POV HARRY

Um ano depois, exatamente como no anterior, estava la Harry realmente feliz pela presença de sua prima. Não suportava ser tratado com desprezo pelos Dursley, e ela e sua avó eram as únicas pessoas que realmente se importavam com ele, fazendo sentir amado. Porém pouco menos de um ano após essa visita, a senhora veio a falecer. June estava na casa dos Dusley como medida  provisoria e dormia no antigo quarto de brinquedos do Duda. Nessa época Harry se sentiu muito mal pela amiga, ela não era como antes, sorridente e atrevida, parecia acabada e muito mais velha do que realmente era. E os gritos da discussão entre o tio Valter e tia Petúnia apenas pioravam a situação. 

Se ele que dormia embaixo de uma escada um andar abaixo conseguia ouvi-los, imagina a garota que dormia no quarto ao lado. As discussão sempre eram sobre o mesmo assunto, onde June iria viver, Petúnia alegava que sempre desejou uma menina e que estava cansada de viver entre homens, mas Valter tinha pulso firme e dizia que não iria admitir mais uma aberração dentro da casa dele. - "Aberração? Tudo bem não gostar da gente, mas aberração já não é demais!" - Alguns dias depois finalmente houve uma decisão, ela iria para um orfanato e eles iriam todos os anos visita-lá até mesmo se fosse adotada.

Como o prometido eles foram visitar ela no orfanato, mas devido a um estranho acontecimento seus tios proibiram Harry de ir la novamente. No ano seguinte após a casual visita tia Petunia voltou chocada, não acreditava no que tinha ouvido. Com medo de ser responsabilizado por algo que não fizera resolveu ficar calado e apenas admirar o caus que se espelhava pela residencia dos Dusley. 

Porém logo foi informado do ocorrido, June exigiu a presença dele em suas visitas, e afirmou que se eles não permitissem nem era mais necessário a visita deles. Ficou chocado e ao mesmo tempo feliz pela noticia, nunca alguém defendeu ou desejou tanto a presença dele, mas sabia que depois disso os Dursley não há visitariam mais, e que com certeza ela se arrependeria de escolher a solidão no orfanato.

A partir daqui como todos já sabem, Harry levou o tio a loucura quando foi apresentado ao mundo magico. Ingressou em Hogwards, fez amigos, entrou na Grifinória como os pais, e até mesmo participara de um jogo de Quadribol, alcançando o pombo com uma incrível destreza com a vassoura.

Um dia, quando estava conversando com Hagrid, tentando descobrir mais sobre a Pedra Filosofal, escutou aquilo que jamais imaginara.

- Você foi realmente espetacular, nunca imaginei que teria tanta habilidade com a vassoura. E sabe pensei que você seria bom em poções como sua mãe Harry, mas vejo que você puxou muito do seu pai, é realmente muito curioso e entrometido se quer saber, hun.. Imagino então será que a filha de Lucy vai seguir os passos da mãe...

- O quê??? - Perguntei indignado, pensei que tinha escutado errado, a filha de Lucy?? - Vocês esta falando da June? Ela é uma bruxa também, ou melhor, a minha tia foi uma bruxa?

- Quem é June Harry? - Perguntou Hermione confusa.

- June? Então esse é o nome dela.. A simsim, sua tia entrou alguns anos depois de Lily, foi realmente uma surpresa sabe? Não é comum duas nascidas trouxas da mesma família.

- Então.. Ela também vira? Incrivel!

- Bom eu não posso dar certeza, até porque se não me engano seu pai também era trouxa, mas as chances estão a favor dela se quer saber. Agora voltem ao castelo, esta ficando tarde e não quero ninguém metido em encrencas.

Quando voltou ao castelo Harry teve que responder as  perguntas de Hermione e Rony e então contou toda a história. 

Estava muito feliz, queria muito mandar uma coruja contando toda a verdade, mas percebeu que isso poderia tirar a "magia" do momento que se descobre que é um bruxo. Então resolveu esperar, com certeza próximo ao inicio do ano letivo ela receberia sua carta de entrada a Hogwards, e ele finalmente a parabenizaria e agradeceria por confrontar seus tios por ele.

O ano seguiu o mais normal possível, Harry acabou por enfrentar seu professor de Defesa contra a Arte das Trevas, que estava em busca da Pedra Filosofal. Com a ajuda de seus amigos, ele passou por várias barreiras protetoras postas pelos próprios professores de Hogwarts, afim de proteger a pedra daqueles que desejam a volta do Lord, e até mesmo daqueles que desejam a utilizar maleficamente. No fim Dumbledore resolveu acabar de vez com a pedra. 

Quando Harry voltou para a casa dos Dursley, recebeu uma ligação de seu amigo Rony, bom na realidade não recebeu, pois para seu azar seu tio Valter atendeu o telefone e ficou abismado com o volume que o garoto falava. Sabendo que a ligação era para Harry ele o colocou de castigo, proibindo de receber ligações e de mandar cartas aos amigos.

