Eu não consegui dormir naquela noite. Estava ocupado demais olhando para mulher que estava ao meu lado. Caroline dormia tranquilamente em cima de meu peito. Eu acariciava seus cabelos, olhando para seu rosto. Querendo decorar cada parte de seu lindo rosto, de seu corpo.

Mesmo estando ao lado dela, parecia ainda ser um sonho. Como demorei a entender o que meu coração queria, como fiquei cego para tudo que não fosse Elena e meu irmão para não ver a única pessoa que esteve a meu lado, a única que me trazia paz, que me fazia sorrir mesmo quando tudo estava ruim, que me fazia querer dançar até meus pés doerem.

– Stefan – Caroline sussurrou ainda com os olhos fechados, Stefan deu um leve beijo em seus lábios

– Bom dia – Caroline abriu os olhos parecendo incrédula, ela se afastou de mim – Caroline espera.

Stefan a deteve segurando-a pelo braço

Stefan segurou minha mão. Ele ficou próximo de meu pescoço me fazendo virar para olhá-lo. Não consegui erguer minha cabeça. Mesmo sendo aquele o melhor momento da minha vida. Simplesmente não conseguia acreditar que tudo aquilo não era um sonho. Eu estava ali quase nua, depois de passar uma noite de amor com ele.

Ele pegou meu rosto em entre a mãos, mesmo assim era difícil encará-lo. Stefan era meu melhor amigo, a única pessoa do mundo que conseguia me transmitir paz e segurança apenas com um olhar. Eu tinha estragado tudo cedendo ao um desejo a um impulso. Eu tinha me entregado a ele, quando estive em seus braços, quando estive frente a frente com seus olhos sentindo como se fossemos apenas um. Eu não pensei no amanha no depois. No que seriamos de nos. Eu e Stefan no dia seguinte.

O que seria de nos quando o sonho acaba-se. Porque ele acabaria. Stefan era perfeito, a melhor pessoa que já conheci. Ele sempre ajudava a quem quer que fosse mesmo se a pessoa já tivesse lhe feito mal. Ele estava sempre disposto a estender a mão. Eu fui uma delas. Há cinco anos Stefan tinha me salvado de mim mesma. Não era somente uma ajuda para minha nova estrada como vampira.

Stefan me ensinava aos poucos o que era viver, o que era ser uma pessoa melhor.

– Caroline – ele disse próximo ao meu rosto. Quando finalmente reuni coragem para olhá-los nos olhos. Ele encostou os lábios nos meus, suavemente. Encostou a testa na minha.

– Stefan… Isso foi um erro.

Ele me silenciou com um beijo. Que inicialmente foi delicado, se transformou desespero. Nos beijamos como se não houvesse amanha como se só existisse o hoje e agora. Ele me segurou com força, me erguendo como se fosse feita de papel me colocando em seu colo.

Suas mãos desciam de meu pescoço para minhas costas. Seus beijos desciam por meu corpo. Inclinei a cabeça para trás extasiada com seus beijos e carícias. Stefan sorriu me trazendo ainda mas para ele.

– Stefan…

Eu o afastei me levantei me enrolando no lençol tentando controlar meu corpo que parecia não querer responder. Stefan se levantou, ainda estava nu, o que não ajudou nem um pouco. Ele se aproximou de mim novamente abraçando-me por trás

– Não Stefan, por favor – Eu supliquei para que ele se afasta-se mas ele não me ouviu.

– Caroline olha para mim – Eu neguei com a cabeça ainda de olhos fechados – Isso não foi um impulso – Ele sussurrou em meu ouvido, parecendo ler tudo que passou em minha cabeça – Hoje foi melhor noite da minha vida. Você foi melhor coisa que aconteceu na minha vida. Você foi a pessoa que me trouxe de volta. Me fez amar cada segundo, cada sorriso. Isso não é erro. Esse foi o único acerto da minha vida.

Caroline olhou para Stefan não conseguiu conter as lágrimas

– Stefan, eu…

– Caroline, não faz isso. Não me afaste, não fuja disso. Eu sei que sente o mesmo que eu. Não fuja!

– Stefan nos somos amigos – Eu disse fraca – Isso é errado, nos confundimos tudo..

