Coisas do Acaso escrita por Quézia Martins, Tia Ay, Aylla


Capítulo 18
Retrocedendo...


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiie galerinha!! Como anda os namoros? Hein? Bom.. Eu terminei com o meu :( Deprimida e quase não consegui escrever esse capítulo, mas a ajuda veio do céu e saiu. Ficou meio curto, desculpem. BOMMMMM>>>>>>>> Para acabar com a tristeza... Recebemos uma nova recomendação! Fiquei tão Up, tão feliz. A vida sempre coloca algo de bom em meio a dor né? Gostaria de dedicar esse capítulo então, á Sei lá Pensei e Escrevi (que recomendou. Super grata aqui), a Sollarium, Eveebaby, Saulo Lima e Gistar pelos favoritos.. Espero que gostem.

Boa leitura ^.^



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Terceira Pessoa

Flash Back in

– O quê?! – A mulher gritou furiosa consigo mesmo por ter sido demente o bastante ao transar sem camisinha já naquela idade. – Isso é impossível! Tenho 47 anos. Estou quase na menopausa.

– Mas ainda não está lá. – O médico falou dando de ombros. – Um filho é uma dádiva. A senhora deveria estar feliz.

– Eu estou, mas...

– Então da próxima vez que transar, favor usar modos preceptivos. – O médico falou cortando-a. Ela olhou para o doutor e revirou os olhos como se fosse uma adolescente.

– Meu esposo está aí?

– Está sim. Vou pedir para ele entrar. Com licença.

– Obrigada.

Poucos minutos depois e o marido daquela mulher adentrou o quarto preocupado. Ela havia desmaiado na noite de ontem e logo após, o marido da única filha deles havia sofrido um acidente no trabalho. Ambos estavam no mesmo hospital e ele revezava entre um quarto e outro dando apoio a filha.

– Oi amor. – Ele cumprimentou a esposa a saudando com um beijo na testa.

– Por que você não veio antes? – A mulher questionou

– Por nada. – Ele mentiu, não sabendo o quadro da mulher e se podia dizer que a filha havia sofrido um acidente. – O médico lhe passou o diagnóstico? – Ele perguntou disposto a mudar de assunto.

– Gravidez. – Ela falou arrancando um pelinha do canto da unha. O homem arregalou os olhos e se sobressaltou.

– Você está grávida?! – Ele indagou alto.

– Estou.

– Isso é bom, não é? – Ele perguntou sem saber o que dizer. – Quer dizer, já faz tanto tempo e tal... É estranho. Parece que vou ser pai pela primeira vez. – Ele falou abrindo um largo sorriso.

– Mais você está feliz? – Ela perguntou.

– Muito! – E ele a abraçou. – Mais ou menos. – Reafirmou depois do abraço lembrando da situação da filha deles.

– Você está ou não?

– É que a nossa filha... O marido dela... - Ele começou após engolir em seco. – Bom, ele sofreu um acidente no serviço ontem um pouco antes de sair e está no hospital.

– Como é? – Ela gritou se esforçando para sentar. Ele a ajudou quando percebeu a dificuldade.

– Pois é. Não foi nada muito sério, mas o diagnóstico dele não é muito legal.

– Desembucha tudo de uma vez! Fica aí fazendo rodeios. – Ela o apressou preocupada.

– Bom, ele teve uma envenenação alimentícia, que resultou numa sequela totalmente inesperada. – Ele fez uma pausa e a mulher gesticulou nervosa em sinal, de que ele deveria continuar. – Ele ficou estéril.

– O quê?! A nossa filha deve estar arrasada. Sempre quis ser mãe. E eu aqui grávida. – Ela sussurrou sem conseguir esboçar outra reação.

– Você sabe que ele trabalha como degustador. Então, a comida estava envenenada e quase matou ele. Ele saiu agora de pouco do CTI.

– Como pôde afetar o sistema reprodutivo?

– Não sabemos. Mas, nossa filha está abalada demais. Primeiro ano de casamento, tantos planos e projetos indo por água abaixo. Não soube como confortar ela.

– Nossa princesinha... Ela está aqui perto? Gostaria de levar uma palavrinha com ela. – Ela pediu e ele saiu da sala compreensivo, á procura da garota infeliz.

– Filha? – Chamou após vê-la num banco com a cabeça entre as mãos. Logo concluiu que ela estava chorando mais uma vez, fingiu não notar quando ela limpou as lágrimas rapidamente de maneira a evitar que seu pai visse. Tentativa em vão, ele zombou em pensamento.

– Oi pai. A mamãe está bem? O que ela tem?

– Ela está bem sim querida. Quer falar com você. – Ele falou sorrindo sem mostrar os dentes.

– Mas o que ela tem?

– Ela está grávida. – Para ela naquele instante, foi como se tudo tivesse sumido e silenciado. Ela lembrou dos seus planos de construir uma família, viver num lugar quieto, com muito verde em volta, um cachorro e etc. Era uma vida que subitamente lhe foi arrancada e ao se dar conta disso, ela começou a chorar. Seu pai a abraçou desconcertado.

