Desafio entre feras




Os dias com Henry eram cheios de cores e fantasias. Eu nunca pensei que seria tão bom tê-lo encontrado. Depois daquele beijo eu não poderia mais esconder o quanto estava apaixonada por ele. Parecia que seu corpo se contraía em sentido com o meu mesmo que eu estivesse em metros de distancia.
Tudo era tão mágico com ele que pra mim não passava de um sonho maravilhoso, uma felicidade intensa que eu tinha medo de que acabasse.
Gostávamos de conversar na campina, parecia que perto dos outros ficávamos entretidos e afastados, começando por Carlisle e Jasper... Ao contrario de Emmett que preferia tornar aquilo “divertido” sempre o subestimando, Henry não levava a serio as ameaças dele, poderia brincar de roleta russa que pouco se importava.
Bella, Esme, Rosálie, Alice e Reneesme andavam suspirando com seu jeito meigo e cativante dele – normal Nhe – o que me preocupava era Edward. Ele era o único que implicava com Henry em tudo. Não como fez comigo, mas como faria á um inimigo mortal.
- E quanto á Las Vegas? – Perguntei a Reneesme sentada no capô do Lamborghini enquanto Reneesme passava gloss nos lábios olhando pelo retrovisor do carro.
- Quem sabe nas próximas férias? Agora que meus pais voltaram é melhor nem começar com rebeliões.
- Ficou com medo?
- Um pouco! – Ela confessou. – Jake seria um ótimo marido, porem meus pais ficaria chateados...
- Por ele ser um “lobo”?
- Também! – Reneesme riu. Jake veio até nós duas, de dentro da casa, parecia irritado. – O que houve Jake?
- Perola fica esperta com esse seu namorado... Ele não é confiável.
- O que ele fez? – Insisti assustada. – Ele não sabe onde ta pisando... Se Edward declarou guerra então ganhou apoio.
- Jake, o que Henry fez? – Reneesme o questionou querendo saber o que Jacob não dizia.
- Gosta de um desafio entre feras.
- Jake não acha que esta sendo inconveniente demais? – Fiquei intrigada, detestei a ironia e o desprezo com que Jake falava de Henry.
- Inconveniente é aquele sanguessuga hipócrita pensar que pode brincar com o perigo. – Jacob me fuzilou com os olhos, se pudesse me rasgava no meio... Eu faria a mesma coisa com ele.
- Jacob Black! Ele é meu namorado e é capaz de enfrentar qualquer criatura que entrar em seu caminho...
- Isso é uma ameaça?... – Jacob não brinque comigo. Meu sangue ferveu rapidamente.
- Jake para... – Reneesme entrou na frente. – Está passando dos limites.
- Tem razão Perola... Agora vi que você jamais vai merecer Seth. – Ele parecia ressentido pelo amigo que nem se quer estava entre nós.
- Droga Jake o que Seth tem haver com isso?
- Nada! – Henry apareceu como num flash, seu rosto era serio e preocupado. – Vem comigo – Ele me ofereceu sua mão.
- O que ta acontecendo? – Minha voz saiu irritada.
- Eu te explico no caminho... – Deixei que ele me puxasse enquanto observava Jacob e ele se encarar como se precisassem de uma autorização pra agir como animais.
Reneesme já o censurava.
Entramos na floresta e caminhamos até a campina, Henry me ajudava a subir os barrancos, tentou me colocar em suas costas pra que fossemos mais rápido, porem não conseguiu eu andava um pouco irritada com essas corridas.
Ficamos em um terreno plano então pude fazer minhas perguntas:
- O que houve Henry? O que aconteceu lá dentro? – Henry caminhou em minha direção e procurou meus lábios não rejeitei no começo, foi algo forçado, suas mãos pressionavam meu rosto contra o dele, estava quase me machucando. – Henry para... O que quer com isso?
- Que descubra o que quer saber...
- Não vou tirar isso de você! Me diga... – Insisti. – O que eles disseram?
