter deixado a mestra Basilissa ainda mais vulnerável com a minha ausência...

– Safiya, não baixe a guarda! É isso que elas querem! – Exclamava Louise notando a situação, enquanto desviava de um golpe de Belle.

Aury ainda estava um tanto assustada com a situação, mas havia notado que Mayumi possuía uma aura densa assim como Belle, então perante aquela situação a garota deixava seu nervosismo de lado se pondo ao lado direito de Safiya a pegando pela mão e tomando a palavra:

– Eu acredito que se você, Safiya, deixou uma responsabilidade tão grande é por algo tão importante quanto seu dever.

Ao sentir o toque da garota, a neka se surpreendia podendo sentir uma aura pura emanando ainda mais intensamente. Enquanto ouvia as palavras da outra atentamente, fitava a esfatai da luz a vendo brilhar de modo sutil. Safiya sentia-se mais confiante voltando a olhar para Aury sorrindo e a respondendo:

– Sim, realmente foi, Aury. Obrigada por me compreender e me encorajar.

A garota respondia Safiya com um sorriso meigo. Mayumi também se impressionava ao ver aquilo, fitando os olhos de Aury notando que já havia visto aquele brilho antes, assim comentava:

– Esses olhos... Eu acho que já os vi antes!

– Uh?! O que quer dizer? – Indagava a pequena inclinando levemente a cabeça para o lado.

– Qual é o seu nome? – Indagava Mayumi intrigada.

– Aury Starlight. – respondia a garota ainda sem entender o que estava acontecendo.

– Starlight! Esse era o sobrenome do paladino que quase derrotou Vough-sama há muito tempo. Deve ter sido banido para a Terra e essa garota é a descendente dele! Tenho que tirar a esfatai da luz dela! – Pensava Mayumi bloqueando seus pensamentos de Louise, logo tomando a palavra: - Claro, agora tudo faz sentido. Você e descente de Kyozaky Starlight, que foi banido de Frostwar por traição!

– O-o que? Meu pai era do mundo de vocês? – Indagava Aury incrédula.

– Pronto, agora mais um motivo para nos acusar. – resmungava Rose aumentando a aura dourada e dando um passo a frente. – Já que vocês duas não querem nos ouvir, continuaremos ao lado de Safiya dos outros. Não vou permitir que tenham em mãos a esfatai do trovão e nem a da luz!

– Que petulante! – Dizia Mayumi fitando Rose de cima a baixo com um olhar de superioridade. – Vocês duas irão me entregar as esfatais agora mesmo seja por bem ou por mau!

Discretamente Mayumi fazia um sinal para Belle, esta conseguia ver o sinal mesmo estando lutando contra Louise. Assim, fazia surgir o seu tridente se defendendo de um golpe físico da necromante, que estava usando garras feitas de ossos, em seguida a sereia erguia o tridente para o alto aumentando a densidade da chuva. Louise já imaginava o que ela pretendia, invocando um exercito de zumbis para atacar Belle e a atrasar, após isto avisava Safiya, Aury e Rose:

– Tomem cuidado!

Safiya dirigia seu olhar para Belle notando que ela estava preparando um golpe poderoso, mas não baixando a guarda perante Mayumi.

– Essa não, Belle pretende usar a Tormenta de Atlantis! – Exclamava Safiya emanado uma aura dourada em torno de si. – Vão para trás de mim. Irei protegê-las com o Prisma de Bastet!

– Eu irei te ajudar, Safiya! – Dizia Rose dando alguns passos para trás junto com Aury.

– Tome cuidado, Rose. – Alertava Safiya. – Prisma...

No momento em que a neka iria lançar a defesa, Mayumi se teletransortava para trás da mesma, estando com uma grande aura azul e flamejante em torno de seu corpo, logo proferindo:

– Explosão caótica!

Em seguida a kitsune movia as duas mãos uma para cada lado, causando uma poderosa explosão com seu poder psíquico, fazendo com que as três fossem jogadas para longe.

– Argh! Ela é forte... – Resmungava Rose se levantando do chão e ajudando Aury. – Você está bem?

– S-sim... – Respondia a garota.

