ANTROPÓFAGO - Diário de um Canibal escrita por Adélison Silva


Capítulo 15
O fim de Max


Notas iniciais do capítulo

Max sequestrou Érica, mas não conseguiu alcançar o que tanto desejava.



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Eu estava completamente perdido, eu precisava sair daquele lugar e não tinha a menor ideia de como fazer isso. Ali em pé diante de mim estava a minha amada, aquela que sonhei em reencontrar durante esses últimos dez anos da minha vida. Mas agora eu não tinha a menor noção do que fazer.

   Dentro do meu peito uma dor me torturava. Amor, ódio, desejo, medo... Todos os sentimentos tomavam conta do meu íntimo, eu era um desgraçado completamente sem causa. No olhar de Érica eu enxergava o medo em suas pupilas, suas lágrimas lavavam sua fronte, desesperada em se ver refém a mim e não saber o que poderia acontecer.

 

 

ÉRICA

(chorando) Por favor, Max, diga-me! Onde está o Davi?

 

MAX

(com raiva) Está preocupada com ele? Você não se preocupou desse jeito quando eu cair no cilindro de soda. Porque Érica?

 

ÉRICA

É claro que me preocupei. Eu fiquei desesperada, eu não sabia o que fazer. Eu e o Davi sempre fomos os seus amigos. Porque está fazendo isso com a gente, Max?

 

MAX

Você está mentindo. E eu odeio mentira.

 

 

 

  A sirene da polícia ecoava bem próximo me lembrando que o meu tempo era pouco, e que teria que pensar em uma saída logo.

 

 

 

ÉRICA

O prédio todo está cercado Max, não tem como você sair. Se entrega vai ser o melhor pra todo mundo.

 

MAX

Você está querendo que a polícia me pegue Érica?

 

ÉRICA

Não, eu não disse isso.

 

MAX

A gente agora vai dá uma voltinha. E a polícia não vai me impedir. (sádico) Nem que pra isso eu tenha que arrancar um pedaço de você.

 

 

  Meu coração estava ferido. Me sentia como uma criança pobre, desejando aquele brinquedo caro e sem poder possuir. Aquele olhar ali esbugalhado de medo na minha frente, revelava o monstro que eu havia me tornado. Mas agora era tarde. Eu não poderia concertar todas as crueldades que eu havia feito. E nada faria sentido se eu desistisse de Érica agora. Érica seria minha por bem ou por mal.

  Agarrei-a pelo o braço e lhe arrastei até a janela por onde eu subi.

 

 

MAX

— Agora desça, temos que fugir logo daqui.

 

ÉRICA

É alto Max, não terá como eu descer!

 

MAX

Tem como você descer sim. Escute meu amor. (colocando o cabelo de Érica para trás da orelha) Eu não quero te machucar, sua pele é macia delicada não posso feri-la. (alisando o punhal em seu rosto) No entanto se você não colaborar, vou deixar o seu rosto igual o meu. Assim nenhum homem mais vai te olhar e você será só minha.

 

ÉRICA

(respirando fundo com medo) Não é preciso você me machucar, eu farei tudo o que você quiser. Mas por Deus me responda. O que você fez com o Davi?

 

 

  Dei um passo para trás com o peito fervendo em ódio. Mas que insistência era essa dela querer saber tanto do Davi? Eu não poderia aceitar que ela o amasse, era a mim que ela tinha que amar e não ele.

 

 

MAX

(com frieza na fala) Eu o matei! E mataria de novo se ele ousasse a te roubar de mim. Será que você não entende? Você é minha, só minha e de mais ninguém.

 

 

  Uma lágrima brotou em seu olho, escorrendo silenciosamente pelo o seu rosto e morrendo em seus lábios. Ao ver aquilo, me dava conta de que ela o amava muito e nada que eu fizesse mudaria isso. Como eu invejei Davi naquele momento, como eu queria esse amor todo para mim. Mas era com ele que ela queria está e não comigo.

