Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 25
Capitulo 24 - Descobrindo a Origem.


Notas iniciais do capítulo

Yoo, estou postado mais cedo pois meu noot está com problemas e não sei quando ele vai parar de novo, então espero que não se importem.



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Subi as escadas com o livro em mãos, confuso e atônito, não sabia o que fazer, nem o que dizer, apenas fui para onde meus amigos estavam, de volta ao lugar onde havia caído esperando que eles ainda estivessem lá.

As escadas davam na biblioteca que ficava do outro lado da casa, assim que sai fui em direção a onde os outros estavam e de longe eu já via que todos olhavam para dentro do cômodo com apreensão de entrar, menos Mike que tinha uma corda em mãos e estava entrando.

Era uma péssima ideia, primeiro porque não tinha lugar dentro do cômodo para prender a corda, segundo porque se alguem fosse segurar, não seria muito inteligente levando em conta que tudo começou com o chão cedendo e poderia facilmente acontecer de novo.

– Ei! Não precisa se suicidar cara, Elizabeth não está aqui, mas se enforcar não é uma solução. – Falei tentando brincar, o que não deu muito certo, porque todo mundo reparou que tinha algo de errado comigo e vieram na minha direção com uma cara de preocupação.

E assim que notaram o livro começaram a encará-lo como se o livro fosse o motivo, o que de certa forma era.

– Que livro é esse? – Perguntou Mike soltando a corda e estendendo a mão para pegar o livro.

– Isso é provavelmente de seu pai. – Disse desviando de Mike e entregando o livro para Amaya, que o pegou com as mãos tremula e o abriu.

– Amaya, essa é com toda a certeza a caligrafia do Papai. – Disse Karin analisando o pequeno registro enquanto Amaya foleava.

Todos ficaram em silencio e encarando com curiosidade alternando os olhares entre eu e o livro, como se tentasse entender a ligação entre nós.

Incontáveis minutos se passaram com esse ar de curiosidade e tensão até que Amaya começou a ler em voz alta.

– “O Reino estava em paz, mas não durou por muito tempo, após do casamento de Hikari, a princesa e herdeira do trono, com Frederick, o líder da guarda real, uma revolta estourou dentro do castelo, uma revolução que causou a morte do rei e a tomada forçada do trono”.

– Hikari? Acho que já ouvi esse nome em algum lugar... – Comentou Vanessa pensativa atraindo a atenção de todos, mas sem ter mais o que dizer voltaram sua atenção a Amaya.

Ela continuou a ler e a cada palavra meu coração se apertava e a ansiedade aumentava e a cada instante eu estava dividido em fazê-la para de ler ou deixa-la continuar, mas não queria interromper nada e a deixei continuar.

– “O reino estava um caos, muitas mortes sem sentido e muito sangue derramado, Hikari estava gravida de seu filho, e fora defendida por seu pai, o que causou a morte do rei e seu trono usurpado, até mesmo Frederick fora capturado e ambos levados para algum lugar. Eu sabia quem tinha arquitetado tudo, mas minha própria família corre risco e não chegaria a tempo de ajuda-los, mas eu nome, nunca esquecerei e nem o perdoarei, Azeroth, o conselheiro chefe do reino”.

– Azeroth por trás de tudo, diga algo que não sabemos. – Disse Tifão intrigado.

– Mas ainda assim, o Lich era o conselheiro do rei? Isso é... – Disse Derwin intrigado e surpreso com tudo. Aparentemente era um sentimento geral, todos tinham essas feições de surpresa e confusão.

– Totalmente estranho? O que não é estranho nessa situação? – Disse Karin nervosa com as interrupções.

– “O reino um caos, todos temiam a profecia dos demônios que diziam estar próxima, mas também havia esperança, em outra profecia, sobre o filho de Hikari e que ele seria aquele que colocaria o mundo de volta a paz, seria aquele que expulsaria o mal e deteria a ascensão completa do caos, tanto Hikari quanto Frederick foram chamados para uma audiência pelo próprio ancião dos Rúnicos sobre uma segunda parte da profecia, e nesse momento um nome surgiu, não sei os detalhes, mas a própria Hikari me contara que escolhera esse nome nesse mesmo dia, Rengoku, ou simplesmente Ren. Mas essa pobre criança não se sabe sobre ela, onde está, nem se nasceu, ninguém sabe nada sobre eles depois de seu desaparecimento, mas ainda há esperanças, Ren, aquele que expurgará todo o mal, acredito que ele nasceu e vive em algum lugar”.

Ao final todos passaram a me encarar, medo, espanto, surpresa, todos esses sentimentos eram perceptíveis no rosto de todos quando se viraram para mim, todos, sem qualquer exceção passaram a me olhar estranho, mas depois de um tempo a preocupação tomou conta, uma compaixão e solidariedade tomaram conta de seus rostos.

Mas eu não conseguia encara-los, coloquei uma mão no rosto e encostei-me à parede esperando que alguém falasse algo, mas eu não conseguia olhar no rosto deles, eu sabia que todos tinha uma pergunta a fazer, e após um tempo alguém a fez.

– Espera, não estão me dizendo que realmente acham que esse Ren, é o Ren que está se falando aqui não é? – Disse Karin, que apesar de não ver tinha certeza que apontava pra mim. – Não é possível, deve ser alguém diferente...