– Vou lá. – Ela falou se livrando do abraço. Parou na porta do quarto de sua mãe e se recompôs respirando fundo. Só então se permitiu entrar no local. – Oi mãe.

– Filha... Seu pai me falou sobre o acidente... Ah, querida eu sinto muito.

– Eu também sinto muito, mas só sentir não muda nada. – Ela argumentou passando a mão nos cabelos ralos da sua mãe.

– Eu estou grávida – Ela falou. - Eu estou grávida e não quero essa criança. Estou quase morrendo querida. Eu... Você aceitaria criar ele? – A menina se surpreendeu e soltou um sorriso abafado.

– A senhora está maluca, mãe? Meu pai jamais permitiria isso. Até parece que não conhece ele.

– Filha... Eu realmente não quero essa criança e você... Tão jovem... Sempre sonhou em ter um filho, uma família. Permita que eu lhe dê isso. – A menina arqueou a sobrancelha em dúvida.

– Preciso conversar com meu esposo. Considerar as opções. Não sei como ele vai reagir a isso.

– Eu também vou falar com teu pai. Só quero que você seja feliz, querida. Eu doaria até o esperma do seu pai se assim se fizesse necessário. – Ela falou baixo.

– Mãe! – A garota riu. – A senhora não tem jeito. Vou me retirar então, deixar a senhora descansando. Espero que fique bem logo.

– Gravidez não é doença, Carmem. – A mulher falando sorrindo ligeiro.

– Eu sei mamãe. Eu sei. – Dito isto, ela depositou um beijo no rosto da mãe e saiu.

Flash Back off

Walkiria

Pensar no início de tudo me encorajou. Simon queria uma explicação e eu não poderia contar com Lúcio, desde o nosso divórcio, contar com ele não constava mais na lista de opções.

Flash Back in

– Nosso filho está tão lindo. – Ele comentou chegando sentando á mesa onde eu tinha preparado um jantar especial para dar a ele uma notícia maravilhosa. Bom, era o que eu pensava até certo momento.

– Lindo né? – Já fazia quase quatro anos desde o acidente que supostamente tinha o deixado estéril, mas isso não era verdade. A prova estava dentro de mim á alguns meses e eu só havia reparado recentemente até decidir comprar um teste e dar positivo.

– Por que um jantar no meio da semana?

– Você só janta aos fins de semana? – Perguntei descontraída.

– Eu adorei a surpresa amor. Evita que caía na rotina e hoje eu estou fogo puro. – Ele brincou e eu ri.

– Tenho uma coisa para te contar. Passei a tarde toda penando como dizer isso, mas... Eu estou grávida. – Soltei. Vi o semblante dele mudar totalmente e ele fechou a cara como se eu tivesse lhe dado uma péssima notícia. – Amor... Você me ouviu? Eu estou grávida! Estou esperando um filho seu! – Ele me olhou confuso e levantou da cadeira exasperado.

– Meu? Ahh, com certeza não é meu. Nós dois sabemos como isso é impossível. – Ele falou sério.

– Não é impossível amor. Aconteceu. Eu estou grávida. – Falei chegando até ele e pegando na mão dele para que Lúcio sentisse o volume na minha barriga. – Sente??

– Sabe o que sinto? Que fui traído. – Péra. Ele pensou que eu traí ele?

– Eu não te traí. Você sabe que eu te amo. – Falei.

– Ama nada. Transamos sem camisinha á anos!! Você parou com as pílulas e nunca engravidou. Eu sei que aquele acidente acabou com o seus planos e que você desistiu de metade dos nossos sonhos, como ter um filho, morar no campo, mas me trair porque fiquei impossibilitado de lhe dar o que tanto almejou? Não esperava isso de você.

– Achei que você fosse ficar feliz. Tipo... Seu diagnóstico estava errado. Eu nunca estive com outro homem.

– Me poupe, Carmem. – Então ele saiu me deixando sozinha.

Flash Back off

E agora eu acabara de chegar ao campo. Onde o homem que eu mais amei e odiei na vida estava em coma. Onde ele tinha outra família, outra filha. Onde eu teria que me explicar para Simon e a Bia. Eu acabara de chegar no lugar onde começaria meu pesadelo.

Bia

Ele saiu correndo. Ah meu Deus.Filipe me deu um beijo na testa, agradeceu afobado e saiu correndo me deixando com cara de tacho. Tipo... Achei que ele fosse se declarar. Segui pela mata a fim de sair logo daquela escuridão e encontrei Monze sentado na varanda da casa. Ia passando reto.

– A mãe acabou de chegar na rodoviária da cidade. Agora vai pegar um ônibus que venha até aqui. – Ele informou sem ousar levantar a cabeça. Sentei ao lado dele.

– Filipe passou por aqui? – Perguntei

– Passou. Perguntando pela Meg desesperado. – meu queixo caiu lá no chão. Então era por ela que ele estava apaixonado?

(...)


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então não esqueçam de comentar! Agradeço aos comentários anteriores. Obrigada :) Desculpem pela demora e pelo capítulo curto.

Até logo, kissus *_*

~Keel