 

 

MAX

(com ódio) Agora desce por essa maldita árvore. E trate de ser discreta. Por que se a polícia nos pegar, eu não terei piedade nenhuma, passarei o punhal nesse seu pescoço e arrancarei sua cabeça fora. Se você não for minha não será de mais ninguém. Entendeu Érica? De mais ninguém.

 

 

  Com medo Érica seguiu as minhas ordens e descemos pela a árvore. Ao ir descendo percebo que era melhor eu ir primeiro, pois ela poderia correr ao alcançar o chão. Não poderia deixar que ela fugisse de mim. Passei então por ela e fui descendo a árvore, sempre dando um jeito de lhe segurar. Ao chegarmos ao chão, lhe agarrei pelo o braço e fui lhe puxando e levando até o carro do Davi que ainda estava estacionado no mesmo local que eu havia deixado. A polícia se mantinha concentrada na outra rua apenas cuidando da pericia do caso da morte da Juliana. Fui até o lado esquerdo do carro onde ficava o banco do carona, abrir a porta no intuito de por Érica ali. Ouço então a voz de Sara Campestrini já bem próxima a mim.

 

 

SARA

(off) Mãos para cima Maxwell Lenzi, não dá mais nehum passo!

 

 

  Olhei para Érica que me retornou o olhar ainda amedrontada com toda aquela situação. Ao virar-me para trás vejo Sara com a arma apontada para mim.

 

 

SARA

Eu mandei você colocar as mãos para cima. Não me ouviu?

 

 

 Agarrei fortemente Érica pressionando o punhal sobre o seu pescoço.

 

 

MAX

Eu sinto muito doutora, porém não irei obedecer a sua ordem.

 

SARA

(falando pelo o rádio) Preciso de reforço aqui na rua trinta e seis. Ele está aqui na minha frente.

 

 

  Eu tinha que intimidar a policia, Sara tinha que baixar guarda para que eu pudesse fugir. Passei então o punhal no rosto de Érica, fazendo um corte em sua face. Ela gritou de dor e Sara se desesperou ao ver a minha atitude. Ela temia pela a vida de Érica.

 

 

SARA

(desesperada) Não faça isso!

 

MAX

(frio) Eu não vou ter nenhum receio em cortá-la e comer a sua carne ainda viva aqui em sua frente.

 

ÉRICA

(desesperada) Max, não!

 

SARA

Calma Max!

 

MAX

(com ódio) Eu estou falando sério doutora. Érica vai ser minha e ninguém vai me impedir de fazer isso. Afaste-se, nós vamos fugir e nenhum de vocês vão impedir.

 

 

  Puxei Érica para dentro do carro, e já fui me ajeitando no lado do motorista sem ao menos sair de dentro do carro. Com medo que eu fizesse algo contra Érica Sara não ousou me impedir. Parti depressa com o carro enquanto via Hugo se aproximando do local em que Sara estava.

 

 

HUGO

Sara, aquele era o Max?

 

SARA

Era ele sim, o maldito.

 

HUGO

Sara, você não deveria ter o abordado sozinha. Você é uma psicóloga forense, não está preparada para isso!

 

SARA

Não importa, não podemos permitir que ele faça mais uma vítima. Aprece Hugo, pegue a viatura e vamos atrás dele. Ele está com uma refém não podemos deixá-lo escapar.

 

HUGO

A tropa do Álvaro cuidará disso. Nós vamos ficar aqui.

 

SARA

Então fique você, eu não vou ficar aqui e deixar esse desgraçado escapar. Você não tem noção do que esse rapaz é capaz. Ele já não é mais dono da sua própria alma.

 

 

  Sara deixou Hugo parado e tomou direção do seu carro, Hugo respirou fundo e resolveu acompanhar Sara.

 

 

HUGO

(na porta do carro) Você é teimosa!

 

SARA

Estamos perdendo tempo.

