Gokai (fic Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 21
Capitulo 20 - A Esperança em meio ao Desespero.


Notas iniciais do capítulo

Yoo galera, chegando a marca dos 20 ein? obrigado a força que vocês me deram até aqui e espero que esse capitulo esteja bom, queria fazer algo melhor, mas não consegui, e é praticamente o mesmo motivo que me fez virar a noite escrevendo e postar "mais cedo" no dia de hoje, mas isso é assunto pra "boi dormir", então espero que gostem ^^



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Capitulo 20 – Desespere o próprio desespero.

– Ren, Ren, Ren... – Disse Gerome se levantando e pronunciando meu nome a cada passo que dava. – Deveria mesmo estar aqui? E ainda mais, sozinho?! Acha mesmo que pode derrotar esses dois? Rá não me faça rir.

Não gostaria de admitir, mas ele estava certo, apenas Zykes e Garius conseguiram segurar mais de 15 representantes e ainda foram capazes de matar um deles, Alex, mas aquela era a minha maior aposta, não queria envolver mais nenhum deles, apenas queria sair de lá e acabar com tudo por conta própria sem mais nenhuma morte.

– E então? Vamos começar a tortura? – Disse Zykes com uma expressão de diversão e louca ao mesmo tempo.

– Vamos. – Respondeu Garius prontamente, como um soldado e manipulando sua lança habilmente.

– Me deixem ver esse show de perto, você me deve isso Ren, depois daquilo eu espero ansioso a sua destruição. – Gerome disse se sentando em seu “trono” de madeira, com sua roupa de couro marrom e gasta nada real, mas era o que ele vestia quando preso, o que indica que não fazia muito tempo que ele fugirá, e o mais estranho ninguém sequer informou isso.

Nesse momento os dois investiram contra mim, Zykes e Garius, Espada e Lança, como dois relâmpagos vermelhos, trombando contra mim com força, tanta força que fui lançado na parede e esmagado contra ela, só vi meu sangue sendo cuspido e vi de relance Gerome sorrindo como se visse a melhor cena do mundo.

Após isso eu caí e senti todo meu corpo doer e minha visão embaçar. Senti uma mão me puxar e me pendurar no ar, e logo em seguida uma chuva de socos contra meu corpo.

Meu corpo já estava adormecido e minha mente atordoada, só conseguia ver pontos negros na minha vista e ouvia uma risada histérica e aguda, provavelmente de Gerome.

– E então garoto, ainda acha que tem alguma chance contra nós? – Disse Zykes ironicamente e quando eu não respondi ele falou com um ar mais sombrio. – Vamos começar com a verdadeira diversão.

Nesse momento escutei o barulho de duas laminas retinindo e se chocando uma a outra, era como o soar de um afiar de espadas. Logo um temor agonizante tomou conta de mim.

– Tirar pedaço por pedaço? – Reconheci Garius mostrando entusiasmo pela primeira vez.

– Sim irmão, pedaço por pedaço, mas vamos começar pela pele. – Disse Zykes. – Aqueça para mim, tudo bem?

Não sei ao certo como ele fez isso, mas de repente eu senti a temperatura se elevar a uma curta distancia de mim se centralizando no chão.

– Agora. Grite! – Disse Gerome empolgado.

No momento seguinte eu senti uma lamina encostar-se a minha pele, queimando e dilacerando a minha perna, como se um magma corroesse minha perna, não sei ao certo se gritei ou não, mas minhas cordas vocais vibravam, não sei se emitia som, mas minha garganta estava tão seca quanto às areias do deserto.

Não sentia mais nada, não sentia os ventos soprarem, não ouvia murmúrios noturnos, não via as estrelas, tudo era uma dor sem fim.

Mas apesar de tudo, algo em mim começou a queimar, de dentro do meu corpo, algo ardia em chamar, como uma nova força, uma nova vida.

– Levante-se e lute, não deixe que tudo seja em vão. – Disse uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar, meu Mestre, Tohma.

Já não sentia mais aquela dor dilacerante, e me vi quando criança, tinha aproximadamente 7 anos e treinava para ser um ninja, uma roupa completamente leve e “aberta”, sem manga e proteção, e lutava contra meu mestre, usando uma kunai e ele um graveto, me desarmando e mandando eu continuar a ataca-lo.

Aquela sensação de voltar ao passado, de poder voltar no tempo e ver mais uma vez as expressões alegres de meu mestre enquanto eu treinava e me aborrecia por ele estar me humilhando com um graveto, brincando comigo como se não me levasse a sério e me provocando.

– Ren, se não tentar de verdade, se não atacar com a intenção de ferir seu oponente, nunca conseguirá derrota-lo. – Dizia meu mestre tentando melhorar meu entusiasmo que era baixo no momento.

– Mas mestre, eu não consigo, eu não quero ferir os outros, isso só será um motivo a mais para todos se afastarem de mim. – Naquela época eu não costumava esconder minha aparência dragonica e por isso era alvo de muitas pessoas. – Não quero ferir ninguém.

Quando disse isso me vi jogando a kunai na direção do meu mestre e ele se movimentou rapidamente e pós o graveto no espaço da kunai fazendo-a girar e ele segurar com os dedos e investir na minha direção parando a kunai a poucos centímetros do meu rosto, como um feixe de luz.

