Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 32
Em Linha Reta


Notas iniciais do capítulo

Helllo!!! Eu demorei? Sentiram minha falta? Gente, estamos na reta final! Eu estou surtando. Sérião.
Me perdoem. Ando tão ocupada e cheia de coisas e tarefas. Segundo ano não é moleza!
Espero que gostem desse capítulo. Gostaria de verdade de agradecer pela super recomendação meninas! Aceitamos mais... Quero ser amiga de vocês, oxe. Me mandem convite no face (Quézia Carolina Martins), ou então aqui mesmo.
Boa leitura! Vejo você lá embaixo...



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Bia

Os dias que se seguiram foram os melhores da minha vida. Bom, consideravelmente.

O Filipe preenchia todos os meus dias. Estava tudo como eu sempre quis que fosse.

Em nenhum momento pensei nele. No Simon, quero dizer. Filipe me proporcionava momentos tão bons, que os ruins simplesmente deixavam de existir. E eu sei que é impossível alguém ser tão perfeito, mas ele era. Mil vezes melhor que o Simon. E o meu sentimento também era bom.

Eu gosto quando ele me laça pela cintura com ternura, quando me convoca para um filme clichê com pipoca e muitos risos, quando vai no meu quarto para me cobrir no meio da madrugada. Eu gosto quando ele conta uma piada durante as refeições e faz minha mãe se contorcer de tanto rir. Gosto quando ele mostra língua pra mim por eu não rir de uma piada caipira dele do tipo: 'Saudades do meu pinto." Gosto quando sem mais nem menos ele vem e me abraça, quando penteia meus cabelos, quando me leva até a porta do banheiro para garantir que eu encontre o caminho. Gosto quando durante um beijo ele ri, e aperta firme a minha cintura e passa da boca pra bochecha, da bochecha pro pescoço e volta para a boca. Eu gosto de tanto respeito. Gosto dele me dizendo que há um tempo para tudo. Que devagar é melhor. Que sentir ânsia nos ajuda a medir o grau de realidade das coisas, dos sentimentos... Como uma confirmação única, dada por Deus. Eu gosto de invadir o quarto dele e pegá-lo só de cueca, vendo o ruborizar de vergonha. Eu gosto da presença dele. Do cheiro, dos afagos, dos abraços, do corpo, do carinho, da paciência.

Não poderia querer nada melhor. E eu de fato não queria. Sabe quando somos pré-adolescentes e paramos para idealizar nosso futuro perfeito, o nosso marido perfeito, a família perfeita? Sabe? Pois é. Ele saiu desses meus devaneios de criança e veio parar aqui. No meu mundo.

A porta foi empurrada de leve e logo ele adentrou no quarto. Soltei involuntariamente um sorriso cúmplice. Ele andou até onde eu estava e sentou na beira da minha cama.

– Oi amor. - ele cumprimentou me dando um selinho.

– Oi amor. - falei de volta, sorrindo abobada.

– Você está quase conseguindo me assustar. - ele comentou me fazendo rir um pouco. Eu havia acabado de acordar, e meu cabelo não estava lá em seus melhores momentos.

– Bobo. - ele sorriu e se aproximou mais. - Tudo bem? - perguntei deitando minha cabeça no seu colo.

– Sim, tudo ótimo amor e você? - ele começou a acariciar meus cabelos.

– Tô bem.

– Sua mãe está nos chamando para tomar café e conversar conosco. - ele anunciou um tempo depois.

– Sério mesmo? - perguntei querendo ser chata.

– Sim. Muito sério.

– Sabe algo sobre isso? - inquiri levantando da cama direto para o closet a procura de uma roupa. Filipe não se mexeu.

– Acho que tem algo a ver com o mistério do celular... - quase pude vê-lo fazer aspas com as mãos. É que ultimamente a dona Walkíria não saí do celular e fica rindo sozinha pelos cantos, vai admita. Tu tá pensando o mesmo qque eu. Ela tá de namorinho. E se fosse realmente isso, eu ficariaimensamente feliz. Por ela ter se permitido começar de novo.

– Será amor? - aumentei um pouco o tom da voz para que ele pudesse me ouvir. Eu já havia escolhido uma roupa e estava vestindo-a.

