Em Godric's Hollow a tarde mal terminara e as ruas já estavam desertas, eram tempos difíceis aqueles, ficar alguns minutos a mais na rua poderia

fazer a diferença entre a vida e a morte. Até mesmo os trouxas espalhados ao redor do mundo perceberam algo diferente, e em muitas vezes perdiam as esperanças aparentemente sem motivos sentindo que nunca mais poderia ser felizes. Mal sabiam que ortas de dementadores constantemente espreitavam o mundo trouxa a procura daquele que tinha o poder para derrotar o Lord das Trevas. Sim, uma profecia havia sido feita e de alguma maneira isso chegou ao conhecimento de Voldemort, que agora perseguia as prováveis pessoas de que ela se referia.

Lilian Potter já colocava sua sobrinha para dormir, a menina com poucos dias de vida, já a lembrava tanto de sua irmã apesar da aparência ser completamente a do pai, os olhos eram exatamente iguais aos da mãe e consequentemente iguais aos seus. Sorriu ao pensar nisso, já que a mesma coisa ocorrera com seu filho Harry que logo completaria um ano. Deixou-se tomar conta pelas lembranças e a tristeza logo aflorou em seu rosto, sua querida irmã menor estava morta, infelizmente ela ficou gravida do trouxa errado, um homem que quando descobriu sobre o mundo bruxo e a gravidez resolveu desaparecer. Sua irmã foi forte e  apesar da raiva em seu coração ela amou muito a menina que logo estaria em seus braços, mas devido a um pequeno capricho do destino, no parto houve muitas complicações o que levou a sua morte.

Deixou uma lagrima suprimida rolar pelo seu rosto, não estava com ela, graças a Voldemort não pode estar ao lado de sua irmã logo no momento em que ela mais precisou. Dumbledore foi quem trouxe a noticia juntamente com a bebê que deveria ser criada por ela; Apesar de desejar muito a menina não queria aceitar, ela estaria em perigo e já bastava a vida do filho, não podia arriscar a da sobrinha também, além disso sabia que Petúnia amaria receber a menina, ao contrario dela Lucy Evans nunca perdeu a amizade da irmã mais velha. Porém Dumbledore foi bem objetivo, acreditava que o Lord não a mataria sem motivos, e que ela deveria crescer junto ao mundo que um dia a acolheria.

Então la estava ela, com a pequena June Evans Potter(Haviam colocado o nome que sua irmã desejou, mas como a menina foi adotada logo em seu nascimento acabou por receber o nome da família Potter), deitada em seu berço dormindo profundamente. 

Ao descer as escadas percebeu que James ainda brincava com seu filho, ao invés de prepara-lo para dormir. Instintivamente brigou com ele e pegou o pequeno Harry. Então quando chegou ao fim da escada ouviu um estrondo, sabia o que estava acontecendo, ELE conseguiu os encontrar. Desejou descer as escadas e lutar ao lado do seu amado, mas antes dela mesma afastar esse pensamento da cabeça ouviu seu marido gritando para ela fugir.

Correu estava sem sua varinha então sem escolhas apenas trancou o quarto, como se isso realmente fosse evitar o inevitável, ela amou e amou muito, o Harry e a June, queria vê-los crescer, ajuda-los nas suas primeiras magias, em seu ingresso a Hogwards, ela apenas queria estar com eles. Porém não seria possível, então colocou seu filho no seu berço(ao lado da prima) e se despediu.

A partir dai todos sabem o que aconteceu, Voldemort aparentemente foi derrotado por um bebê e a "lenda" do famoso Harry Potter surgiu. Este foi morar com seus tios trouxas Petúnia e Valter, porém a menina foi acolhida pelo único membro da família do pai que estava viva, e que alias não concordava com a atitude do filho. Com isso Harry e June ficaram afastados, não sabiam da existência um do outro até aproximadamente seus 5 anos de idade.

Harry mais uma vez observava aquele retrato escondido entre todos os outros, em uma prateleira ao lado da cobiçada televisão. Tia Petúnia já o avisara que aquela não era sua mãe, e sim a sua Tia Lucy, mas devido a toda desconfiança que ele tinha em relação aos tios acreditava na chance daquela mulher, ruiva com o cabelo até os ombros, extremamente branca destacando varias sarnas em sua bochecha , e com o olhos verdes esmeraldas tão parecido com os seus, fosse na realidade sua mãe.

