Os Bastardos Baratheon escrita por Odd Ellie, Odd Ellie2


Capítulo 4
Edric




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Quando ele acordou a primeira coisa que ele fez foi conferir se o papel ainda estava lá, isso se tornara um hábito ultimamente. O papel provavelmente iria ruir de tantas vezes que Edric o lera ao longo das últimas semanas, ele por alguns dias o guardara junto com alguns livros, mas ele ficava voltando tantas vezes para pegá-lo novamente que ele acabou decidindo que seria mais prático mantê-lo cuidadosamente dobrado em seu bolso.

Inicialmente ouvir que em seus últimos momentos seu pai o declarara e seus outros filhos bastardos como sendo legítimos só aumentara o seu luto pelo falecido Rei Robert, mas uma semana após quando ele recebeu a carta e viu o nome Edric Baratheon escrito nesta o garoto sentiu uma felicidade que parecia cobri-lo todo. Era verdade que ele as vezes escrevia Edric Baratheon nos cantos dos cadernos que ele usava em suas lições com o meistre da Ponta da Tempestade, mas mesmo quando as letras estavam sendo escritas no papel ele sabia que estas eram uma ilusão. Agora lá estavam num papel que não havia sido escrito por ele e era real, na carta a Mão do Rei e atualmente o Governante Regente dos Sete Reinos Eddard Stark requeria a sua presença na Fortaleza Vermelha.

Ele guardou novamente o papel em seu bolso e se levantou, e pela janela do navio ele pode ver de longe a silhueta do Porto Real.

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Edric queria ir direto para o Porto Real após ter lido o pedido de Lorde Stark, mas seu tio Renly dissera que ele precisava organizar os preparativos, que ele teria que providenciar um navio e companheiros de viagem, e companheiros vieram muitos, parecia que todas as casas minimamente relevantes leais a Ponta da Tempestade mandaram uns três representantes, e dos Florents a Casa de sua mãe vieram pelo menos uns vinte, Edric até ter sua bastardia retirada nunca conhecera nenhum dos familiares do seu lado maternal e agora havia até demais, só tinha mais do que Florents eram os homens da Casa Tyrell. Tirando Loras, que freqüentemente acompanhava seu tio Renly quando ele vinha para a Ponta da Tempestade, ele também não conhecia nenhum Tyrell, mas acabou achando mais fácil se familiarizar com eles do que com os Florents que conhecera todos eles pareciam tão austeros, os Tyrells eram divertidos, na cabine do navio deles sempre havia música e risos. Ele já gostava de Loras antes porque em algumas das suas visitas na Ponta da Tempestade ele treinara com ele a espada algumas vezes, até elogiara o seu progresso na última vez. Mas dos Tyrells a sua favorita era Margaery, a conhecia a menos de uma semana mas já a adorava. Ela era inteligente, divertida e bela, embora Edric tentasse não reparar muito na última parte porque ele ouvira por Megga e Alla que o pai de Margaery realmente queria casá-la com um Baratheon, mas que o nome deste era Gendry, e não seria sábio ter uma queda por alguém que poderia no futuro vir a ser a esposa e Rainha de seu irmão.

O caminho até a Fortaleza tinha sido bem agradável, seu tio lhe instruíra para sorrir e acenar para aqueles que passavam, e conversar com todos que começassem conversas amigáveis com ele, mesmo se eles fossem pobres e estivessem sujos, Edric achou a última instrução meio peculiar porque já era o que ele teria feito de qualquer modo, na Ponta da Tempestade ele convivera com Cavaleiros e Lordes que iam visitar tio Renly mas ele também convivera com as cozinheiros, os jardineiros, os faxineiros, os tratadores de cavalos e por aí segue, na verdade não havia um empregado da Ponta da Tempestade que ele não conversasse regularmente, ou até que ele não pudesse chamar de amigo, seus pais não estavam por perto então ele acabou meio que virando filho de todo mundo, o filho do castelo.

Diante da Fortaleza Vermelha no entanto ele se sentiu mais tenso.

“O que aconteceu meu príncipe? Você ficou sério do nada” Margaery perguntou.

“E se meu irmão não gostar de mim ?” Edric disse.

“É claro que ele vai gostar de você, não seja tolo” ela disse e lhe deu um leve beijo na bochecha.

O gesto de Margaery conseguiu ao mesmo tempo fazer com que ele se acalmasse e que seu coração batesse mais rápido.

Quando ele entrou na sala do trono o primeiro que veio na sua direção se apresentar foi Lorde Stark, e Edric conversou com o antigo amigo de seu pai o melhor que conseguiu considerando que praticamente toda a sua atenção estava em Gendry, ele teria o reconhecido mesmo se ele não estivesse com uma coroa em sua cabeça pois os cabelos negro, os olhos azuis, a forte linha do queixo, eram traços que ele via no espelho todo dia, eram os traços dele, eram os traços do pai deles. Assim que Lorde Stark parou de falar Edric avançou na direção dele sem nem se preocupar com protocolo.

“Olá ! Eu sou Edric, você provavelmente já sabe disso. Prazer em conhecê-lo meu irmão, quer dizer meu rei, ambos.”

“Oi. Prazer te conhecer também” Gendry disse parecendo muito desconfortável.

Edric esperou que Gendry fosse dizer alguma coisa, mas ele continuou calado.

“Eu gostei da sua coroa” Edric disse para quebrar o silêncio.

“Hum...obrigada, Lorde Stark me fez usar porque era uma ocasião formal” Gendry disse parecendo meio embaraçado.

“Ela ficou boa em você” Edric falou e se sentiu idiota por não pensar em nada melhor para dizer.

“Okay. Obrigada de novo, eu te vejo depois” Gendry disse.

“Oh. Okay. Eu gostaria disso”

Seu tio Renly apareceu e se colocou entre os dois e começou a falar com Gendry ignorando a sua presença (algo pelo qual Edric se sentiu meio agradecido porque ele sentia que estava prestes a fazer algo estúpido como abraçar Gendry), e Edric voltou para o lado de Lorde Stark para ser formalmente apresentado ao resto dos membros da Corte Real.

Quando essas apresentações terminaram Gendry já havia se retirado do salão.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, comentários são sempre apreciados.