Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 5
Capítulo 4 - Shadowhunters [Bônus]


Notas iniciais do capítulo

Olá Shadowhunters ;3

Amo tanto vocês leitores, amando de mais vocês seus lindos c;

E por isso eu vou postar um capítulo bônus

Boa Leitura ♥



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POV Jace

Como eu contaria a uma desconhecida sobre o mundo das sombras? Clarissa não parecia simplesmente uma mundana, afinal ela me via. Algo nessa garota estava mal contado, como uma caçadora de sombras vinha parar em um hospício?

–Eu sou um caçador de sombras – disse de uma única vez.

–Como meu pai – sussurrou, ela parecia se lembrar exatamente dos significados daquelas palavras – O que exatamente é ser um caçador de sombras?

–Eu literalmente caço tudo que vivem nas sombras, como demônios e desertores da clave – ela não parecia surpresa, como se na sua vida inteira tivesse visto coisas daquele tipo.

Eu conhecia todas as famílias de caçadores de sombras ou pelo menos boa parte delas. Havia poucas mulheres, eu não conhecia ninguém além de Isabelle ou Maryse, me lembraria de Clarissa em Idris.

–Clarissa – perguntei olhando para o seu rosto – Qual é o seu sobrenome?

–Wayland – respondeu olhando para além de mim – Clarisse Wayland.

Fiquei paralisado. Era extremamente difícil me surpreender, era algo que quase nunca acontecia, mas, nesse exato momento eu não sabia como agir ou o que fazer. Se eu passei a vida inteira achando que era um Wayland como nunca ouviu que tinha uma suposta irmã?

–Impossível – disse chamando sua atenção – Eu era um Wayland.

Uma luz de esperança ascendeu em Clarissa, seus olhos brilharam e seus cabelos por um instante pareciam mais brilhantes.

–Como assim você era um Wayland? – questionou.

–Eu fui criado como um Wayland, mas, descobri que na verdade era um Herondale – falei despreocupado – Longa história.

–Ah – disse sem conseguir esconder a decepção na voz.

Comecei a pensar. Então Michael Wayland não teve um filho e sim uma filha, mas, então como eu havia chegado nessa confusão? A ponto de ser confundido com o filho dele?Os Lightwood deveriam saber que Michael não teve um filho e sim uma filha e se sabiam por que decidiram mentir?

–Como você veio parar aqui Clarissa?

–Não confio em você – murmurou virando o rosto.

Virei seu rosto gentilmente fazendo-a olhar para mim.

–Mas, deveria acredite se eu quisesse já teria te machucado e eu não quero.

Clarissa respirou fundo.

–Eu tinha 6 anos nunca conheci a minha mãe e sempre morei com meu pai, até que ele foi assassinado por um Valentim – disse Clarissa – Então eu fui levada embora de onde morava, nunca consigo me lembrar o nome do lugar

–Idris? – perguntei interrompendo-a.

Sim, isso mesmo era Idris – falou feliz – Uma mulher me levou embora para Londres e me colocou em um Internato disse que seria bom para mim.

Eu estava paralisado escutando a história.

–Quando eu tinha mais ou menos dez para onze anos eu comecei a ver coisas que ninguém mais via coisas estranhas, tinha pesadelos e acordava gritando no meio da noite, claro isso incomodava todo mundo, então me colocaram dentro de um carro e BUM estou aqui desde então.

–Quem lhe trouxe para cá?

–Não me lembro o nome dela, apenas tenho a vaga lembrança dos seus traços, eles não eram fáceis de esquecer – disse dando de ombros – Eu fui dopada e quando acordei estava aqui.

–Quantos anos têm? – questionei curioso.

–17 – falou sem ânimo.

–Você está presa aqui há sete anos? – perguntei incrédulo, como alguém poderia ficar sete anos presa em um único lugar como aquele? Era um lugar deplorável.

–Parei de contar faz um tempo – disse exausta – E você Jace mora aonde?

–No Instituto, também não tenho mais meus pais.

Clarissa ficou calada, como se ainda não tivesse acreditado que eu estava aqui mas, era compreensível. Ela tinha passado anos presa em um único lugar sem ver ninguém, sem ver a luz do dia.

–Nunca saiu para o lado de fora? – a pergunta era óbvia.

–Não me lembro de como é pisar na grama ou como é ter o sol batendo no meu rosto – disse para ninguém em especial – eles não me deixam sair com medo de que eu suja – disse Clarisse – Como é o mundo, Jace?

–O mundo que você está destinada a conhecer, não é o mundo em que você vive – disse sorrindo o que a fez sorrir também.

Fiquei quieto, aquela menina não parecia perigosa e muito menos louca. Eu tinha que tirar ela daqui, Clarissa era uma caçadora de sombras que por algum motivo veio parar aqui nesse lugar. Eu descobriria o que a trouxe realmente para cá, mas Clarissa não ficaria aqui por muito tempo.

–Gostaria de dar uma volta lá fora? – perguntei sorrindo.

Os olhos dela brilharam novamente, um lindo sorriso se abriu. Só agora tinha reparado com certeza o quanto Clarissa era bonita, sua pele branca ficava em um contraste perfeito com seus cabelos ruivos. E seus olhos verdes? Eram como jóias que eu queria guardar para sempre.

–Eu não tenho como sair daqui – disse Clarissa – Eles me monitoram e quando dessem por minha falta...

Coloquei gentilmente a mão em seu ombro.

–Calma Clary – disse sorrindo – Amanhã, volto aqui antes do dia clarear para você ver o nascer do sol.

–Clary? – perguntou sucumbindo um sorriso.

–Clarissa é um nome muito grande – sorri.


POV Clary


Jace saltou graciosamente pela janela, tão silencioso que nem o escutei cair no chão.

O apelido Clary ainda ecoava na minha cabeça. Eu nunca tivera um apelido, não um que eu me lembre. Viver aqui tem sido difícil tudo que eu queria era poder ir embora, eu já havia tentado de todas as maneiras. Perdi a conta de quantas vezes tentei pular a janela e caí toda machucada no andar térreo ou de quantas vezes saí correndo pelos corredores e fui pega.

Talvez Jace fosse um anjo. Era muita sorte eu encontrar alguém que podia explicar minhas origens. Eu lembrava perfeitamente do meu pai me treinando para ser como ele, uma caçadora de sombras. Meu pai sempre me dizia que nada era mais honroso do que ser um caçador de sombras eu ainda lembro-me das marcas que ele tinha, parecia com as de Jace, por anos passei reprimindo essa palavra da minha boca dizendo a mim mesma que era loucura e que eu realmente deveria estar aqui, mas agora tem o Jace.

Peguei um bloco de desenhos em baixo do meu colchão, me sentei na cama deixando minhas pernas em formato de borboletas. Posicionei o lápis pequeno e gasto em minhas mãos, todo ano no meu aniversário alguém me deixava um bloco de desenhos e um lápis com borracha. Eu nunca vi quem me dava os presentes, mas sempre tive o sonho de que ela ou ele viesse me dar os parabéns pessoalmente.

Tranquilamente comecei a desenhar Jace. Talvez se o desenhasse minha mente nunca mais o esquecesse, mesmo achando que isso seria impossível.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Cometem fantasminhas ;3