 

 

  Hugo e Sara vieram atrás de mim enquanto eu corria com Érica na frente do carro deles. Eu estava louco perdido e completamente sem causa. Escravo desse amor platônico que me dominava e me tornava réu de mim mesmo. Ter Érica era uma pretensão minha, sentir o seu beijo tocando os meus lábios, as minhas mãos passeando pelo o seu corpo e assim sentir a delicadeza de sua pele. Fui vivendo nessa nostalgia, refém de um amor que só eu vivi. Desejando ter o que talvez eu nunca tive.

 

 

[FLASHBACK ON]

Érica vem andando de mãos dadas com Max até o meio do jardim para diante dele e o interroga:

 

ÉRICA

(com um imenso sorriso no rosto) Pois não aqui estou, o que queres de mim?

 

Max ficou inerte, sem palavras. Delicadamente Érica amaciava a suas mãos e estranhava por senti-las fria.

 

 

ÉRICA

Elas são sempre assim?

 

MAX

(aéreo) O quê?

 

ÉRICA

As suas mãos são sempre assim gelada?

 

MAX

(sem jeito) Só quando estou nervoso.

 

 

Érica lança um dos seus braços no pescoço de Max, enquanto com o outro alisa o seu rosto.

 

 

ÉRICA

Pensei tanto em você esses dias.

 

 

Érica encostou seu rosto no rosto do Max, e os dois se abraçaram. Depois ela se afastou um pouco e o olhou fixamente nos olhos.  Com sorriso enigmático o pergunta.

 

 

ÉRICA

E então, o que queria mesmo comigo?

 

MAX

Já não sei, só sei que te quero.

 

 

Érica dá meia volta em torno de Max e sussurra em seu ouvido.

 

ÉRICA

Eu acho que também te quero.

 

 

Max fica nervoso, fitava o olhar em cada movimento que Érica dava. Ela por sua vez completou a volta deixando a mão sobre a sua nuca e o acariciando. E finalmente já em sua frente lhe dá um demorado beijo.

[FLASHBACK OFF]

 

 

Corri apressadamente no carro de Davi com Érica no banco do carona. Sara Capestrini e Hugo vinham logo atrás juntamente com o restante da polícia. Cortei a floresta Mossaíh tomando o mesmo caminho que anos antes percorri com a turma da professora Maria da Soledad.

 

MAX

Malditos, eles não podem te tirar de mim.

 

ÉRICA

— (com a mão no rosto ferido) Você está correndo muito Max, a gente pode se acidentar.

 

MAX

Não tema meu amor, eu vou cuidar de você!

 

 

  Enquanto isso no carro de Sara E Hugo ela reclamava da incompetência da companhia de Álvaro Azevedo.

 

 

SARA

Essa tropa do Álvaro são todos incompetentes, ainda não conseguiram alcançar o carro.

 

HUGO

Eu acho bom você diminuir a velocidade, essa estrada está muito esburacada.

 

SARA

Eu só vou parar quando eu conseguir por as mãos nesse maldito. (acelerando) Se segura!

 

 

 

Ao me aproximar da fábrica de soda cáustica já fui entrando com tudo, arrebentando o portão e tudo mais o que encontrei pela frente. Rapidamente me levantei, fui até o lado do carona e puxei Érica para fora. E saí puxando-a pelo o braço entrando fábrica adentro.

 

 

MAX

Eles não vão conseguir me pegar, eu vou ser mais rápido. Nós dois vamos ser muito felizes. Eu e você finalmente juntos.

 

 

Fui descendo uma escada que dava para uma sala no subsolo.

 

 

MAX

Vem, vamos nos esconder e eles não vão mais nos achar. (passando a mão pelo o rosto de Érica) Você será só minha. Como eu te desejei esse tempo todo.

 

 

  Aquela adrenalina me assustava e me impulsava em continuar. Já ouvia a polícia dentro da fábrica, eu não poderia permitir que eles me pegassem.

 

 

MAX

(puxando Érica) Vem meu amor! Vamos fugir daqui.

 

 

Fomos descendo até chegar em uma sala. Fechei a porta, e depois saí arrastando os moveis que encontrei por ali para poder segurar a porta.

