Metamorfose escrita por debora_carvalho


Capítulo 14
Um Novo Integrante


Notas iniciais do capítulo

Oi meus leitores!!! Eu Voltei ^^ ^^ ^^ ^^ ^^
Aqui eh meu lugar!!! kkkkk
Não vou enrolar mto mas vo continuar escrevendo o capitulo!!
Não fiquem bravos... Vou colocar o capitulo o mais rapido possivel!!
Não deixem de comentar!!!



bjoOOOoOOoOOooOoOoO



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Um novo Integrante

Continuei imóvel como se qualquer movimento brusco fosse minha sentença. Os lábios entre abertos de Henry denunciaram seus olhos que se arregalaram mostrando uma expressão preocupante.
- Como isso aconteceu? – Ele me questionou.
- Como o que? – Perguntei um pouco insegura.
- Tem quase trezentos anos que não durmo. – Henry apertou as pálpebras e se recordou de tudo o que acontecerá.
- Eu estava cansando você e de alguma forma pensei que eu fosse à presa.
- Bem – vindo á vida real... Têm-se uma. – Humanos, vampiros, lobisomens, meio – humanos... paranormais... A realidade estava longe de ser normal.
- Você é a menina que nasceu do útero de um vampiro. – Henry se sentou com rapidez na maca até ouvirmos uma voz.
- Ela é! – Carlisle estava na porta do laboratório com Emmett e Jasper. – E precisamos conversar!
- Então ela estava viva esse tempo todo! – Surgiu um tom de ironia em sua voz... O que enfureceu Emmett.
- Ah seu filho da mãe, é hoje que eu te mato... – Jasper tentou segurá-lo, mas Emmett só parou quando Carlisle colocou sua mão em frente á ele como um sinal de pausa.
- Espere! – Carlisle dificilmente perdia o nível... Porem Henry irritou a todos eles.
- Sabe muito bem o que ele vai fazer Carlisle... Ele vai contar aos Volture que está aqui e pior...
- Não! – Carlisle o interrompeu. – Temos que conversar com ele... Henry precisa nos contar o que fizeram com ele depois que deixou Forks com Jane. – Agora entendo que meus sonhos eram reais e que Henry Tudor não era mais um simples personagem de meu subconsciente.
Emmett fez a expressão ameaçadora “to de olho em você” e obedeceu Jasper que pediu que ele descesse para a sala. Desci atrás deles enquanto Carlisle pegou uma camisa jogando para Henry.
Todos os Cullen estavam na sala, Emmett e Rosálie estavam exaltados e nervosos com a visita de Henry, me sentei ao lado de Esme que era a mais “normal” de todos aqueles vampiros.
- Não consegue dormir?
- Não Esme! Foram muitas emoções.
- Você se acostuma! – Esme sorriu me deixando aliviada.
- Tomará Esme... Porque meus pais não conseguem! – Carlisle e Henry desceram as escadas. Nosso anfitrião indicou a poltrona para que ele se sentasse, Henry obedeceu sem questionar e logo começaram as interrogações.
- Conte – nos Henry... O que aconteceu desde que partiu? – Carlisle se sentou do lado esquerdo de Esme atento com as palavras que surgiriam.
- Na época, Jane e eu voltamos para a Itália e contamos a Caius, Marcus e Aro que a menina estava morta, eu havia falhado quando não trouxe – a para eles... Eles chamaram um novo medico que me usou como cobaia, eles queriam criar uma nova arma pra que conseguissem destruir qualquer coisa que ao atrapalhasse, eles mudaram toda a minha genética e quase todos morreram com essa experiência... Eu morri como vampiro e nasci como outra coisa.
- Eles sabem que você esta aqui?
- Não tema Carlisle! Eles pensam que eu morri há alguns anos com a experiência.
- Diga-me Henry... Por que escolheu Forks?
