Perto Demais Para Te Amar escrita por Jenny


Capítulo 14
Capítulo 14 - O resgate de Jennifer


Notas iniciais do capítulo

gente, desculpa a demora, mas aqui está o novo capítulo (:
espero que todos vocês gostem



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Peter caminhava em círculos com uma faca na mão. A sede dele por sangue era visível. Suas garras já estavam aparecendo, em questão de minutos ele se transformaria. E, para o azar de Jennifer, isso não era uma boa coisa.

O lobisomem era o mais poderoso da cidade. Todos obedeciam a suas ordens. Nunca fora questionado sua liderança, até que um garoto fora transformado. Peter não fazia ideia que ao transformar Scott, ele corria risco de perder sua liderança para um pivete. Mas, como sempre, Peter tinha uma solução. Os sacrifícios estavam quase concluídos. Só mais duas almas e Hale seria, novamente, o mais poderoso da cidade.

– Oi? Oi? Peter tem como você pegar água para mim? Sabe ser sua prisioneira já não é fácil, mas ficar com sede é bem pior – disse Jennifer acorrentada.

– Aqui está. Mas não vai acostumando...

Peter continuou pensando, ele precisava agir o mais rápido possível. Não aguentava mais Jennifer ficar reclamando de tudo.

Stiles estacionou na frente da minha casa. Tudo parecia normal, e para minha sorte, meu irmão já estava em casa. Era estranha a sensação de não se sentir bem dentro da sua própria casa, mas era assim que eu estava me sentindo quando eu entrei na minha.

Scott estava sentado no sofá assistindo algum desenho animado. Desde pequenos, nós assistíamos desenhos quando nós tínhamos medo de alguma coisa. Eu me sentei do lado dele e segurei sua mão. Stiles se sentou na poltrona que ficava na frente do sofá. Nós ficamos assim por um bom tempo, até que meu irmão desligou a televisão e se virou para mim.

– Vocês descobriram alguma coisa? – ele disse.

– Jennifer me ligou mais cedo e com a ajuda do Sr. Stilinski, nós conseguimos localizá-la – eu disse.

– O problema agora é como vamos salvar ela. Porque só você é o senhor fodão – disse Stiles se referindo ao meu irmão – Eu e a Jenny somos míseros seres humanos. Bom, eu espero que sim...

Eu o encarei esperando que ele continuasse, mas nada. Stiles ficou encarando meu irmão até começar a babar.

– Stiles tem razão – eu decidi continuar a conversa – Nós não temos como salvar Jennifer só com a sua ajuda Scott. Peter é muito poderoso, e a cada morte, ele fica mais poderoso. Não podemos correr o risco.

– Não seja por isso, vamos chamar o Derek – disse meu irmão já pegando o celular.

– Eu não acho que seja uma boa ideia – eu disse olhando para o Stiles.

Meu irmão percebeu que algo estava acontecendo.

– Vocês tem algum problema com o Derek? – perguntou meu irmão.

– Não!

– Sim!

– Não! – eu gritei para o Stiles.

– Claro que você não tem nenhum problema com aquele monstro-sem coração-destruidor de lares- com um abdome definido. Pelo contrário, você fica se agarrando com ele – disse Stiles.

– Pera aí... Você andou se pegando com Derek? COM O DEREK? – disse Scott.

Ele estava com tanta raiva que seus olhos começaram a mudar de cor. Ele estava começando a se transformar. Stiles começou a conversar com ele para tentar deter a transformação, mas ele não obteve muito sucesso. Pelo contrário, ele fora arremessado para o outro lado da sala. Meu irmão correu até a porta e a arrancou.

– Eu vou matar aquele cretino. Se aproveitando da minha irmã.

– Você. Parado. Agora – eu disse - Primeiro, eu não sou mais uma criancinha, então eu posso beijar que eu quiser. Segundo, nós estamos no meio de um caos. Mulheres estão perdendo a vida. Nossa mãe perdeu a vida, seu bobo. Agora, senta sua bunda naquele sofá e me escuta. Nós vamos até a rua onde a Jennifer está presa e vamos salvá-la. Sem a ajuda do Derek. Sem a ajuda de ninguém. Você me entendeu?

– Sim senhorita. Nós vamos salvar a Jennifer.

Eu me sentia diferente. Era como se eu tivesse tirando 160 quilos das minhas cotas. Eu estava aliviada, pronta para acabar com tudo que estava acontecendo. Nenhum menino ia me impedir.

– Tem mais uma coisa que você precisa saber Scott, eu andei me pegando com o Stiles também. É por isso o ódio dele pelo Derek. Uau! É tão bom falar a verdade.

– O QUÊ?! – disse meu irmão já se levando e pulando no pescoço do Stiles, que tinha acabado de se levantar do arremesso – Como você fez isso com minha irmã? Volta aqui, eu vou te matar.

– Tchau meninos – eu disse saindo da casa.

