Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 3
Capítulo 2 - Dragões Rúnicos.




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Enquanto eu seguia em direção a minha vila para dar uma ultima olhada em tudo, o estado final das coisas, e tentar me lembrar sobre o que exatamente aconteceu, até porque eu não conseguia lembrar nada a não ser dos demônios, notei que as duas garotas que conheci a pouco tempo, Tod e Sue, estava me observando e me seguiam.

Tod, a garota com aspectos caninos, me seguia de perto, e nos momentos que eu ficava a ponto de cair, por causa das sequelas e das consequências da batalha, ela me segurava e me ajudava a seguir até o ponto em que me recuperava o bastante para seguir em frente. Já Sue, a garota loira, me observava de longe e com bastante cautela sempre com a mão próxima a adaga.

Ao chegar à estrada da vila, notei que havia uma carruagem seguindo naquela direção, então resolvi apertar o passo e tentar chegar lá para tentar pedir ajuda.

- Tod. Sue. Acho que aqui está bom, não precisam mais me acompanhar. – Falei pensando na possibilidade de que aquelas poderiam ser pessoas que as atacariam pelo fato de serem hibridas (isso acontece muito) e viverem muito tempo nas profundezas da floresta e não estarem acostumadas à civilização.

Mas é claro, ambas acenaram negativamente e ainda assim continuaram me seguindo, aparentemente estavam curiosas sobre a vila em si.

- Ajudar. Demônios... São ruins. – Ambas disseram consentindo ao mesmo tempo. E então seguimos em frente, já que nada que eu dissesse as faria voltar.

Quando finalmente chegamos, a primeira coisa que notei foram as cinzas e o cheiro de carbono e enxofre queimados junto com um ar denso de destruição e mortes em grande escala, uma devastação total, o que me deu um misto de ânsia, medo e me enfraqueceu de tal maneira que me fez cair sobre meus joelhos.

Antes que pudesse perceber, Tod e Sue estavam ao meu lado observando a situação do lugar, e provavelmente se questionando sobre o tinha ocorrido.

Porem, quando achei que nada poderia piorar, notei a mesma carruagem que havia visto antes e percebi que ela estava totalmente aberta, sem que houvesse uma pessoa por perto. (sério, que tipo de pessoa esqueceria uma carruagem daquela aberta?).

Quando me aproximei percebi que era uma carruagem de um reino de fora, pois cara uma possuía o símbolo do seu reino, a dos humanos era, por exemplo, uma espada, já aquela era uma asa.

- Então os representantes já estão chegando? – Questionei. – E ainda Asas, esses não seriam...

- Isso mesmo, Os dragões. – Uma voz repentina veio da direção as minhas costas.

Quando me virei, notei um Rapaz, aparentava ser de minha idade para mais velho, 1,80, pele um pouco alva, possuía cabelos negros bagunçados, olho direito negro e uma cicatriz vertical branca no esquerdo e usava um, sobretudo preto desgastado onde se encontrava com o chão, com uma camisa branca, calça negra com luvas de couro pretas e botinas (negras também é claro) e um físico comum, ele não parecia lá grande coisa, mas também não passaria despercebido, principalmente pelas espadas, que eram duas, um pouco largas, mas não o suficiente para impedir que as empunhasse ao mesmo tempo, que era o que ele estava fazendo.

- Mike, esqueceu a carruagem aberta novamente? – Disse uma voz feminina, e logo aparece uma garota detrás do garoto (ou homem, como queiram).

Ela deveria ter a mesma ideia que Mike, era morena, cerca de 1,70, cabelos castanhos ondulados e longos, olhos de cor de mel meio esverdeados, vestia uma saia e meia calça pretas rasgadas, uma camisa justa com botões brancos e uma capa vermelha, e via-se pendurada duas adagas em sua cintura. Ela possuía um ar de desdém e calma a sua volta.

- Não dessa vez, veja o que encontrei tentando roubar nossa carruagem, Eli. – Disse Mike, apontando suas espadas para nós.

- Eli-za-beth. – Retrucou a garota de volta fazendo uma careta.

- Desculpe, mas sua carruagem estava aberta, não queríamos assaltá-la, se é isso que está insinuado. – Falei tentando explicar a situação.

- Cale-se!! Acabamos de chegar neste reino e já damos de cara com um vilarejo destruído e ladrões de estrada, isso não poderia ficar pior. – Disse Mike em uma irritação palpável, e ao terminar isso ele atacou Tod e Sue.

Por mais que eu estivesse ferido, não pude ficar parado e intervim no ataque. Parei ambas as espadas de Mike com minha ninjaken, uma espada ninja um pouco mais curta que as normais, e aproveitei sua surpresa para desarmar sua mão esquerda fazendo um movimento circular e arremessando-a ao chão.