– Não seria nada mal. - ele comentou. Eu com certeza teria dito a mesma coisa. Tá vendo? Esse com toda a certeza absoluta do mundo é o que me faz sentir tanta segurança em relação à ele. Eu me vejo nele. - Mas eu acho que tem algo mais. - senti o tom da voz dele se aproximar mais e realmente, ele havia entrado no closet. Eu já arrumava o cabelo.

– E o que você supõe que seja? - quis saber prendendo meu cabelo num rabo de cabelo frouxo.

– Sobre a gente.

– A gente? - indaguei surpresa virando meu corpo reflexivamente para ele.

– Sim. Nós estamos namorando? - sabe que eu nunca me fiz essa pergunta? Já fazia mais de uma semana desde o dia da boate e eu nunca parei para questionar se estávamos tendo algo. NUNCA.Uau! que espécie de pessoa eu sou? Meu Deus!

– Sim... Nós... Bom... Acho que temos algo sim. Quer dizer, é como se nós... Han...

– Estivéssemos casados. - ele completou.

– Teoricamente sim. - coloquei um dedo próximo ao queixo - Ah meu Deus! Casados. - sussurei mais para mim mesma. Filipe veio até a mim e me abraçou.

– Quer namorar comigo, pequena? - ele interrogou separando nossos corpos e de repente se ajoelhando.

– Se eu quero? - repeti. - Se eu quero namorar você? - sorri e coloquei as mãos sobre a boca atônita. Parecia tão inefável. Namorar?

– é... Sabe.. Você pode não aceitar. É tão cedo ainda, e eu nem tenho uma aliança aqui comigo e sou chato pra caramba, mas eu queria que você... Aceitasse. - eu comecei a rir. Ele estava tão fofo e só se enrolava mais cada vez que abria a boca para falar algo mais. Eu o beijei. - Isso é um sim? - Ansioso ele perguntou.

– É mais do que um sim. Não precisa, Pi, ter uma aliança até porque um pedaço de metal é apenas símbolo. E o que a gente carrega no peito é que tem que ser real, é isso que tem que ser eterno enquanto durar. Ser chato ou não... Encontro em você coisas suficientes para me preencher. Eu quero isso. Eu aceito Filipe. - e então ele me beijou. E o beijo se aprofundou durante aquela batalha que nossas línguas pareciam travar, e quando vi já estava no colo dele, e ele bateu meu corpo numa prateleira, antes de jogar tudo ao chão as coisas da minha penteadeira e me colocar sentada lá. O aperto firme que eu tanto apreciava estava dessa vez tão excitante. Ele apertava meu cabelo e continuava me beijando. Eu sabia muito bem no que aquela pegação toda resultaria. E eu queria, mas então ouvi batidas na porta do quarto e antes que pudéssemos nos recompor, minha mãe entrou no closet.

– Ops! - ela exclamou quando nos viu. Senti um pouco de... Constrangimento? - Desculpem... vim ver porque estavam demorando tanto, eu... Bom... Que bagunça! - ela comentou numa tentativa falha de parecer sutil. - Desçam, ok? - ela falou saindo. A única coisa que consegui fazer enquanto ela falava, era passar a mão no cabelo tentando arrumá-lo, e ao mesmo tempo tentar desamassar minha blusa e colocar o sutião no local certo. Filipe riu após ela sair e me beijanou segurando minha mão e me puxando para fora do ambiente.

Meg

Eu estava para me casar. Meu Deus! Não podia acreditar nisso! Casar. Jake havia me pedido.

Agora que já sabíamos que o Lipe estava na casa da Bia (o que estava deixando Simon muito aborrecido), só faltava contatá-lo para lhe dizer as novas e convidá-lo para ser padrinho. Óbvio.

Lúcio e minha mãe pareciam estar numa lua-de-mel. E de acordo com eles, estavam mesmo. Confesso que preciso concordar realmente com tudo isso. Levando em conta as noites que preciso ir deitar no sofá do hall porque o barulho e gemidos vindo do quarto deles inundam todo o segundo andar. E experimente dizer algo. Da última vez que tentei Lúcio disse: "Preciso aproveitar enquanto não dependo de viagra para colocar a ferramenta em ação.", como se não bastasse miha mãe completou dizendo: "É minha filha, eu se fosse tu já ia afogando o ganso enquanto é jovem, depois de uns anos cansa muito o ato, e é preciso repetí-lo alumas vezes até que se chegue ao céu.". Isso é algo para se dizer aos filhos? Não. Concordo.