- Carlisle eu sou musico, quem escolhe os lugares é meu agente. – As explicações eram claras, mas nada convincentes... Ele não tinha medo, mesmo que todos o encarassem como se esperassem pela resposta errada para atacá-lo.
- Henry, Perola e você são ameaças muito grandes para todos nós!... Ela é uma garota como qualquer outra, tem sonhos e um futuro pela frente...
- Não acreditam em mim!
- Não! – Emmett e Rosálie exclamaram juntos.
- Pensam que vou voltar até os Volture e contar que a garota está aqui... Por mais incrível que pareça é mais fácil eu morrer lá do que conseguir da á noticia. – Henry endureceu a face para todos nós. Estava ameaçador.
- Carlisle não pode confiar nele! Já é a segunda vez que ele tenta tirar Perola de nós e pior... Não são vegetarianos, vai comprometer a todos nós. – Nossa Emmett estava saindo da linha com seu ataque de desconfiança.
- Todos nós iremos embora daqui... Vocês não terão problemas. – Henry se impôs.
- Então como vamos acreditar que você não fará nada? – Emmett chegou a rosnar.
- Eu fico em Forks e provo pra vocês que sou diferente, que não me interesso pelos joguinhos dos Volture. O que acham? – Henry nos calou. Carlisle reuniu toda a família em um canto da sala, menos eu, falaram tão rápido que eu não pude entender nada, então voltaram a encará-lo dizendo:
- Nós daremos uma chance á você – Carlisle deu sua sentença – Pode ficar em Forks, mas não deve matar ninguém.
- Vou ter que me torna vegetariano?
- É pegar ou larga! – Emmett parecia um leão pronto pra atacar... Henry não deveria arriscar.
- Certo! Eu aceito! – Henry disse serio sem qualquer expectativa.

- Bem vindo á família Cullen! – Carlisle deu a mão e Henry apertou com força – se fosse eu já teria o matado – o clima ficou mais leve então voltei para meu quarto e decidi cair na cama ou acordaria exausta no dia seguinte...

 

Os dias se seguiram rapidamente, Henry deu a desculpa de que daria um tempo com a banda, divulgou á imprensa que queria terminar o segundo grau.
Eu me lembro até hoje quando Henry apareceu no colégio pela primeira vez, foi uma febre de fanatismo entre as garotas. Henry ficava sozinho enquanto minha tia Alice, Jasper e Reneesme os ignorava, facilmente ele conseguiu a amizade de todos embora tentasse ser o mais discreto possível. No começo eu mal o via em casa, nem mesmo minha família... Era uma relação estranha, tínhamos um novo membro na família em que não confiávamos e pouco contato.
Foram seis semanas assim.
Rosálie, Emmett e Jasper só faltavam arquitetar planos para eliminá-lo, Alice não confiava nele, mas não o provocava como os outros, Esme e Carlisle eram os únicos que trocavam algumas poucas palavras. Henry não se importava de passar um tempo sozinho, ele estava sendo vigiado por todos até mesmo se chagava perto de mim. Emmett não me deixava ficar perto dele nem por um segundo sequer.
Passávamos mais tempo juntos treinando boxe e defesa pessoal, percebi que eu estava ficando muito boa nisso e me ajudava a descarregar essa energia ruim e todos os maus pensamentos dos últimos meses.
Na sexta à noite antes da caçada eu e Emmett estávamos treinando, minha concentração não era uma das melhores então a lentidão me deixava sem escolhas.
- Perola esquerda (braço), direita (braço), esquerda (perna),
Direita (braço), esquerda (perna), esquerda (perna) e salto. – Enquanto ele fala obedeci suas coordenadas. O treinamento só ficou mais tenso quando Henry apareceu para nos assistir. Tive que ficar esperta com os movimentos dele.
- Relaxe Emmett! – Falei baixo enquanto cruzei minhas mãos em forma de “X” segurando as dele na mesma forma.
- O que esse idiota ta fazendo aqui? – Emmett o viu pelo canto do olho sem se mexer estávamos inclinados como se fossemos atacar um ao outro.
