Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 24
Capitulo 23 - Rumo as descobertas.


Notas iniciais do capítulo

Yoo, como de costume, quarta-feira, estou aqui para postar, espero que gostem.



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Dois grupos, dois objetivos e dois começos. Isso era o que passava na minha cabeça naquele momento, um grupo, o de Elizabeth, fora atrás de pistas sobre o desaparecimento dos representantes, e outro, o meu grupo, nos encaminhávamos em direção ao reino Becker, onde supostamente havia acontecido um ataque à família de Amaya e parecia ter uma relação com os demônios.

A viagem fora longa e realmente entediante, pelo menos para mim. Todos tinham assunto a conversar, a resolver, planejar ou simplesmente conversar. Mas diferente dos outros eu me sentia melhor sozinho e recluso, e foi assim por uma boa parte do caminho.

Pegamos a rota segura em uma pequena caravana que Mike e Vanessa haviam conseguido, Derwin tocava suas melodias durante a viagem, e até mesmo Tifão o acompanhava com uma flauta de vez em quando.

Já Amaya e Karin, a garota que crescera junto dela, passaram grande parte do tempo conversando, aparentemente uma dava apoio a outra em relação ao ataque, e aquilo meio que me invejava, pois até hoje nunca tive a oportunidade de conversar com ninguém sobre minhas próprias perdas.

Quando finalmente chegamos ao Reino dos humanos, percebi que tudo parecia um pouco diferente do que da ultima vez que tinha passado por aqui.

Casas em ruinas, pessoas com talhos de roupas sujas, expressões desesperadoras, ao entrar no reino, percebi que estava extremamente diferente do que antes, o próprio ar naquelas terras era deprimente e depreciador.

– O que aconteceu aqui? – Exclamou Amaya ao notar a situação aparente do reino.

– Um reino prospero em uma situação dessas. Porque não estou duvidando que tem uma influencia dos Demonios nessa terra? - Disse Mike com uma decepção visível e com uma mão em uma de suas espadas, como se esperasse por confronto.

– As coisas ficaram assim desde a coroação do novo Rei, Gerome, se não me engano. – Explicou Karin.

– Ex-Rei. Agora para o bem de todos, ele está morto. – Disse Vanessa.

E só então Derwin começou a notar o arredor, e se surpreendeu tanto que parou a musica e e começou a encarar o arredor.

– Essa cidade... Lembro-me o quão alegre era... Agora veja seu estado. – Lamentou-se Derwin parando de tocar.

– Não se preocupe cara, traremos alegria ao mundo todo novamente. – Disse Tifão tentando animar o amigo e forçando um sorriso.

A situação era realmente muito pior que o esperado, pessoas vivendo em condições extremamente difíceis, vivendo como se fossem animais, em situações precárias.

Ver aquela situação ajudou a me lembrar da minha verdadeira motivação, a de acabar com todos os demônios e por um fim aquela tentativa de jogar o mundo em rumo ao caos.

Quando finalmente chegamos à antiga casa de Karin e Amaya, a primeira coisa a se notar foram as marcas do ataque. Sua casa que parecia uma pequena mansão, com um grande jardim abrangendo grande parte de seu território.

Era fácil imaginar aquela casa em uma época atrás, um jardim com vários tipos de flores, sua mansão com janelas e cortinas, uma casa branca e extensa, com vários quartos e cômodos, provavelmente uma entrada tão linda quanto aquela casa.

Agora estava tudo aos pedaços, janelas quebradas, o jardim carbonizado, grandes buracos que dava para ver os cômodos destruídos, como se fosse um alvo de explosões e magias intensas.

Ao ver aquela cena qualquer um estaria mal, mas Amaya estava devastada ao ver sua antiga casa naquelas condições, Karin teve que segurar a amiga para ela não cair com o choque.

– Acalme-se Amaya, todos provavelmente estão bem. A casa está arruinada, mas pode ser concertada. - Karin tinha razão e só então notei.

– Preste atenção, apesar de a casa estar destruída, se olhar atentamente não verá nenhum corpo, mesmo se não for os demônios acho que não se importariam em recolher os corpos, ou seja, pode ter acontecido de todos terem fugido em segurança. – Falei e quando todos concordaram Amaya conseguiu se acalmar.

– Vamos vasculhar o interior para ver se achamos algo. – Disse Mike se dirigindo a casa.

E em seguida todos os seguiram e entraram com cuidado na casa.

Eu resolvi dar a volta e checar para ver se não havia ninguém por perto nos esperando ou que poderia nos dar alguma informação, mas ao dar uma volta completa no terreno não achei nada nem ninguém e então resolvi entrar.

– Mike, Vanessa! Alguem por aqui? – Gritei ao chegar à entrada.