– Então eu confundi tudo? Então todos os momentos em que estivemos juntos, todos os momentos em que precisei e você estava lá. Todos os momentos que precisei ouvir sua voz e você estava lá. Tudo o que seus olhos dizem eram mentiras? Quer dizer que não me ama? – Stefan se aproximou de meu rosto – Diga Caroline, diga que foi tudo um engando, que foi apenas um sonho. Eu juro que te deixo em paz para sempre. Juro que fingirei que estou bem sem você, que não voltarei a vagar sozinho, que seremos amigos como antes. Diga Caroline, olha nos meus olhos e diga que tudo isso foi um erro, que não me ama.

Eu não podia, eu não queria perdê-lo. Mesmo que tudo fosse um erro que eu me arrependesse depois. Eu simplesmente não conseguia dizer que não amava.

– Eu te amo Stefan

Um sorriso se formou em seus lábios e automaticamente nos meus. Eu não podia viver sem ele, não mais. Não podia e nem queria viver sem seus beijos sem seus toque. Dessa vez fui eu que quebrei a distância, me entreguei a ele. Sabendo que não era um sonho. Que era a realidade e que mais cedo mais tarde teria que enfrentar as consequências cedo ou tarde. Mas já não me importava. Ele estava ao meu lado.

– Eu te amo – Ele sussurrou quando nos afastamos. Ele me amava e isso era tudo que importava.

Jeremy

Jeremy estava sentado na poltrona, olhando para o chão. O sonho com Lily estava vivo em sua memória. Se lembrava do olhar dela, das palavras e o modo como ela se jogou. Muitas coisas entranhas já aconteceram na vida dele. Primeiro ele se apaixonou por uma vampira, que em seguida se tornou um fantasma. Depois ele descobriu que tudo o que ele julgava ser fantasia existia, logo depois ele morreu e voltou a vida. Sua vida parecia um filme. E agora quando pensou estar em paz, feliz ao lado de Bonnie. Ele se apegara em uma criança.

Que agora aparecia mais com um caso 39 com uma leve mistura de Freddy Krueger. Estava aparecendo em seus sonhos. Dizendo coisas sem sentido e se matando depois. Porque ela dissera tudo aquilo. Como ela poderia saber que ele já fora um caçador.

– Jeremy – Ouvi Elena me chamar, Damon estava ao seu lado olhando para mim como se fosse um tipo de débil mental – Jer, você está bem?

Meu coração acelerou, uma sensação estranha me fez olhar fixamente para minha irma. A palavra aberração veio em minha mente. Elena e Damon eram aberrações. Estavam mortos, eram vampiros. Senti uma raiva, um impulso de quebrar a cadeira e entalhar a madeira no coração dela - Meu deus o que estava acontecendo comigo? Podia ouvir a voz de Lily ecoar na minha cabeça. Como se desperta-se um tipo maligno de raiva em mim, eu sentia desejo de matar minha própria irmã.

– Jeremy – Dessa vez foi Damon, eu desviei meus olhos para o chão, me dando conta de que arranhava a poltrona, eu estava soado – Ele deve ter usado algum tipo de droga!

– Damon – Elena o reprendeu e tocou no meu ombro, foi um impulso involuntário. Eu torci a mão de Elena e joguei no chão, com uma força que não parecia ser minha. Eu já tinha sentido aquilo antes, quando as tatuagens apareceram no corpo, mas agora tinha poder devastador sobre mim, eu parecia não controlar meus próprios pensamentos, parecia um feitiço… Lily.

Lily

Lily acordou sobressaltada, não lembrava do que tinha sonhado, mas o rosto de Jeremy lhe veio a mente. Olhou para os lados procurando Caroline ou Stefan, mas estava sozinha no quarto. Se levantou indo até a janela. Era estranho poder olhar o dia, sem estar pressa.. Num quarto mofado e escuro, sei ter as mãos presas em coreias, deitada em uma cama dia após dia.

Lily olhava para nuvens brancas imaginando formas em todas elas. Quando ouviu um barulho atrás dela, ela se virou. Mas não tinha nada, deu ombros se voltando para o céu novamente. Quando teve a sensação de não estar sozinha, sempre sentiu isso.

Mesmo presa no quarto. Parecia que sempre tinha olhos sobre ela, ou alguém em sua cabeça. As vezes seus pensamentos não pareciam ser seus. Lily ficou vidrada olhando o céu, por muito tempo. A luz do sol batia contra seus olhos mas ela se quer piscava. Lily estendeu a mão sem controle para um pássaro que voava em círculos no céu e fechou a mão. O pássaro caiu estatelado no chão, inclinou a cabeça, olhando para o pássaro morto. Um sorriso de satisfação cobriu seu rosto, ela olhou para o céu novamente, vendo outros pássaros – Mas uma vez estendeu as mãos concentrada olhando para pássaros, um a um eles caíram mortos no chão.