 

 

MAX

(desesperado) Eu não vou deixar eles me pegar. Nós dois vamos ficar juntos, não posso mais permitir que ninguém me afaste de você. (alisando o rosto de Érica) Deixa eu te olhar. Você é tão linda.

 

 

ÉRICA

(aos prantos) Por favor, Max! Não me mate!

 

 

MAX

Eu não faria isso. Eu te amo, Érica. Porém eu vou ter que te amarrar, não poderei permitir que você fuja de mim. E eu sei que você fugiria, pois quem você quer é o Davi. E ele está morto, agora somos só nós dois meu amor.

 

 

Amarrei Érica com os braços para cima. E fiquei alisando o seu rosto lhe admirando. 

 

 

MAX

As coisas poderiam ter sido diferente, se vocês não tivessem deixado eu cair naquele cilindro de soda.

 

ÉRICA

Não deixamos, foi um acidente. Nada poderíamos fazer.

 

MAX

Eu te salvei. Você também poderia me salvar se quisesse. Mas era o Davi que você queria, não é mesmo?

 

ÉRICA

Não, claro que não. Eu me apaixonei pelo o Davi depois.

 

MAX

(com ciúmes) Se apaixonou? Você nunca gostou de mim, mas é apaixonada por ele.

 

 

Abaixei a cabeça e depois a levantei com ódio no olhar. Era inadmissível todo esse amor que ela sentia por ele. Eu me preocupando com Ricardo, e o meu maior inimigo era o Davi.

 

 

MAX

No entanto agora o Davi está morto, e é comigo que você está?

 

ÉRICA

(chorando) Ele era teu amigo, porque você fez isso?

 

MAX

Ele não era meu amigo. Se fosse mesmo meu amigo não teria te tocado, te beijado, nem se casado com você. Era eu que deveria está vivendo essa história com você e não ele.

 

 

 Cortei as alças do vestido de Érica delicadamente, deixando-a apenas de calcinha. Eu desejava possuí-la naquele momento.

 

[FLASHBACK ON] 

Max se aproximou do banheiro feminino que estava de porta entreaberta. Érica passava as mãos pela a cabeça enquanto tomava o seu banho. Max a observava pelo o reflexo no espelho do banheiro.

[FLASHBACK OFF]

 

 

 Passeei a mão pelo o seu corpo enquanto ainda a mantinha amarrada.

 

MAX

Você é perfeita, e será agora toda minha.

 

 

 Antes que eu fizesse qualquer coisa com Érica, ouvi uma pancada na porta. Rapidamente a abracei com a faca sobre o seu pescoço.

 

MAX

Eu não vou deixar eles entrarem! Eles não vão tirar você de mim.

 

ÉRICA

(em prantos) Pelo o amor de Deus, Max! Está me machucando!

 

MAX

(alisando o seu rosto no rosto de Érica) Tudo isso vai acabar meu amor e a gente vai ficar juntos.

 

 

  A porta da sala arrebentou e para a minha surpresa, não era a polícia e sim Seu Baltasar que entrou na sala. Ele estava furioso e armado, deu um forte grito mostrando a sua língua que estava no toco. De longe era possível sentir o ódio que fervia no seu olhar.

 

 

MAX

Desgraçado, ainda está vivo?

 

 

Baltasar deu um tiro que acertou meu pé, fazendo me agachar no chão. Saí me arrastando procurando me esconder atrás de alguns moveis. Naquele momento ouvia a voz de Álvaro Azevedo se aproximando.

 

ÁLVARO

(off) Polícia! Max você está cercado, não tem como escapar. Saia com as mãos para cima, agora!

 

 

  Ao ouvir a voz de Álvaro, Baltasar deu um tiro no disjuntor de energia provocando uma explosão, deixando o ambiente escuro. Baltasar foi se aproximando de Érica que ainda se continua amarrada e em prantos.

 

ÉRICA

Por favor, me deixa sair daqui!

