Perto Demais Para Te Amar escrita por Jenny


Capítulo 19
Capítulo 19 - O verdadeiro herói




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Peter encarava o corpo de sua parceira jogado no chão. Era o fim de tudo que ele sonhara. De repente, ele se sentiu mais fraco, mais vulnerável.

Jennifer até podia ter tentado colocar um fim naquela situação, mas minha mãe avisara que aquele não seria o final. Ela disse que Peter procuraria por vingança, porém isso não estava acontecendo. Ele estava paralisado, provavelmente imaginando como deixara o poder escapar pelos dedos. Meu irmão se curava das feridas que o Peter o causara – os lobisomens conseguem fazer isso. Stiles ainda não retornara do banheiro e o Derek ainda estava inconsciente. Sobrara eu e o lobisomem.

– Você já teve a chance de ser aquilo que você sempre quis ser, - disse Peter olhando para o além – mas você a deixa escapar?

– Não, eu não costumo deixar as coisas escaparem – eu o respondi.

– Garota esperta. Mas eu se eu lhe disser que a vida é traiçoeira. Que cedo ou tarde, você vai perder algo que tanto quis.

Não que eu duvidasse, mas eu perderia para o Peter. Ele sabia disso, por isso a pressão. Ambos não estavam preparados para uma batalha física, por isso o mais sábio venceria aquele duelo. É como minha mãe sempre me falou: as palavras são uma arma, saiba tê-las ao seu favor que elas podem ferir mais do que punhais.

Num ato de paz, me sentei no chão e esperei que o lobisomem fizesse o mesmo. Quando estávamos sentados, frente a frente, respirei fundo e tentei falar algo. Tentativa em vão, eu não conseguia falar nada. Eu estava muito nervosa, meu coração bati a mil.

– Quando meu sobrinho ainda era uma criança, - Peter que começou a conversa – eu era um monstro.

– Você ainda é!

– Não posso discordar de você, meu anjo. Mas eu era pior. Um ódio tomou conta do meu corpo quando vi o amor da minha vida queimar viva. A imagem de seus olhos esverdeados em meio aquele desastre ainda me assombra toda vez que vejo meus olhos. Eu vi meu amor morrer.

– E eu vi minha mãe morrer, graças a você. Muito obrigada – eu tentava demonstrar que aquilo era uma batalha. Que eu conseguia ser fria como ele.

– Você não foi a única que perdeu alguém por minha causa. Clarice era uma boa moça, muito inteligente. Ela me lembra muito você. E eu a matei – ele disse com desgosto – Tirei a vida de uma garota inocente por inveja. E fui mais covarde em colocar a culpa no Chris.

– O que levou a morte da Jennifer... Bom, a primeira morte dela.

Eu enxergava um Peter diferente na minha frente. Não era aquele monstro que ele contava com tanto nojo. Ele estava diferente, mais humano. Assumindo seus erros, abrindo seu coração.

– Não acabou ai, Jenny. Eu consegui ser mais cruel com meu sobrinho. Uma pobre criança que chorava pela morte de sua amada. Como eu pude enxergar maldade naquilo? Pergunto-me isso todos os dias, mas eu consegui. Eu vi ali a chance de me tornar mais poderoso, mais forte.

– O que você fez com o Derek?

– Eu procurei um grande amigo que sempre entendeu de magia, se eu posso chamar aquilo de magia. Ele sabia como nos transformar numa única pessoa, num único pensamento. Criar uma ligação... Mas como na vida nada é de graça, Derek teria que pagar por um preço muito caro. Ele colocaria em risco a vida de sua próxima amada, a tornando parte da ligação. Acho que você já deduziu o que aconteceu.

Não podia ser verdade. Minha ligação com o Derek era fruto do egoísmo de um monstro como o Peter. Derek se apaixonou por mim, e se recusou em me contar. A única coisa que ele me dissera foi que minha vida corria risco. Foi nesse momento que eu percebi o quão fundo era aquele buraco.

– Espera! – eu disse, raciocinando todas aquelas informações – O Derek me disse que se ele morresse, eu morria junto. Isso quer dizer, se você morrer, o Derek morre...

– Parabéns Jenny! Você solucionou o problema. Eu não posso morrer.

Mais uma parte da profecia que minha mãe deixara fora concretizada. Alguém ganharia com sua inteligência, eu só não esperava que fosse eu. Nós não podíamos matar o Peter, isso causaria a morte do Derek, consequentemente a minha morte. Teríamos que aprender a controlá-lo.

– Tem como acabar com essa ligação? – eu perguntei.

– É bem provável que exista um jeito de acabar com isso, eu só não sei como. Eu poderia procurar meu amigo, ele deve saber como acabar com isso.

– Então nós vamos procurá-lo – disse Derek. Ele escutara toda conversa em silêncio para que nós não percebêssemos sua presença – Eu vou junto com você e nós vamos dar um fim nisso.

