Tot: The Four Winds Alchemist escrita por KiitaT, Nobumaru


Capítulo 12
11. A praia de Coral




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- Vocês sabem por que meu padrinho, Don Cavalier, criou esse jogo? – perguntou Don Giovanni. – Vocês acham que foi só para lucrar enquanto assistia uns jogadores folgados destruírem a ilha atrás de uma estúpida estátua de Harkon? NÃO! Ele criou esse jogo para salvar esta ilha, que foi onde ele nasceu. Eles criou o jogo para manter viva na memória de todo mundo a grande glória passada dos Tricksters, para salvar a terra natal de todos os heróis do passado. Vocês deviam se sentir honrados somente pelo fato de pisar nesta terra.

Um silêncio constrangedor pairou sobre a praia.

Esther aproveitou o silêncio. – Bem... A Megalo Company oferece a vocês uma mochila com alguns acessórios básicos. Nela vocês encontrarão uma lanterna, uma capa, e alguns cupons de 10 Galders, que poderão ser trocados por Galders em qualquer banco da ilha.

Houve um murmúrio de consentimento na multidão, e todos pegaram os equipamentos.

- Se não há mais perguntas, vou dar início ao jogo. A cidade mais próxima é a cidade de Blooming Cora, a poucas horas de caminhada daqui. E recomendo que vocês cheguem lá antes do anoitecer. – disse Esther, levantando uma pistola e apontando-a para o céu. – O grande jogo da Ilha de Caballa começa... AGORA! – e então ela atirou.

Quase todos os participantes saíram correndo em disparada praia a dentro, em direção a Blooming Cora.

Apenas Sam, Ashlee, New e Amy ficaram para trás, caminhando lentamente.

- Hm... Sensei... Nós não devíamos estar correndo? – perguntou Ashlee, timidamente.

- Não se entra em território desconhecido assim, correndo. É preciso cautela em um lugar desses. – respondeu Sam.

- E além do mais, sair correndo na frente não vai aumentar suas chances de ganhar o jogo. – disse New, relaxadamente.

- Sim. E é melhor guardamos o nosso fôlego para quando começar a chover. – comentou Amy, se aproximando deles.

Os três, surpresos, olharam para ela. – Como você sabe que vai chover? Não tem nenhuma nuvem no céu. – perguntou New.

- Isso é muito simples. – Amy disse, ajeitando os óculos. – Olhem em volta. O terreno está repleto de coral e algas. A própria areia está úmida. Tudo sugere que essa área fica geralmente submersa, e como disseram para chegarmos na cidade antes do anoitecer, aposto que a maré vai subir e haverá uma grande tempestade.

- Uma tempestade? – perguntou Ashlee, assustada.

- Sim, mas não se preocupem. Eu aposto que conseguiremos chegar até a cidade antes do pôr-do-sol. – disse Amy, tranqüilizando a pequena Sheep. – A propósito, meu nome é Amy.

- Eu sou Ashlee.

- E eu sou...

- AH! Você é o tarado do navio!

E então se ouve um barulho de impacto entre peles, como um tapa na cara.

- Por que eu? – lamentou-se Sam, agora caminhando com uma marca de mão no rosto.

A praia de Coral era muito estranha. Parecia que eles estavam andando no fundo do mar. Victoria até viu um esqueleto de peixe largado no meio da praia.

Kurt e Victoria saíram correndo assim que o tiro inicial foi dado. Mas eles logo viram que correr não era muito fácil ali. O chão de areia estava muito úmido, e às vezes afundava sob os pés dos competidores.

Em pouco tempo, os dois não conseguiram mais correr. (n/a: na verdade, Kurt cansou primeiro, por causa do baixo HP. :B)

- Vamos... parar... um pouco. – pediu Kurt, ofegante.

- Caramba, você se cansou rápido. – disse Victoria.

- Eu sou um mago e não um corredor Jamaicano.

- Pelo menos você ainda tem fôlego pra fazer piadinhas. – comentou Vicky, dando uma pequena risada.

Os dois descansaram um pouco, e pouco tempo depois recomeçaram a caminhada.

