Metamorfose escrita por debora_carvalho


Capítulo 15
Bloqueios


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora se puder comentem que vou continuar postando bjOooOo



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Bloqueios




Me saí muito bem no trabalho de Literatura. Não pensei que seria tão legal quanto foi tirar a melhor nota em um assunto em que eu era uma negação. Meu celular vibrou na sala de aula, minha sorte foi que o professor não estava. O torpedo tinha apenas uma palavra.
Parabéns
Olhei para trás e vi Henry com a mesma expressão tranqüila e avassaladora de sempre. Foi inevitável não sorrir e corar. Jay percebeu o que eu não queria:
- Ou... Eu não acredito!... Ta apaixonada pelo Henry.
- Jay fala baixo! – Ela entendeu o desespero em minha voz. – Não estou apaixonada por ele nem por ninguém.
- Como não Perola? Henry é lindo e todas as garotas tem feito de tudo pra conquistá-lo. – Jay conseguiu mostrar sua ironia – E pelo jeito nenhuma conseguiu ser boa o bastante pra ele.
- Para Jay! – Levei na brincadeira – Henry logo vai embora de Forks e voltará á ser musico como todos o conhecem.
- Perola você não me engana! Conhece ele e ta apaixonada!
- Jay, tem garotas muito mais lindas do que eu aqui e com certeza elas conseguem algo com ele.
- Alguns pensam que ele é gay... Não se envolve com nenhuma garota... Nem fica perto.
- Talvez ele não queira!Ele sabe o que essas garotas querem com ele.
- O dia que ele quiser uma garota vai ser novidade.
- Com certeza!
Assim que o sinal bateu, guardei meus livros e segui para a aula de Ed. Física... Torci pra que os minutos corressem, eu não tinha nenhum pouco de animo pra jogar hoje... Minha sorte que fiquei no banco de reserva. Saí mais cedo com o fim da aula, eu teria uma boa hora para esperar por Jasper e Alice já que Reneesme tinha Jacob como seu alicerce e distração.
Henry estava á alguns metros longe de mim montado em sua moto Suzuki Stryder preta que matava quase todos os garotos de inveja... E como sempre o fã – clube de garotas que ainda faziam suas apostas nele. Fiquei observando tudo aquilo do outro lado do estacionamento, o mais incrível de tudo isso é que ele fazia questão que todos estivessem olhando pra ele. A raiva que eu passei a sentir era como mel em seus lábios, até que não seria má idéia se Emmett quebrasse seus ossos... Refresco pra mim e um balde de areia nos seus olhos – Droga por que eu estava tão irritada? – Vi que seus risos aumentaram com meus pensamentos – ninguém entendia por ele estava rindo – idiota, imbecil, irritante, frio, calculista, cruel... Lindo. Eu estava gritando por dentro... Henry era igual á “ele”.
Não demorou nada e ele dispensou seus amigos humanos imbecis então veio me encontrar com sua moto, parou ao meu lado dizendo:
- Chega de pensar besteiras! – Henry me ofereceu o capacete – Sobe na moto.
- Eu acho que não! – Alice apareceu ao meu lado com os braços cruzados de um jeito bem autoritário. Henry não á questionou, apenas se olharam como se quisessem um duelo. – Vamos Perola, Jasper está esperando.
- Tudo bem... – Apertei os lábios dando alguns passos para trás com Alice me puxando. Seu olhar foi embora conosco.
- Perola é melhor que fique longe dele.
- Por que Alice? O que tem de errado com ele? – Seriamente eu não entendia até quando continuaria a implicância com Henry.
- Eu não sei o que anda acontecendo, mas todos estamos sendo bloqueados.
- Como? – Não entendi.
- Desde o dia em que esse vampiro apareceu tem algo de diferente com nós... Jasper só consegue usar seu dom quando ele não esta por perto e eu não tenho visões quando ele está envolvido...
- As vezes é só uma fase! Isso acontece sempre?
- Só quando ele está entre nós!
- Alice, então por que não o deixam ir embora?
- Ainda não podemos!... Carlisle disse que devemos esperar mais um pouco.
- Você viu que ele viria até nós?
- Não! – Alice estava agoniada. – É tão estranho... Será que vou voltar ao normal?
- Claro! – Abracei ela tentando animá-la – Vai ficar tudo bem! – Continuei andando, olhei para trás vendo a moto desaparecer.