Como a família temeu a espionagem das "aberrações" Harry acabou ganhando um novo quarto, aquele que anteriormente era o lugar onde seu primo guardava os inumeros brinquedos e que mais tarde havia servido de refugio para sua prima após a morte da avó.

"Não vou poder mandar a carta para ela... como vai saber que também estou em Hogwards e mesmo se souber, vai achar que não me importo" - Harry andava de um lado pro outro de seu novo quarto especialmente bagunçado.

Acreditava que seus tios não o perdoariam dessa vez não o deixariam voltar, seu malão estava no seu antigo quarto trancado, e provavelmente ali ficaria para sempre. Havia grades na janela que ele ja havia por varias vezes tentado se livrar, mas sabia que seria impossível. Logo chegaria o dia do ingresso no expresso e ele ficaria para trás.

Deitou em sua cama furioso tentando fugir da triste realidade. Quando ouviu um barulho.

- Harry!!

Logo reconheceu a voz do seu amigo! Mal podia acreditar, levantou-se rapidamente e deu uma tímida olhada pela janela. Lá estava Rony, dentro de um... aquilo era um carro? Um carro que voava ainda por cima!

- O que você esta fazendo aqui? E qual é desse carro? - Perguntou já temendo seu Tio no quarto ao lado.

- Fiquei preocupado, você não respondia as minhas cartas. E o que me diz do aviso do ministério?? Sabe que não podemos fazer magia fora da escola!

- Como pode Harry, Roninho ficou com saudades.. -  Disse alguém que logo reconheu ser Fred.

- Por favor não destrua o coração de nosso amado irmãozinho!! - Completou o irmão Jorge.

- Calem a boca!- Disse Rony sem demora. - Temos que te tirar daqui! Vá um pouco para trás.

Sentindo o perigo Harry se deteve por um minuto, com certeza iriam acordar sua família, mas  não podia perder essa oportunidade então fez como o  amigo pediu. E logo um alto estrondo soou pela rua dos alfeneiros. Com medo Harry esperou seu tio atravessando a porta com espuma nas bocas, mas sentiu alivio ao ouvir novamente um ronco vindo do quarto.

- Venha Harry, rapido!

- Calma, minhas coisas estão lá embaixo, trancadas.

- Deixe que eu cuido disso. - Fred saiu do carro.

Quando os dois finalmente voltaram e colocaram a bagagem no carro aconteceu o que Harry mais temia, um pio de Edwiges acordou seus tios, que ja estava perto da porta quando Harry deu um pulo pegou sua coruja e correu para a janela.

- A NÃO! Você não vai! - O homem agarrou a perna do garoto que estava prestes a pular no carro.

- Me solta!- Desferindo vários chutes em seu tio, conseguindo se desvincilhar e subir no carro.

- Petúnia! - berrou tio Válter. — Ele está fugindo! ELE ESTÁ FUGINDO!

- Essa foi por pouco! Obrigado.

- Não tem de que Harry.

- O prazer foi nosso. - Completou o irmão gêmeo, que acabou sendo cortado pelo pio insistente da coruja.

- A sim Edwiges, posso solta-la? Faz tempo que ela não estica as asas!

- Claro, logo estaremos chegando.. alias porque não respondeu nossas cartas?

- Eu nem ao menos as recebi, um elfo estava interceptando todas elas!  Ele disse alguma coisa sobre Hogwarts estar perigosa esse ano e que eu não deveria voltar...

- Nossa mas quem iria mandar um elfo pra te impedir de ir para lá, com Dumbledore presente aquele lugar é mais seguro até que o banco gringotes!!

- Malfoy... - Disseram Rony e Harry quase em uni solo.

- Malfoy? Filho de Lucio Malfoy? 

- Sim, o que que tem?

- Bom Malfoy foi um partidário de Você-Sabe-Quem - Disse Jorge

- E são ricos o suficiente para ter vários elfos domésticos - Completou Fred

- Isso deve ser investigado. - Jorge pensou

- Sim mas antes se preparem para o verdadeiro perigo! Estamos chegando em casa - Alertou Fred

- Quero só ver a cara da mamãe quando descobrir - Debochou Jorge.

Quando chegaram a casa dos Wesley, Harry foi muito bem recebido, achava incrivel aquela casa, apesar de simples era muito aconchegante e o fazia sentir parte de uma família. Ficou com um pouco de pena na hora que a Sra. Wesley brigou com os irmãos, e não conteve uma tímida risada quando o pai, ao invés de brigar com eles, perguntou se o carro tinha funcionado direitinho.

Quando finalmente ficou sozinho, todos sabem como é difícil encontrar um momento para si em um casa cheia, finalmente pode escrever para a prima.

Para June Evans Potter.

Olá June, tudo bom? Aqui é o Harry, lembra de mim?

Queria desejar um feliz aniversário atrasado, sinto muito mas tive alguns problemas que me impossibilitaram de te escrever antes!

Fiquei sabendo que você foi chamada a uma nova escola...

Decidiu não falar muito sobre Hogwarts até porque não tinha certeza que ela seria uma bruxa.

Fique sabendo que eu também estudo lá, e espero que nos vejamos em breve!