- Eu fui um vampiro cruel Perola... Eu tentei tirá-la de sua mãe quando era bebe... Eu era encarregado de trazê-la aos Volture, e ainda sou visto como o mesmo predador que quer tirá-la dos seus pais.
- E quem começou essa briga?
- Não quero causar problemas, mas... Sei que sua família não confia em mim mesmo com todas as provas que dei... Eu sei disso porque ainda não consegui convencer todos disso...
- Edward de novo! – Me irritei. – Ele vai ter que me ouvir... – Caminhei de volta pra casa, mas antes de sair da campina Henry segurou meu braço dizendo:
- Não Perola... Não quero que brigue por minha causa... Eu não me importo.
- Não é justo Henry... Ele é o único que implica com você!
- Eu não engoli dessa vez e pelo jeito o cachorro se intrometeu... Como vocês têm coragem de ter contato com lobisomens? – Henry disse com desdém.
- Jake é namorado de Reneesme...
- Que seja Perola! – Ele voltou a me abraçar pela cintura. – Eu acabei respondendo os dois e saí pra fora antes que o pior acontecesse.
- Henry esquece o que aconteceu... Eu vou falar com Carlisle...
- Não Perola... Eu to pensando em ir embora
- Como? – Não de novo não! – O que quer dizer com isso?
- Não pra sempre! Pelo menos essas férias... O que acha de ir comigo?
- Aonde iríamos?
- O que acha de fazer uma turnê pela Europa? – Henry sorriu – Talvez fosse uma ótima idéia.
- Com toda essa confusão?!
- Claro! – Ele se entristeceu. Beijou meu rosto e encostou o queixo em meu rosto – A menos que...
- Que... – Perguntei curiosa esperando por sua resposta.
- A menos que se casasse comigo.
- Casamento? – Fiquei surpresa com sua idéia – Casar comigo?
- Claro! – Seus olhos floresceram assim como seu sorriso. Seu cheiro era tão bom que estava a ponto de perder meu controle – Pelo menos não seriam tão exigentes como estão sendo agora.
- Henry você não prefere esperar mais um pouco... – Meu rosto mostrava insegurança... Com certeza eu fiquei com medo de seu pedido – É que... É um pouco cedo.
- Entendo... – Ele percebeu e ficou um pouco tristonho, o que me deixou cheia de culpa, mas que com certeza eu não poderia cair de cabeça em uma loucura de casamento agora – Jess e Mike eram a prova disso – Eu tentei deixá-lo mais animado.
- Mas saiba que quero que seja você!
- Não Perola! Estou sendo tolo! Não posso te obrigar! – Pareceu mais conformado. Acariciou meu rosto como se compreendesse toda a situação.
- Não Henry... Só não quero que vá embora...
- Eu vou agüentar firme! – Sua voz saiu soprada e baixíssima em meus ouvidos enquanto passava as narinas em meu pescoço sorrindo com os lábios colados. – Embora não seja fácil... Gosto de um desafio.
- O que Jake quis dizer com “Desafio entre Feras”?
- Ele quis dizer que terei mais que “um” inimigo.
- E quem seria? – Perguntei curiosa enquanto seus lábios passavam pelos meus sem me beijar.
- Um vampiro e um cachorro! – Me sentei entendendo onde Henry queria chegar. “Edward X Seth” seriam minha ótima pedida para caos e destruição. Henry se sentou do meu lado e deitou com as mãos segurando sua cabeça, observava o céu com satisfação. Fiquei olhando em direção a floresta imaginando como seria uma guerra entre vampiros e lobos. – Perola tudo bem... Eu não á culpo por isso...
- Como não? – Voltei meu rosto para o dele que parecia rir de toda a aquela situação.
- Porque... – Henry me puxou pela jaqueta de forma brusca me jogando em cima do corpo dele. – Sei que você me ama mais. Fiquei encabulada, minhas bochechas coraram e percebi que ele contava meus batimentos cardíacos.
- Como tem certeza disso? – O coloquei em duvida sendo que era inevitável esconder o que eu sentia.