– Esses zumbis não irão me impedir, hoho! – Gargalhava Belle sadicamente fazendo com que seu tridente emanasse uma poderosa aura azul. – Tormenta de Atlantis!

Assim que a sereia conjugava o ataque uma grande quantidade de água se reunia em torno de si mesma formando um turbilhão, ela movimentava sua arma em direção a água aplicando um corte de baixo para cima, isto fazia com que a água fosse dividida e se espalhasse para baixo.

– Droga! – Resmungava Louise, em seguida usando teletransporte.

A necromante fica no meio que separava Safiya de Rose e Aury, mas antes que pudesse conjugar uma magia sentiu Mayumi se teletransportar logo acima de si, a vendo conjurar um grande leque feito de metal. A kitsune o movimentava para frente, proferindo:

– Lotus Negra!

Uma forte onda psíquica levantava todos do chão, em seguida os jogava bruscamente contra o solo.

– Argh! Ce maudit! – Resmungava Louise.

Aury não sabia o que fazer perante aquela situação, a garota estava amedrontada fechando seus olhos e punhos com força. A energia da pequena acabava aumentando a energia da esfatai da luz, causando um grande clarão seguido por uma cúpula da luz, protegendo Rose, Safiya e Louise da grande quantidade de água que iria cobri-las.

– Não pode ser... – Comentava Mayumi incrédula.

– Waaah! O que? – Indagava belle incrédula. – Eu não posso acreditar... Aquela pirralha está controlando a esfatai da luz!

Aury abria os olhos vendo a defesa feita, a principio achou que Safiya a havia feito, mas sentiu uma poderosa energia vinda da esfatai, que ainda segurava firmemente, se impressionando com aquilo.

– Uau... – Comentava Aury.

– Tive uma ideia! – Dizia rose fitando Aury e depois Safiya. – Aury, sei que é difícil controlar uma das esfatais. Mas procure se concentrar. Safiya, aproveite que Mayumi esta distraída e de um golpe físico nela de modo que ela também atinja Belle.

– Sim, vou conseguir! – Dizia Aury em tom determinado voltando a fechar os olhos para melhor se concentrar.

– Certo!

– O que pretende com isso, Rose?- Indagava Louise.

– Apenas observe e ajude Aury. – Dizia a ruiva em tom otimista.

Safiya já havia saltado para fora da barreira, estando ao lado esquerdo de Mayumi aplicava um chute, porém a kitsune se defendia com o leque. A neka aproveitava para ganhar impacto saltando por cima da morena preparando uma rajada de energia utilizando as duas mãos, mas somente a lançando quando estava alinhada a sua oponente. Quando a rajada a atingia, causava uma grande explosão jogando Mayumi contra Belle a atrapalhando. Neste momento Rose estendia os dois braços em direção as duas mandando a energia em torno de si contra as duas, que recebem uma forte descarga elétrica, seus movimentos são neutralizados por um tempo fazendo com que caíssem na água e fossem eletrocutadas. Com a concentração de Belle anulada a água desaparecia e o céu tomava um tom alaranjado sinalizando que estava quase anoitecendo. Aury Desfazia a defesa caindo de joelhos no chão, assim como Rose. Safiya caia em pé a frente das duas indagando em tom de preocupação:

– Vocês estão bem?

– Sim, estamos. – Respondiam as duas juntas.

A aura em torno das jovens desaparecia, Louise se aproximava estando impressionada, comentando:

– Nada mal sua estratégia, Rose.

– AH, obrigada. – Agradecia a cientista se levantando. - Mas, acho melhor fugirmos enquanto elas estão nocauteadas.

Mesmo não querendo Louise se via obrigada a concordar. Safiya estendia a mão direita para ajudar Aury a se levantar, em seguida a necromante as teletransportava para a cabana na floresta.

– O que houve? Vocês demoraram muito. – Indagava Katsuo preocupado.

– Safiya? O que faz aqui? – Indagava Mizaki.

– E você, Aury? – Indagava Angus.

– Bom, eu estava indo para casa junto com Rose e Louise... AI eu encontrei a Safiya. – Explicava Aury ainda confusa, sentando-se em uma cadeira. – Quer dizer, ela não estava assim... Ela era uma gatinha... Então duas seres magicas, assim como Louise e Safiya, surgiram e nos atacaram dizendo que queriam as esfatais do trovão e a da luz.