Alice mostrava preocupação com essa falha e culpar Henry era a primeira alternativa. Se ele estivesse nos bloqueando eu teria visto quando o toquei e não foi isso que encontrei. Talvez seria outro jogo de sua parte.
Chegamos em casa e o encontramos conversando com Esme, segurava um violão preto nos braços e tocava algumas notas, Alice subiu as escadas ignorando aquele dialogo amistoso entre os dois. Esme não entendeu á irritação de Alice. Henry voltou a me observar, parecia estar com raiva.
- Esme eu volto depois! – Foi o que ouvimos.
- Ok Henry! Carlisle estará aqui mais tarde.
- Ótimo! – Henry me encarou com frieza passou por mim e saiu da mansão.
- O que houve com ele? – Fiquei intrigada.
- Henry quer partir e precisa que Carlisle o autorize! – Ah não! Eu não falei serio quando disse que ele poderia partir... Ele não pode partir. Me sentei ao lado de Esme e perguntei:
- Esme todos implicam com ele mas...
- Perola, Henry está nervoso e atormentado com toda essa situação... Ele perdeu a liberdade quando aceitou ficar aqui... Ele quer voltar a ser o vampiro que sempre foi e isso... De alguma forma tem o torturado.
- Esme acha que ele pode nos trair?
- No começo acreditei que sim... Porem tem algo que acabou com qualquer paz que ele tivesse.
- O que acha que deve ser>
- Eu pensei que você me responderia. – Ele deve ter contado... Suas memórias estavam desaparecendo da minha mente.
- Vou descobrir! – Me levantei do sofá e corri para fora da mansão, passei a garagem entrando na mata que logo em frente um terreno plano aonde eu e Emmett treinávamos. AS memórias em minha mente se apagavam com mais rapidez – O que estava acontecendo? Será que ele ta me bloqueando? – Corri o mais depressa possível antes que perdesse seu rastro.
- Henry... Henry... – O chamei sem sucesso, por mais algumas vezes tentei e tive minhas respostas.
- O que quer? – Ele estava ao meu lado, o susto acabou com meu equilíbrio – caí no chão – Droga eu tinha que parar de cair. Ele me ajudou a levantar então pude questioná-lo.
- Me responde a verdade... O que está fazendo com todos nós?
- O que? – Ele fez uma careta sem entender.
- É isso mesmo o que você ouviu! Tem algo de estranho que tem afetado todos nós e isso é por sua culpa, comece a explicar ou... – Minha mão direita já arrancava a luva da esquerda como um sinal de ameaça.
- Ou... – Henry erguei as mãos como se tivesse sendo assaltado, desta vez achei estranho ele temer meu toque.
- O que esta fazendo comigo e os Cullen?
- E o que eu faria? – Ele continuou dizendo sem entender... Meus nervos queriam explodir.
- Jasper não comove mais ninguém, Alice perde as visões toda vez que você está envolvido e eu... Eu não me lembro de mais nada que tenha a ver com você! – Gritei completamente irritada, os olhos de Henry se arregalaram e sua expressão confusa passou para preocupada.
- Perola acredite que não foi eu!
- Então quem seria? – Ironizei – E pior até quando vai continuar fingindo?
- Está acontecendo o mesmo comigo.
- O que? – Ele só podia ta querendo me enlouquecer.
- Aquela noite em que sugou minhas energias tenho que admitir que tentei ver o que se passava dentro de você... Eu tentei e não consegui chegar onde eu queria.
- O que quer dizer?
- Que quando fiz isso não consegui reter nada, era como se você tivesse me bloqueando. – Ele abaixou os braços e me explicava com calma – Eu consigo chegar até o oco de qualquer coisa assim como você, tentei fazer o mesmo e não deu certo. – Seu olhar era de dor.
- E quando me atacou? Você viu minha vida, minhas lembranças... Você cantou a musica que Mike cantava pra mim...
- Quem é Mike? – Eu deveria ter ficado louca ou ele queria me deixar louca.
- Não se faça de bobo por que você não me engana...
- Perola se eu joguei alguma memória sua pra fora de mim foi porque seu sangue estava no meu organismo. Meu subconsciente é tão poderoso quanto o seu. – Me lembrei das noites em que fiquei bancando a sonâmbula.
- Então como explica amnésia que deu em mim?
- Já pensou na possibilidade de que tudo isso seja por sua causa? – Henry me olhou como se estivesse me subestimando.
- O que tem de errado agora? – Fiquei preocupada.
- Dessa vez a culpa pode ser sua!


