Peeta Mellark - Jogos Vorazes escrita por Nathy


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer imensamente a TRIBUTOS THG FANDOM pelos maravilhosos comentários, me alegram muito, que bom que está acompanhando a fic :)
Mais um capítulo para vocês, espero que gostem ;) e bom estamos na reta final, ainda não sei quantos capítulos mais ainda será feito, mas logo logo estaremos terminando

Boa leitura ;)



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Meu corpo todo está pesado, vou recobrando meus movimentos aos poucos, demoro um tempo a lembrar onde estou, e porque estou assim com o corpo pesado, aos poucos a lembrança de que eu me encontro nos jogos vorazes vai voltando, recordo que Katniss me achou, que eu estou com um machucado tremendo na perna, que por algum motivo não está doendo tanto, me recordo que os tributos foram convidados para um ágape e que Katniss me dopou, com isso eu olho em direção a entrada, é de noite, deve ter passado um dia ou dois, não tenho certeza, olho para o meu lado e vejo Katniss deitada em uma poça de sangue, começo a me desesperar, preciso ajuda-la.

Antes percebo que há uma agulha ao meu lado, Katniss conseguiu o remédio e injetou em mim, fico feliz com isso, mas decido avaliar as melhoras depois, primeiro pego o kit de primeiros socorros e encontro umas faixas ali, umas gazes, pego um pouco de água, limpo o ferimento da testa da Katniss e enfaixo, ajeito a cabeça dela um pouco, para que ela fique confortável, tiro suas botas e suas meias pois estão molhadas e a cubro, pois a noite está gelada, e assim decido tomar um pouco da água, termino de tomar e o hino começa, vou para a entrada ver quem pode ter morrido, e vejo o rosto de Clove no céu.

Me sinto cansado ainda e decido que por essa noite ninguém nos perturbará, deito e apago novamente, acordo com pingos de água no meu rosto, olho para fora e vejo que está chovendo, por enquanto só uns pingos, mas conhecendo os idealizadores, eles podem aumentar logo a chuva, olho para o meu lado e Katniss está dormindo ainda, me levanto e dou um jeito de arrumar um tipo de cobertura sobre ela, e então eu decido ver como está minha perna, já que me esqueci na noite anterior devido a minha preocupação com a Katniss.

Retiro com cuidado as ataduras que Katniss fez em volta do machucado, e vejo que está menos inchado, o que significa que o remédio que ela aplicou em mim está fazendo efeito, enrolo o machucado novamente e paro um pouco para olhar a Katniss, aos poucos meu estômago dá sinal de vida e eu acabo comendo um pouco do ganso que tem aqui na caverna e tomo água para ajudar a descer.

Ao terminar me coloco a examinar lá fora e examinar Katniss, não sei quanto tempo se passa, mas acho que é perto do almoço, meio difícil dizer, afinal não para de chover, vejo que Katniss se mexe, decido começar a cutucar, mas vou acariciando seus cabelos, ela não me responde e então eu começo a chamar por ela, até que a mesma abre o olho, toda confusa:

– Peeta

– Olá, que bom ver seus olhos novamente – não tem jeito seus olhos me encantam, só tenho que cuidar para não ficar com cara de bobo.

– Fiquei apagada por quanto tempo?

– Não sei ao certo, ontem à noite quando acordei, você estava desmaiada sobre uma poça de sangue. Acho que já parou de sangrar, mas não me mexeria muito se fosse você.

Acho que ela se preocupa e leva as mãos a cabeça, mas esse pequeno gesto sumiu com a pouca cor que ela tem no rosto, e então eu coloco uma garrafa de água próxima a sua boca e ela bebe toda a água, em seguida me diz:

– Você já está melhor.

– Verdade, o que quer que você tenha injetado em mim, já me fez bem, a perna já está menos inchada. – Ela me olha, parece que me analisando, procurando saber algo, que eu não sei o que é, mas eu fico olhando para ela, é difícil acreditar que ela está aqui, que sobreviveu, e ainda tem cuidado de mim.

– Você chegou a comer?

– Comi três dos seus gansos, sei que exagerei, mas voltarei para minha dieta agora, relaxa.

– Não, tudo bem, você precisava comer, e logo eu vou caçar.

– Mas não tão logo, me deixa cuidar de você um pouco.

Ela não discorda, então dou a ela um pouco do que têm do ganso, passas e água, noto que seus pés estão gelados devido a noite fria e porque ela está sem as meias e as botas que ainda não estão secas, faço uma massagem para tanto aquecer seus pés como aliviar de alguma dor que ela possa estar sentindo mas não falou. Assim que estão aquecidos eu enrolo minha jaqueta neles a fim de manter a temperatura e fecho o saco de dormir em que ela está para que não passe frio.

