Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 23
Capitulo 22 - Vestígios do passado.


Notas iniciais do capítulo

Yoo, essa semana bagunçou meus horarios, mas em breve voltarei a postar nas Quartas e Sabados como de costume, então aproveitem esse capitulo e até uma proxima ^^



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Após a chegada da garota misteriosa, decidimos voltar para o palácio e tentar pensar em algo e tentar entender o motivo de tudo aquilo.

A garota parecia realmente abalada e nervosa, contudo, ela não parecia machucada fisicamente, mas com um psicológico bastante afetado. Ela possuía cabelos roxos, uma roupa de malha e couro azul escura e várias facas presas à roupa e duas adagas presas a cintura, o que era um aviso: “faça algo desnecessário que eu o mato”.

A garota e Amaya explicaram que eram como “irmãs”, explicou que se chama Karin e que a casa onde vivem desde a infância, após a morte da mãe de Amaya, fora atacada e destruída por um ataque desconhecido.

– Não consegui ver exatamente quem era, nem o que era. – Explicava Karin quando chegamos ao palácio e tivemos que nos dirigir para a enfermaria, porque, por algum motivo me disseram que meu curativo era mais letal pra minha saúde do que o próprio ferimento. – Apenas consegui enxergar cinco sombras...

– Onde você estava nessa hora? – Perguntou Amaya preocupada. – E sobre todos? Meu pai e todos que estavam por lá, o que aconteceu com eles?

Amaya assim como Karin estavam a ponto de surtar, e era algo que eu conhecia muito bem, a dor de uma perda, ter seu lar destruído e ainda pensar que alguem importante para você morreu. Bom, não era a melhor sensação do mundo e eu sabia disso.

– Ei! – Chamei a atenção de todos. – Calma lá, sem especulações exageradas, eles podem ter escapado, se Karin não está ferida quer dizer que não estava lá no momento do ataque, e como ela falou “sua casa foi destruída” então quer dizer que não achou nenhum corpo, então sem exageradas especulações, ok?

Karin consentiu e elas pareceram se acalmar mesmo que um pouco, mas ainda estavam agitadas.

– Mas quem fez isso? Por que minha casa? – Amaya perguntava ao vento andando de um lado ao outro na enfermaria.

– Agora que o rei dos humanos foi preso, e morto, os demônios devem querer controlar os humanos pelo medo e por isso estão atacando as famílias importantes. – Disse Mike, o que me surpreendeu, pois ele estava ciente de táticas de guerras antigas. – Demônios sendo demônios...

Nesse momento Rene e Eli chegaram correndo na enfermaria e quando entraram Mike, que estava de braços cruzados encostado na parede se virou e eles se abraçaram por um tempo.

– Você está vivo e inteiro. – Suspirou Eli abraçada ao Mike, e Rene na porta sem saber o que fazer, assim como o resto dos presentes.

– É... Os pombinhos estão bem ai? – Disse Derwin querendo rir.

– Poderiam, por favor, para antes que abram novamente meu ferimento com todo esse “arco-íris” – Falei acenando com as duas mãos pra cima até que eles notaram que não estavam sozinhos e ambos coraram. – Obrigado, mas agora, o que exatamente foi essa correria toda?

– Bem, Zackary, Joe e Sue sumiram do palácio sem qualquer vestígio. – Disse Rene preocupada. – Não vejo nenhum deles desde hoje de tarde, sinto que algo aconteceu...

Zackary sumiu, mais uma preocupação pra tudo, mas dessa vez Joe e Sue tinha ido junto, não era um bom sinal, não sei se era pelo mesmo motivo, mas aquilo me preocupava de varias formas, foram porque quiseram ou foram sequestrados?

Dois problemas grandes problemas e incontáveis lacunas, essa não poderia ser uma hora melhor pra isso tudo acontecer de uma vez. Ganhamos uma batalha, mas varias surgem por esse caminho.

– E isso está longe de acabar, parece que as coisas se complicam para nós não é mesmo? – Disse Tifão.

– E tudo começou com a teimosia e rudez desse garoto. – Disse Vanessa apontando pra mim como se eu fosse culpado de tudo, e eu sem nem poder me defender.

– Enfim, chame todos os representantes, parece que nessa hora todos serão necessários. – Pedi a Rene. – E qual é? Nem tudo isso é minha culpa ok? Já basta o fato de eu sempre sair o mais ferido disso tudo...

E esse meu pequeno “surto” provocou risadas em todos, até mesmo Karin que parecia mais calma apesar de tudo e todos começaram a me olhar como se eu fosse muito idiota pra ser levado a sério.

– Ele é sempre assim? – Karin perguntou entre risada para Amaya. – Ele não me parece grande coisa.

– Às vezes é pior, mas hoje até que ele não tá muito idiota como de costume. – Disse Amaya sem eu saber se era brincadeira mesmo ou não.

Tentei deixar aquilo de lado, não ter uma boa imagem na frente das pessoas era ruim, mas me estressar com isso era pior, ainda mais quando aquilo tinha dado um ar mais amistoso aquele lugar.

