Love And Death escrita por Baabe


Capítulo 26
Duas escolhas, um destino


Notas iniciais do capítulo

Primeiro: Eu já disse que a fic vai ter dois finais diferentes? Pois é, ela vai sim porque eu não sei se a escolha que o Bill fez aqui irá agradar a todos. Mas eu garanto que o final da fic com essa escolha dele fica lindo. LINDO DEMAIS. Acreditem em mim.

Segundo: Esta fic está acabando (ainda bem, acho que ngm aguenta mais) mas tem outra começando. Acompanhem: " A Paparazzi"

Terceiro: Meo, essa música me lembra tanto o Bill, é uma das músicas que mais me faz lembrar dele, talvez seja porque ele disse que gosta, o que torna tudo mais especial.E a banda tb é uma das melhores do mundo. Quem não gosta de Coldplay que atire a primeira pedra.
HSAUHUHS



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 Coldplay – Fix You


E quando as lágrimas escorrem pelo seu rosto
Quando você perde algo que não pode substituir
Quando você ama alguém, mas não dá certo
Poderia ser pior?

Luzes vão te guiar para casa
E incendiar seus ossos
E eu vou tentar te consertar

Bem lá em cima ou embaixo
Quando você está tão apaixonado para se libertar
Mas, se você nunca tentar, nunca saberá
exatamente qual é o seu valor

Lágrimas escorrem pelo seu rosto
Quando você perde algo que não pode substituir
Lágrimas escorrem pelo seu rosto 
e eu vou tentar te consertar...

 

 


 

 

 


Bill

Fui me afastando do misterioso Klaus sumindo pela névoa que pousava sobre aquele vasto lugar. Curiosamente começou a chover, eu não sabia que no paraíso chovia, na verdade eu nem sabia ao certo se estava no paraíso mesmo. Meus pensamentos me acompanhavam, falavam comigo o tempo todo e lá onde eu me encontrava eles pareciam ter vida. Precisava pensar bem em quem renascer. Sempre imaginei Tom sendo pai, rodeado de filhos para ser mais exato. Eu acho que ele seria um excelente pai, sempre presente e disposto a ensinar tudo ao seu filho. Um pai brincalhão, animado e para cima. O pai que nós não tivemos. O pai que nos faltou quando mais precisamos. Tom é o tipo de homem que está pronto para ser pai a qualquer momento. Não se enganem com ele, meu irmão é extremamente responsável, perfeccionista e cuidadoso com suas coisas.

 Quanto a Cléo. Eu sinto que vivi muito pouco com ela e acho que merecemos viver mais este amor, não importa a maneira que esse amor venha, apenas necessito amá-la mais e fazê-la me amar mais que tudo também, era uma questão de honra para mim. Demorei tanto para encontrá-la e quando finalmente estive junto dela, o destino nos separou (novamente). Nada melhor que torná-la minha mãe, e que mãe maravilhosa eu teria... Cléo é extremamente delicada e bem determinada também. Acho que ela se espelharia em Dulce para ser a melhor mãe do mundo, daquelas que não mediria esforços para fazer seu filho feliz, para protegê-lo.

- Aqui estou eu com o pai perfeito e a mãe perfeita. Meu Deus quem eu devo escolher? Porque você não aparece para me orientar? - Pensei em voz alta.

 

 Continuei caminhando pela chuva, estranhamente eu não me molhava. Não havia mais nada que pudesse me tocar apenas a dor interna era sentida e o amor incondicional que eu carregava dentro de mim. Meus pensamentos me conduziam fazendo com que eu me perdesse em minhas lembranças. Pensei no que disse a Cléo na última vez que estive com ela.

 -"Você vai acordar desse coma, vai sair linda deste Hospital, vai entrar na faculdade, vai conhecer um cara legal, vai se apaixonar de novo, vai ter filhos... Vai ser uma mãe maravilhosa, vai ser uma esposa maravilhosa... Depois você vai envelhecer saudável e morrer naturalmente com a sensação de ter vivido intensamente sem que nada nunca tivesse te faltado, mas quando você for fazer tudo isso, faça pensando em mim."

Dei um sorriso triste ao me lembrar daquilo. Depois meus pensamentos me remeteram ao meu último momento com Tom.

"- Antes de qualquer coisa Tom, eu preciso que você me perdoe por ter te machucado. Eu não queria ter dito aquelas coisas horríveis a você, eu simplesmente não posso negar que você é uma parte de mim, aliás, você é a parte que eu mais amo em mim."

“- Eu te amo tanto. Nunca se esqueça... Você é tudo que eu sou e tudo que corre em minhas veias."

"- Eu não vou a lugar algum Bill, nunca te deixarei. Sempre foi eu e você, lembra?!"

 

 

Sim, sempre foi eu e o Tom e sempre seria assim. Nós éramos a mesma alma, apenas estávamos em corpos diferentes. Eu jurava que às vezes podia sentir simplesmente tudo que ele sentia, éramos tão ligados que gostávamos até das mesmas garotas. Não sei como ele não se interessou pela Cléo também...