– Suas meias e as botas estão úmidas ainda, e o tempo não tem ajudado. – Mal falo isso e a Katniss olha para fora, e um raio corta o céu e recomeça a chover, mas sobre ela eu montei um tipo de cobertura, para que não chovesse e molhasse ela, e fui ajeitando conforme havia necessidade. – Me pergunto para quem é essa tempestade.

– Para o Cato e o Tresh, cara de raposa está escondida e Clove, me cortou e depois...

Noto que ela não completa a frase, então decido perguntar, pois quem sabe facilita para ela:

– Vi que a Clove está morta, foi você quem a matou?

– Não, o Tresh que quebrou a cabeça dela com uma pedra.

Instantaneamente a cena me vem a cabeça, e eu não gosto do que vejo, fico aliviado que ele não a pegou e sem pensar falo o que sinto quanto a isso:

– Que bom então que ele não pegou você também.

– Ele até me pegou, mas me deixou ir embora.

Eu me surpreendo com o que ela me conta, fico sem saber o que dizer e acho que ela nota isso e então ela me conta que havia se aliado a Rue, que juntas formaram um plano e destruíram a comida que os carreiristas estavam guardando, mas que ela acabou com uma lança atravessando seu corpo, a forma que Katniss matou o garoto do distrito 1, o pão que foi entregue a ela vindo do distrito 11, e a forma que ele a deixou viva para pagar uma dívida.

– Então ele não queria ficar devendo nada a você e te deixou ir?

– É, exatamente isso, mas não espero que você entenda, já que você teve as coisas, e não morou na Costura.

– Ah claro, deixa quieto sou muito burro para entender isso – não gosto do jeito que ela pensa de mim, ela não sabe o quanto a gente sofre, apesar de fazer tudo na padaria, não podemos ficar com nada.

– É como o pão, não sei como pagarei a você.

– Pão? Como assim? Da época em que éramos crianças? Acho que podemos deixar isso de lado, afinal você me trouxe dos mortos.

– Mas você mal me conhecia, nunca havíamos conversado, e a primeira dádiva é sempre a mais difícil de retribuir, sem você ter me ajudado aquela vez, eu não estaria aqui hoje, aliás porque me ajudou?

– Por quê? Você sabe o porquê de eu ter feito isso – eu encaro seu rosto e nele há confusão, ela realmente não sabe, lembro-me então que Haymitch disse que seria difícil convencê-la do que eu sinto por ela – deixa para lá, Haymitch me disse que seria difícil te convencer.

– O que Haymitch tem a ver com isso?

– Nada, Cato e Tresh então, acredito que deve ser demais esperar que um acabe com o outro, o que você acha? – Decido que o melhor é mudar o assunto, entrar nesse tipo de conversa pode levar a algo que não faça bem para mim e que talvez não agrade alguém lá fora e sobre para nós dois aqui.

– Acho que se Tresh fosse do distrito 12 ele seria nosso amigo.

– Então vamos esperar que Cato acabe com ele, para que nós não tenhamos que fazer isso.

Ela fica quieta por um tempo, não tenho idéia do que ela está pensando, eu sinto uma tristeza imensa, será que ela ainda não percebeu que tudo que faço é por amor a ela, enquanto estou pensando, vejo lágrimas se formando nos olhos dela, preocupado pergunto:

– Está sentindo alguma dor?

– Quero ir embora Peeta

– Você vai, eu te prometo.

– Eu quero ir embora agora.

– Vamos fazer assim, você vai dormir, e sonhar com sua casa, e antes que você saiba, você estará lá.

– Tá bom, qualquer coisa me acorda, que eu monto guarda.

– Não vai ser preciso, eu estou melhor e descansado, graças a você e ao Haymitch, além do mais, não sei quanto tempo isso ainda vai durar.

Ela me olha com uma cara de quem quer saber ao que estou me referindo, mas eu finjo que não vi e olho para fora, não tenho muito mais o que fazer, já me declarei e ela não percebeu, já fiz várias coisas mas ela não nota, não sei mais o que poderei fazer, deixo então que ela embale em um descanso, enquanto eu fico aqui pensando se existe algo mais que eu possa fazer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, ideias sempre são bem vindas se alguém tiver alguma ideia principalmente para o último capítulo, do que pode ocorrer ao Peeta ao chegar de volta ao distrito ;)
Até o próximo ;*



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