Peter olhou para seu sobrinho e o lançou um longo sorriso. Eu me sentia estranha com esse trato, algo em mim dizia que era uma péssima ideia deixar o Derek sozinho com um louco como o Peter.

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Despedidas. Uma das piores coisas já criadas pelos seres humanos. É difícil explicar uma despedida, as pessoas costumam se sentir diferente ao dizer adeus a outra. Uns ficam triste, pensando que nunca mais vai ver a outra pessoa. Outros pensam como um recomeço, por isso a tristeza é menor. Tem aqueles que ficam felizes. Eu fico devastada ao dizer adeus a uma pessoa.

Formando um círculo, Derek reuniu Stiles, Scott e eu. Ninguém disse uma palavra por pelo menos uns cinco minutos. Ficamos tentando raciocinar tudo que acontecera naquela noite. Dois amigos nosso morreram, e o Peter ainda podia causar a morte de mais dois.

– Deixe-me ir com você – disse meu irmão quebrando o gelo.

– Não Scott – disse Derek demonstrando superioridade – Alguém precisa ficar em Beacon Hills. Eu vou cuidar do Peter, mas nada nos garante que essa cidade ficará em paz. Além do mais, Jenny e Stiles precisam de você aqui. Principalmente a Jenny.

– Eu não preciso da ajuda de ninguém – eu retruquei – Pelo contrário, quero ir com você, quero ajudar acabar com essa maldita ligação.

– Vocês poderiam deixar eu e a mocinha aqui termos uma conversinha? – pediu Derek, fazendo sua cara mais fofa.

– Acho que isso não será possível – disse Stiles - Eu não consigo ver isso acontecendo.

Eu o olhei brava, como se o disse que ele não era meu dono. Ele retribuiu o olhar, mas não disse nada. Pelo contrário, assentiu e puxou o Scott para que eles saíssem de perto de nós. Meu irmão também me olhava, desconfiado depois que eu o contara tudo que acontecera entre Derek e eu. Antes de eles ficarem longe o suficiente, escutei meu irmão sussurrando:

– O que está rolando entre você e minha irmã? Eu não me importo de brigar com você de novo...

Voltei a prestar a atenção no Derek. Ele parecia escolher as palavras certas para expressar como estava sentindo em relação a tudo aquilo. Eu também tentei falar algo, mas eu não conseguia.

– Eu sinto muito – ele me disse. Talvez fosse a ligação, talvez fosse o momento, mas eu sentia o que ele estava sentindo: medo – Eu nunca escolhi te amar, simplesmente aconteceu...

– Simplesmente? – eu retruquei – Derek, nossa história é muito mais que isso. Todo aquele lance da Clarice, nossa conexão.

– Eu amo você, Jenny – disse o Derek – Mas eu não quero te amar, quero ser feliz. Quero libertar-me.

Era como se eu tivesse levado um soco no estômago e não pudesse revidar. Eu só conseguia vê-lo se afastando cada vez mais de mim.

– Então esse é nosso fim? – eu gritei em meio a lágrimas.

– Não existe um fim para algo que nunca aconteceu. Não existe Derek e Jenny. Nunca existiu e nunca vai.

Foi quando caiu minha ficha. Até aquele segundo, nós vivemos uma fantasia. Salvamos vidas, perdemos grandes amigos. Não faltaram aventuras em nossas vidas, mas chegara o momento de cada um seguir com suas vidas, sozinhos. Talvez a nossa saudade e nossa esperança de reencontro nos ajude nessa nova etapa. Doía admitir, mas eu ainda o amava. E no amor, existem duas dores:

A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor; a segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços. Eu já passara estas dores com o Derek, mas quando elas passam, começamos outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. E é ai que eu me encontro, na dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimentos especiais por aquela pessoa. Dói também... Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Passou ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Parece ser a mesma primeira dor, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que também sair de dentro de nós... E só então nós poderemos amar, de novo. E eu estava me despedindo dessa forma do Derek. Libertando-me.

–--------//---------

Naquela noite não consegui dormir nada. Antes de sair daquela casa, precisamos passar pelo Sheriff.

– Deixa que eu cuido deles – ele disse para seus companheiros – Vocês não iam assistir um filme?

– Nós íamos, pai – disse o Stiles depois de levar um peteleco na orelha do seu pai.

– Isso não me parece um filme...

– Senhor – eu o interrompi – Nós estávamos a caminho da minha casa, quando escutamos gritos vindos daqui.

Acho que o pai do Stiles gosta de mim, pois ele acreditou naquele discurso. Ou ele sabia que a história era bem pior do que parecia e que nós estávamos envolvidos de alguma forma. De qualquer forma, foi de bom aproveito o Sheriff nos proteger, ninguém queria passar a noite na delegacia respondendo perguntas sobre os corpos achados.