As coisas estavam muito boas para mim. Tirando o fato de ter que aguentar aquela Sabrina dia e noite aqui em casa na aba do Simon. Eu não sei como ele a tolera.

Enfim, estou indo comprar algumas milhares de revistas de noivas. Tem tanta coisa para pôr em ordem.

Filipe

Descemos juntos. Eu me sentia tão completo por dentro. Eu estava tão feliz. Tão... Tão louco de amor. Tamanha surpresa quando chegamos na copa e vimos um cara sentado ao lado da Walkíria, de mãos dadas, rindo alegremente. Bia riu um pouquinho e apertou de leve minha mão, aperto esse que eu retribuí.

– Bom dia! - cumprimentei ao sentar.

– Bom dia. - o homem respondeu sorrindo um pouco. Walkíria riu decanto e Biao encarava.

– Não vai falar com o Antônio filha? - Wal perguntou para Bia.

– Você é o cara dos telefonemas? - ela perguntou rindo. - Bonito. Aprovado mama. - ela falou balançando a cabeça normalmente e pegando um pedaço de pão. Antônio riu.

– Que bom, filha. - Wal declarou realmente satisfeita com aquilo. - Bom, quero saber de vocês. Estão namorando? - Bia começou a tossir e eu ri.

– Estamos. - eu respondi por ela.

– A senhora meio que percebeu quando entrou no meu closet. - Bia comentou displicente.

– Desnecessário memorar, querida. - Antônio riu. - É que vocês estando namorando, não posso permitir que habitem sob o mesmo teto.

– Tá expulsando o Filipe mãe? - Bia falou questionadora.

– Não. E nem a você. Sua avó, está muito sozinha. E o Simon se recusa a ir morar com ela.

– Falou com o Simon? - Beatriz perguntou curiosa demais.

– Falei.

– Hum. - ela se limitou a dizer.

– Ele está noivo e a menina não quer ir para outro país. Até porque ela está grávida. E quer que o filho seja brasileiro. - de repente notei a expressão da Bia mudar. É. O Simon mesmo longe tinha grandes efeitos sobre ela.

Acho que isso é uma coisa que eu não posso mudar.

– E sua vó está muito sozinha - Walkíria continuou. - E Filipe é sempre tão carismático e alegre... Acho que ele se adaptaria muito bem por lá e eu já falei com o Joseph, e com sua avó então...

– Acha que é justo? - Bia interrompeu-a. - O Simon não pode ir até lá porque vai casar e não pode ficar separado da noivinha que não quer ir, mas eu posso? Ficar separado do Filipe? Acha que isso é justo mãe. Com quem? - segurei a mão da Bia para que ela se acalmasse.

– Sua vó está sozinha, e está vindo morar aqui. No Rio. Para que eu possa ficar mais perto dela. Só que eu preciso de alguém lá. Filipe?

– Por mim tudo bem. - concordei sentindo o olhar da Bia sobre mim.

– Bia?

– Bom... Se ela vai estar aqui no Rio, acho que não há problemas.

– Ok... Hã... Eu destranquei sua matrícula na escola e amanhã a senhorita já volta a ter aulas regulares. - Bia arregalou os olhos surpresa. - Quanto a você, Lipe, seu pai enviou pelo correio sua transferência e mais tarde vamos até lá. Precisam voltar a estudar!

– A senhora não vai dizer como conheceu o moço aí? - A essa altura todos já tínhamos acabado o café da manhã e Walkíria começou a contar como conheceu Antônio e que eles estavam juntos por isso ela estava passando tantas noites fora. E surpresa. Eles planejavam casar breve.

[...]


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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês devem ter boiado em algumas partes, mas aguardem.
Acho que o capítulo que eu mais gostei foi o "Revelações" e "Um dia Quase Perfeito"...
Tô morrendo de sono agora u.u Ahhh, eu amo o MonMon... e Desculpem ainda não ter respondido os comentários, continuo sem net... E sem not ¬¬' (Vida Cruel) ... Sábado respondo a todos!

Espero reviews ^^