Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 17
Bolha de sentimentos intensos.


Notas iniciais do capítulo

Bom meus amores eu espero que 2014 seja um ano diferente na vida de cada uma de vocês. Cheio de realizações, conquistas e diversas alegrias. Obrigada por estarem aqui em 2013, por comentarem e é por vocês que eu continuo e vocês são leitoras maravilhosas. Parabéns a vocês pelo sucesso da fiction.



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Sue me manteve ocupada por longos minutos, suas perguntas de como eu queria as coisas me distraíram em algum nível superficial. Ela em momento nenhum parou de falar ou querer saber alguma coisa. Eu falei de Alice, dos meus estudos e da casa que havia comprado e ela confessou que Edward mostrou a ela uma foto da casa e que ela achava pequena, mas confortável. Eu ainda não sabia o que pensar desse Edward que não mostrava mais ódio e que era ainda desconhecido. Uma empregada trouxe algo e se comunicou com Sue por olhar, eu fingi não reparar e me concentrei em ouvir algo que ela pudesse falar, ela não falou, mas Sue voltou a conversar comigo interessada em qualquer informação que eu pudesse dar. Quando ouvi as batidas na porta eu sabia que era ele, Sue sorriu e foi até porta me dando um olhar antes de abrir. Edward não entrou, se manteve na entrada da porta.

– Alice e Jasper estão aqui.

Levantei e lembrei que Alice e ele estavam em algum lugar que tinha vozes alteradas e eles poderiam estar em perigo.

– Eles estão bem? Alice está machucada?

Edward estranhou a minha pergunta.

– Por que eles estariam machucados? – Sue fez a pergunta que Edward não fez.

– Não sei... quando liguei para Alice tinham vozes, pessoas gritando...

– Vamos descer.

Ele me pareceu determinado e sério. Mais sério do que eu poderia me lembrar. Fomos até a sala em silêncio, eu poderia perguntar pelo pai dele, mas isso poderia ser deixado para um outro momento ou eu poderia especular com Jasper em alguma hora melhor. Alice e ele se levantaram quando nos viram e tinham alguma informação, eu sabia pelos olhos dela que ela tinha.

– Você está bem? Alice...

– Aconteceu alguma coisa? – Edward perguntou para Jasper e ele olhou para Alice. Os dois estavam bem, fisicamente bem.

– É melhor sentar.

Eu nunca gostei de quando Alice nos mandava sentar, nunca era um sinal positivo.

– Nós fomos ver Jéssica Newton.

É claro que eu conhecia Jéssica, mas ela tinha Newton no sobrenome, seria outra Jéssica? Olhei para Jasper e ele voltou seu olhar para Alice.

– Era a voz dela no telefone?

– Não Bella, de seu marido Mike.

– Como ela casou com Mike? Deus ele sempre a detestou. Achava ela... grudenta...

Não fazia sentido ele casar com ela. Não fazia, ele queria algo que ela não tinha. Ela nunca fez mais do que brincar de garota popular e isso sempre o afastou dela. Isso não fazia sentido.

– Quem estava conversando na noite do acidente quando você ouviu a conversa?

– Jéssica e Mike. – Edward respondeu tentando como eu achar a ligação.

– Não acha estranho justamente esses dois hoje estarem casados? – Alice perguntou.

– Claro que não, eles poderiam ter descoberto depois do acidente alguma coisa em comum.

Eu ri baixo disso.

– Edward, Jéssica é a garota popular e ele do time de basquete. Mike apesar de ser o melhor não a queria, ela só usava os homens para conseguir... eu não sei o que ela pretendia, mas ela usava, descartava e falava mal depois como se eles não fossem nada. Jéssica nunca se mostrou muito.... arrependida de seus atos. Mike não queria se envolver com ela. – uma pausa. – Ele nunca ficaria com ela.

– As pessoas mudam de ideia, elas não precisam sempre detestar alguém.

O silêncio. Eu o olhei. Ele me olhou. Eu queria ter certeza de que isso era verdade. Respirei fundo sentindo o cheiro dele, percebi como ele estava perto e de como eu tinha reações a essa proximidade. A imagem dele beijando Kate me fez querer ser beijada com aquele desejo, com aquela intensidade, mas eu não poderia. Nós era um pronome distante. Não existia nós.

– Não muito, Jéssica estava grávida quando eles casaram. Mike nunca foi para faculdade como ele pretendia e hoje administra a loja de seu pai no centro da cidade. Eles tem uma renda razoável, mas não explica certos luxos.

– Luxos? – perguntei a Jasper.

– A casa deles é a melhor da cidade, Jéssica faz compras em Paris e nunca está exatamente só com Mike, mas ele permanece casado.