- Então... Você pode me mostrar uma magia? – perguntou Vicky, na tentativa de começar uma conversa.

Kurt pareceu sem jeito. – Ahn... C-claro.

Victoria ficou animada. – Sugoi! Você pode tipo... Materializar um buquê de flores pra mim? – perguntou ela, agarrando-o pelo braço.

Putz! Materializar sempre foi o mais difícil pra mim... Pensou Kurt, se lembrando das vezes que explodia a sala toda vez que tentava materializar algo maior que um limão. Mas ele não podia dizer não para aqueles olhos grandes e sensuais.

- Claro! Vai ser moleza. – mentiu ele. – Preciso de um pouco de espaço.

Victoria, relutante, soltou seu braço. Agora Kurt tinha que pensar em alguma coisa, e rápido, caso contrário ele acabaria explodindo ela.

Kurt vasculhou rapidamente com os olhos a área em volta, e não demorou a encontrar o que procurava; uma única flor, de aparência esquisita, mas servia.

- E então, Kurt? – perguntou Victoria. – Precisa de tempo para se concentrar?

Nisso, Kurt bateu seu cajado no chão e criou uma pequena nuvem de fumaça. Victoria não conseguiu enxergar nada por alguns segundos, mas quando a nuvem se dissipou, Kurt estava segurando uma pequena flor, oferecendo-a para ela.

- Me desculpe. – disse Kurt, de cabeça baixa. – Não tive energia o suficiente para fazer um buquê. Mas consegui fazer esta flor.

- Ah, Kurt! Esta é a flor mais bonita que eu já vi! Como se chama? – perguntou Victoria, dando um largo sorriso e pegando a flor.

- Er... É uma nova flor que eu acabei de criar... Eu chamo de Vicky. – disse Kurt, corando.

- Ah, Kurt! Você é a pessoa mais legal que eu conheço! – ela disse, colocando a flor atrás de sua orelha de gato.

Vicky agarrou o braço de Kurt novamente e continuou caminhando. Kurt sorria timidamente, mas no fundo suspirava aliviado por ter conseguido enganá-la.

 

- É sim.

- Não é não.

- É sim, eu to falando.

- Não é! Eu já estudei essas plantas, e elas não são algas.

- São sim. Eu dei uma aula sobre elas no mês passado. Elas são algas.

- Então além de tarado, você é um péssimo professor.

- Como é que é?

Sam e Amy estavam discutindo de novo. Era a terceira vez em uma hora. A primeira discussão era sobre a espécie de um esqueleto de peixe que eles encontraram. A segunda era sobre quantos dentes um tubarão tinha. E agora eles discutiam se uma planta que viram era uma alga ou não.

Enquanto as versões chibi de Sam e Amy brigavam alguns passos atrás, Ashlee e New iam à frente, conversando.

- Então foi por isso que eu vim para cá. – disse Ashlee, da forma mais meiga possível. – Para ajudar meu sensei.

- Legal... Você deve gostar mesmo dele, né? – perguntou New.

Ashlee corou com a pergunta. – É... Bem... Sim... Não... Não sei... Qual foi o sentido da palavra gostar?

- Gostar de gostar, ué! – disse New, que era bobo demais para entender porque ela estava tão encabulada.

- Acho que gosto dele... Mas não sei se gosto dele... Por que estamos falando disso, afinal? – Ashlee ficou mais vermelha do que nunca.

- Porque... – New ia responder, mas foi interrompido pelo estrondo ensurdecedor de uma trovoada.

Sam e Amy pararam de brigar. – É melhor corrermos agora. – disse Amy.

Ela mal havia terminado de falar, todos ouviram guinchos estranhos, vindos de não muito longe. Os quatro ficaram parados por um tempo, até que ouviram os causadores dos guinchos: Torobbies. Dúzias de Torobbies. Eles estavam saindo de suas tocas subterrâneas e correndo em direção à cidade. Eles pressentiram a inundação. E os quatro seriam pisoteados pelo bando de Torobbies, se não corressem.

Então eles correram. Desesperadamente.


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Notas finais do capítulo

:O



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