- Não sei... Mas não ligue pra ele... – Ta um pouco difícil gatinha! Ele não confiável.
- Ele não falhou até agora! – Nos cumprimentamos com a cabeça e nos soltamos.
- Tente me pegar! – Nos afastamos á dois metros.
- Sem trapaças! – Gritei o fazendo rir. Corri junto com ele e voltei á golpeá-lo como me mandou no começo, Emmett era muito rápido, mesmo usando as habilidades humanas de um lutador. Estava difícil acompanhá-lo, todas as vezes que tentei acertar seu rosto com minha perna acabava sendo golpeada. Fui de cara ao chão.
- Chega por hoje princesa... – Emmett me levantou do chão de surpresa, soltei um grito quando Emmett me jogou pra cima e me pegou no colo, me fez rir com ele depois de gritar, meu pai parecia o irmão mais velho que não tive. – Na próxima você vai conseguir quebrar os ossos... – Emmett olhou pra Henry – E vai ser o dele... -  Ele me colocou no chão vedo Alice e Rosálie se aproximando logo atrás Jasper, Carlisle e Esme.
- Pare com isso Emmett! – Rosálie estava de mau humor. – Perola ainda é humana... Vamos já está na hora...
- Vai com Esme Perola. – Alice estava irradiante, o mau humor de Rosálie era tão comum que nem se importavam mais... Os meses passavam e eu não me acostumava. – Sua mãe não vê a hora de caçar.
- Você não faz idéia... – Esme me tirou do meio daquele clima pesado, me segurou pela cintura e caminhamos até o Jipe. Esme era tão delicada, mas quando dirigia parecia uma corredora de rally.
- O que houve com Rose? – Perguntei sem entender.
- Não ligue pra sua mãe! Ela não gosta da idéia de que tenhamos um novo integrante na família... Ou melhor dizendo... “meu novo filho” – Esme levava tudo numa boa, sua teoria era a seguinte: para destruir o inimigo mantenha – o perto de você.
- Novo filho? – Não tive como não rir – Então o adotou?
- Sim! – Esme continuou – Ele é um ótimo cavaleiro e está procurando por paz.
- Como sabe disso? – Duvidei.
- Como você sabe, todos os outros o excluíram Henry desde o dia em que chegou, ele ainda se sente culpado por tê-la atacado...
- Consegue acreditar?
- Na ultima parte não! – Esme admitiu. – Mas ele tem tentado...
- Tentado o que?
- Ser como nós! Ele ainda não se acostumou á ficar sem sangue humano. – O que era natural pra ela fez minha espinha arrepiar. – Ele se sente muito solitário e pelo jeito sou a única pessoa que converso com ele, fora Carlisle.
- Eu mal o vejo! Parece de propósito!
- E é! – Esme confirmou. – Eles não querem que Henry chegue perto de você! Além de te proteger de uma morte rápida, Henry pode usar o dom pra te levar aos Volture. – Está explicado – Por isso você quase não o vê!
- Acha que ele usa o dom dele com todos até com você?
- De certa forma ele é o “próprio” poder! Ele é lindo, tudo nele tem perfeição, é um imã que atrai qualquer coisa, é uma espécie de camaleão: ele se camufla de acordo com sua vontade... – Ela pausou apertando os lábios – Ele é o que toda mulher deseja. – Esme sorriu me encarando... Fiquei com medo de que ela percebesse o brilho em meu olhar. – Ele restaura qualquer coisa e tudo nele é possível! – Chegamos na mansão e antes que eu pudesse olhar pra trás Esme já tinha sumido dali.
Eu estava completamente só – Era meus momentos humanos – Fechei a porta e liguei a TV da sala, caminhei até a cozinha abri os armários encontrei o pacote de macarrão, coloquei água pra ferver e alguns temperos. Não demorei muito e meu macarrão ao molho vermelho estava pronto, me sentei no banco da bancada da cozinha depois que peguei a Coca-cola. Meu jantar foi ótimo, eu apenas lamentava a falta que Mike me fazia nessas horas, costumávamos conversar, eu adorava as noites de quinta-feira com as panquecas – até Jessica gostava – Pensei em responder as cartas depois do dever de casa.