A família estava toda reunida e discutindo sobre a possível idéia de que eu seria a causadora de todas as inseguranças deles. Carlisle pediu que todos se calassem para que as perguntas começassem... Parecia mais um tribunal onde Henry era sempre o réu.
- Henry como chegou a essa conclusão?
- Quando Dr. Brown fez a construção genética do DNA de Perola ele conseguiu transferir todos os dons Volture para ela... Perola tem toda a capacidade de qualquer um de nós mesmo sendo humana. – Ele continuou – Ele dizia que a criatura conforme crescesse desenvolveria seus poderes, quanto mais avançada fosse sua idade mais forte seriam seus poderes.
- Mas o sangue tem feito com que ele parasse de se desenvolver. – Jasper insistiu.
- Nunca vi Perola tomando sangue desde o dia que cheguei aqui... – Henry o questionou.
- Eu parei! – Respondi antes que eles discutissem.
- Henry, Perola não precisa de sangue o tempo todo, ela está controlada. – Carlisle voltou a falar.
- Ela tem três naturezas, a humana, a nossa e animal, como foi previsto, Perola vai ter as três naturezas unidas, os poderes se desenvolveram mais rápido... E é o que tem acontecido... Ela está bloqueando á todos nós como conseqüência disso... Daqui pra frente ela vai esterilizar qualquer dom e ficará com ele permanentemente.
- Não pode ser! – Rosálie se zangou – Está mentindo...
- Rose... – Carlisle á interrompeu.
- Isso é uma desculpa para levá-la até os Volture.
- Entenda como quiser! – Henry se irritou. – Quando sua filha se tornar uma fera irracional vai se lembrar das minhas mentiras.
- O que quer dizer com isso? – Meu coração disparou, só poderia ser loucura...
- Que se continuar como está você se tornará um monstro sem raciocínio com sede de matar, perderá qualquer lembrança e correrá atrás de algo que a preencha, mas não encontrará... E viverá para exterminar qualquer coisa em seu caminho... Nem Volture terão como controlá-la. – Um frio passou por minha espinha com suas palavras eu não poderia me tornar um monstro como ele dizia, Rose e Emmett temeram por mim.
- O que podemos fazer pra que isso não aconteça? – Carlisle procurava por respostas as minhas suplicas.
- O sangue não deixará que as naturezas se unam... É melhor que ela volte a sua “dieta especial”.
- Henry o que tem feito esses poderes avançarem tão rápido? – Esme perguntou intrigada.
- Talvez uma questão não resolvida! – Henry tinha razão, minha pergunta se resumia á um só “alguém” que tirou todas as minhas resistências e que me deixou ressentida e com medo de cada fim do dia.
Todos voltaram seus olhares para mim entendendo que dentro de mim faltava algo que tenho me negado a dizer por muito tempo. Uma lacuna, um vazio, um espaço desconhecido, um medo vivo embora escondido.
- Perola voltará a tomar todo o sangue que precisar. – Emmett deu sua palavra... Eu me sentia horrível.
- Não vou! – Me neguei desde aquele “dia”. – Eu não quero.
- Perola se não tomar o pior acontecera... – Carlisle tentou interferir antes que Emmett e Rosálie explodissem.
- Carlisle eu não quero! Mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer...
- E quando acontecer?... – Rosálie se desesperou.
- Não estarei mais aqui para machucá-los... Mas não me obriguem.
- Por que esta fazendo isso conosco? Nós á amamos? Não se importa com nossos sentimentos? – Emmett dizia decepcionado, meu coração sangrava por vê-lo assim.
- Não se preocupem... Vai ficar tudo bem! – Subi pro meu quarto antes de presenciar a briga entre eles.
Eu era um monstro, era bem clara essa certeza em minha mente, meu fim não seria um dos melhores e eu não queria mais evitá-lo... A falta que “ele” me fazia me matava a cada segundo então esse fato seria o de menos, eu deveria morrer antes que esquecesse de tudo... Minha única certeza é de que “ele” iria comigo em meus belos sonhos. O que mais me doía era que eu nunca o veria outra vez.