Stefan

Stefan tentava fazer o menos ruido possível enquanto preparava o café da manha. Tinha deixado Caroline na cama, dormindo. Pego uma colocando tudo que havia preparado. Correu até a varanda para pegar uma flor, mas não achou nem uma. A casa vizinha tinha um jardim, ele se inclinou pela cerca tentando roubar uma. Um senhor apareceu, Stefan ia logo se desculpar. Mas o senhor não pareceu se importar, cortou ele mesmo e estendeu uma rosa branca pra mim.

– Para alguma namorada?

– Eu não diria namorada, esta mas para minha futura esposa

– O senhor sorriu cortando outra rosa, dessa vez vermelha

– Tome, elas adoram rosas, principalmente vermelhas

– Obrigado – O homem apenas assentiu com sorriso no rosto entregou a rosa para senhora que estava sentada na varanda. Pensou que nunca chegaria a ficar velho, mas tinha Caroline teria a eternidade a seu lado. Enquanto a filhos… Ele já tinha uma. Caroline permanecia dormindo, serenamente. Ele sentou na cama em silêncio, acariciando seus cabelos, com cuidado. Não queria acordá-la

– Bom dia – Caroline disse ainda de olhos fechados

– Eu diria boa tarde – Caroline se levantou se espreguiçando olhando para janela

– Meu deus, nos passamos quase o dia inteiro aqui – Ela puxou o lençol para cima – A Lily…

– Ela ainda está dormindo. – Eu beijei seus lábios repetida vezes ela sorriu olhando para bandeja

– Onnn você fez o café da manha – Eu coloquei a bandeia na cama e Caroline pegou a rosa – E linda Stefan. Ela me beijou – Vou ficar mal-acostumada

– Se depender de mim vai acordar todos os dias nos próximos mil anos assim.

– Mil anos? Não parece tempo demais?

– Não, quando se tem a eternidade a favor – Stefan fez um beicinho – Por que, não pretende passar “o sempre”, comigo?– Caroline sorriu

– Sabe o que é, eu sou muito jovem para me prender a alguém por cinquenta anos. Imagina a eternidade. Eu tenho que vivenciar mais experiências antes de querer ser de alguém pra sempre.

Stefan abaixou a cabeça, depois sorriu.

– Quem sabe ir ate New Oleans antes de tomar essa decisão tão difícil – Caroline riu lhe dando um tapa

– E quem sabe? New Orleans tem seus atrativos – Stefan sorriu puxando para um beijo.

Caroline mordeu um morango, Stefan ficou em silêncio pensativo. Era estranho, mas sentiu uma pontada aguda no peito ao ouvi-la confirmar com entusiasmo sobre New Orleans. Ela ofereceu um morango, ele negou com a cabeça fitando sério

– O que foi?

– Nada – Caroline sorriu para mim

– Nada? Então por que essas ruguinhas de preocupação.

– Hein eu sou um vampiro, não tenho rugas.

– Tem sim, principalmente quando faz essa cara – Ela tocou em seu nariz – O que foi, por que esta ai pensativo em vez de estar me beijando. Stefan pensou se seria ridículo demais fazer aquela pergunta mesmo assim a fez

– Você sente algo pelo Klaus?– Caroline quase engasgou com o suco

– O que? Que ideia e essa?

– Eu entenderia, mesmo sendo o Klaus… Caroline começou a rir

– E lindo sabia?

– Algumas pessoas já disseram isso – Stefan zombou

– Convencido – Caroline se inclinou para ele – Nunca imaginei que teria ciúmes de mim, além do mais do Klaus.

– Klaus pode ser um monstro, mas eu também já fui um dia Caroline, e você tem a mania de transformar vilões e mocinhos… Caroline e silenciou com um beijo demorado.

– Eu admito Stefan. Eu já senti uma atração estranha para não dizer maligna por ele. Stefan fez uma careta com a revelação – Ele e o tipo de cara que passa pela vida de uma garota pelo menos uma vez na vida. Mas ele não e um bad boy, Klaus e uma pessoa ruim, que não sabe o que significa amor, talvez um dia quem sabe ele não descubra. Mas não será por comigo, meu coração já pertence a outro. E ele e melhor pessoa que já conheci.

– Ah é, quem seria esse cara tão especial. Posso saber?

