Peeta Mellark - Jogos Vorazes escrita por Nathy


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoal :) ainda não sei certo quantos capítulos a história terá, mas não serão muitos.
Já quero pedir desculpa, não sei se semana que vem eu conseguirei postar o capítulo na sexta como posto normalmente, talvez eu demore um pouco mais.

Boa leitura ;)



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Enquanto eu observava Katniss dormir pensava se havia uma maneira melhor de provar o que eu sinto, e também descobrir se ela sente algo por mim, no fundo eu quero acreditar que tudo o que estamos tendo aqui é verdadeiro, mas uma parte de mim me diz para desconfiar, é uma pequena parte, mas eu confesso que me incomoda.

Acaba que fico a tarde toda pensando e ajeitando a cobertura que fiz sobre Katniss, a chuva só aumentou e eu decidi protegê-la melhor, ao anoitecer o sono começa a voltar e eu decido acordar Katniss, afinal ela precisa comer e eu também. Assim que ela acorda, ela se senta e vejo que ela percebe que estou com fome e que ela também está. Sobrou pouco da comida então pergunto se a gente deve racionar a comida, ela diz que é melhor acabar, o ganso está passando do ponto e a gente não deve pegar uma doença de comida estragada.

Eu concordo com ela e juntos dividimos o que temos em duas pilhas e começamos a comer aos poucos, mas a fome é maio e nós acabamos com tudo antes que percebêssemos. E acredito que ela também ainda sente fome e então ela quebra o silêncio.

– Amanhã é dia de caçar.

– Não vou poder te ajudar muito com isso, eu nunca cacei antes.

– Não tem problema, eu mato e você cozinha o que pegar, você pode até procurar alguns vegetais na mata.

– Eu queria era achar planta que tem pão.

– O pão que me mandaram do distrito 11 estava morno ainda, mas olha aqui, pega isso e mastiga – ela me estende algumas folhas de menta, e eu coloco na boca, funciona um pouco, não some com a fome que sinto, mas ameniza um pouco, juntos nós assistimos a projeção de hoje, não houve mortes, o que significa que a cara de raposa ainda está escondida e que Cato e Tresh não se enfrentaram ainda, Katniss parece pensar o mesmo pois ela corta o silêncio dizendo:

– O que será que houve com o Tresh? O que existe lá do outro lado do círculo?

Então eu me lembro dos primeiros dias aqui na arena, quando eu estava junto com os carreiristas, eu não fiquei reparando nem olhando muito, mas me lembro de ver que era um campo, então respondo a pergunta:

– Há um campo para lá, é alto, acredito que deva ter uns grãos por lá, há cores diferentes no matagal, mas não existe uma trilha por lá.

– Acredito que uma parte deva ser de grãos mesmo e Tresh deve conhecer, você esteve por lá?

– Não, ninguém quis ir atrás dele, e eu fico pensando em tudo que possa existir lá no meio, desde animais a armadilhas como areia movediça.

– Talvez haja grãos que produzam pão naquela área e Tresh tenha percebido e por isso está melhor alimentado agora do que antes dos jogos.

– Ou ele possui patrocinadores muito generosos, gostaria de saber o que temos que fazer para que Haymitch nos mande algo.

Katniss parece pensar sobre alguma coisa, não reparo muito em seu rosto, eu tento pensar em algo que podemos fazer para que Haymitch nos mande comida, e então acabo sendo surpreendido, Katniss chega mais perto de mim e pega a minha mão, usando um tom meio que levado para o malicioso dizendo:

– Ah ele deve ter gasto muito recurso para me ajudar a dopar você.

Eu me aproveito do momento, aperto meus dedos nos delas e digo:

– Estou sabendo, e falando nisso, não faça isso de novo.

– Ou o quê?

– Ou... ou... espera um pouco. – Eu não sei o que posso dizer, não existe nada com o que eu possa chantagear ela, ela fez o correto, mesmo me dopando, ainda estamos vivos os dois, vou ver o rumo que a conversa leva e vou respondendo conforme vem na cabeça ou o que estou sentindo, mas não encontro nada para responder e acho que a Katniss repara porque ela pergunta:

– Qual o problema?

