Louise No Mundo Dos Sonhos escrita por Dama dos Mundos


Capítulo 14
Lembranças (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Me dê um L!
Me dê um O!
Me dê um U!
Me dê um I!
Me dê um S!
Me dê um E!
E o que dá? Isso ai mesmo, pessoal, Louise voltou. Na reta final, demorei mas cheguei. Espero que todos curtam o capítulo novo e vão preparando o coração porque estamos chegando no fim. :3



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O filho pródigo

 

Primeiramente, ninguém disse nada. Todos se entreolharam, demonstrando uma miríade de sentimentos: remorso, medo, fúria, confusão… a bruxa parecia especialmente satisfeita com seu teatro, jogando o peso de um pé para o outro e logo após dando gargalhadas insanas que chegavam a gelar a espinha. No segundo momento, porém, Vega já havia juntado toda a coragem pela qual era conhecida e apontado sua espada para a garganta da velha. Tanto Louise quanto Salazar tomaram distância por via das dúvidas. A espadachim transbordava uma aura raivosa quase maciça, assustadora o suficiente para paralisar.

Sua adversária, contudo, não fez mais do que rir novamente, observando-a com aqueles olhos injetados, maliciosos. Jogou descuidadamente o globo ocular em sua mão para cima, como se fosse um brinquedo qualquer, capturando-o com a outra mão em seguida. — Se quer tanto ele, peça com educação, caríssima criança.

Um sorriso macabro surgiu no rosto de Vega, antes que ela respondesse. — De que me adiantaria um olho que a muito tempo perdi? Você ficou tão velha que agora está senil? — A lâmina aproximou-se ainda mais da garganta da bruxa, pressionando-a. — Eu quero que saia do meu caminho. Tenho uma missão a cumprir, e embora eu não goste de minha empregadora tanto quanto desprezo você, irei terminá-la.

A velha tentou se afastar, levando uma mão ao coração, parecendo finalmente estar sentido aquela rejeição. Genuinamente surpresa, cambaleou para trás, tomando distância de Vega e aproximando-se cada vez mais do caldeirão sinistro. — Criança má… criança mentirosa. Você prometeu!

— Não me venha falar de promessas quebradas, logo você que nunca teve consideração por ninguém. — A mulher avançou, fazendo um movimento extremamente rápido com o pulso, e acertando o corpo daquela que lhe tirara tudo. No entanto, um segundo depois, ela já sabia que algo estava errado. Deslocou seu pescoço para a esquerda, enquanto mexia uma vez mais a espada, com um movimento amplo se livrando das vestes puídas que haviam se enroscado em sua lâmina. Sem corpo algum dentro delas.

Um pouco mais atrás, Salazar olhava em todas as direções, buscando a inimiga, enquanto Louise fazia uma careta de quem não estava entendendo droga nenhuma. — Fugiu?

— Creio que não, pirralha… está tudo muito fácil.

Como em resposta pelas palavras dele, Vega levou a mão vazia para a fenda onde um dia existira um olho e vergou o corpo. A espada cravou-se no chão, como se ela estivesse usando toda a sua força para mantê-la ali. Desceu a cabeça, deveria estar sentido uma dor atroz naquele momento, porque um grito rouco escapara de seus lábios.

— Vega?

— Eu acho que isso não é nada bom… — Salazar automaticamente puxou a pequena para trás de si, erguendo uma parede de cartas bem a tempo de evitar as pedras que levantaram do piso quando Vega retirou sua espada. Dois segundos e a ponta do florete atravessava uma abertura entre as cartas, pegando o rosto do mago de raspão e fazendo com que recuasse mais um passo. Mais uma chuva de golpes rápidos desceu sobre os dois, e desistindo de manter a barreira, o mago capturou Louise, jogando-a por cima do ombro e pondo-se a correr.

— Ei… ei, Salazar, me deixe, a Vega está…!

— Louca de pedra, é o que ela está, se prestasse atenção na música que aquela velha caquética estava cantando, saberia que o pacto delas ainda vive.