Nessa mesma noite tive um sonho diferente de todos os outros. Estava deitada em uma mesa que mais parecia uma espécie de altar, sobre meu corpo havia flores, usava um vestido branco e uma guirlanda de rosas na cabeça. Fui até meu corpo observando a neve e a melancolia de um fim de tarde... Observei que meu corpo dormia em um sono profundo que eu jamais acordaria. Do nada apareceu um vulto que meus olhos não conseguiam alcançar sua face.
Ele se sentou junto ao meu corpo e com cuidado tocou minhas mãos e meus olhos se abriram de relance então pude vê-lo... Era o rosto que implorava com toda a minha vida para reencontrar. Os cabelos acobreados, os olhos topázio a expressão acolhedora – era torturador – Meus olhos se fecharam deixando que as lagrimas rolassem, senti tocá-las e voltei a vê-lo dessa vez seu rosto se dissolveu ganhando outra face. O rosto alvo como a neve que me trazia sonhos agradáveis, os lábios vermelhos cheios do veneno que consumia sem matar, os cabelos escuros como o abismo em que caí, as linhas de seu rosto perfeito e por fim os olhos claros... A luz de mil estrelas que me tomou por inteira, a ferida que se abriu em meu peito, o vírus que tomou minha carne, o chão que se abriu em meus pés sem que eu percebesse, não era dor que me entristece mas sim o mal irremediado a incerteza de que eu não poderia dar limites da única verdade que aqueles olhos me diziam. Era como se eu pressentisse tudo o que o amor não disse com toda essa aflição.
Foi tão forte quanto qualquer palavras não dita...



Acordei no meio da noite impressionada com o sonho. Ele era tão real que eu poderia vê-lo em minha frente. Meu coração chegou na boca, eu podia ouvir o som do piano e o recado era de que todos estavam caçando. Uma explosão de imagens passavam por meus olhos, Edward: suas implicâncias, sua sinceridade, sua paixão, sua partida.
E Henry: o impacto que sua presença em causou, seu jeito ousado e rebelde, nosso primeiro encontro, a forma como sua expressão conseguia ser atraente e desafiadora. Corri pra sala imaginando com um pequeno fio de esperança de quem seria.
Não era “ele”... Fui tomada pela surpresa, sua voz me deixava em paz de meus surtos, Henry mostrava sofrimento e frustração em suas melodias. Quando me viu sorriu sem parar de tocar o piano.
- Foi só um pesadelo.
- Como sabe?
- Estava gritando! – Ele continuou enquanto me aproximava.
- Por que não me acordou?
- Estou proibido de chegar perto de você sem a presença dos Cullen. Resolvi tocar o piano ajudaria á acordar.
- Não tem problema se quiser me tirar de alguns pesadelos. – Tentei mostrar bom humor – ele sorriu – deu certo.
- Me disseram que não devemos acordar ninguém em meio á um pesadelo.
- Por quê? – Indaguei.
- Ataque cardíaco! – Henry me fez rir com sua piadinha humana.
- Se importa?
- Não! – Henry me deu um espaço no banco para que eu me sentasse. Assim o fiz e o acompanhei com a mão direita.
- Há quanto tempo não toca piano? – Ele viu que eu não andava muito boa nem tirando um bife.
- Há algum tempo! – Foi minha única resposta... Tinha muitas coisas que eu ainda não consegui encarar desde o dia que ele foi embora.
- Desde quando toca piano?
- Já tem um tempo! – Ele deu um sorriso torto – até assim os dois conseguiam ser iguais de diferentes formas – Gosto do som.
- Canta pra mim Henry... – Sussurrei sem parecer possessiva. – Gosto de ouvir sua voz...
- Lembra o que te escrevi no bilhete? – Inesquecível... Me recordo com o mesmo fascínio de antes.
- O que tem?
- Do mesmo jeito que me ouviu... Quero ouvi-la também... – Henry era maravilhoso, irresistível que eu tinha medo de acreditar e descobrir que fosse mentira, meu corpo tremia com toda aquela ocasião, era tão mágico quanto qualquer coisa que já senti. Meu coração se entregava fingindo do meu peito para que fosse até ele... Queria e pedia por seu olhar, as mãos frias e ágeis me tiravam da realidade com seus movimentos e como nada igual á antes que eu podia senti-lo me queixar toda vez que me encontrava em seus olhos.
Me entorpeceu com sua voz contagiante, me lembrava um cristal em brasas e depois mudava a voz me impressionando com seu dom, era lindo e me tocava profundamente, eu não sentia tristeza quando ouvia alguém cantar, era um consolo, algo que me tomava de emoção – Há quanto tempo eu não me emocionava - Nem se eu o beijasse conseguiria roubar sua voz com toda a perfeição que saía dele... Seria o bastante apenas tocar seus lábios, estaria feliz mesmo que fosse impróprio – E tudo o que eu precisava estava em minha frente – Eu não acredito... Acho que me apaixonei. Estremeci me dando um nó na garganta e no estomago e uma chuva ou melhor... Um temporal de borboletas. Fiz como ele me pediu em uma musica diferente de qualquer outra.
Dizia assim:
Eu queria que você soubesse que adoro o jeito que você sorri, que quero te abraçar bem forte e levar a dor para longe de você,
Guardo uma foto sua e isso me ajuda bastante,
Quero te abraçar bem forte para roubar sua dor,
Porque me sinto quebrado quando estou solitário
E não me sinto bem quando você vai embora.