Fiquei na minha cama relembrando de tudo que acontecera desde a manhã que encontrei meu irmão inconsciente no chão da cozinha. Aquele abraço de amigo que o Stiles me dera até o último suspiro da Jennifer. Não parecia que havia passado um ano, mas passara. Como minha mãe dizia: o tempo voa. Falando na minha mãe, aquela profecia também não saia da minha cabeça. Chris foi o que morreu pelo seu grande amor; eu venci com a minha inteligência. Mas quem venceu com a força? Sim, teve muita luta, mas nenhum vencedor.

– Claro – eu sussurrei para não acordar meu irmão, que dormia num colchão do lado da minha cama.

Derek vencera com a força. Na verdade, ele ainda não venceu, mas num futuro bem próximo, ele usaria sua força, ainda mais com o Peter do lado. Ele era o verdadeiro herói.

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O sol atravessava a persiana branca do meu quarto. Eu olhei para o relógio e cheguei a conclusão que só dormira por meia hora. 7h50, e eu já estava acordada. O colchão vazio ao meu lado mostrava que eu não era a única acordada. Durante a noite inteira, encarei meu irmão dormindo profundamente, até parecia um anjinho. O Stiles dormiu no quarto do meu irmão – tudo porque meu irmão não queria deixar nós no mesmo ambiente.

Sentei-me na minha cama e fiquei olhando ao redor. Várias bonecas abandonadas nas últimas prateleiras da estante, cheias de poeira. Depois que completei doze anos, disse que boneca era coisa de criança, que precisava fazer coisas de mocinhas, como ir ao shopping sozinha com as amigas. Eu não estava errada, eu crescera e precisa agir como tal. Só que, naquele momento, me deu um aperto no coração de ver minhas bonecas daquele jeito, jogadas. Elas mereciam um final melhor que aquele.

Vesti-me o mais rápido possível, nada extravagante. Um short jeans e uma regata amarela. Eu queria algo prático porque eu estava preste a entrar numa nova luta. Empacotar todas minhas bonecas para doá-las para novas meninas. Elas poderiam viver novas aventuras, e quem sabe, trazer momentos felizes para suas futuras donas.

Já com um saco gigantesco até a boca de brinquedos, desci até a cozinha, onde encontrei meu irmão conversando com seu melhor amigo. Stiles tinha novos arranhões em seu rosto e nos seus braços – eles não estavam lá na noite passada. Ou estavam, eu não me lembrava. A noite passada fora tão agitada que os detalhes passaram despercebidos.

– Bom dia – eu disse. Ambos me olharam, espantados. Eles não esperavam que eu já estivesse acordada, ainda mais com um saco de brinquedos na mão. Desconfiada, eu continuei – Tudo bem como vocês?

– O que foi agora, Jen? – disse o Stiles, sorrindo. Fazia tempo que ele não me chamava daquele jeito – Virou o Papai Noel agora? Juro que fui uma boa criança e mereço um carrinho de presente.

– Isso não é para você. Eu quero dar um recomeço na minha vida, e nada melhor do que doando o que eu não uso mais para pessoas que vão usar.

– Mandou bem!

Meu irmão nos olhava com cautela. Tive uma pequena desconfiança que eles haviam conversado mais do que deviam. Ele deixou o prato na pia e veio até mim. Eu o olhava, procurando aprovação, mas ele não disse nada. Ele simplesmente me envolveu em seus braços e me apertou forte.

– Eu não vou atrapalhar vocês – ele sussurrou no meu ouvido.

Antes que eu pudesse o responder ou falar com Stiles sobre tudo aquilo, fui interrompida pelo barulho da campainha. Pela insistência e pelo horário, deduzimos que o assunto era sério. Fui até a porta e, com sutileza, abri a porta. Em meio a lágrimas, encontrei uma amiga desespera por respostas.

– Sei que ainda não completou 24horas – disse Allison, junto com a Lydia. As duas estavam de mãos dadas, temendo por aquilo que poderíamos dizer – Mas eu preciso saber de tudo. Tudo!

– Por que vocês não entram? Isso pode demorar um pouco – eu disse.

Allison ficou imóvel durante toda nossa conversa. De vez em quando, deixava uma lágrima ou outra escaparem, mas logo voltava a ficar séria. Quando citamos o nome do seu pai, Chris, ela se levantou e pegou sua velha mochila vermelha – eu nunca tinha a visto sem aquela mochila. Sem dizer uma palavra, colocou sobre a mesa um arco-e-flecha e uma arma.

– Calma aí, Allison – disse o Stiles, assustado.

Ainda calada, ela continuou vasculhando sua mochila atrás de algo importante. Quando achou, colocou sobre a mesa no meio das armas. Era um papel dobrado na forma de um coração, que vinha com uma assinatura: Chris A. Ela voltou a sentar e esperou que nós continuássemos com a história.