– Pode me chamar de Idiota, aparentemente já é meu segundo nome, mas caso prefira meu nome é Ren. – Disse me apresentando formalmente para Karin e estendendo a mão.

– Prazer Ren, não é mesmo? Acho que já vi esse nome em algum lugar... Espere está aqui. – Disse Karin mostrando um caderno que se parecia com um Diário e abrindo em uma pagina especifica. – Esse é o diário de nosso “pai” e aqui ele menciona seu nome.

“Meus amigos, a princesa e o chefe da guarda real, decidiram se casar e ter um filho e isso é uma noticia muito feliz ao reino todo, o próprio rei diz estar contente com a noticia e até sugeriu um nome, Rengoku, ou somente Ren.”

Aquilo me chocou de algumas maneiras, nomes parecidos, mas não era possível ser eu, a própria pagina estava manchada, poderia ter sido alterada, mas ainda assim era assustador a semelhança, ainda mais com a vaga lembrança de Zackary ter me chamado de “Rengoku, o expurgador”.

– Espera um pouco. – Ao lembrar sobre Zackary me lembrei do seu amuleto e o segurei e ao ver Karin apontou pra mim.

– Amaya, isso... Isso não é da sua mãe? – Disse ela me olhando com uma cara irritada como se quisesse saber onde eu havia conseguido aquilo e ameaçou avançar em mim.

– Calma, consegui isso com Zackary, era um amuleto que ele havia me dado para contrapor ao feitiço de Gerome durante o torneio. – Expliquei e depois estendi o amuleto para elas pegarem. – Desculpem-me, não sabia sobre isso, acabou ficando comigo depois daquilo.

Amaya estendeu a mão e pegou melancolicamente o amuleto e o estudou. E nesse momento notei que tanto o amuleto quanto o diário possuíam o mesmo símbolo, uma pequena marca de um “M” entalhado em ambos os lugares.

– Mãe... – Disse Amaya segurando o amuleto contra o peito e então Karin foi reconfortar a amiga.

Eu ainda estava meio desnorteado, mas me levantei da cama da enfermaria e me dirigi a porta sendo olhado por todos.

– E então, vamos decidir o que fazer daqui pra frente. – Disse Mike seguindo em minha direção também junto de Eli.

– Para a sala de reuniões. – Disse Elizabeth chamando a todos e seguindo para o local.

Quando chegamos lá estavam todos reunidos, os que estavam na enfermaria, Rene que havia ido convocar todos os outros que estavam no local, Maya, Hana, Mai, Tod e os outros.

– Qual a emergência? – Perguntou Maya visivelmente entediada e aborrecida por estar lá conosco.

– Precisamos de dois grupos, um para seguir para o castelo da família Becker e um segundo para tentar seguir os rastros do desaparecimento de Zackary e os outros. – Expliquei. – E aparentemente vocês são nossa melhor chance. Tod é uma ótima caçadora e as três serão de grande ajuda assim como Eli que irá guia-las por esse território.

Mike me olhou com uma expressão dura, tá que eu não havia avisado tudo antes, mas Eli sabe se cuidar sozinha e aquilo era necessário, espero não ter outra costela quebrada por isso.

– Então quer dizer que os seis que acabaram de derrotar os dois grandes pássaros vermelhos e o rei estupido, irão se encarregar do ataque ao castelo? Não me parece muito justo, mas tudo bem espero que se divirtam muito. – Disse Mai sarcasticamente, rindo junto com Maya e Hana.

– Ren, não me diga que...- Antes mesmo de Mike terminar sua frase Eli apoiou no seu braço e acenou negativamente.

– Ele está certo, essa é a nossa melhor chance, e você precisa ajuda-lo a cuidar dessas duas. – Disse Eli se referindo a Amaya e a Karin. – Elas não parecem muito dispostas no momento, precisam de todo apoio possível.

E então Mike cedeu, e eu deveria agradecer muito a Eli, pois naquele momento eu ainda tinha muito que aprender e não conseguiria sozinho e ainda tinha que achar respostas sobre meu próprio passado.

– Então está decidido. – Disse Derwin.

– Ao reino Becker enfim. – Disse Vanessa.

– Espero que pelo menos dessa vez tudo de certo. – Comentou Tifão sorrindo.

Um grupo cuidaria do sumiço dos representantes enquanto o outro retornaria ao reino dos humanos o que tem a maior influencia dos demônios nesse momento.

– É claro, se não levar em conta que estamos indo para um covil dos demônios, bem... Acho que conseguiremos sair vivos dessa e de lá para a localização das armas. – Falei. – Bem, acho que está na hora de ir pegar a localização com o Ancião.

– E ele o espera por isso Ren. – Disse Mike. – Aqui começa a virada contra os demônios.


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Notas finais do capítulo

Então, ainda to indo bem? Pontos soltos em varios lugares, mas esse é o divertido, espero que tenham gostado e até uma proxima ^^