– Como vocês sabem disso? E por que eles ou ele estava gritando quando liguei?

– Bella nós fomos até ela, Jéssica ficou histérica só com a primeira pergunta. Ela sabe de alguma coisa, os gritos foram só uma forma de nos afastar e com certeza ela sabe o que aconteceu naquela noite.

Eu senti minhas mãos suarem e meu coração acelerar.

– Ela sabia de alguma coisa? Ela...

– Não faz o menor sentido ela saber que você estava dirigindo se o laudo médico dela consta que ela estava até mais bêbada que você. – Alice disse com tranquilidade. – Nem em mil anos de evolução ela conseguiria lembrar de nada com aquela quantidade. Isso foi manipulado. E estamos agora trabalhando no que mais foi manipulado.

Eu e Edward estávamos sem fala. Vários pensamentos. Possibilidades. Ela nunca gostou de mim, mas fazer algo monstruoso como fazer aquilo com a minha única bebida não justificava nada.

– Mike Newton gostava de você. – Edward afirmou pensativo. – Ela poderia ter feito isso tudo para ficar com ele?

– Todo esse drama para ficar com Mike?

– Algo pode ter dado errado, o acidente pode simplesmente ter acontecido. Kate no lugar errado, na hora errada... – essa teoria parecia ser sensata.

– Eu não bebi nada além de água naquela noite. Nada. Eu não matei ela porque fui irresponsável, eu nunca... nunca havia pego um carro dessa forma, era responsável demais para meu próprio bem. Eu só queria... – lembrei de Tyler. – Eu nunca quis tirar nada de você.

Remoendo as feridas. Eu estava revirando o passado em busca de algo que eu não sabia explicar, eu queria que ele entendesse que nada do que aconteceu foi minha intenção e que eu levaria para o resto da minha vida essa morte.

– Cada pessoa que tratei, cada resfriado que acompanhei ou ferida que suturei eu fiz pensando que poderia estar ajudando, que eu poderia fazer a diferença na vida daquela pessoa. E que aquela pessoa não me odiaria.

Edward estava me ouvindo com os olhos cheio de dor, falar de Kate era penoso demais para nós dois, eu queria que ele ouvisse meu lado, apenas uma vez.

– Você nunca seria menos que uma mulher excepcional. Em todos os sentidos.

Edward se levantou e saiu da sala. Eu me levantei e senti as lágrimas correrem pelo rosto. Eu não entendia completamente o que aquelas palavras queriam dizer, eu não conseguia raciocinar.

– Venha, vamos tomar um chá. Foi emoção demais.

– Vou esperar por...hum... vou ver Edward.

Jasper saiu e Sue entrou um pouco constrangida, me perguntei o que ela ouviu.

– Poderia nos fazer um chá?

– Claro. – disse solícita. E me olhou analisando.

– Eu estou bem.

– Ela não está, mas vai ficar.

Alice e eu sentamos no sofá, o peso de tudo estava fazendo meu corpo doer e minha cabeça latejar um pouco.

– Se em toda revelação vocês dois agirem assim não sei se estaremos vivos com tantas emoções fluindo. Vocês são uma bolha de sentimentos mistos e intensos, precisam aprender a administrar melhor isso.

– Ficou louca?

– Não, mas apesar dos avanços vocês dois estão engatinhando no que se trata se curar.

– Ele não me odeia mais. – constatei pensando nas últimas horas que passamos juntos.

– E como você sabe disso?

Sue entrou com uma bandeja cheia de coisas e minha caixa de remédio. Eu teria que fazer alguns exames daqui uns dias e esperava mesmo que tudo estivesse em ordem comigo. Ela saiu sem dizer nada.

– Eu olhei nos olhos dele. – vi a caixa de remédio e abri fazendo uma nota para comprar um pouco mais.

– O que viu?

– Não tinha ódio.

– E o que tinha?

– Muitas coisas, mas ele hoje não tem repulsa e eu agradeço demais isso.

– Quatro anos fazem as pessoas não se acharem mais donas da razão ou Deus. Ele está arrependido.

– Se estivesse que viesse a mim. – saiu com mais raiva do que eu pretendia. Alice sorriu.

– Ele não vai querida, ele vai fazer com que entenda que está arrependido, mas não vai ser fácil verbalizar. Não faz o tipo dele.

Eu e ela tomamos o chá, não tinha muito o que falar, eu e Alice só tomamos aquilo em silêncio. Um tempo depois quando já estava pensando nas provas finais Edward entrou com o telefone na mão. Eu sabia. Eu sabia sem menos ele dizer nada.

– O hospital ligou.

Meu pai se foi.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por estarem aqui!