Assim que terminei deixei meu prato no lava loca, minha mente estava concentrada em Henry e na canção de ninar. Era como se ele soubesse da minha vida desde o começo até agora... Era o dom... Se ele é igual á mim... Por que sua pele não mata como a minha? Eu deveria ser o oposto, o contrario, o lado do avesso... Enquanto eu matava... Ele restaurava.
Poderia ser sexta á noite, mas procurei adiantar o trabalho de Literatura, eu estava com dificuldades pra estudar o Romantismo – era a depressão constante – me recordava coisas ruins que tentei isolar sem sucesso, peguei alguns livros e me sentei na mesa da minha escrivaninha, abri os livros enquanto esperava meu Windows carregar.
Fiquei olhando aquelas fotos deprimente de poetas românticos, o telefone tocou por uns segundos “ele” veio em minha mente – depois de tanto tempo – minhas mãos tremeram e meus olhos lacrimejaram, meu coração disparou assim como minhas pernas correram para avançar o telefone.
- Alô!
- Oi Perola! É Reneesme!
- Oi... – Desabei na cama decepcionada, respirei fundo pra que ela não percebesse a tristeza em meu tom de voz.
- Tudo bem?
- Sim!Sim! – Exclamei – E você? Quando vem pra cá?
- Nem vou prima! Meu avô Charlie é melhor que meus pais e todos os Cullen juntos.
- É que sinto falta de ter alguém com quem conversar.
- Não fique triste Perola! É que aqui posso ver Jake sem pressão!
- Entendo.
- E você? Como está? E o novo Cullen?
- Mais rejeitado que o Grinch! – Saí pra fora indo pra sacada, vi que Henry passeava por perto. Estava irritado e se quisesse quebrava todos os troncos de que estava pulando, parecia um leopardo astuto e malicioso quando chegou ao chão. Arrancou a regata me deixando hipnotizada, me sentei enquanto falava com Reneesme diminuindo meu tom de voz:
- O que foi prima?
- Estou olhando pra ele! – Minha voz a deixou ansiosa.
- Não acredito! – o grito dela foi tão alto que tirei o fone do ouvido e logo recoloquei. – Me conta, ele te viu?
- Pelo jeito não! Mas to pasma!
- Com o que?
- As costas dele é coberta por uma tatuagem!
- Uau! – Droga garota vai me deixar surda. – E o que é?
- Asas! É o desenho de asas de um pássaro...
- Ou de um anjo! – Ok você venceu prima... Um anjo incrivelmente lindo.
- Me fala: o que ele esta fazendo agora?
- Quebrando tudo o que tem na frente!
- Vai falar com ele!
- Nessie, eu to meia que proibida de falar com ele!
- Caramba tem um mês que ele mora aí e não se falaram nenhuma vez?
- Nenhuma! – Confirmei – Eu mal o vejo.
- Como? Vocês até estudam juntos!
- Sim! – Eu até conversaria com ele se a prossição de garotas não fizessem fila pra isso. – Mas sabe como é.
- Puts até na sua sala!
- É incrível como ele consegue ser tão... tão...
- Perfeito?!
- É! – Confirmei sem tirar os olhos. Tarde demais! Ele estava olhando agora.
- Reneesme eu tenho dever de casa pra fazer.
- Em plena sexta á noite?!
- Qualquer coisa eu te ligo!
- Estou no pé do telefone! Me conta depois o que você falar com ele! – Reneesme desligou antes que eu pudesse respondê-la. Nos encaramos por alguns minutos, sua expressão era tão surpresa quanto á minha, então novamente ficou serio, voltei para o quarto e pude ouvi-lo outra vez:
- Não Perola... Espere... Espere... Me perdoe por não estar apresentável! – Saí pra sacada, e o vi colocar a regata sorrindo. Que sorriso lindo – Eu á assustei? – Minhas pernas tremeram eu perdi todos os meus sentidos até mesmo com sua linguagem formal e aristocrática.
