Kurt e Vicky ficaram para trás dos outros competidores que começaram correndo. O fato de Victoria andar abraçada com Kurt não ajudava muito.

Quando trovejou, Kurt pensou que seria partido ao meio pelo abraço de Vicky.

- Corre mais rápido Bill! Vai cair uma tempestade. – Kurt e Vicky ouviram uma voz feminina falando, não muito longe de onde estavam.

- Eu... Estou... Exausto. – ouviram outra voz, desta vez masculina.

- Seu inútil! Você não deveria agüentar mais tempo depois de todo o seu treinamento ‘pesado’?

- Meu treinamento não incluía carregar uma garota nas costas enquanto corria em terreno lamacento.

- Tá me chamando de gorda?! Seu chifrudo! Você sabe que se eu não tivesse torcido o tornozelo naquele maldito buraco, eu estaria correndo!

- Pois saiba que entre os Buffalos, chifrudo é um elogio. – mentiu Bill, escondendo sua irritação.

Kurt e Victoria alcançaram os donos das vozes. Era uma Bunny que estava sendo carregada por um Buffalo, que já não corria, mas caminhava lentamente.

- Ei! Precisam de ajuda? – perguntou Victoria, se aproximando dos dois.

- Sim. – disse o Buffalo.

- Não. – disse a Bunny, ao mesmo tempo. – Estamos bem.

- Fale por você. – respondeu o Buffalo. – Ela torceu o tornozelo, e eu servi de Buffalo de carga...

- Hey! O Kurt pode ajudar! Ele é um mago poderoso. Aposto que ele pode curar isso em um segundo. – Victoria falou, animada.

Fodeu. Pensou Kurt. Da última vez que ele tentou curar alguém, seu primo perdeu a sensibilidade na mão direita.

- Sério? Valeu, Kurt... Ei, por acaso o seu nome é Kurtney? – perguntou a Bunny.

- Não! É só Kurt. Que nem o cantor do Nirvana.

A Bunny começou a rir. – Tava zoando, relaxa aí. Kurt Cobain.

- Tudo bem, agora eu preciso de silêncio. – disse Kurt, se concentrando para a magia. Ele aproximou seu cajado do tornozelo dela e...

CABRUM! Um trovão caiu ensurdecedor sobre eles.

Kurt se assustou tanto, que falou um feitiço muito diferente do que queria. Um brilho azul intenso encobriu o pé da Bunny, e então ela gritou de dor.

- Seu viado! – a Bunny estava se contorcendo. Seu pé estava virado em um ângulo estranho.

- D-desculpa... Foi por causa do trovão... –Kurt gaguejou.

- Caramba! Você é mesmo um mago poderoso? – perguntou o Buffalo.

Nessa hora, Sam, Ashlee, New e Amy apareceram, ofegantes. Eles tinham conseguido ficar a uma boa distância dos Torobbies, mas ainda podiam ouvir seus guinchos.

- Ei, Victoria... – Sam, ofegante, apoiou uma mão no joelho e ergueu a outra, como um sinal de espera.

- Tira essa mão daqui, seu tarado! – Victoria deu-lhe um soco na cara, achando que ele ia apalpá-la de novo.

- Por que sempre eu? – Sam se lamentou, com um lado do rosto inchado.

- Ei, sem querer atrapalhar, mas nós estamos sendo perseguidos por Torobbies! – lembrou New.

- Por o quê? – antes que Katy, a Bunny, terminasse a pergunta, um rebanho [n/a: -Q] de Torobbies apareceu, e pareciam famintos.

- CORRE! – Sam gritou enquanto era seguido pelos outros, Katy nas costas de Bill.

Após correr muito, eles chegaram à vila, situada num lugar alto demais para os Torobbies alcançarem.

- O que foi isso? – perguntou Victoria, perplexa e ofegante.

- O motivo para chegarmos aqui antes do anoitecer. – disse Amy.

Assim que eles se acalmaram, um leve chuvisco começou a perturbá-los. E então foram se abrigar na cobertura de uma loja fechada.

 Acho melhor fazermos as apresentações. Meu nome é Victoria. – disse a Cat, balançando a cauda.

- Amy. – disse a Fox, ajeitando os óculos.

- Sammuel, mas podem me chamar de Sam. – falou o Raccoon, com um sorriso no rosto.

- Kurt. – disse o Dragon, sem deixar de fitar o chão.

- ... ney. – brincou a Bunny. – Kurtney.

- Vai encher o saco de outro, vai. É só Kurt.

- Calma, nervosinho. A propósito, me chamo Katy.

- Bill. – disse o Buffalo. (n/a: Buffalo Bill. 8DD)

- Me chamo Newton, mas me chamem de New. Ou Newt. É uma ordem. – brincou o Lion.

- E-eu sou... a Ash... Ashlee. – disse a Sheep sem jeito, quase se escondendo atrás de Sam.

- Ótimo, agora que todos já se conhecem, devemos procurar um dormitório, não? – interrompeu a Fox.

- Será que tem uma pousada por aqui? – perguntou Vicky.

- É o que eu espero. Eu tô morto de cansaço. – reclamou Bill.

- Olhem. – Ashlee corou ao ver a atenção de todos sobre ela. – Parece que aquilo é uma espécie de pousada. – disse ela, apontando para uma “casinha” iluminada. Na verdade, era bem maior que uma casinha, o suficiente para suportar muita gente. Eles correram até lá, para não se molhar tanto com a chuva.

O lugar estava um pouco cheio, mas era quente e aconchegante, então eles esperaram. A recepcionista lhes deu um quarto feminino e um masculino, de graça, pois era seu primeiro dia na ilha.

- Bom, nos despedimos por hoje. Boa noite meninas. – disse Sam, acompanhando os meninos para o lado contrário.

- Boa noite. – disseram todos.

- Ei, o que será que tem para se fazer aqui? – perguntou Katy.

- Tanta coisa, que você vai desejar não ter que fazer nada. – respondeu Amy.

- Credo. Você me dá medo.

- Não liga pra ela. – disse Vicky, colocando o braço sobre os ombros de Katy. – Eu tenho certeza que nossa estadia aqui vai ser o máximo.

- É! Eu quero bater em muitos Torobbies! – disse Katy, encantada pela idéia da luta.

Todas riram, e entraram em seu quarto para, finalmente, descansar um pouco.