Henry me deixou continuar e minha parte dizia assim...

O pior já passou e nós podemos respirar novamente
Eu quero te abraçar bem forte e mandar minha dor para longe
Há muita coisa deixada de aprender e ninguém contra quem lutar
Eu quero te abraçar bem forte e roubar sua dor.

Unimos o refrão da seguinte forma...

Porque fico em pedaços quando estou exposto
Eu não me sinto forte o bastante
Porque fico em pedaços quando estou solitário
E não me sinto bem quando você vai embora...

(P.S: a musica é Broken de Seether e Amy Lee)

Henry bateu a ultima tecla do piano e voltou a me encarar, parecia constrangido embora imóvel como uma estatua.
- É melhor que volte a dormir!
- Henry... – Tentei falar enquanto se levantava.
- Por que... – Me levantei me aproximando dele abracei se pescoço procurando pelo o que eu mais queria naquele momento, meus movimentos congelaram quando beijou minha testa, não me segurou muito e voltou a se sentar sentindo fraqueza.
- Não sou boa o bastante... – Lamentei magoada.
- Não! – Ele se zangou. – Você enlouquecer? – Sua voz agora era incrédula, Henry segurava sua cabeça tentando melhorar.
- EU sou um monstro!
- Não! – Henry gritou mais zangado ainda... Se calou recompondo sai face e então voltou a dizer com calma e compostura. – Me perdoe... Por mais que você seja forte eu ainda sou um vampiro e você é uma presa que tem nas veias o que eu mais desejo... Posso perder o controle... Não quero te machucar.
- Isso não é desculpa... – Lhe dei as costas mas o senti segurar meu braço antes que subisse as escadas.
- Entenda que não posso me apaixonar por um alguém que vai partir...
- Porque não diz que não sou o que quer ou que não tenho capacidade pra que seja meu... Pelo menos não vai mentir de novo.
- Mentir?! – Henry se indignou. – Você desistiu de tudo, até de viver por mentir pra você mesma. – Ele ficou tão injuriado que me calou completamente – Sabe... É frustrante pra mim não conseguir manipular você como eu queria... Como eu quero... Perola eu trocaria toda a minha eternidade para conseguir te tocar, eu terminaria meus dias satisfeito porque você sempre seria bela e encantadora como imaginei por tanto tempo... Mas... Prefiro selar meu destino fechando meus olhos para sempre... Do que vê-la se esquecer o que significo pra você...

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