Um grito, mais parecido com um grunhido, vindo de seu tio Valter o despertou, sabia o que deveria fazer, como sempre ajudar na preparação do café da manhã, que naquele dia teria mais pessoas a mesa. Não imaginava quem a Tia Petúnia iria trazer, mas sabia que era alguém muito especial para ela, e que na realidade seria outro estorvo para seu Tio.

A campainha tocou, e Harry foi o escolhido para  receber os convidados. Ao abrir a porta ele ficou surpreso com a senhora a sua frente, ela parecia realmente.... velha. Imaginou quantos anos ela deveria ter, mas afastou logo o pensamento e passou a agir exatamente como sua tia havia ordenado.

- Bom dia Senhora, eu sou Harry- disse rapidamente

- Olá querido, sou Rose , muito prazer. 

- O prazer é meu- Devia ser o mais educado possível, sentia o olhar de sua Tia vindo pelo corredor- Por favor entre e sinta-se a vontade.

Quando a senhora entrava pela residencia percebeu que devia ser muito gentil, parecia aquelas vovós que faziam de tudo para arrancar um sorriso de seus netos, talvez os olhos rasgados e o cabelo crisalho contribuíram para essa impressão, mas com certeza não seriam nada sem a pequena curva que ela fazia com as costas.

- Obrigada. Ah! Olá Petúnia, finalmente podemos nos conhecer! - Olhou para trás rapidamente - Entre querida, quero lhe apresentar algumas pessoas.

Harry logo olhou para fora, não tinha percebido a presença de outra pessoa. Estava parada a porta uma garota, um pouco mais baixa que ele, com compridos cabelos negros que combinavam com a cor da pele também um pouco mais escura que a dele, tinha uma franja diagonal que por pouco não cobria um dos olhos, e ah os olhos.. apensar da forma, onde os côncavos eram encobertos graças as laterais levemente puxadas, eram exatamente da cor dos dele, e exatamente iguais aqueles da mulher no retrato. Então finalmente percebeu, aquela garota realmente lembrava muito aquela mulher.

- Petúnia, está é June.

- Muito prazer! - Disse a menina com uma voz calma.

- O meu deus o prazer é meu, esperava muito para conhece-la! Devo dizer que apesar de tudo você realmente parece muito com sua mãe. Venha venha, quero te apresentar meu marido e seu primo.

Com a palavra primo vindo da boca de sua tia, Harry finalmente despertou. Sim era aquilo que ele imaginava, ela era filha da irmã mais nova de sua mãe. Apressou-se e cumprimentou a menina.

- Oi eu sou o Harry.

- Ah... olá.- Disse com um sorriso sem graça.

Logo estavam na sala, Duda vestiu sua carapuça de menino comportado e ajudou a Senhora a se sentar á mesa. Valter olhou para Harry, que logo percebeu que deveria continuar a servir a mesa. Quando todos estavam finalmente sentados saboreando o café, ele percebeu como sua Tia fazia questão de mimar a garota assim como fazia a anos com o seu primo. Começou a se perguntar como seria tratado se seus pais estivessem vivos e ele não fosse um estrovo para os Dursley.

- hmm vovó, eu queria brincar, posso?

- Mas é claro querida, Petúnia porque não deixamos as criança brincando para podermos conversar em paz?

- Ah sim sim, Duda acompanhe a June até o quintal, vocês podem se divertir lá, mas lembre-se nada de sair para a rua!

- Claro, vem.- Disse ele chamando a garota.

- E você não vem?

Harry olhou confuso, não esperava  um  convite, então lançou um olhar a mesa e viu seu  tio o encarando furioso.

- A não tudo bem... - Queria realmente ir mas não estava pronto para ficar de castigo mais uma semana.

- Por favor querido não seja bobo, vá brincar com eles e deixe que eu e Petúnia cuidamos de tudo por aqui.- Disse a senhora, piscando-me um olho disfarçadamente.

- Ok. - Sorri para agradecer e logo sai junto dos meu dois primos.

Aquela manhã foi realmente agradável, nós três ficamos conversando e brincando o dia todo, June era incrivelmente capaz de domar Duda, então ele me deixou em paz para se divertir. Nós almoçamos e voltamos a brincar, e logo a noite chegou e era hora de se despedir. Cheguei a ficar triste com a ideia de não vê-las novamente, mas a Sr. Rose me assegurou que voltaria após aproximadamente um ano, e que seria assim a partir de agora. Ela desejava que June cultivasse algum laço com o resto de sua família antes de chegar a hora dela partir.