– Foram Belle e Mayumi que nos atacaram. – Completava Louise. – Disseram que estavam seguindo a ordem de nos exterminar dada pela mestra Basilissa.

– O que? – Indagavam Katsuo, Gladius, Mizaki e Musset.

– Eu ainda acho que isso é um engano. – Dizia Safiya.

– A única explicação é que aquela energia ainda esta dominando nossa mestra. – Dizia Mizaki, estando pensativa. – Acredito que a energia esta as enganando de alguma forma.

– Se a Mayumi esta aqui, provavelmente Vough também está. – Dizia Musset. – Eu não acredito que Vough foi manipulado e nem a Mayumi que é completamente leal a ele.

– Isso é estranho... – Comentava Rose pensativa. – Temos que investigar isto com calma. Ah, e temos uma nova integrante. Aury é a portadora da esfatai da luz!

– Uau! Incrível, Aury! – Dizia Penelope animada.

– Ahn... Obrigada... – Agradecia a pequena. – Mas, tudo isso ainda é muito confuso para mim... Especialmente pelo que a Mayumi disse sobre meu pai.

– O que ela disse? – Indagava Penelope curiosa.

– Disse que meu pai foi um paladino que quase derrotou esse tal de Vough há muito tempo... E que ele foi julgado como traidor de Frostwar. – Explicava Aury fitando a esfatai da luz.

– O que? – Indagava Musset, Gladius e Katsuo impressionados.

– Seu pai se chamava Kyozaky Starlight? – Indagava Musset.

– Sim, este era o nome dele. – Respondia Aury estando cabisbaixa. – Minha mãe morreu um pouco depois de eu nascer e meu pai morreu de uma doença rara quando eu tinha 10 anos.

– Meus pêsames, Aury. – Dizia Mizaki em tom calmo, aproximando-se da menor e apoiando a mão direita em seu ombro.

– Provavelmente, mesmo que você fosse ainda bebê, Aury, sua mãe não suportou a grandiosidade de seu poder. – Explicava Katsuo em tom calmo. – Kyozaky deve ter falecido de velhice, mesmo que não aparentasse muita idade e afinal ele não era um imortal.

– Meu pai era muito bondoso, não entendo por que o acusaram de ser um traidor. – Dizia Aury apertando a esfatai da luz com força.

– Ele foi visto no território dos Threstic como se os estivesse ajudando. – Explicava Safiya. – Após a derrota deles, Kyozaky foi julgado como traidor por quase toda Frostwar e banido para a Terra. Mas, eu não acredito que um paladino como ele iria nos trair dessa maneira.

– Poderia ter sido uma armadilha dos Threstic. – Deduzia Musset.

– Sim, provavelmente. – Concordava Katsuo.

– Então eu irei me juntar a vocês e limpar a honra de meu pai! – Dizia Aury em tom otimista se levantando da cadeira.

Todos ali sorriam de forma otimista, cada um explicava a garota o que estava acontecendo. Mayumi e Belle haviam ficado desacordadas com o golpe, aos poucos elas acordavam e se levantavam.

– Grr! Por que você me atrapalhou? – Resmungava a sereia.

– Você bem que poderia ter desviado! – Retrucava Mayumi arrumando as madeixas negras com as próprias garras de raposa.

– Eu estava concentrando energia para fortificar a Tormenta de Atlantis! – Revidava Belle cruzando os braços. – Grr! Como o Vough pode ter uma serva tão imprestável...

– Não sei como Vough-sama te recrutou, nem ao menos sabe controlar direito seu golpe mais poderoso. – respondia Mayumi de forma indiferente.

– Quero ver a desculpa que você vai dar para ele. – Dizia Belle virando a face para o lado.

– Nenhuma, pois nós duas vamos falar com Vough-sama. – Respondia a kitsune.

– Até parece que eu vou. – Respondia Belle virando-se de costas para Mayumi, caminhando até o mar. – A incompetência foi sua.

– E sua também, visto que deixou elas fugirem! – Retrucava Mayumi, correndo atrás de Belle tentando impedi-la de entrar no mar, no entanto foi em vão. – Covarde isso que ela é! Humpf!


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