Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 32
Um novo começo 2ª parte


Notas iniciais do capítulo

Bem, não estava nos meus planos fazer uma segunda parte do capitulo anterior, estava nos meus planos acabar a fic hoje, mas, eu fiquei com dó e inventei um cap. adicional. Espero que gostem.
Só algumas informações sobre o cap. pra vcs não se perderem... 
É narrado pelo Tom, a gnt vai saber tudo que ele sentiu e passou um dia antes dele ir buscar a Cléo no Hospital e também no dia q ele foi buscá-la. 
Achei importante coloca os sentimentos dele aqui.
Ai no final do cap. ele já está com a cléo, a levando pra casa.
 
Boa Leitura!



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Tom

 

- Georg, amanhã a Cléo deixará o Hospital não é mesmo? – perguntei a ele com certo esforço em fazer as palavras saírem. Estava na minha última rodada de flexões.


- Sim, ela sai de lá às oito da manhã. – Ge me ajudava segurando meus pés enquanto eu ia e voltava. – Você, vai fazer mesmo aquilo que você me disse?


- Aham, já me decidi. – deitei exausto no chão esticando meus braços. Nunca fiquei tão sem ar em toda minha vida.


- Agora chega Tom. Você malhou feito um louco essas últimas horas. Mal se alimentou. – olhou para o relógio que carregava no braço – Ah cara, já passa da meia noite.


- Pode ir dormir Ge. Valeu pela ajuda, de coração. – me levantei indo até o espelho – O velho Tom Kaulitz está de volta. Olha meu tanquinho aqui, dá pra lavar uma tonelada de roupas nele. Ahaha – sorria feito bobo no espelho enquanto contraia todos meus músculos. Fazia as poses mais ridículas que podia.


- Só você mesmo Kaulitz. – ele girava os olhos – Agora tome um banho e vá dormir ok?! Não vai se atrasar amanhã. É um dia importante para todos nós, principalmente para ela. Você sabe disso...


- Eu sei. – sorri de canto para ele.


- Boa noite Mister Bombastic! – piscou para mim virando-se para sair da sala.


- Georg! – o chamei.


- O que é?


- Obrigado. Sem você eu não conseguiria... Não só entrar em forma novamente, mas também não conseguiria retomar minha vida. Você pegou no meu pé e me mostrou sempre o que era certo a fazer. Você foi o único que me jogou na cara o quão idiota eu estava sendo... Enfim, você e o Gustav são os melhores amigos que um cara como eu poderia ter. Valeu mesmo. – desviei o olhar sem graça.


- Só não vou até ai te dar um abraço porque você está soado, fedido e sem camisa. E não pega bem pra dois caras se abraçar em tais condições, você me entende não é mesmo?!


- Tudo bem, eu entendo. – aquele Georg tinha um medo de alguém pensar que ele era gay, vai entender. – Boa noite cabeludo!

 

 

 No dia seguinte eu levantei atrasado, lógico. Estava tão cansado que nem o despertador conseguiu me acordar. Quando vi que já era sete e meia dei um pulo que por pouco não me fez bater a cabeça no teto. Fiz tudo na maior pressa... Nem comi (e olha que eu estava morrendo de fome). Dei uma checada no espelho para ver se eu estava bem, se estava apresentável. Depois dei uma passada no quarto do Georg e do Gustav, mas, nada deles.

 

- Aqueles dois filhas da puta já saíram e nem me acordaram! Ah eles me pagam. – eu disse enquanto abandonava rapidamente nosso quarto de Hotel.

 

 Na minha cabeça eu só pensava: “eu não posso me atrasar para ir buscar a Cléo no Hospital, não posso. Eu preciso deixá-la feliz a qualquer custo e tentar consertar tudo que eu fiz.”