– Porque ele é meio dragão? Olha achávamos que isso era impossível, mas já é certo do que ele é. – Retrucou Mike. – E olhe a datação dessa escritura e tire suas próprias conclusões.

– Mas mesmo assim Mike, o Ren, ser filho dela, não tem como, Hikari fora capturada por Azeroth, se essa criança sequer nasceu eles não deveriam estar aprisionando-o? – Especulou Tifão.

– Hikari, sim... Eu ouvi historias sobre essa revolução, mas nelas nunca disseram que ela tinha sido capturada, é falado que todos morreram naquela revolta, nenhum sobrevivente, um massacre total. – Disse Vanessa. – Sem ofensas, mas seu pai deve estar enganado Amaya.

– Não, ele não está. O próprio ancião citou o nome de Hikari para mim, eu sou filho deles, eu sou o Ren citado no livro, meus pais... Eles morreram nessa revolta pelas mãos do Lich. – Falei por fim e minhas pernas cederam fazendo com que eu deslizasse na parede e sentasse no chão, já que os moveis da casa estavam completamente revirados.

– Ren, você não está... – Derwin começou dizendo, eu sei que ele queria me apoiar, mas eu levantei a mão, com a palma aberta virada para ele, pedindo que ele parasse e esperasse um pouco até eu me acalmar.

Não queria falar, não queria ver, só queria ficar ali e colocar meus pensamentos em ordem, se ler já fora ruim, escutar aquelas palavras sendo ditas em voz alta, meu coração e meu corpo não aguentaram aquilo, eu só queria ficar ali e pensar, não tinha condições de conversar nem de me mexer.

– Então representantes, vamos deixa-lo pensar um pouco, ele precisa. Temos um trabalho para fazer por aqui se lembram? – Disse Mike fazendo com que todos se lembrassem de que tínhamos algo a fazer e eu o agradeci em silencio por isso. – Vamos continuar procurando algo por aqui.

Mesmo que tenhamos encontrado algo importante, ele não queria que todos me atacassem com perguntas no momento e todos pareceram compreender isso e voltaram a andar pela cara, com Karin os guiando.

Passado um tempo notei Amaya vindo em minha direção com o livro ainda em mãos e parou em minha frente me encarando.

– Você tem sorte sabia? Ser filho de Hikari, a grande e mais promissora maga do reino humano, ela era incrível sabia? – Comentou Amaya para mim.

– Desculpe eu mal sabia que ela era minha mãe até o dia de hoje, não sei muito sobre meus pais, mas agora faz sentido meu mestre não mencionar eles, pois se eles são tão conhecidos, se alguém descobrisse minha identidade eu poderia estar morto agora. – Falei não muito empolgado, o que a fez arquear as sobrancelhas.

– A vamos lá, sua mãe era incrível, tantas aventuras que ela vivenciou junto de Cordélia e Madleyne, que para constar é minha mãe e quem me contava as historias sobre suas aventuras. – Disse Amaya. – Não fique tão para baixo assim.

– E o que quer que eu faça? Com tantas coisas acontecendo, sinto que estou perdendo a estabilidade e posso desmoronar a qualquer momento. – Falei diminuindo o tom a cada palavra, nem sei se ela entendeu tudo que falei, mas mesmo assim ela permaneceu parada em minha frente, aparentemente pensando nas palavras.

– Primeiro, levante-se dai. – Disse Amaya estendendo a mão para mim e eu segurei como apoio para me levantar enquanto ela terminava. – Depois volte a ser aquele Ren impulsivo e idiota que todos aqui conhecemos e confiamos e alguém em quem podemos depender e seguir, um suporte que estará lá para nos ajudar sempre, aquele Ren que todos nós precisamos, o Ren que eu preciso...

Quando me levantei nossos olhares se encontraram e nossos rostos estavam próximos, ambos enrubescemos, mas não ligamos muito para isso, e estávamos nos aproximando, contudo antes de acontecer alguma coisa foi possível ouvir uma explosão do lado de fora, uma estrondosa explosão.

E por impulsão todos fomos lá para fora, ver o que havia acontecido, e uma tempestade de poeira tomava conta do lugar com cinco sombras no meio.

Só quando a nuvem de areia e poeira abaixou que notei quem eram Zackary, Joe, Sue juntos de Isabela e uma quinta pessoa que eu não identificava. Mas eles não pareciam ser os mesmos, olhos enegrecidos e uma aura assassina maior do que eu me lembrava.

– Zackary! Isabela! – Gritou Amaya empolgada e mostrando a intenção de ir até eles, porem fora impedida por Karin que notou o movimento de Zackary de levantar a mão e uma explosão aconteceu onde Amaya estaria se não tivesse sido impedida.

– Amaya, me desculpe, mas estes não são seus amigos de costume. – Disse Karin, e ela estava certa, algo aconteceu a eles, eles não eram os mesmos e pareciam mais agressivos e prontos para nos matar, só tínhamos duas opções, sair daquele lugar ou enfrentar nossos amigos.


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Notas finais do capítulo

E ai? como tá? "previsível ainda"? espero que estejam gostando e até a proxima ^^



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