— Mas… ela podia estar apenas inventando…

— Você não passa realmente de uma criança. Francamente! — Ele olhou com o canto dos olhos, agora um vulto vinha novamente em sua direção. — Você sabe o que fazer.

— O que? — ela questionou, sua voz com um tom agudo típico de quem já começava a se apavorar. Ergueu a cabeça para ver o vulto que vinha em sua direção e invocou uma parede antes que a coisa pudesse atacá-los novamente. Mesmo assim, o mago não cessou a corrida. Ele passou pelo caldeirão e seguiu em direção contrária àquela que haviam entrado no salão. — Você não vai enfrentar ela, vai!? — a certeza bateu em sua cabeça, ela poderia até sentir-se tonta por um tempo. — Sala, você não pode! A Vega é…

— Forte pra caramba, quase invencível. Era o que ia dizer? — ele parou de súbito, botando a garota no chão e a segurando de frente para ele, com força, pelos ombros. — Escute. Isso não é mais uma brincadeira. Não sei o que diabos Aster quer, o que ele pretende raptando Hannyere ou fazendo alianças com bruxas, o que sei é que nossa parceira está fora de si. Na verdade, a probabilidade de ser controlada é maior…

Eles ouviram os golpes contra a parede, e ao olharem para ela, viram que pedaços dela começavam a cair. O mago pareceu ficar um pouco mais pálido, e virou novamente para encará-la. — Vamos ser espertos, certo? Alguém tem que parar o avanço dela, e você não é esse alguém.

Talvez pela primeira vez, depois de toda a confusão que passara, pela primeiríssima vez desde que pisara no Mundo dos Sonhos… Louise percebeu como tudo aquilo poderia terminar. Seu medo foi maior do que aquele que sentira ao enfrentar Vega, ou ao ver os monstros da escuridão pela primeira vez. Suas mãos subiram para agarrá-lo pela parte debaixo dos braços, impedindo que se soltasse dela. — Sala… e se vocês dois desaparecerem como aquele rei, e se eu realmente encontrar aquele necromante… eu não posso fazer nada contra ele, não sozinha.

— Tsc. — ele fez uma careta, fingindo uma tranquilidade que não tinha. — Não seja boba. Você é um coringa, lembra? — apontou para a passagem na rocha diretamente a frente deles. — É o nosso truque na manga. Vá até lá e faça aquele mago negro de quinta categoria chorar como um bebe!

Um pouco hesitante, sem saber se ia ou ficava, trocou o peso de um dos pés para o outro e finalmente fez um sinal rápido de cabeça, soltando-o e girando nos calcanhares e indo para onde ele havia mandado.

Salazar ficou tempo o suficiente observando-a para ter certeza que saíra do campo de visão e então moveu os olhos para a parede. Esta desfez-se como se fosse de poeira, deixando a vista uma Vega ainda mais sombria que o normal. Estava bastante descabelada, com suas curtas madeixas caindo desordenadamente sobre o rosto. Seu único olho verde transparecia uma ira letal, enquanto a cavidade do outro estava estranhamente iluminada por uma chama vermelha. Isso fez com que ele estremecesse sutilmente. Era um fato que lutaria com ela, um dia, se o torneio de Hannyere continuasse com seu curso habitual. Mas aquilo era outra coisa.

Afinal Vega não estava em plena consciência do que fazia, agora parecia-lhe óbvio. E por mais que os dois não fossem amigos assumidos, ainda era-lhe perturbador ter de entrar em uma luta de vida ou morte com ela. Porque não queria morrer, e obviamente, muito menos matar.

Quando ela investiu em sua direção com a arma novamente, seus ouvidos captaram uma melodia nova, sinal de que a Bruxa ainda estava no recinto. De fato, logo a voz rouca e desagradável chegava até os dois. Salazar bloqueou sua mente parcialmente para não prestar atenção às palavras proferidas e focou-se em parar Vega… ou ao menos tentar sobreviver.

 

Era uma vez, era uma vez…

 

Uma família prestigiosa e circense,

Vinda de todos os lugares.

Não pertencia a nenhuma gente,

Seus integrantes eram espetaculares.