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Eu fiquei no banco de trás do jipe esperando eles saírem da casa. Quando, finalmente, eles saíram, Stiles vinha com um saco de gelo sobre a cabeça. Um dos seus olhos estava roxo e com um corto logo embaixo. Meu irmão estava com a camisa rasgada e, só. Era óbvio que Scott ia acabar com o amigo, afinal, ele era um lobisomem (e o fato do Stiles nunca ter brigado antes também contava como vantagem para meu irmão).

Eles entraram no carro, o Stiles no banco do motorista e meu irmão do seu lado, sem dizer uma palavra. Eu estava com um pouco de pena do Stiles, mas ele que tinha começado a contar as coisas para meu irmão. E outra, eu também estava com raiva dele por causa do gelo que ele estava me dando. Eu tinha escolhido ele. Ok, o que eu fiz foi errado, mas acho que eu fui levada pela emoção do momento. E eu nunca tinha prometido nenhum compromisso para eles.

– Escuta aqui Jenny e traidor – disse meu irmão – eu vou descer primeiro e dar uma checada se vocês podem descer. Só descem depois do meu sinal. Vocês entenderam?

– Sim – eu respondi.

Scott desceu e nos deixou num silêncio profundo. Stiles ficou encarando a casa onde Peter estava e começou a suar. Ele provavelmente lembrou-se de sua mãe. O fato de não ter uma mãe do seu lado no seu crescimento afetou um pouco ele. Seu pai o amava isso era claro, mas é diferente. Uma mãe é uma mãe. Não tem como substituir. Ele se apegou muito a minha mãe enquanto a gente crescia juntos. Mas... Bom, vocês sabem.

– Você não devia ter contado para seu irmão. Ele não entende...

– Desculpa Stiles. Eu não estava pensando direito. Na verdade, eu não ando pensando direito há muito tempo. Eu sou egoísta, um monstro. Eu nunca quis te magoar. Sabe por quê? Porque eu também te amo Stiles. Eu nunca tinha percebido isso, mas é a verdade. Só que eu estava cansada de te esperar, cansada de ver você apaixonado pela Lydia. Eu esperei... Esperei por tanto tempo por alguém que não se sentia do mesmo jeito que eu sentia. A culpa é minha por ter acreditado numa fantasia. Mas, daí o Derek apareceu e começou a me chamar de Clarice, a única pessoa que ele conseguiu amar de verdade. Eu me senti atraída por ele, mas nada era comparado ao que eu sentia por você.

Eu já estava chorando. Era a primeira vez que eu conseguia por para fora tudo que eu estava sentido. Por um lado eu me sentia bem, finalmente meu melhor amigo sabia o que eu realmente estava sentindo. Mas por outro lado eu me sentia péssima. Stiles ainda não tinha falado nada e eu entendi como se nada que eu tivesse falado fosse importante para ele. Nós ficamos em silêncio até que meu irmão apareceu na janela.

– Ele está ai. Podemos ir. Vocês estão preparados? – ele disse.

– Sempre – disse o Stiles pegando seu taco de beisebol e saindo do carro.

– Você está bem irmã?

– Sim. Eu só estou um pouco nervosa. Sabe, tem um lobisomem assassino lá dentro.

– Eu vou te proteger – meu irmão disse me dando a mão.

Dentro da casa tudo parecia normal. A sala estava toda organizada como se alguma família estivesse esperando visitas para um chá no fim da tarde. Algumas revistas de noivas estavam esparramas sobre a mesa central. Nenhum sinal de sangue. Poderíamos dizer que era uma casa normal. Vai nessa.

– Ele sabe que a gente está aqui – sussurrou meu irmão – E ele não está sozinho.

Um moço muito musculoso começou a descer a escada. Ele parecia ter no máximo uns vinte anos, ele tinha algumas tatuagens espalhas pelo corpo e trazia consigo uma faca. Ele ficou nos encarando, principalmente quando Scott começou a se aproximar dele. Eu tentei segurar seu braço, mas minha tentativa foi em vão. Os dois já estavam se preparando para começar a se atacarem. Por mais feroz que meu irmão estava naquele momento, ele não ia ter nenhuma chance contra aquele brutamonte.

– Não solta a minha mão – disse Stiles pegando minha mão.

– Se nós fossemos invencíveis, se nós nunca pudéssemos morrer, então, todo mundo poderia se levantar contra e nós ousaríamos a lutar – eu disse apertando sua mão.

– Minha mãe dizia isso – ele me olhou e disse.

– Correm! – gritou meu irmão já se transformando – Tente achar a Jennifer e o Peter. Eu subo em três minutos.

Meu irmão mal terminou de falar e foi arremessado contra a porta. Vi um pouco de sangue saindo do seu nariz. Mas não me preocupei, afinal ele conseguia se curar sozinho.

– Ok, talvez cinco minutos.