– E quando encontrar amigos Ren, vai abandona-los para a morte por não saber lutar? Se tiver algo a proteger lute por isso e se tem companheiros lute ao lado deles. – Dizia meu mestre.

E aquelas palavras ecoavam na minha cabeça, “lute ao lado deles”, mas minha consciência logo retrucava “não arrisque, dois já morreram, não deixe mais ninguém morrer”, e essa era a luta na minha consciência, aquela era com certeza uma batalha que não poderia lutar sozinho, mas se eu parasse para depender deles, poderia acabar com outra morte nas mãos.

Logo a dor voltou, eu estava de volta, minha consciência voltava aos poucos e a dor era insuportável, já não sentia minha perna direita, mas já conseguia ver o que acontecia.

Minha perna estava completamente ensanguentada, e em alguns pontos já se via a carne, notei que Zykes usava a própria espada para o serviço e seu irmão Garius olhava com admiração o trabalho dele.

Gerome assistia aquela cena com um largo sorriso no rosto e uma vibração frenética e louca, como se quisesse participar da tortura, mas ao mesmo tempo continuar a apreciar a cena.

Zykes continuava a arrancar minha pele da perna, mas eu já não gritava mais e segurava qualquer expressão apenas torcendo para que meu controle sobre o corpo voltasse logo, pois ele ainda estava dormente e voltando aos poucos.

– E então? As cordas vocais cederam ou está se fazendo de “macho” agora? – Disse Zykes, e aquelas palavras soaram como deboche.

– E ai? Está com medo de seus amigos ouvirem e virem para a morte? Você não quer isso quer? – Falou Gerome e verbalizando meu medo e ao notar isso abriu um sorriso sádico. – Vamos, Grite.

No segundo seguinte ele acenou para Garius que pegou sua lança e fez um movimento de estocada que iria à direção do meu estomago.

Felizmente um segundo antes aquelas chamas que tomavam conta de mim, finalmente se espalharam pelo meu corpo me livrando daquela sensação de atordoamento, e por isso eu consegui me afastar o suficiente para apenas sofrer um corte na lateral esquerda do corpo e dei um chute no rosto de Zykes me livrando dele.

– Estou de volta a mim finalmente, desculpem a demora. – Falei ofegante e quase caindo de cansaço e com dores por todo o corpo mal tendo forçar para apoiar a perna direita no chão.

– Então o garotinho ainda tem forças e quer brincar? Bom, não seria divertido se não fosse assim. – Disse Zykes empunhando sua espada com ambas as mãos e seu irmão a lança.

– Oh! – Exclamou Gerome. – Uma luta dramática agora? Divirtam-Me o máximo que puderem.

Eu já não aguentava mais aquele cara, queria mata-lo, esganá-lo, dar o troco por todas as coisas que aquele cara fez os outros passarem. Eu já não estava mais pensando, só queria mata-lo, mas para isso deveria passar por aqueles dois na minha frente, e aquilo não seria nada fácil.

Peguei minha mochila que havia sido jogada no chão no primeiro ataque deles, peguei minha ninjaken e algumas shurikens e investi, mesmo com a perna totalmente destruída.

Primeiramente Garius e sua lança, ele tentou me estocar, desviei e segui caminho a frente, Zykes ao notar isso se colocou na minha frente e tentou me cortar com sua espada que já estava voltando a temperatura normal, aparei seu ataque e tentei chutá-lo com a perna esquerda mas ele se esquivou e segurou minha perna direita me fazendo sentir mais dor ainda.

Ele olhou pra mim sorridente e me jogou pra cima, e apesar de toda aquela dor, era o momento perfeito, peguei exatamente 5 shurikens e arremessei na direção de Gerome certo de que iria acertá-lo, mas algo impediu as shurikens de seguir seu curto e poucos centímetros antes de aquilo atingi-lo as shurikens caíram ao chão e ele riu, riu como se tudo fosse a melhor das piadas e eu cai inutilmente no chão sem forçar nem a para me mexer.

– Achou que eu estaria aqui sentado tranquilamente com a guarda baixa? Mas é claro que não, desde o momento em que pisou nessa torre eu ergui uma barreira esperando que você fizesse algo do tipo. – Explicou Gerome. – Mas agora eu cansei desse show, Zykes, Garius, matem-no agora.

Suas auras inflaram e estavam tão assustadoras quanto no momento em que eles usaram a magia que matou Alex, e aqui me arrepiou muito.

– Como queira, Rei estupido. – Disse Zykes claramente irritado com a presença daquele cara.

Zykes e Garius estavam a ponto de levantar voou quando mãos brotaram do chão e seguraram suas pernas, uma melodia começara a tocar, uma tempestade de relâmpagos se aproximava deixando raios cair em cima deles, um mini tornado me carregava para uma parede e uma prisão aquática se formava em torno deles.

– Ainda a procura de um show, Gerome? – Disse uma voz rouca e familiar, mas do meio das sombras. - Você terá sua peça, mas não será como a planejou.


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Notas finais do capítulo

E ai? tenho algum futuro como escrito? vejam o que falam que e acredito viu? :P enfim até uma proxima vez e até ^^