- Porque consigo ver em seus olhos o quanto é louca por mim. – Rimos com sua forma convencida de descobrir como estou apaixonada por ele. Saí de cima dele sem vontade com medo de não resistir e sugá-lo como não gostaria. Me deitei á seu lado sem encostar nele, por mais que eu quisesse protegê-lo, ele gostava de me colocar a prova. – Por que ta longe de mim?
- Porque não quero machucá-lo!
- Você ainda não ta puxando a vitalidade de ninguém...
- Já passou um mês... Sei quando vai começar de novo.
- Não importa gosto do seu calor humano! – Ele me deixava sem jeito com seu sorriso inocente.
- Até ficar inconsciente! – Insisti.
- Eu ainda continuo sendo o risco... – parei quieta sem questioná-lo. Vi sua mão forte e pálida passar por meu abdome e se fechou em minha cintura me puxando pra mais perto do seu corpo gelado que me enlouquecia com seu magnetismo, seu cheio, sua textura e seu toque... Os efeitos de seu dom eram mais fortes em mim do que eu mesma poderia causar nele.
- Não tem medo Henry?
- Do que minha Perola? – O cavalheirismo acabava com minhas resistências.
- De que eu o faça mal?
- Ainda quero morde-la minha querida... – Seu hálito soprava em meu pescoço, senti um frio passar por toda a minha pele, era difícil fingir naturalidade nisso. – Mas prefiro aceitar o desafio. – Voltei meu rosto para o dele e observei em silêncio todos os seus atos. Henry pegou uma de minhas mãos e deslizou por seu rosto, fechava os olhos e apreciava cada sensação. Admirava minha palma, meus dedos, passas os lábios por minha pele sentindo o pulsar de minhas veias e como arrepiava todo o meu corpo me contagiando em cada parte. Então acariciava meu rosto com seus dedos seus olhos não se moviam dele como se precisasse disso pra que vivesse mais um dia.
- É tão difícil resisti-la... Não faz idéia.
- Teria coragem de me deixar... Para me proteger?
- Por mais que eu quisesse... Eu não o faria... Eu matei quase todos os sentimentos humanos que existiam em mim... De alguma forma você reviveu tudo isso. Eu jamais tive piedade de qualquer criatura que cruzasse meu caminho e você despertou todas as lembranças humanas que estavam mortas dentro de mim... Como você eu quero ser algo que nunca conseguirei ser...
- O que queria ser?
- Humano outra vez! – Seus lábios beijaram os meus. – Com você me sinto humano... Tenho vontade de descobrir cada sensação que nunca vivi... Tenho vontade de beijar você, de saciar minha sede, de tocar sua pele todos os dias, descobrir a cada parte sua... – Eu não sabia o que dizia. Henry conseguiu me fazer fiel á ele. – Você tem sido a minha tranqüilidade... Meu delírio... Até mesmo meu corpo pede pelo seu... – Henry riu como se aquilo fosse uma novidade pra ele.
- Não quero machucá-lo...
- Não vai... Confie... – Henry voltou a me calar com seu beijo que me deixava completamente entorpecida. Era uma bomba de sentimentos explodindo em minha cabeça. Era um choque entre o fogo e o gelo, um tornado devastando toda a minha segurança me tirando da realidade fazendo com que meu sangue corresse mais rápido. Seu hálito gelado me deixava viciada e o beijo me transmitia efeitos colaterais fortíssimos com cada toque. Me arrepiava a forma como me abraçava e puxava meu corpo junto com o dele, apertava minha cintura e procurava minha pele por baixo da blusa... Percebi que estávamos perdendo o controle.
- Henry... Henry... – Me soltei dele me sentando. Minha respiração estava ofegante. Voltei a olhá-lo parecia confuso e assustado.
- Eu te machuquei?
- Não... Não! – Respondi o vendo se sentar ao meu lado – É que ta ficando tarde e acho que estamos passando do limite...
- Me perdoe à ousadia... – Ele voltou á me abraçar – Ainda posso ouvir os sinos... – Henry me abraçou beijando minha bochecha e a mordeu de leve sem causar lesões... Foi inevitável não rir...
Cuidado Perola! Você vai acabar perdendo o controle. rsrsrsrsrs