- Não!
- Pensei que estivesse com Reneesme então... Me desculpe!
- Não foi nada! – Exclamei – Pelo visto as coisas não andam bem! – Puts cala-boca garota.
- Eu vou sobreviver! – Ele tinha o sorriso mais perfeito e bem feito que já vi, em uma piscar de olhos ele estava com o humor revigorado.
- Eles tem sido muito cruéis com você não é?!
- Eu mereço! Não tem sido fácil mas não quero desistir. – Seu tom de voz pareceu sincero.
- Vai conseguir! – Apertei os lábios, mas não resisti seu sorriso e o acompanhei. – Entre... – O chamei.
- Tem certeza? – Ele parecia observador... Mordi o lábio.
- Tenho!
- Não deveria convidar um vampiro para entrar em sua casa... Ele pode não querer sair!
- Não quando se convive com outros vampiros! – Pude ouvi-lo rir quando saí da sacada, em meio segundo ele estava em minha frente, levei um susto á ponto de cair no chão. Ele gargalhou como se nunca tivesse visto nada tão engraçado. Ele me ofereceu suas mãos para que me ajudasse. Só de tocá-lo fiquei entorpecida com seu magnetismo.
- Me desculpe novamente! Você não esperava por isso...
- Sei! – Fiquei mal humorada. Ele percebeu e deu um pigarro.
- Me perdoe eu vou embora!
- Não... – Gritei antes que ele se virasse. – Não precisa ir!
- Tem certeza?
- Tenho! – Eu poderia me arrepender depois... Mas não agora.
- Certo! – Ele olhou para os lados e caminhou até a porta.
- Aonde vai?
- Preciso de um banho! – Ele engoliu seco e sumiu de minha vista.
Me joguei na cama tentando fazer com que o efeito de sua presença se aquietasse dentro de mim. Minha respiração estava tão ofegante que eu mesma podia ouvi-la – acredito que ele também – a imagem de seu corpo perfeito não saía da minha cabeça, as linhas de suas costas as covinhas... Aquela TATUAGEM incrivelmente exótica que deixava seu corpo extremamente sexy estava me tirando do serio, parecia que meu corpo pedia por ele e isso estava me atormentando.
Respirei fundo e contei até 1000! Bem devagar. Peguei meus livros e desci até a sala, no livro indicava o canal de educação na TV a cabo. Eu poderia ter continuado no quarto, mas queria ter certeza de que ele ainda estava na casa. Vi ele caminhando até a sala saindo da cozinha, estava com os lábios vermelhos e a pele com a palidez revigorante. Voltei a ler meus livros enquanto trocava os canais naquele controle universal que só confundia meu cérebro com tantos botões.
- Tudo bem? – Ele se sentou em uma das poltronas, estava de moletom e uma blusa de frio larga cor azul marinho, pesada de tecido grosso. Os cabelos molhados e arrepiados estavam com um cheiro maravilhoso.
- Sim! – Sorri e voltei a encarar a TV.
- O que está fazendo?
- O trabalho de Literatura! Romantismo!
- Ah é! – Ele se recordou. – Eu já terminei!
- Eu não quero ser muito inconveniente, mas o que acha de... Sei lá... Tipo...
- Quer minha ajuda? – Henry cruzou suas mãos dando um sorriso torto disparando meu coração.
- Eu não diria bem isso...
- Ok! Boa sorte! – Ele tentou se levantar mas pausou.
- Ou... Droga! – Eu estava com medo e me sentindo patética com isso. – Eu me rendo... Preciso de ajuda!
- Certo! Agora posso te ajudar! – Henry pegou o livro e se sentou ao meu lado, conforme conversávamos meu trabalho foi ganhando forma, o que ele dizia e discutíamos anotei com todos os detalhes existia humor em sua formalidade, foi mais tranqüilo e relaxante do que a forma maçante como eu imaginava que seria. Assim que o trabalho ficou pronto o coloquei entre os livros e descansei minhas mãos.
