A Menina Que Via Mortos escrita por Yas e Dé


Capítulo 12
Cortes


Notas iniciais do capítulo

Foi rápido agora né? bom eu caprichei muito nesse... e eu estou muito triste vocês não comentam, então agora é o seguinte para o proximo capitulo ser postado quero pelo menos 5 comentários ou uma recomendação ( que eu acho que mereço).......nos vemos lá embaixo



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Subo até meu quarto.

–O que você está fazendo aqui?!

Digo ao perceber que minha avó está no meu quarto.

–Oi Liza, estava com saudades de você, onde você estava?

–Não te interessa, agora me diga o que você faz aqui?

–Acho que você deve querer ver isso.

Ela me entrega um papel

–O que é isso?

–O atestado de óbito e o meu julgamento.

Abro o atestado de óbito:

“ Jonh Green morreu ás 22:00 do dia 11 de setembro de 2006, com uma facada no peito”

O papel do julgamento:

“A réu Sarah Green é acusada de matar Jonh Green. Assim que analisamos o caso, foi confirmado que ela agiu em legitima defesa, já que seu marido Jonh Green estava alcoolizado e ameaçou mata-la, nisso ela transferiu uma faca em seu peito, o matando. O júri analisou o caso e as provas e decidiu que a réu Sarah Green é inocente. Apenas com a pena de prestar serviço comunitário por dois ano.”

Não! Não pode ser! Meu avô não bebia eu me lembro! Ele não bebia!

–Acredita em mim agora?

–Não.

–Mas, por quê? Você leu eu sou inocente!

–Quantas vezes você transou com o juiz, em?

–Como você pode pensar isso de mim Elisabeth!

–Não posso falar a verdade.

–Isso não é verdade!

–E isso também não!

Digo balançando os papéis na frente de seu rosto.

–Meu avô não bebia!

–Você estar certa ele nunca foi de beber mas, fazia 5 anos que seus pais morreram, ele estava com muita saudade da sua mãe, eles eram tão apegados, ele acabou saindo e foi beber. Deve ter exagerado e se descontrolou.

–Algum motivo ele deve ter tido para te matar. Eu por exemplo tenho um monte.

–Liza....

Eu levanto a mão a interrompendo.

–Não quero explicações e pode dormir tranquila eu não vou te matar, pelo mesmo por enquanto.

Dou uma risada maléfica e aponto para que ela se retire do meu quarto. Assim que ela saiu do meu quarto, me jogo na cama e começo a chorar.

Não ele não poderia fazer isso comigo, ele não bebia! Meu cérebro diz para acreditar na minha avó, “Ela tem provas!” a minha cabeça fica repetindo mas, já meu coração “Não, não, não, ele não bebia, ele nunca tentaria matar ninguém!” ele repete, agora me diga quem você escutaria? Seu coração ou seu Cérebro? Ela tem provas mas, eu tenho sentimentos e lembranças. Todos que me amavam morreram, tudo começou com meus pais, depois foi o Frederick que sumiu e agora meu avô.

“E o Benjamim não conta, não?”

O Benjamim o cara mais fofo e lindo do mundo? Conta, conta sim mas, eu me referia a meus familiares, me referia a minha família, todos se foram. Todos me deixaram, todos, todos que eu amava. Se não fosse o Ben me sentiria só, ele é incrível, consegue colocar um sorriso nos meus lábios mesmo quando eu estou a mais depressiva possível. Muitos pessoas tem medo da morte eu não tenho, eu tenho medo da solidão, a solidão se assusta me dá medo, você viver com ele é a pior coisa do mundo, você se sente horrível! Não poder compartilhar um sorriso, uma piada por mais sem graça que for, sem abraços, sem beijos, sem risadas de hiena, sem amigos loucos, sem amigos, sem família, sem AMOR. Muitas pessoas não percebem o bem que faz sorrir para uma pessoa, o bem que faz um simples Bom dia, posso lhe informar que é ótimo, é incrível. O simples ato de sorri muda o dia da pessoa que vive numa solidão, aí muitas vezes essa pessoas que vive na solidão acaba entrando numa depressão, tem vontade de se cortar, se matar, resumindo não tem mais vontade de viver. Acaba se trancando no quarto e desaba no choro. A solidão, o desprezo, as palavras, coisa as que doem muito, rasga a alma, machuca o coração, corrói o amor. Mas, é tão bom quando você tem com quem contar, pessoas que fariam de tudo para simplesmente um sorriso brotar em seu rosto, para simplesmente te ver feliz. E nesse exato momento sinto o chão desabar embaixo dos meus pés, sinto como se nada mais fizesse sentindo, para que a vida serve além de te fazer cada vez mais sofrer? PARA QUÊ? Além de te destruir. As pessoas te destroem mais com palavras do que com socos e tapas. Socos curam, palavras te marcam a vida toda. E agora as lágrimas não param de sair dos meus olhos, me sinto só, a dor no meu coração me mata lentamente, como tirar essa dor do meu peito?! Sinto minha alma corroer de dor. Meu avô não pode ter feito isso comigo! NÃO! Não tem mais escapatória, eu tenho que voltar ao passado e fazer o que eu sempre fiz quando sofria, me cortar.