 

 

  Ele olhou fixo para ela implorando por ajuda. E antes de tomar alguma atitude foi recebido por mim que o ataquei. Mas desta vez sem o punhal, pois havia deixado cair depois de ter levado o tiro. Ataquei Baltasar no intuito de tomar a sua arma. Baltasar deixou a arma cair. Lutamos braço a braço, e aquilo me cansava. Baltasar carregava consigo o ódio e o desejo de vigar-se de mim. E por mais que eu tentasse não estava conseguindo detê-lo. Ele me empurrou deixando me cair no chão. E para minha surpresa, caí bem diante do meu punhal. Ele não se tocou disso e veio pra cima de mim. Foi recebido com um golpe certeiro em seu pescoço, arrancado seu último suspiro.

 

 

MAX

(ao enfiar a faca no pescoço de Baltasar) Vai para o inferno maldito!

 

 

 

 Joguei o corpo de Baltasar para o lado, pois ele havia caído por cima de mim. Levantei e me aproximei de Érica, ficando bem em sua frente. Mas no instante sentir a arma de Sara Capestrini encostando em minha nuca.

 

 

SARA

Não se mova! Vire-se de frente para mim!

 

 

  Eu estava cansado. Meu corpo já não estava mais aguentando tudo aquilo. Eu amava Érica mais do que a minha própria vida, mas naquele momento já estava me dando conta que era o fim de linha. Não dava mais pra fugir. Olhei fixamente dentro do olho de Érica deixando uma lágrima escorrer pela minha fronte.

 

 

MAX

Eu te amo meu amor! Ninguém nesse mundo vai te amar como eu.

 

 

 Depois de me declarar, levantei a faca com as duas mãos e a enfiei diretamente no meu peito e assim assinando a minha sentença. Deixando Sara e Érica perplexas diante daquela atitude.

 

  Max estava morto, tudo havia acabado. Tempos depois a ambulância foi chegando prestando os primeiros socorros em Érica. O carro do IML recolheu o corpo de Baltasar e e Max. Sara ao longe via tudo aquilo e ficava pensativa.

 

 

HUGO

(se aproximando) Você está bem?

 

SARA

Acabou Hugo. Esse foi o fim do Maxwell Lenzi. Braço Forte agora voltará a ser a cidadezinha pacata e tranquila de sempre.

 

HUGO

Meio difícil. A população ficou meio assustada depois de todo esse reboliço.

 

SARA

Não era ele que fazia essas coisas, era como se uma força maligna o controlasse.

 

HUGO

Que bobagem é essa Sara? Do que você está falando?

 

SARA

As conversas que tivemos no tempo em que ele esteve preso deram pra eu perceber isso. Ele não teria força para enfrentar tanta gente sozinho, apenas com o uso de uma faca. (T} Você está certo, acho que estou falando bobagem. (ao ver Érica) Precisamos ir lá avisar a moça que o seu marido não morreu.

 

HUGO

Verdade, nessa correria esquecemos de avisá-la que o Davi está internado sem risco de vida. Vamos lá doutora!

 

SARA

Vamos!

 

HUGO

A senhora fez um excelente trabalho. E agora voltará para o Rio de Janeiro?

 

SARA

Obrigada, o senhor também fez um excelente trabalho. Respondendo a sua pergunta. Não, aqui agora é o meu lugar. Vou ficando por aqui. E você?

 

HUGO

— Braço Forte é encantadora, mas o Rio de Janeiro ainda é a cidade maravilhosa.

 

 

 

“Existem certos amores que são impossíveis de se concretizar. Talvez a graça seja exatamente isso, por ser impossível é que a gente tanto deseja. Não cometeríamos pecados se esse não fosse tão atraente. E o meu maior pecado foi amar tanto uma pessoa, que fui capaz de odiar todo o resto da humanidade. Agora o que me resta é a sepultura, onde serei o alimento dos vermes que se saciarão com a minha carne”.


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Notas finais do capítulo

Obrigado a todos que leram a minha história.



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