- Vejo que é bom, garoto. Mas será que é o suficiente? – Disse Mike no momento em que segurou meu braço e iria cortá-lo com sua espada, mas nesse momento houve uma reação com minha pele e a dele, ambas ficaram com escamas de dragões sobressalentes, as minhas prateadas e as dele negras. O que o fez parar. – Você? Não é possível. Não pode ser, essa cor... – Mike cochichou.

- Não sei exatamente quem sou, mas não devo ser quem você acha que sou, isso nunca aconteceu antes, ninguém nunca viu essa coloração. – Expliquei. – Mas, o mais importante, a vila, os demônios as destruíram, eles voltaram a esse mundo.

- Certo e errado. – Disse a Elizabeth. – Se os demônios voltaram isso pode ser verdade, se vieram a essa vila também pode ser, mas que eles destruíam essa vila, isso infelizmente não é verdade.

- Então você também notou não é mesmo, Eli? – Disse Mike, ignorando as caretas dela para ele. – A vila fora queimada, mas não pelas chamas dos demônios, mas por algo mais feroz e descontrolado.

No momento em que ele disse isso, lembrei-me da luz que estava me envolvendo no ultimo instante em que parti para cima dos demônios. “não, não pode ser, não tem como ser” eram as palavras que ressoavam em minha cabeça.

- Perigoso. – Disse Tod se encolhendo atrás de mim. O que me fez lembrar que ela e Sue estavam por perto observando tudo.

- Você viu algo? O que é perigoso? – Disse Elizabeth procurando algo ao redor enquanto suas mãos iam de encontro a suas adagas.

- Ele. – Disse Sue apontando para mim. – ela.. sempre o chama... assim..

- Então quer dizer que até suas amigas o chamam de perigoso não é mesmo? HAHA é até engraçado. – Disse Mike entre risadas. – Elas o acompanham, mas o consideram perigoso, experimento são assim mesmo, sempre em meio à confusão.

Aquelas palavras novamente, “experimentos”, sempre usadas como rótulos para se dirigir aqueles que nasceram ou foram usadas em pesquisas e acabaram tendo os corpos modificados, como se quiséssemos isso, como se fosse nossas escolhas. E isso me fez cerrar o punho.

- Acalme-se garoto, ele não fala por mal, ele é idiota. Não ligue para as palavras dele. – Disse Elizabeth, olhando para Mike e fazendo caretas na direção dele, que por sua vez apenas virou o rosto. – A proposito, meu nome é Elisabeth Wolfestein, sou um dragão rúnico. E ele é Mike Kenshin, também um dragão rúnico, estamos aqui às ordens de nosso rei fazendo o reconhecimento da situação.

- Desculpe não me apresentei, para ninguém ainda. – Falei olhando para Tod e Sue e me lembrando de que após tudo aquilo, não havia nem me apresentado. – Meu nome é Ren Yukima, aprendiz de Tohma.

- Tohma, “o mestre ninja”, “ninja lendário”? Isso explica sua habilidade em combate, mesmo que desleixada é boa. – Disse Mike, não sei se era um elogio ou uma repressão, mas decidi levar como elogio. – Onde ele se encontra no momento? Seria de grande ajuda nessa investigação.

- Sinto muito, mas ele está morto, os demônios o mataram. Como pode ver, não sobrou nada da vila e nem ninguém além de mim. – Falei, mesmo sem saber quais reações e o que isso iria causar.

- Um aprendiz sobreviveu onde o mestre morreu? Poético, porem estranho, ou você é melhor que eu pensei ou possui uma incrível sorte. – Disse Elizabeth.

- Espere, mas se a garota loba ali, te chama de perigoso, e aquela leoa, falou que ela sempre o chama assim, não seria você o detentor do poder que causou a destruição dessa vila? – Disse Mike. E então começou a rir. – Impossível, não há a possibilidade de você derrotar todos os demônios. Se nem ao menos seu mestre conseguiu. Isso seria muito conveniente e inesperado, quase que um milagre, e milagres não acontecem.

E então uma figura negra apareceu, era alto e possuía a pele negra e espessa, um demônio de fato, porem era diferente dos primeiros, esse era esguio e asas vermelhas maiores, tão grandes que poderiam cobri-lo se ele quisesse, possuía uma espada em formato de trovão preta com vermelha e emanava uma aura tão grande e aterrorizante que me fez sentir vontade de recuar.

- Você está certo dragão, não foi ele quem destruiu a vila. E sim eu, ele apenas conseguiu escapar por sorte, mas isso não acontecerá duas vezes. – Reverberou a voz do demônio. – Eu me chamo Zykes e irei destruí-los.


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