Fomos ao pub que se chama Desventuras do Amor, já sei o que está pensando (isso é coisas de dois garotos com dor de corno) bem, eu posso falar que eu não estou, mas não posso negar que Isaac está em uma faze ligeiramente complicada.

O som era alto, o lugar era escuro e um monte de luzes coloridas piscavam, as garotas estavam bêbadas os garotos caídos no chão e chega a parte que eu me pergunto: " Mas o que eu estou fazendo aqui?" Bom, não fui eu que sugeri este local horrível, e sim Isaac, estávamos procurando um local maneiro para curtir e o Isaac avistou um pub com um letreiro vermelho escrito: Desventuras do Amor, entre e apaixona-se. Ridículo não?

Estávamos sentados em uma mesa, uma mesa redonda, Isaac estava sorrindo e olhando descaradamente para as pernas das garotas. Eu só achava graça daquela situação.

– Isaac, vá com calma meu caro, é areia demais para o seu caminhãozinho. - disse. Isaac deu de ombros e continuou a olhá-las.

– Isaac, agora é sério, quando vai sair dessa depressão horrível? - perguntei. Isaac deu risada e respondeu:

– Quando eu achar que a minha minha vale a pena Gus.

Fiquei quieto, bom, estar prestes a ficar cego não é algo fácil, eu sei, mas cara, tem que seguir a vida, dias antes de "amputarem" a minha perna, eu fiquei numa depressão total, mas aí eu tive uma breve conversa comigo mesmo e decidi seguir em frente!

– Isaac, sua vida vale a pena! E como vale, você é cercado de pessoas que gostam de você! Eu, sua mãe, de certo ponto a Monica também "gosta" mas ela é covarde o suficiente de deixá-lo na mão em um momento desses! - disse. Depois coloquei minha mão no ombro dele e disse. - Meu caro, vamos dançar um pouco! Sabe, vai que você consegue uma garoto bonita e tal...

Isaac sorriu, levantamos e ele disse:

– Gus você que tem mais jeito com as garotas, vê se consegue convencer uma a ficar com um pobre futuro cego.

– Calma aí Isaac, eu não sou um garanhão. - disse sorrindo.

– Mas claro que é, não vê o quanto a Hazel se derrete por você?

Sorri, pobre Isaac, se soubesse o quando eu me derreto por ela, iria me zoar pro resto da vida.

– A Hazel é o tipo de garota que só aparece uma vez na vida, ou você embarca nesse barco, ou simplesmente o deixa ir e nunca mais voltar... No meu caso, vou embarcar nesse barco com tudo e certamente nunca mais vou querer sair dele! - disse.

Isaac gargalhou.

– Nunca vi você tão romântico. - disse Isaac.

– Então aproveite para me "ver" romântico, pois daqui alguns dias não vai poder fazer isso.

Isaac gargalhou novamente.

– Certo Gus, você venceu. Mas então vamos beber?

– Hm, não, não vou ingerir bebidas alcoólicas no momento. - respondi.

– Ah, corta esse Gus!

– Você não queria dançar meu caro? - disse.

– Sim, mas com você? Ah vamos combinar... Vai ficar estranho!

– Bom, então deixe-me resolver isso.

Uma garota bonita estava sentada na me ao lado, era loira, tiha olhos verdes e bem... Digamos que atraente (não atraente para mim, mas sim para o Isaac). Fui até a mesa e disse:

– Com sua licença.

A garota olhou para mim e disse:

– Toda!

Puxei o Isaac para o meu lado e disse:

– Bem, vou ser direto. Esse é o meu amigo Isaac, ele joga video-game, gosta de banhos quentes de se agarrar com uma garota bela como você. Creio que ele queria de conhecer, e também sei que vai adorar conhecer ele. Pois bem, sente-se aí Isaac.

A garota olhava assustada. Isaac sentou-se ao seu lado. Os dois se olharam, e depois olharam para mim.

– Então. Não vão conversar? - disse.

– Claro... Pode nos dar licença? - disse Isaac.

– Com todo prazer! - respondi dando distância. - Bem, então, vou sair um pouco desse Pub!

– Tudo bem! Pode ir pra casa. - disse Isaac.

Fiz um sina de "joia" e assim sai do pub.

Fui para casa sem nenhum remorso nem nada. Acho que o deixei em boas mãos. Entrei no carro, coloquei o sinto e liguei o rádio, coloquei o CD do The Hectic Glow, dei partida e segui o meu caminho.

Voltando para a casa fiquei imaginando o quanto o amor é imprevisível, e como ele chega de surpresa na sua vida. E rapidamente me veio a imagem da Hazel Grace. Vocês devem me achar um cara super clichê, eu sei, mas eu não era assim. Eu costumava a pensar que o amor era uma perca de tempo, pensava assim antes de conhecer a Caroline Mathers.

Passou um tempo e eu cheguei em casa, estacionei na garagem, e entrei em casa. Meus pais estavam assistindo ao Jornal.

– Oi, pai e mãe. Tchau pai e mãe. - disse indo em direção ao quarto.

– Gus! Onde está o Isaac! - perguntou mamãe.

– Eh... Deixei ele no Pub... - respondi.

– Você oquê? Como ele vai voltar pra casa?

Olhei para o chão, olhei para o teto mas não olhei para minha mãe, pois deduzi que ela estava brava e a cara dela não estava boa.

– Se isso é amigo, meu Deus! O que será um inimigo!

– Calma mãe eu vou buscá-lo... - disse dando meia volta e saindo de casa.

Lá fora conseguia ouvir minha mãe gritando:

– E é melhor voltar com o Isaac!

Novamente fui ao Pub, bem devo dizer que foi irresponsabilidade minha, mas ninguém é perfeito!

Entrei no pub e ele estava sentado sozinho de cabeça abaixada, parecendo aquelas crianças que a mãe deixa de castigo.

– Isaac, o que houve? - perguntei me sentando ao seu lado.

Isaac levantou a cabeça e disse:

– Bem, deu tudo errado, estávamos conversando de boa até eu começar a falar da Monica. Depois falei que ficaria cego e comecei a dar um show, a garota saiu correndo.

– Isaac, meu caro, vamos para minha casa, e lá conversamos sobre isso.