– Estamos aqui Ren! Estou aqui com a Vanessa! – Gritou Tifão de volta acenando de cima da escadaria central da casa. – Amaya e Karin estão nos mostrando as partes de cima, Mike e Derwin está ai embaixo, veja se eles precisam de ajuda.

Consenti e ele aparentemente entrou em um quarto para ver algumas coisas. E eu sem ter o que fazer comecei a andar pela casa procurando Mike e Tifão.

– Ei idiota, pensa rápido. – Disse Mike jogando um livro pra mim quando entrei na cozinha que estava totalmente revirada. – Achei isso na biblioteca, pode ser que seja algo útil a você.

– Engraçado você Mike. – Achei que era algo serio e era apenas um livro de colorir. – Alguma informação útil?

– Aparentemente não, mas tem uma porta que está trancada. – Tifão disse entrando no local e me surpreendendo. – Me sigam.

Fui com ele enquanto Mike subia para ver como estava a procura lá encima e para perguntar as garotas se elas sabiam algo sobre essa porta trancada.

– E é aqui. – Disse Tifão parando do lado de uma porta que aparentemente estava escondida atrás de uma estante que havia tombado no ataque.

Era uma porta dupla de mogno com vários detalhes desenhados e na parte de cima da porta algumas escrituras que eu não reconhecia.

Tifão tentou abrir e não conseguiu me mostrando que a porta estava realmente trancada.

– Vou tentar, mas não será muito divertido para os proprietários. – Ao falar isso tentei empurrar a porta com as mãos, ao ver que nem se mexia. – Vou derrubar isso.

Ao falar isso Tifão deu um largo passo pra trás e eu peguei impulso e chutei a porta, ela se mexeu um pouco, mas só. Tomei um impulso maior e me joguei contra uma parte da porta que rangeu e eu escutei uma parte se soltando e novamente chutei fazendo enfim um lado da porta cair.

– Ren! Idiota! – Gritou Amaya na minha direção e eu fiquei assustado com o olhar dela. – Da próxima vez antes de sair derrubando a casa dos outros, chame-os.

– Tínhamos a chave para abrir isso. – Disse Karin com um olhar de desaprovação. – Seu arrombador idiota.

Tanto Derwin quanto Vanessa olharam pra mim cara de surpresa, como se realmente fazer aquilo fosse idiota e completamente sem sentido. Já Mike tentava segurar o riso, o que não estava funcionando muito bem.

– Foi mal, desculpem. Não sabia nem que vocês tinham conhecimento dessa porta. – Disse olhando para todos e entrando no comodo ainda virado para eles. – Até porque tinha um...

Antes de poder terminar minha frase o chão cedeu aos meus pés e eu cai com tudo junto com o chão. Não sei nem ao menos se tive a oportunidade de emitir algum som, sinceramente espero não ter gritado.

Não sei a que profundidade eu cai, só se que foi uma queda grande e que estava em um lugar completamente sem iluminação, caído em cima dos escombros do chão que cederam junto comigo.

– Ren?! – Eu escutava vozes me chamando, mas não sabia ao certo quem era, tentei responder, mas não conseguia falar.

Consegui com muito esforço me levantar e quase cai novamente, mas consegui me apoiar na parede, e quando me apoiei a própria parede começou a brilhar e iluminar aquele lugar, e eu vi um pedestal com um livro trancafiado e ao fundo uma escada.

Me aproximei e aparentemente ativei uma armadilha pois um passo antes de chegar próximo ao livro uma flecha veio em minha direção e passou raspando no meu ombro.

E outra flecha veio e essa teria me acertado na cabeça se eu não tivesse notado o zumbir da flecha, e nesse momento eu saquei minha ninjaken, e quebrei o vidro que protegia o livro e o peguei, o que aparentemente disparou uma chuva de flechas que teria me matado se eu não tivesse controlado minhas chamas e erguido uma barreira de fogo, que me protegeu.

Quando as flechas acabaram eu cai no chão esgotado com o livro em mãos. E foi então que resolvi abrir o livro e notei que era uma documentação, e ao folear eu notei que um relato sobre uma tomada do trono humano.

Eu parei e li e a cada palavra eu queria largar aquilo e sair de lá, mas minha curiosidade era maior, e ao terminar de ler minha cabeça estava em um turbilhão de perguntar, não podia acreditar naquilo, não queria acreditar naquilo.

Aquele acontecimento. Aquelas palavras. Não poderiam significar aquilo, mas não havia outra explicação, tudo apontava para aquilo, não só o que estava escrito, mas agora as palavras do Ancião dos rúnicos fazia sentido.

Meus olhos lacrimejavam, e eu só queria desaparecer, mas encontrei a determinação e a força que eu precisava para subir as escadas e voltar par cima, onde meus amigos estavam.


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Notas finais do capítulo

Eai, bom suspense? :P espero que isso tenha empolgado alguem novamente e até a proxima ^^