Com carinho, Harry James Potter.

POV JUNE

Estava em seu quarto mais uma vez sem nada para fazer, olhando o teto esperando o grande dia, estava muito ansiosa não acreditava que ia estudar com seu primo. Imaginava como ele teria crescido, afinal já faziam mais de 3 anos que não se encontraram. Quando ouviu leves bicadas em sua janela. Mal acreditou no que viu, uma coruja toda branca parada no parapeito do prédio.

- Então realmente eles usam corujas!! - Correu ao encontro dela e então percebeu o pequeno pergaminho que ela portava. 

- É para mim? Obrigada. - Percebeu que a coruja esperava alguma coisa. - A tenho que mandar uma resposta né? Só um minuto.

Ao ler a carta não teve como não se emocionar, ele se importava, e queria vê-la! Rapidamente pegou um lápis e escreveu sua resposta.

Para Harry James Potter

Oi Harry, estou muito bem e você? Obrigada pelos parabéns.

Não acredito que vamos a mesma escola, fiquei muito feliz quando Dumbledore veio me dar a noticia, você o conhece? Um senhor muito velho com uma enorme barba, até parece o papai noel!!

Ele me contou tudo sobre a nossa família, como seus pais morreram e sobre a sua fama, alias eu sinto muito mesmo, ainda não acredito que nossos tios mentiram daquela forma para você!

Bom ele também disse que mandara um amigo para me ajudar a fazer as minha compras no Beco Diagonal( acho que é assim que se escreve haha ). Iriei dia 27, quem sabe não nos encontramos la?!

Beijos June E. Potter

A coruja branca ficou feliz ao receber uma nova tarefa e saiu voando em direção ao norte. É para lá que ele esta... Deitou em sua cama e começou a lembrar a conversa que teve com o senhor diretor da escola.

- June você tem visita, se apronte e venha para a sala.

- Visita?? - Levantou da cama em um pulo, não se deu o trabalho de se arrumar, já estava com uma roupa razoavelmente boa, era só necessário pentear um pouco o cabelo.

Saiu correndo corredor a fora e ao adentrar na sala não foi possível esconder sua cara de decepção.

- Olá minha jovem. - Disse um senhor realmente velho e alto. - Fico feliz de te conhecer, meu nome é Albus Dumbledore e sou o diretor de uma escola que, espero eu, vai receber sua inestimável presença no próximo ano.

- Diretor? Que escola?

- Uma escola para pessoas especiais, me diga senhorita. - Disse me observando por cima dos óculos - Você ja fez alguma coisa, hmm, diferente?

- Como assim?

- Já fez coisa boas ou ruins acontecerem sem digamos poder controlar?

- Coisas ruins acontecem com pessoas de energia negativa, é o que as freiras sempre me dizem..

- Ah sim claro, elas não estão de todo erradas, mas no seu caso, podemos dizer que é graças a um dom que poucos possuem. Vou lhe falar um pouco mais sobre a escola que eu comando, ela é chamada de Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

- Pif - Não pude conter meu ar de gozação, magia e bruxaria ele estava brincando com minha cara. - Sinto muito senhor mas não tenho tempo para as suas maluquices, com licença;

- A minha criança, já vejo que não acreditou em mim não é? Então que tal eu dar uma.. pequena demonstração ? - Tirou um graveto de sua vestes e com um movimento circular fez com que a mesa no centro da sala começa-se  a levitar. 

Fiquei chocada com o que via, era real, ele era um bruxo e queria a levar para um escola onde todos são bruxos. Não podia negar, coisas estranhas aconteciam com ela, mas sempre acreditou naquilo que as freiras lhe diziam. Queria ir, queria aprender a fazer aquilo que o homem chamava de magia, mas então uma lembrança interrompeu seus pensamentos, se ela fosse não estaria lá para receber sua família quando eles resolvessem voltar.

- EU acredito no senhor, mas tenho que recusar o convite. Desejo ficar e aprender tudo neste orfanato.

- Compreendo, mas vai ser realmente pena a escola perder uma poderosa bruxa como você e  mais lamentável ainda será decepcionar o Harry que tanto a espera, mas se é isso que deseja...

- Espere! - ele disse Harry? Será que era aquele Harry? Tinha que ser só conhecia um garoto com aquele nome, e era justamente seu primo.. quais as chances dele também ser um bruxo. - Eu quero ir!- Ele me analisou com os olhos e bondosamente disse.

- Perfeito, devo te contar algumas coisas e direcionar a sua entrada  Hogwarts, venha vamos conversar.

E assim foi, passaram a tarde conversando sobre como ia proceder a entrada dela na escola, como Harry ganhou a fama que tinha e qual a relação dela com isso tudo. Lembrar daquela conversa deu sono, e logo June estava dormindo em sua cama, tendo sonhos particularmente felizes e ansiosos, de como seria seu reencontro com seu primo.

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VickyPNT2906: Obrigada pelo coments! Eu também quero avançar logo para ver ela e o Harry juntos em Hogwarts. O que esses dois vão aprontar...