Perto Demais Para Te Amar escrita por Jenny


Capítulo 10
Capítulo 10 - A verdadeira Jennifer




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– Eu não acredito – repetia Melissa enquanto era consolada por Peter.

– Mãe, eu juro, eu vou salvar a Jenny nem que seja a ultima coisa que eu faça – Scott falou para sua mãe, mas no fundo ele dizia isso para si mesmo.

Os cinco tentavam arrumar um jeito de salvar Jenny, mas qualquer plano apresentava uma falha. Eles nem sabiam para onde Jennifer tinha levado a garota.

– Eu acho que eu posso encontrá-la – disse Derek enquanto se curava do ferimento que o inimigo tinha causado – Mas pode ser perigo.

– O que a gente precisa fazer? – Stiles disse.

– Esperar. Quando for o momento, eu vou conseguir me comunicar com ela – respondeu o lobisomem.

Meu único pensamento naquela noite era sobreviver.

Jennifer me levou para uma casa no meio do nada. Sua aparência era como as de filmes de terror. Janelas quebradas, jardim mal cuidado e portas despedaçadas. Ela me disse que era o único local que poderia viver sem ter que se preocupar com ataques dos caçadores. Nunca entendi o porquê dos lobisomens sempre se referirem dos caçadores se, desde que eu os conheço, nunca houve um ataque dos caçadores. Derek me jurou que eles estão dando um tempo por motivos pessoais. Quando perguntei que motivos, Derek mudou de assunto.

Fiquei trancada por horas num quarto no final do corredor principal da casa. Meu único companheiro era um pássaro amarelo que dormia no fundo de sua gaiola. Ele era cego de um lado, por isso, toda a vez que eu passava próximo a ele, ele tentava me atacar.

Comecei a cantarolar enquanto mexia em tudo daquele velho quarto. Numa escrivaninha próxima a janela, eu encontrei várias poesias assinadas por Chris A. Todo começo ele dedicava a mulher que carregava sua filha. Pensei que aquilo poderia ser alguma pista para o passado de Jennifer, ou não. Mas, mesmo assim, decidi guarda algumas na minha bolsa.

Estava começando a ficar impaciente quando o homem/lobisomem entrou no meu quarto e pediu para que me dirigisse até o escritório da rainha. Ainda não entendi o motivo de rainha, mas nada ali fazia sentido mesmo.

O escritório até que era arrumadinho. Tinha algumas cadeiras esparramadas pelo ambiente e um tapete manchado de vinho no centro. Bem lá no fundo, sentada atrás de uma mesa, Jennifer me esperava enquanto bebia uma taça de vinho.

– Aceita um pouco, querida?

– Não.

Demorou um pouco para que nós começássemos a conversar. Nesse tempo reparei nos nomes fixados nas paredes da sala. Todos de mulheres. Aquilo vez com que eu ficasse arrepiada.

– Qual delas será a escolhida?

– Como você é nojenta. Qual é a vantagem disso tudo? Você ganha um novo corpo e conseguir sua vingança? Sério?

Jennifer começou a gargalhar, daquele estilo bruxa mesmo, que vez com que o homem/lobisomem acordasse do cochilo.

– Minha querida, por que você não descansa um pouco e depois a gente continua nossa deliciosa conversa?

De volta ao quarto, eu tentei relaxar um pouco, mas eu garanto a situação não ajudava muito. Uma leve chuva começava a cair do lado de fora. Era o momento perfeito para dormir um pouco, por isso fechei meus olhos.

“– Jenny presta atenção. Eu não sei se isso vai funcionar, e se funcionar eu não sei se isso vai acontecer de novo. Bom, eu preciso de todos os detalhes que você conseguir me passar da onde você está. Esse é o único jeito de eu conseguir, ok Scott, da gente conseguir te salvar. Então continue dormindo e só acorde quando eu mandar. Não se preocupe você não está louca – Derek falava dentro da minha cabeça. Demorou uma meia hora para ele continuar – Ok, eu acho que sei onde você está. Só me prometa uma coisa, continue respirando”.

Acordei. Eu ainda não entendi como o Derek conseguia entrar na minha cabeça, mas isso fosse me salvar, seja bem-vindo. Do lado da minha cama, Jennifer lia um livro. O homem/lobisomem continuava dormindo, só que agora, na porta do meu quarto. Fiz um barulho para que ela percebesse que eu havia acordado.