-Espere! É isso... Meu Deus como não pensei nisso antes? - Gritei no meio daquele nada. Finalmente minha mente clareou por uma idéia que surgiu em minha cabeça. Lembrei-me do que Klaus havia me dito e consegui juntar as peças. Ele me deu uma dica, cabia a mim entende-la e eu felizmente havia entendido naquele momento.

 

"- Nos momentos em que Cléo e Tom estiverem juntos em um mesmo lugar, você poderá descer até lá e vê-los mais de perto.

- É? Então cada vez que meu irmão e Cléo estiverem juntos, eu vou poder estar com eles também?

- Sim, isto acontece porque as partes que você deixou na Terra irão se encontrar e juntas somarão uma força extremamente grande. Esta força é ninguém mais ninguém menos que você. "

 

É isso!  É exatamente isto que tem que acontecer. Meu irmão e a Cléo devem ficar juntos, eles precisam se apaixonar. Assim eu poderia nascer de ambos. Tom seria meu pai, Cléo a minha mãe e eu o fruto do amor dos dois. É perfeito!

Corri até a tenda onde o conselheiro se encontrava. O tempo foi mudando aos poucos, o sol surgia espantando a chuva e eu carregava um sorriso estranho nos lábios.

 

- Eu já fiz minha escolha. - entrei na tenda indo direto ao ponto.

- E quem você escolheu? - Klaus logo se voltou a mim.

- Escolhi os dois... - me aproximei mais para que ele me entendesse. - Há uma maneira de nascer de ambos sem ter que escolher entre um deles. Eu preciso apenas que eles se apaixonem um pelo outro, só isso.

- Eu sabia que esta seria a sua escolha. - sorriu para mim. - Seus sentimentos são transparentes e eles revelam sempre as atitudes que você toma. Você sempre foi assim, sempre pensou com o coração, sempre deixou que as emoções falassem mais alto. Só que esta escolha que você fez foi mais racional do que emocional.

- Se você vê por esse lado tudo bem. Mas eu penso que do jeito que meu irmão se encontra triste lá na Terra, ele precisa de uma alegria, ele precisa de um amor. E eu sinceramente prefiro ver a Cléo com o Tom do que com qualquer outro cara. Pelo menos eu saberei que ela está em boas mãos.

- Cléo irá ficar confusa, ela gostará do seu irmão, mas enxergará apenas você dentro dos olhos dele.

- Eu sei que ela não me esquecerá, eu estou dentro dela a fazendo viver e o Tom também é extremamente idêntico a mim. Só que ela vai encontrar todo amor do mundo nele, eu sei que vai. E depois de tudo, quando eu renascer de ambos, eles simplesmente se amarão ainda mais.

- Ótimo! Sua decisão foi tomada, não há mais como voltar atrás em sua escolha.

- Eu... Eu vou poder descer até a Terra para ajudá-los?

- Você já os ajudou rapaz. Acabou de escrever a história de ambos e por sua sorte, você faz parte dela. Agora deixe o destino se encarregar do resto. - Klaus disse tocando em meus ombros. - Mas como eu já te disse, você poderá descer até a Terra quando os dois estiverem juntos e poderá assistir a tudo de perto.

- É isso que eu farei. - disse respirando fundo - Quero ser testemunha do amor deles, mesmo que isso me machuque de certa forma.

- Aproveite para sentir tudo pela última vez. Ame, sofra, sorria, chore... Em breve você não terá mais nada disto dentro de você. Será uma alma nova, suas lembranças serão novamente apagadas e quando menos perceber estará chorando novamente por simplesmente nascer.

  

Cléo

Fazia um dia que havia despertado do meu coma de duas semanas. Eu ainda teria que ficar uma semana e meia no Hospital em total observação. O coração de Bill doía dentro de mim, tomava tantos remédios que mal ficava acordada. Fiquei sabendo por intermédio de minha mãe que Gustav e Georg me fizeram uma visita, saber daquilo me alegrou. Queria tanto conhecê-los, queria tanto estar acordada para ve-los ao meu lado. E quanto ao Tom... Queria tanto ter noticias dele, queria tanto vê-lo também.

 Estava sozinha com meus pensamentos quando notei a porta se abrindo. Era minha mãe. Ela sorria para mim como se eu tivesse acabado de nascer, mas os olhos dela eram tão tristes. Ela sabia exatamente como eu me sentia, ela sabia que dentro de mim eu pedia apenas para morrer. Se estava viva era porque Bill havia me pedido.

 

- Bom dia flor do dia! - ela disse tacando-me um beijo no rosto.

- Bom dia mamãe. - respondi a beijando também.

- Como você está amor? Quer alguma coisa?

- Não. - eu disse automaticamente. - Na verdade, eu quero sim.

- O que você quer?

- Quero falar com o Tom. Ligue para ele, por favor!

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Lembrando: A fic tem um outro final, quem não gostou da idéia do Tom e da Cléo juntos não se desesperem ok?
No próximo cap. o Tom vai fazer uma "surpresinha" para a Cléo.

Link para "A Paparazzi" fanfiction.nyah.com.br/historia/51847/A_Paparazzi