- Muito difícil?
- Não com sua ajuda! – Entreguei os pontos.
- Romantismo marcou a historia da humanidade! Todos “amam” isso é o romantismo.
- Nada dá certo! Ou morrem ou vivem solitários e deprimidos.
- O amor é assim! – Seus olhos estavam fixo e me cortaram as palavras.
- Você... É o primeiro vampiro com olhos azuis.
- Quando passei pela metamorfose, meus olhos ficaram assim, antes de tudo eram vermelhos.
- Vermelhos?
- É uma característica Volture... Mas não importa.
- Henry... Quem são esses Volture?
- Seus pais não lhe contaram? – Ele parecia confuso, mas tranqüilo. – O que lhe disseram?
- Que querem me matar!
- Tecnicamente não! Você é muito poderosa para que seja morta.
- Então o que eles querem?
- Não sei!... Apenas lhe digo que... É muito mais valiosa para eles como para todos os Cullen.
- Nem todos!
- Para mim é! – Eu estava tomada por sua beleza e suas palavras... Será que ele estava usando o Dom para me enganar? Tirei minha luva com a intenção de ameaçá-lo embora não percebesse nenhuma aflição da parte dele.
- Por que não consigo confiar em você? – Tentei subestimá-lo.
- Não deve confiar! – Seu rosto era malicioso e sombrio. – Ainda posso te matar.
- Quero ver se consegue! – Rebati tentando esconder o temor em minha voz. Seu riso conseguia me deixar assustada e aos mesmo tempo atraída por ele.
- Me perdoe aquele dia em que tentei... Você tem um cheiro tentador... Não pude resistir. – Meus olhos estavam temerosos e desconfiados e não consegui me conter.
- Está o usando agora!
- Usando o que? – Ele estava confuso.
- Seu dom!
- Não estou! – Negou sorrindo. Estava mentindo.
- Se importa se me provar?
- Tente! – Foi um desafio pra mim mesma, me aproximei aos poucos testando minha resistência, senti vários arrepios tocarem meu corpo, o cheiro dele era enlouquecedor, um afrodisíaco, minhas células pediam por ele e quase perdi meu controle, procurei suas mãos, não pude voltar meu rosto para seus olhos ou seria tomada por todas aquelas sensações. Pude sentir que ele inalava meu aroma com desejo e ouvi um leve suspiro – não de medo – de outra coisa...
Aos poucos minhas mãos se uniram com as dele e da mesma forma que aconteceu com os outros suguei suas forças vitais, as lembranças de seu passado sombrio e cheio de sortilégio vieram á mim como se eu estivesse em seu lugar, o dia na metamorfose, o novo dom que estava o enlouquecendo, os anos de solidão, a infância de um regime militar, os pais mortos, a guerra, a nova natureza, a passagem dos séculos, a banda de rock, o show em que nos encontramos e a forma como todos desapareceram exceto eu... Hipnotizada, o desejo insano e obsessivo de almejar meu sangue... Como ele... Até agora...
O soltei antes que a dor roubasse sua vida, Henry se jogou deitado no sofá com a respiração ofegante como se tivesse se livrado da morte ou acordado de um pesadelo terrível.
Meu corpo estava diferente, corri até o espelho e vi o efeito de seu dom em mim. Meu corpo estava mais lindo do que antes meus cabelos ondulados estavam lisos, macios e sedosos, em minha face qualquer expressão de cansaço como minha olheiras desapareceram, minhas bochechas estavam rosadas.
Voltei a sala e o encontrei deitado como antes, vi que ele não estava mentindo, estava tão limpo quanto eu e não estava usando seus poderes para me manipular.
Me sentei no chão perto de sua face procurando saber se ele estava bem.
- Você é mais forte do que eu pensava... – Sua voz era fraca porem cheia de humor.
- Agora acredito em você!


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