– Bons sonhos? – ela me perguntou como se soubesse que eu estava “sonhando” – Espero que sim, minha querida. Mas, voltando ao que realmente importa, nosso tempo está esgotando. Preciso de mais duas almas femininas para que eu possa voltar.

– Sério que você está me pedindo para escolher uma mulher para morrer? Você não tem coração?

– Eu tinha. Até que ele me roubou.

– Quem é ele?

– Não vem ao caso. Você terá até amanhã cedo para escolher.

Novamente fiquei sozinha naquele quarto. Eu esperava pelo resgate dos meus amigos, mas quanto mais tempo ia se passando, mais sem esperança eu ficava. Talvez, eu devesse escolher uma garota e tudo ia passar. Mas, só de saber que alguém morreria por causa de mim, doía meu coração.

Procurei pela estante de livros algo para ler, mas nada me chamou a atenção. Mesmo assim, continuei folheando eles. No meio de um livro velho, sem capa e com vários rabiscos no decorrer das folhas, encontrei um pedaço de papel com a verdadeira história da Jennifer. Comecei a ler.

Em meio a lagrimas, conto a história da mulher que carregava minha filha. Jennifer sempre foi perseguida pela minha família, que se dominam como caçadores. Eu tinha, como obrigação, seguir os passos dos meus ancestrais, mas eu encontrei o amor da minha vida. Nunca imaginei que após de ser condenado por um crime que não cometi a morte de Clarice, eu fosse continuar sendo perseguido pelo meu pai. Ele me expulsou dos caçadores, e por um momento, fiquei feliz.

Minha amada tinha acabado de descobrir que estava grávida. Nós seriamos uma família, se não fosse o ódio de meu pai. Ele conseguiu destruir o que tinha sobrado da minha infeliz vida. Só conseguimos salvar o bebê, que hoje é uma linda menina. Mas, Jennifer não resistiu.

Choro a cada momento que pego pensando nos momentos que compartilhamos. Chris A.

Essa Clarice era o amor da vida do Derek? Jennifer estava tentando voltar para pode conhecer sua filha? Esse Chris, realmente, não cometeu nenhum crime? Eram tantas perguntas que eu estava ficando inquieta. Fui até o quarto da Jennifer.

– Como ela chama? É por isso que você deseja voltar tanto? Para conseguir ter o contado com a sua filha?

Percebi que a assustei com todas as perguntas. Ela não conseguia me responder.

– Como você sabe disso tudo?

– É verdade que o Chris não matou a Clarice? Porque, meu amigo Derek, o culpa pelo crime.

– Chris nunca faria mal a uma formiga. Ele não matou ninguém. Eu juro.

Naquele momento, eu não sabia em que confiar. Eu estava ficando com a cabeça cheia de tanta mentira.

– Jenny, eu nunca matei ninguém. Eu confesso que desejo voltar a viver para conhecer minha pequena princesa, mas não tiraria a vida de inocentes para isso. Não sou eu que mato. É tudo um disfarce. O verdadeiro assassino me obrigou a mentir, e em troca, eu teria minha família de volta. Minha vida de volta.

– Se você não está matando, então que está comandando os sacrifícios?

– Peter Hale.

Derek dirigia pelas ruas desertas da pequena cidade enquanto seu tio lhe orientava. No banco de trás, Scott, Melissa e Stiles planejavam como iam invadir a residência de Jennifer.

– Eu não me lembro dessas ruas – Derek reclamava para seu tio.

– Relaxa. Eu tenho certeza que é por aqui. Está vendo ali?

Peter apontava para uma casa em pedaços. Derek ainda não concordava com seu tio, mas talvez a ligação com Jenny tivesse falhado.

Todos entraram preparados por um ataque, mas nada aconteceu. Pelo contrario, parecia que só tinham eles na casa.

– Ela deve ter descoberto e fugiu com a Jenny – disse Stiles sentando no sofá.

– Espera ai, eu já estive aqui. Foi naquela noite que tudo começou, quando fui transformado. Quando fui pego, me trouxeram até aqui. Peter estava comigo – disse Scott.

– Falando no Peter, cadê ele? – Melissa continuava procurando.

De repente, Peter começou a descer as escadas. Ele trazia consigo um exército de lobisomens.

– Estou aqui. E para informação de vocês, não vamos salvar Jenny McCall. Pelo contrário, vamos matá-la.


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