Eu não parava de sorrir, eu estou gostando dele de verdade, só que tudo é tão complicado, tenho medo dele não acreditar em mim e me odiar, mas, ao mesmo tempo quero corre para seus braços e ser amada. Não entendo minha avó. Qual é a graça de ser médium? Sério eu ainda não descobri. Subi até a casa na arvore e encontrei Benjamim sentado no sofá comendo.

-Tá com fome bichinha?

-Sempre gato.

Começamos a rir e ele me alcançou um sanduiche. Me sentei ao seu lado.

-Desculpa – eu digo.

-Pelo quê bicha?

-Por te fazer sofrer.

Abaixo a cabeça e ele levanta a mesma lentamente com as mãos.

-Você não me faz sofrer, Liza, só o simples fato de estar ao seu lado já me faz muito feliz. Eu sempre te amei.

Coro e ele sorri.

-Só me dê um tempo tá?

Ele assente e eu encosto minha cabeça no seu ombro.

-O que você vai fazer agora? – ele pergunta e o encaro.

-Sobre o quê?

-A sua avó, pretende voltar para casa?

-Acho que sou obrigada, não tenho outro lugar.

-Se você quiser pode ficar na minha casa.

-E seus pais?

-Eu moro sozinho.

-Humm, não sei, acho que pode ser. Mas, antes tenho que voltar a falar com ela.

-E se ela estiver falando a verdade, Liza. E se ela não tivesse culpa? Peça para ver o atestado de óbito.

-Não sei algo me diz que ela está mentindo, é como se fosse um pressentimento.

-Tudo bem, não vou mais discutir sobre isso.

-Obrigada.

Meu celular começa e a tocar e eu atendo. É o Fred.

Ligação ON

-E aí pequena! Tá melhor?

-Sim Fred.

-Claro com uma ligação dessa hoje que não ficaria, em?

Começo a rir. Benjamim suspira e se levanta.

-Mas, e aí como conseguiu meu numero?

-Tenho meus contatos pequena.

-Fred?

-Tá desculpa, da próxima vez eu não entro na secretaria escondido e olho sua ficha escolar procurando seu numero telefônico.

-Fred!

-Eu já pedi desculpa! Se você visse minha cara agora seria de arrependido e cachorro abandonado querendo te chamar para sair.

-Como?

-Mas, que lerda! Eu te chamei para sair criatura!

-Hummm.

-Vai ter uma festa na casa do Caio, topa?

Olha para os lados, Benjamim não está deve ter saiu.

-Tá eu vou.

-Oba! Você quer que eu te busque?

-Não precisa, nos encontramos na festa as 21:30, tá?

-Sim! Tchau.

-Tchau.

Ligação OFF

Me levantei e fui procurar o Benjamim.

-Onde essa criatura divina se meteu?

Desci até o lago, ele estava sentado apenas com os pés submersos na água. Me aproximo dele.

-O quê aconteceu, bichinho?

-Cansou de falar com seu amiguinho?

-Benjam..... – para garantir não vou dizer o nome dele – Ben Thompson, você tá com ciúmes do Fred?

-Não, por que estaria com ciúmes dele? O cara só está dando em cima da minha garota.

-Sua garota?

-Eu te amo caralho! – ele se levanta – Quantas vezes vou precisar repetir!

Ele começa a se aproximar de mim e eu começo a rir para trás, até que minha costas se batem contra a árvore.

-Você é minha Bichinha, minha.

Ele aproxima seus lábios dos meus mas, nos ultimo segundo desvia e vai para meu pescoço me fazendo arrepiar com uma trilha de beijos que passa da minha clavícula, vai para o pescoço todo, segue para minha bochecha e se aproxima dos meus lábios dando selinhos nos mesmos. Passa suas mãos pela minha cintura me envolvendo em um abraço.

-Benjamim.- digo

Ele sorri.

-Com todo prazer.

Ele me puxa para mais perto de si e nossos lábios se encontram em uma perfeita sincronia. Seu beijo é ardente, isso não é nada certo mas, pouco me importo agora apenas quero estar em seus braços e senti o calor de seu toque no meu corpo. Aprofundo o beijo e ele corresponde aprofundando mais ainda, eu estou no entre a árvore e ele, ele para o beijo com selinhos e sussurra no meu ouvido:

-Você me deixa louco.

Eu sorriu.

-Quer ir junto comigo par festa na casa do Caio? – ele pergunta.

-O Fred me convidou.

Ele suspira e se afasta. Eu o sigo.

-Sempre ele.

-Pode deixar eu terminar de falar!?

-Fala então!

-Eu quero ir com você estrupício!

-Como?

-EU QUERO IR COM VOCÊ ESTRUPICIO! Você escutaria se me deixasse terminar de falar.

Ele sorri.

-21:00 você, na minha casa. Agora eu preciso ir.

Pego as chaves do meu carro e dou um beijo em sua bochecha.

-Até logo.

-Até logo.

Sigo até minha casa.

Entro em casa e jogo as chaves na mesa.