– Bom... Onde nós estávamos? – disse Scott.

– Quando vocês encontraram o Chris na casa do Peter – disse Lydia. Era a primeira vez que ela falava desde que chegara.

Eu simplesmente me desliguei da conversa e prestei atenção naquele papel. Allison ficou me olhando durante o resto da história, ela queria me dizer algo, dava para perceber pelo seu olhar – um tanto nervoso, um tanto misterioso. Sem chamar muita atenção, puxei o papel para meu colo e o abri com cuidado. Para minha surpresa, Chris escrevera aquela carta no dia anterior a sua morte, já prevendo que nunca mais veria sua filha.

Allison, seu pai sente muito por tudo que acontecerá na sua vida, mas não podemos mudar o passado, o que podemos fazer é planejar o futuro. E é isso que você deve me prometer que fará de tudo para se proteger; você deve se aliar as pessoas certas e aprender a se defender – o que, infelizmente, não tive coragem para te ensinar, achava que nunca aconteceria algo de ruim na nossa vida. Hoje me arrependo imensamente. Você deve procurar o Scott e seus amigos e aprender com eles. Seu pai nunca mais poderá te ajudar, pois hoje parto para uma batalha que não terá um final feliz. Seja forte e lembre-se: Nós”.

Percebi que falta uma parte de carta, talvez ele precisou fugir ou não teve coragem de escrever o final. Allison tossiu para chamar minha atenção, e quando meu olhar estava direcionado a ela, seus lábios começaram a se movimentarem, mas nenhum som saiu da sua boca; ela queria me dizer algo. Eu demorei a decifrar o que ela me dizia, mas consegui. Nós caçamos aqueles nos caçam. Era o final da carta, era a explicação para as armas que ela carregava. Ela queria fazer parte do nosso grupo, queria honrar o nome de sua família – que por tantos anos fora considerada a melhor quando o assunto era caça. Eu assenti para a garota como resposta aquela carta. Allison sabia dos nossos segredos e não tinha medo de fazer parte daquele mundo, nada mais justo que permitir sua presença.

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Meu irmão levou sua namorada até casa dela, e depois levou a Lydia – que agora também já sabia dos nossos segredos e fazia parte do nosso grupo. Eu fiquei na minha casa junto com o Stiles. Nós começamos a assistir um filme de zumbis, enquanto esperávamos o retorno do meu irmão. Eu encostei minha cabeça no ombro dele. Seus braços me envolveram e fiquei aconchegada em seu peito enquanto via o mundo sendo dominado por monstros que devoram os cérebros dos humanos.

– Você acredita em zumbis? – eu perguntei para ele.

– Depois de tudo que eu passei, acredito até num duende cor-de-rosa que mora numa casa de doces no meio do espaço – ele me respondeu, rindo do acabara de dizer – Você não?

– Parece bem perigoso esse seu duende.

Paramos de falar e voltamos a prestar atenção no filme. Dávamos algumas risadas no decorrer da história, mas nada mais que isso. Acho que nossas cabeças não estavam prontas para diversão. Depois que acabou o filme, continuamos naquela mesma posição e voltamos a conversar.

– Se você quiser, – ele puxou assunto – eu te ajudo com os brinquedos. Meu pai deve conhecer algum lugar que aceita doações.

– Seria muito legal – eu o olhei. Aquele sorriso torto que ele tinha me encantava, alegrava meu dia. – Como você ganhou esses arranhões?

– Isso? Não foi nada. Posso dizer que tive uma conversa com o seu irmão.

Eu arregalei meus olhos quando ele disse aquilo. Ele percebeu minha surpresa e continuou:

– Eu contei tudo, enquanto você conversava com o Derek... Não tudo, preferi omitir aquela noite. Seu irmão não precisa saber dos detalhes. Acho que se eu tivesse contado, não estaria aqui lhe contado isso.

– E o que ele disse? – perguntei, ansiosa.

– Depois de ele brigar comigo e me deixar nesse estado, prometeu nunca mais intrometer-se na nossa relação – ele sorriu quando disse aquilo – Nós podemos dizer que somos um casal agora.

– Isso quer dizer que você está me pedindo em namoro?

– O que você acha?

Eu achava que aquele momento era o melhor da minha vida. Que eu finalmente vencera todos os obstáculos daquele ano, e finalmente podia usufruir da felicidade que me cercava. Eu havia me fortalecido com aquelas experiências, e estava mais forte que nunca. Nada seria forte o suficiente para me derrubar. Aquele tinha sido um ano muito difícil, mas com garra, nós vencemos. E depois de tantas emoções, tantas lembranças, eu estava feliz. E para minha sorte, eu teria o amor da minha vida ao meu lado.


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