– Hummm, deixa eu descrevê-lo… Ele é o cara mais lindo e que já conheci e gostoso o que bônus – Stefan riu – Mas também e o tipo de cara que você quer passar a eternidade do lado, mesmo que seja para segurar sua mão ou vê-lo dormir. Ou acordar olhando seus olhos verdes todos os dias.

Stefan puxou Caroline ficando por cima dela prendendo suas mãos

– Então você aceita? – Perguntou beijando-a

– Aceito o que?

– Passar a eternidade comigo – Caroline sorriu se desprendendo de seus braços e o derrubando ficando por cima.

– Aceito – Caroline se inclinou beijando e continuariam se não fosse o barulho da maçaneta girando

– Caroline, Stefan – Liz disse, logo depois fechando a porta incrédula com situação

– Ai meu deus – Caroline cobriu o rosto envergonhada – Minha mãe me viu… Transando.

Elizabeth

Eu cheguei em casa depois de uma longa noite de trabalho. Passei a noite olhando para corpos estressalhados numa parte afastada da floresta. Pensei que chegaria em casa e me jogaria na minha cama box. Mas quando abri a porta do meu quarto a pior cena que uma mãe pode ver – Caroline e Stefan estavam… Na minha cama!?

Não que pensasse que minha filha era pura – Longe disso! Eu mesma a levei arrastada para ginecologista assim que ela tinha completado quatorze anos. Mas dai a encontrá-la em pleno o ato, na minha cama. Era inadmissível. Caroline estava vivendo com o namorado, amigo. Nem se quer conseguia entender. Com uma criança que estava agora me chamando de vovó. Caroline saiu do quarto vestida, ela mão conseguia erguer a cabeça de tanta vergonha. O que dizer numa hora dessa.

– Mãe – Ela disse coçando a cabeça sem olhar diretamente para mim

– Caroline – Eu disse me sentando no sofá.

– Eu posso explicar…

– Não precisa eu vi muito bem – Liz suspirou – Mas tinha que ser na minha cama?

– Não – Ela disse ainda mas vermelha – Eu não planejei…

– Claro que não. O que e ótimo você ser uma vampira, assim não tenho que me preocupar com netos concebidos no meu quarto… Quer dizer, você já me deu uma netinha. Liz massageou a têmporas

– Mãe me desculpa, isso foi horrível.

Liz ergueu olhar para filha, e mesmo sendo uma hora para severidade e bom sermão ela sorriu, se lembrou dela quando jovem, uma cena semelhante a essa. Mas fora no sofá da sala, que seu pai a flagrou com Dean.

– Tudo bem.

– O que? Tudo bem?

– Não tudo bem, para o fato de transar na minha cama box – Liz inclinou a cabeça para Caroline – Mas sim tudo bem, só não faça de novo okay

– Claro mãe – Liz ia em direção ao banheiro tomar um belo banho

– Ah a propósito, fico feliz por vocês.

Caroline

Caroline sorriu olhando a mãe sumir de sua vista. Não podia sentir mas feliz. Caroline foi até o quarto de Lily, estranhando ela ainda não acordado. Quando abriu a porta Lily estava parada na janela olhando para o céu ela tocou em sua cabeça e Lily virou para ela. Por um momento, sentiu um calafrio olhando os olhos dela. Lily estava quente, deveria estar a horas em pé ali olhando para céu

– Lily, você está bem – Ela ergueu o olhar para mim com sorrisos estranhos.

– Sim, eu só estava olhando o céu – Disse ela me abraçando. Não entendi bem o porque, mas o seu abraço, seu olhar pareciam… Falsos. Não parecia ser Lily. Depois de soutá-la eu caminhei em direção a janela para minha surpresa Lily fechou a janela, eu gritei assutada.

– Pode deixar, eu fecho – Lily sorriu estendendo a mão fechando a janela apenas com um gesto nas mãos.

– Lily como fez isso – Caroline se agachou ficando em sua altura.

– Foi a Bonnie, ela me ensinou – Caroline maneou a cabeça incrédula – Por que está me olhando assim?

– O que?

– Eu fiz algo ruim?

– Não meu amor, não. Eu só fiquei surpresa, desde quanto consegue fazer isso.

– Desde hoje de manha – Caroline assentiu assutada, mas sorriu tentando não demostrar.

– Vem vamos tomar café – Lily assentiu pegando na mão de Caroline que fechou a porta ainda incrédula com poder que criança tinha, como ela podia ter conseguido tanto controle de um dia pra noite.