– Nós dois ainda estamos vivos, o que reforça em sua cabeça que você tomou a atitude correta.

– Eu tomei mesmo a atitude correta. – Como ela pode achar que colocar-se em perigo é a atitude correta, ela não percebe que ambos podíamos ter morrido.

– Não Katniss, não foi a atitude correta, você não deve morrer por minha causa, você morrer não me será nenhum favor.

Enquanto eu dizia isso, não pude deixar de aumentar o aperto de nossas mãos.

– Talvez eu não tenha feito isso por você, mas por mim. Já pensou nisso? Você pode não ser o único que... que se preocupa com... em como seria se...

Ela começa a balbuciar, ela não sabe o que dizer, será que ela realmente se importa comigo e por isso fez essa loucura? Será que agora ela está tomando conhecimento do que realmente fez? Será que ela se arrepende? Como ela demora e não encontra o que dizer, decido tentar ajudar.

– Se o quê Katniss?

– Esse é bem o tipo de assunto do qual Haymitch me disse para não conversar.

Ela disse isso, mas não me soou convincente, ela não sabe nem o que quer, ela está confusa, e como ela já me deu abertura antes eu decido aproveitar um pouco a situação, não sei se é real o que está acontecendo aqui, não sei se ela sente algo por mim, mas não vou perder a chance de aproveitar os momentos que forem aparecendo aqui para tentar conquistá-la, pelo menos saberei que agora eu tentei e não fiquei só observando.

– Já que você não quer conversa, eu mesmo vou preencher os espaços em branco.

Eu me aproximo dela e a beijo, não um beijo qualquer, um beijo onde nós dois estamos vendo o que está acontecendo, os dois tem consciência se continua ou se para, eu vou devagar, não quero perder a chance, mas não quero passar dos limites.

É um beijo calmo, curto, mas onde eu coloquei todos os meus sentimentos, onde eu realmente senti a maciez dos lábios dela, e é o beijo que eu posso dizer que eu nunca me esquecerei, foi o beijo mais gostoso e simples que eu pude ter até agora.

Depois de terminado, não sei o que ela pensou ou sentiu, ela ficou do mesmo jeito, e por algum motivo eu quero beijar novamente, mas não quero que ela me afaste, acabo dando um beijinho rápido na ponta do nariz apenas. Decido desviar o assunto, para que nada estrague nosso momento, e que para que nós dois possamos pensar no que aconteceu, ou pelo menos ela pensar, verifico sua cabeça e uma manchinha vermelha começou a se formar.

– Deita agora, sua cabeça parece ter começado a sangrar novamente, e também já está na hora de nós dormirmos.

Verifico que as meias dela já estão secas e calço elas em seus pés, ela me convence a pegar a jaqueta de volta, e ela tenta argumentar para ser a primeira a montar guarda, mas isso eu não posso permitir, convenço então para que nós dividamos o saco de dormir, assim tenho ela mais perto e porque o frio está horrível, ela não discorda, ela se ajeita comigo, eu coloco meu braço e puxo sua cabeça para apoiar no meu braço e o outro eu coloco sobre ela, tentando protegê-la e mostrando isso a ela.

Assim feito acabo apagando, durmo até que tranquilo é bom ter Katniss em meus braços, tenho sonhos leves, mesmo sendo de um futuro que não exista, não sei quanto tempo passa, mas Katniss me acorda, ela disse que precisa dormir, já está bem cansada, e perdeu muito sangue, além dos muitos esforços de hoje, então não me importo de ter dormido pouco, com os olhos já fechados e falando quase enrolado ela adormece após dizer:

– Amanhã eu vou procurar um bom lugar para nós nas árvores.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)
Gostaria de saber se alguém gostaria que eu continuasse a trilogia, o que vocês acham disso?
Ainda é só um projeto, não vou afirmar nada, mas vocês leriam?

beijos até o próximo ;*