Desci as escadas e fui até a cozinha, era 20:00, daqui a uma hora Benjamim chegava. Peguei o estilete na gaveta e lentamente levei até meu pulso, cortei lentamente vendo o sangue escorrer pelo meu pulso, o cheiro de ferrugem inundava minhas narinas, um sorriso brotou no canto do meu rosto e mais um corte foi feito, só que agora mais profundo, eu não sentia dor, ao contrário eu tinha aquilo como uma maneira de tirar a dor que inundava minha alma. O terceiro corte foi feito mais comprido e profundo, o sangue começava a pingar no chão frio da cozinha, o silêncio enchia a sala e os cortes melhoravam minha alma.

Limpei o chão e meu pulso, junto com os novos cortes apareciam as velhas cicatrizes que seguiriam comigo a vida toda, me lembrando das minhas fraquezas que resultaram em cortes. Fui até meu quarto e tirei minhas roupas para tomar um banho. A água foi passando lentamente pelos meus músculos contraídos e doloridos, a água quente fez meus cortes arderem e voltarem a sangrar, desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha. Escolhi minha roupa, um vestido na altura do joelho preto, uma jaqueta preta (para esconder os cortes) e um salto preto. Maquiagem o mais simples possível.

21:15 foi quando ele chegou.

–Oi. – eu disse ao abrir a porta e vê-lo.

–Oi Bichinha, pronta pra festar!

–Com certeza.

Ele me puxa pelo meu pulso machucado e eu solto um gemido.

–O que foi? – ele pergunta.

–Nada, nada, não – digo puxando meu pulso.

Ele puxa um braço e levanta a manga do meu casaco.

–O que é isso!?

–Nada.

–Nada! Se cortar não é NADA!

–Calma.

–Você tá louca! Por que você fez isso!?

Eu comecei a chorar, ele me abraçou forte.

–Désolé. – ele disse.( Desculpe) – É que saber que você está se mutilando, me fez sentir culpado.

Eu o encarei.

–Mas, você não tem culpa.

–É claro que eu tenho. Eu não estava com você para te impedir, para te abraçar, pra te aconselhar, para te ouvir..... eu não estava do seu lado.

Eu abracei ele forte.

–Désolé., Désolé, Désolé, Désolé – ele diz – Me desculpa.

–Eu não tenho o que te desculpar, você não teve culpa, foi apenas um momento de desespero.

–Eu prometi te proteger, e eu não cumpri.

–É claro que cumpri, você é incrível Ben!

Ele abaixa a cabeça.

–Por você ser incrível e muito mais motivos, - fiz uma pausa e levantei seus olhos fazendo ele olhar nos meus olhos- é que eu me apaixonei por você.

Os olhos dele brilharam e um sorriso brotou do seu rosto que antes era cheio de preocupação e culpa.

–Se você está apaixonada por mim me prometa uma coisa.

–O quê?

–Nunca mais se cortar.

–Prometo

– Eu estou falando sério, nunca mais quero que você se corte, você não sabe a preocupação que eu fiquei, o desespero que me deu em ver seus cortes....

Eu o beijei.


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM? Desculpa para os que comentam sempre por fazer isso mas é que eu adoro quando vocês comentam mesmo que for para criticar comentem! E eu aceito recomendações! Se lembre 5 comentários ou uma recomendação, se quiser também pode ser os dois kkkkkk
~Coca-cola~



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