Entre eles surgiu um menino,

O filho de uma cartomante,

Que decidiu o seu destino,

Como parte do circo itinerante.

Mas a criança não tinha seus dotes,

Não compartilhava de seus anseios.

O futuro não via, nem as sortes,

Sua magia crescia de modos diversos.

Incapaz de fazer o que lhe era pedido,

Sentindo-se cada vez mais isolado,

O garoto forjou um ocorrido,

E fugiu, deixando para trás seus amados.

 

Cartomante, vidente, cigano,

Nenhum deles pôde se tornar.

Abandonando uma vida de engano,

Decidiu por sua magia reinventar.

Hipócrita jovenzinho despreparado,

Que em homenagem a sua mãe abandonada,

Criou com seu próprio sangue,

As cartas que ela sempre adorara.

E estas o seguem até hoje,

Lembrança de sua herança desgraçada,

Memórias que nunca se apagam,

De uma vida despedaçada.

 

Em algum momento o mago teria de admitir para si mesmo que estava aliviado com o fato dela não conhecê-lo diretamente, como acontecera a Vega. E que seus versos fossem tão curtos e tão enigmáticos. A ideia de que a própria velha ignorasse o significado do que cantava soava-lhe sedutora. Afinal, ele sabia da verdade sobre a própria fuga, sobre o que fora forçado a fazer.

E lembrava que nem todos da companhia circense em questão saíram vivos para contar a história. E era por esse mesmo motivo que se recusava a matar alguém novamente, seja num torneio ou do lado de fora.

Afastou esses pensamentos desesperadores para longe e concentrou-se em manter Vega ocupada com suas cartas de baralho. Elas giravam e giravam, uma parte protegendo-o e a outra servindo como projéteis, que caiam incessantemente sobre ela. Mas a espadachim era uma adversária de peso, afinal. Já deveria saber disso desde o início.

Quando conseguia uma folga, seus olhos claros buscavam instintivamente a passagem que a garotinha havia tomado. Já estaria longe o suficiente? Já teria encontrado Aster? Bom, sua intenção não era mandá-la diretamente contra ele. Contudo, se Louise decidisse ficar, não haveria como garantir que sobreviveria. Dessa vez, Vega sem sombra de dúvida iria matá-la. Ou matar ele, caso tentasse protegê-la. De qualquer um dos dois jeitos, não havia uma alternativa viável.

Viu tarde demais que a espada havia vencido sua barreira outra vez. Ela cortou a frente de seu corpo, na região do estômago, não necessariamente um golpe fatal, mas dizia o suficiente sobre aquele duelo: ele não conseguia impedi-la. Não com aquela arma dos demônios…

Uma luz acendeu em algum lugar da sua mente. Ele tomou distância, recolheu todas as suas cartas e lançou-as num golpe violento em direção ao braço que ela usava para empunhar o florete. Por um momento não conseguiu vê-la, não soube dizer se havia acertado ou não. No momento seguinte, porém, sentiu uma fisgada na região do flanco direito. A lâmina estava fincada nele, transpassando-o até as costas.

A vista de Salazar enegreceu por um segundo. Conseguiu ver um sorriso macabro no rosto de sua algoz. Também pode notar que seu último golpe surtira efeito, e filetes de sangue escorriam por todo o lado esquerdo dela. — Parece que… no fim dei-lhe algumas cicatrizes, para a sua coleção. — Abriu um sorriso zombeteiro, sangue passando a escorrer do canto de sua boca. — Quem diria…

E então agarrou a espada, sem retirá-la do próprio corpo. Suas mãos também eram cortadas com a pressão que segurava, ficando piores quando ela tentou puxar a arma, sem sucesso. Distraída com aquela reação estranha vinda de um covarde como ele, não viu quando aproximou-se mais e bateu com toda força sua testa contra a dela. — Sua retardada caolha remendada! O que diabos você pensa que está fazendo? — sua visão começava lentamente a ficar turva, mas conseguiu vê-la cambalear e soltar a lâmina. Agarrou-a pelos antebraços, sacudindo-a com o resto de energia de que dispunha. — Você é Vega. Você é a maldita campeã das campeãs, a favorita dos torneios, a Estrela Cadente da arena. A Vega que eu conheci jamais deixaria ninguém mandar nela, sendo bruxa ou não! Estou pouco me lixando pra droga do seu passado, mas a Vega que eu conheço agora nunca assassinaria um parceiro!