No andar de cima, Jennifer estava jogada no chão, toda ensanguentada. Ela mal conseguia respirar, estava muito fraca. Eu corri para ajudá-la a se levantar. Stiles ficou na porta vendo se ninguém se aproximava da gente. Nós conseguimos descer para a sala, onde meu irmão segurava a cabeça do brutamonte.

– Não foi tão difícil assim!

– Uau! Cara, isso é demais! – disse Stiles comprimentando meu irmão.

– Meninos, eu acho melhor a gente correr. O Peter não vai demorar muito para mandar mais alguém pegar a gente... – eu disse.

– Não mesmo minha querida – uma voz me interrompeu, era o próprio Peter – Você sempre foi a mais sábia do grupo, pena que vocês não sabem aproveitar isso. Mas com o tempo vocês melhoram, eu acho... Meus parabéns Scott! Você está crescendo, deixando o papai feliz aqui. Agora esse bobão ai com um taco na mão, você também fez algo muito legal. Magoou meu sobrinho. Lindo!

– Cala a boca Peter – eu disse.

– Nossa pequena está nervosa. Ok, vamos encurtar a conversa. Vocês não vão conseguir sair daqui. Primeiro: vocês vão ter passar por mim. Segundo: ah, era só isso mesmo.

– É ai que você se engana, Hale – disse meu irmão.

Eu nunca tinha visto Scott daquele jeito. Uma fúria dominou todo seu corpo. Peter também estava diferente. Parecia uma luta de titãs, uma verdadeira guerra. Eles lutavam bravamente, até que meu irmão deixou Peter inconsciente.

– Mata-o – Jennifer sussurrou.

– Eu não consigo. Eu não posso.

– Então vamos embora – disse Stiles.

– Vamos – disse Scott.

Todos saíram, mas eu fiquei. Eu precisava fazer uma coisa antes.

– Seu monstro, agradeça que eu não consigo te mata, mas seu fim está próximo. Ah, e isso e pela minha mãe – eu disse guspindo nele.

Por um segundo eu pensei em matá-lo. O que de pior podia acontecer? Eu ser presa? Eu não tinha medo, mas algo me deteu. Alguma coisa dentro de mim não deixava eu me movimentar, era como se meus pés tivessem sido colados no chão. Uma voz muito familiar disse para mim: “você não é como ele”.

– Mãe?

– Não, sou eu. Stiles! Oi.

Stiles estava logo atrás de mim. Ele perguntou por que eu tinha ficado para trás. Eu disse que não sabia.

– Eu acho que minha mãe está tentando se comunicar comigo. Você acredita nisso?

– Jenny, eu acho que você está cansada. Foi uma loucura hoje, ou todos os últimos dias. Além do mais, isso é loucura. Mortos não se comunicam com vivos.

– Você acha que eu sou louca, né?

– Não, eu não acho. Eu acho que você precisa descançar. Assim como qualquer um. Vem, o Scott está nos esperando.

Talvez o Stiles tivesse razão. Talvez eu estivesse cansada, mas, ainda sim, eu sabia que minha mãe queria me dizer alguma coisa. O que era eu ainda não sabia. Mas, eu ia descobri. Nem que fosse a última coisa que eu fizesse.

Derek não aguentava mais ficar lembrando-se de Clarice. Ele sempre acreditou que a família Argent havia matado seu único amor. Mas, ele não entendia como eles podiam ter matado Clarice e ajudado a libertar ele nos últimos dias. Ele só podia fazer uma coisa para tirar esse peso das costas, e como se tratava de Derek, ele ia fazer.

– Bom dia. Como posso ajudá-lo? – disse um homem ao abrir a porta.

– Oi, você é Chris Argent? – disse Derek do outro lado da porta.

– Sim, esse sou eu.

– Meu nome é Derek. Derek Hale.

Um silêncio envolveu o ambiente. Havia muito tempo que os dois não conversavam. Eles tinham tantas coisas para conversar, mas ambos eram orgulhosos demais para procurar um ao outro.

– Eu sei que você não esperava me ver aqui na sua casa, mas eu preciso saber de uma coisa. Por que você nos ajudou?

– Jenny veio atrás de mim. Ela me mostrou cartas que eu escrevi para Jennifer, quando ela ainda estava viva. Ela sabia que eu podia ajudá-la.

– Jennifer? Jennifer está viva. Não 100% viva. Ela não possui uma alma, mas ela está viva.

– Minha Jennifer? Viva? Ok Derek, o que você quer?

– Quem matou Clarice? Foi você?

– Não, não fui eu. Foi Peter Hale. Peter Hale.

Por que Derek nunca tinha pensado nisso? Seu tio nunca havia aprovado o ramance dos dois. Mas, matar? Bom, isso era a cara do tio.

– Eu não acredito no que eu fiz você passar. Eu não sabia. Desculpa-me.

– Tudo bem Derek. Você não sabia.

– Eu acho melhor eu ir embora agora. Mas, acredite em mim, Jennifer está viva.


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