 Graças a deus e ao meu lindo e veloz Audi R8 que eu cheguei a tempo de buscá-la. Com certeza levei umas três multas (no mínimo) por excesso de velocidade e por ter passado por uns faróis vermelhos também. Mas isso é o que menos importa. Eu estava lá, na recepção só aguardando a Dona Dulce descer para que eu pudesse subir até o quarto da Cléo. Procurei ler uma revista qualquer para me distrair, mas definitivamente revistas de fofoca não me atraem. Pedi um café para a enfermeira e ela me trouxe. Depois que terminei de beber fiquei jogado no sofá reparando no movimento daquele infeliz lugar. Quantas recordações tristes este Hospital me trás, não sei como tive coragem de estar aqui novamente. Nesta sala de recepção eu dei a noticia mais triste a todos, nesta sala eu fui ao inferno, sem dúvidas. Estas recordações me faziam soar frio. Já não agüentava mais ficar lá, quando me levantei para sair, uma voz feminina chamou por mim:

 

- Tom, aonde vai? – Dulce vinha desconfiada em minha direção – Você não está pensando em ir embora, está?


- Eu? – me virei a ela na maior cara de pau – Não... Lógico que não, eu apenas ia até lá fora tomar um ar.


- Meu deus você está pálido, abatido... Por um acaso comeu alguma coisa?


- Não, acordei atrasado e não tive tempo de me alimentar. Mas isso é o que menos importa agora não é mesmo? Eu, já posso subir até lá para vê-la? – estava ansioso demais.


- Pode sim querido. – pegou nas minhas mãos – Obrigada por tudo.


- Era o mínimo que eu podia fazer depois de todo sofrimento que eu causei a Cléo... Você sabe.


- Ah deixe isso para lá. Já é passado. Nos encontramos lá então?!


- Sim. Os G´s já estão lá com o Jost e o resto da galera. Saindo daqui eu e a Cléo vamos direto ao encontro de vocês. – sorri com ar de responsável.


- Então eu já vou indo. – beijou meu rosto – Boa sorte lá em cima.


- Obrigado.

 

 Ao entrar naquele elevador e apertar o botão que me conduziria até o sétimo andar, eu já estava praticamente sem roupa (exagerado). Meu nervosismo saia em forma de suor. Dei uma disfarçada e meti meu nariz embaixo do braço para ver se estava mal cheiroso, mas, o desodorante ainda fazia efeito. Abanava meu blusão enquanto uma velinha que seguia ao meu lado me encarava incrédula. Esbocei um sorriso amarelado, e ela deu o ar da graça:

 

- Está calor aqui não é mesmo?


- Sim. – respondi demonstrando minha falta de interesse em prolongar uma conversa tosca no elevador.


- Você deve estar indo se encontrar com uma pessoa muito especial, para estar nervoso e tão preocupado com seu cheiro desta maneira...


Fiquei sem respostas para aquilo, apenas olhei desacreditado para a velhota, que continuou falando:


- Fique tranqüilo, você está muito cheiroso.


- Obrigado, a senhora também. – respondi tímido.


Ela cheirava a talco.


 Quando a porta do elevador finalmente se abriu e eu me deparei com aquele corredor cheio de quartos, meu coração pareceu sair pela garganta.

 

- É aqui o seu andar meu filho. Não vai descer? – a velha segurava a porta para mim.


- A... A senhora pode me fazer um favor? – não acredito que eu ia pedir aquilo a ela – Pode me acompanhar até a porta do quarto onde tenho que ir?


Ela me encarou por um instante. Sorriu largamente e disse que me acompanharia com muito gosto. Eu dei meu braço a ela, e fui caminhando até o quarto onde a Cléo se encontrava.


- É aqui que ela está? – a senhora me perguntou baixinho.


- Sim. É aqui que ela está.


- Por que está nervoso?


- Porque eu a magoei. – balancei minha cabeça negativamente - Fiquei longe quando ela mais precisou de mim sendo que eu também precisava dela. Tive medo de encará-la por ela carregar a lembrança mais viva de uma pessoa muito importante na minha vida que eu... Perdi. – esse era o assunto que eu tocava e me emocionava sempre. Logo meus olhos marejaram.


A velinha me ouvia atenta. Parecia ter dó de mim, mas aquilo não me incomodava. Ela alisou meus cabelos e disse:


- Eu sei quem você é, eu sei quem você perdeu, mas sei também o que você ganhou– pegou em minhas mãos.