Salazar parou de gritar literalmente na cara dela quando sua expressão ficou ainda pior e a espadachim arrancou a espada do corpo dele com um puxão… se ela quisesse terminar aquilo, naquele instante, não conseguiria fazer nada para impedir. Teve apenas um vislumbre do olho verde dela – estranhamente mais calmo – quando passou rapidamente pelo lado dele e fez com que a lâmina saltasse novamente, num movimento gracioso, digno dela.

Então ouviu um engasgo estranho por trás de si. Tonto, moveu a cabeça lentamente só para ver que a lâmina de Vega fora afundada na garganta da bruxa, entrando em um ângulo tal que o antigo olho arrancado e verde havia sido irremediavelmente cortado e destruído no processo.

— Vega…?

— Mal…ta… — a velha não conseguia falar, ainda menos quando a espadachim girou a espada e pressionou-a para o lado, rasgando medonhamente sua garganta e transformando-a numa boca asquerosa e carmesim. Com um dos pés Vega chutou-a para trás, fazendo com que caísse no chão.

— Nosso pacto está quebrado, bruxa. Contente-se e morra.

Ela rolou pelo chão, parecendo murchar as vistas deles, cada vez mais esquelética e franzina. Seus lábios mexiam-se em maldições silenciosas, intimando que a mulher espadachim nunca descansasse, que fosse atormentada até e muito depois de sua morte, que sua mente se perdesse e que sua alma se despedaça-se… E Vega só observava de cima, com um olhar de nojo, a fenda em seu rosto vazia de qualquer fogo.

Quando não restava mais que poeira da velha bruxa, a mulher estalou a língua e passou um dos braços pela cintura de Salazar, tentando escorá-lo em pé. — Creio que depois de ter quebrado a única coisa que a mantinha ligada a uma alma, pôde finalmente secar até morrer.

— Você… sabia disso?

— Não fazia ideia. Eu pensei tê-la destruído a alguns anos, mas seu vínculo comigo deve ter servido como sustentação para seu corpo… e sua alma. — fez uma careta, cuspindo no chão. Guardou a espada na bainha e levou a mão agora livre para a testa, massageando-a. — Está doendo, seu desgraçado. Eu deveria ter enfiado a espada mais fundo.

— Não tinha mais o que atravessar, mulherzinha ignorante. — ele levou uma das mãos ao ferimento, e uma luz suave envolveu-a. Suas cartas voltavam com lentidão em sua direção, em círculos como sempre, mas muito, muito lentamente. Como se estivessem vivas e soubessem o quanto seu amo estava sentindo dor. — Você poderia ter me matado, de verdade.

— Quem sabe eu não tivesse. Não me importaria. — Fez uma careta. — Ainda assim… eu agradeço.

— Hum…? Você, agradecendo alguém? Que inusual…

O olhar que ela lançou-lhe e o aperto perto do ferimento foram o suficiente para que ele se calasse. — Não me agrada ser fantoche dos outros. Onde está a pirralha?

— Enviei-a na frente.

— Que mago mais inútil você é. Não sabe que mandou-a da frigideira para o fogo?

Ele ficou em silêncio por alguns segundos. Sentia-se melhor, agora que sua parca magia de cura estava consertando os órgãos maculados, remendando os vasos rompidos e estancando a hemorragia. Ergueu os olhos em direção a passagem que adentrariam em seguida, e suspirou. — Ela é o nosso trunfo. Um coringa é mais forte do que qualquer outra carta.

A careta de irritação dela deu uma pequena suavizada. Realmente mínima. — Nesse caso… vamos esperar que esse não seja um daqueles jogos em que o coringa é descartado.