- O que eu posso ter ganhado depois de tudo isso? Eu... Eu perdi tudo.


- Seu irmão pode não estar mais aqui. Mas o que o mantinha vivo está aqui, atrás desta porta e é isso que você ganhou...Você ganhou uma nova chance de conviver com o que ele tinha de mais lindo, o coração dele. Não tenha medo dos seus sentimentos, não tenha medo... Dela. – olhou para a porta que estava apenas encostada, foi a empurrando com as mãos até abri-la silenciosamente. – Agora entre sem medo e descubra a sua verdade.

 

  Engoli seco, tomei coragem e entrei. Não totalmente, fiquei parado na porta a observando de longe primeiro. Cléo estava de costas para mim, escorada na janela concentrada na vista que a cidade oferecia. Aquele momento era tão dela que interromper seria um pecado, mas, eu tive que fazer isto:


- Cléo!

 

 Eu finalmente consegui chamá-la e quando ela se virou a mim, eu senti... Eu senti um alivio enorme. Não, eu não estava assustado, eu estava... Feliz. Eu simplesmente senti que eu havia reencontrado uma pessoa que me fazia falta... Muita falta.

 Quando sai com a Cléo do quarto corri meus olhos pelo corredor para encontrar a velha senhora que havia me ajudado. Então notei a porta de um quarto escancarada e ela, ao lado de um senhor que havia acabado de receber um novo órgão. Estavam felizes, trocando abraços e beijos apaixonados. Sem duvidas eles ainda teriam muita vida pela frente.


 Agora eu estou aqui, guiando meu carro enquanto a Cléo, ao meu lado, não desvia o olhar das ruas lá fora. Parece uma criança num parque de diversões. E ela mal sabe o que a espera ainda.

 

- É impressão minha ou Hamburg de repente tornou-se a cidade mais linda do mundo? – ela me perguntou.


- Enquanto eu morar aqui, essa cidade vai ser a mais linda do mundo, sem dúvidas. – adoro me gabar, isso sempre faz as pessoas sorrirem de certa forma.


- Sem dúvidas Tom, sua presença deixa tudo bem mais lindo. – senti uma ironia bem humorada partindo dela – Mas, agora que eu reparei... Nós estamos na parte mais rica de Hamburg, por isso a vista está tão maravilhosa. E esse não é o caminho de minha casa.


- Bom... Este não é o caminho da sua antiga casa. – mordi meu lábio inferior segurando um sorriso.


- Antiga casa? – fez cara de espanto - A mamãe nem comentou comigo que havia se mudado...


 - Ah ela não te contou é?! Como eu sou idiota... – me fiz de vitima – Certamente ela queria te fazer uma surpresa e eu acabei de estragar tudo. – balançava a cabeça negativamente.


- Não Tom, não estragou nada. Ta tudo bem...


- Não Cléo... Agora fiquei me sentindo muito mal. Estraguei a surpresa da sua mãe. – encenava uma feição decepcionada – Mas, tem um jeito de evitar que eu estrague tudo ainda mais.


- Que jeito?


- Abre o porta luvas, pega uma venda preta que está ai e a coloque. – pedi a ela.


- Tom? – ela me olhou assustada.


- Cléo confia em mim! Eu não vou te seqüestrar nem nada do tipo. – ela me encarava sorrindo séria – Tudo bem, eu já te seqüestrei uma vez, mas foi por uma boa causa. – cai na risada ao me lembrar do dia em que eu e Bill a “raptamos”.


- Tudo bem vai... Vou confiar em você. – abriu o porta luvas retirando a venda deste. O pior é que eu guardo todas as minhas camisinhas no porta luvas e assim que ela abriu, tudo aquilo caiu bem no pé dela.


- Homem prevenido é outra coisa né?! – eu disse meio tímido fazendo com que ela girasse os olhos. Depois ela colocou a venda e nós seguimos viagem.

 

 

 Agora, só espero que ela fique feliz com a surpresa que preparei para ela...

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

 A Cléo vai ter uma surpresa muito boa.
Aguardem...



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