A essa afirmação ele não fez mais que assentir com a cabeça. Não queria admitir, mas Vega tinha toda a razão…

 

 

Louise correu por bastante tempo. Ela entrou por tantos corredores e caminhos que poderia ter simplesmente se perdido, mas algo dentro dela dizia-lhe que era o caminho certo. Se criara alguma bússola mental, não fazia a menor ideia. Na verdade, sua cabeça estava uma bagunça, sem saber o que poderia suceder entre Salazar e Vega.

E se eles morressem? E se desaparecessem?

Ela não sabia nada de morte. Se um dia conhecera tal coisa, suas memórias haviam se escapado. Fugido para longe dela. Abandonado-a a própria sorte. E aquele mundo estranho, onde tudo parecia tão familiar e bizarro ao mesmo tempo… estaria ela própria morta?

Não soube dizer se tal pensamento fez com que escorrega-se, mas o fato é que perdera o equilíbrio. Encontrou um degrau no corredor escuro, pouco iluminado pelas tochas que haviam ali, e tropeçou no mesmo, caindo para frente. O lugar em que estava era bem inclinado, o que fez com que inevitavelmente rolasse, como uma bola, batendo todas as partes do corpo no chão e caindo, caindo…

Quando deixou de rolar, reabriu os olhos. O corpo todo doía com as batidas, mas não parecia ter quebrado nada. Rolou no chão, ficando de bruços com certo custo, pois ralara os joelhos e os cotovelos na queda (assim como boa parte do corpo), e pondo-se de pé. Havia chegado em uma sala ampla como a que deixara os dois parceiros, mas esta era diferente, mais régia. Havia uma escadaria que dava num trono negro, e milhares de luzes estranhas e avermelhadas estavam presas em gaiolas que pendiam do teto, todas de ferro. A um canto do salão, podia ver uma gaiola muito maior que as outras. Toda branca, forrada de algum tecido que lembrava muito seda da mesma cor. Sobre o tecido, segurando as barras e olhando fixamente para a menina, estava uma jovem de aparência adorável… não fosse os constantes flashes em que um corpo decomposto surgia em seu lugar.

Louise esqueceu-se momentaneamente das dores, da confusão e até mesmo dos amigos, e cambaleou até a gaiola. — Hanny… Princesa Hannyere… é você?

Lógico que ela não sabia ao certo… seus únicos vislumbres da princesa foram de muito longe. O mais perto que chegara de alguém da família real fora da rainha, no momento da convocação para resgatarem sua filha. E ela estava ali, na sua frente. O objetivo da missão estava tão próximo… logo poderia retornar e…

E fazer o que?

— Você é aquela campeã, não é? Louise dos Cabelos de Ouro e Prata? — a fala da princesa parecia urgente.

— Sim… sua mãe, a rainha, ela me enviou… e a Vega, e o Salazar… nós logo a levaremos pra casa, não se preocupe!

Essa simples ideia fez com que a jovem tivesse um sobressalto, horrorizada. Negou rapidamente com a cabeça, segurando com mais força as barras. — Não… escute-me, Louise. Preciso que me escute com bastante atenção. É sobre este mundo… sobre como você chegou aqui, também. Agora eu sei de tudo, e quisera eu nunca ter descoberto. O que causou tudo isso fui eu. Apenas eu.

A garotinha recuou por um tempo, sem entender nada. E escutou, silenciosamente, enquanto a princesa contava sua história…


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Notas finais do capítulo

Yooooo :3
Bem... vou ficar devendo uma imagem hoje, olhem bem a hora que to postando kkkk (2 e pouco da manhã, só pra constar).
.
Próximo capítulo terá revelações fantásticas. Aguardem um pouquinho, que logo logo ele sai!
Ainda estou pensando sobre fazer uma short-fic ou one-shot para a Vega, uma pro Salazar e uma pro Allistar. Certeza quase absoluta que vou trabalhar em cada uma delas, assim que eu terminar essa daqui.
.
Agradeço como sempre as pessoas que leram até aqui e que me deram vontade de continuar. Concluir esse projeto será incrível para mim, e fico feliz por terem me acompanhado por todo esse caminho.
.
Kisses, kisses e até a próxima!
.
.
—> Próximo capítulo: Lembranças (Parte III): A criança que tudo esqueceu.



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