Paradoxo escrita por Sky Salvatore


Capítulo 4
Capítulo 3 - Fine Me


Notas iniciais do capítulo

Hooooy Shadowhunters ;3

Espero que vocês gostem do capítulo, o Jace vai finalmente conhecer a Clary. Estou A-M-A-N-D-O escrever para vocês, são leitores divos de mais.

Boa leitura ♥



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Como eu havia planejado hoje voltaria ao hospital para ver Clarissa, não tinha conseguido dormir a noite por conta da figura curiosa que eu tinha encontrado sem querer. O nome Clarissa, ecoava na minha mente, como se eu fosse obrigado a conhece-lá melhor.

Era cedo e mesmo assim eu já estava acordado e por isso fui dar uma volta pelo instituto, havia assaltado a geladeira e a deixado praticamente sem comida alguma.

Church apareceu enroscando-se no meu tornozelo, seu pelo fofo me causava arrepios – coisas fofas me causavam arrepios – agachei e passei a mão em sua cabeça o que o fez ronronar. Segui o gato pelo corredor e ele me levou diretamente para a biblioteca. Onde Sebastian estava.

–Gato safado – murmurei, deixando ele sozinho na porta da biblioteca – Além de não confiar em patos, não vou poder confiar em gatos também.

Antes que Sebastian me visse – ou Church me denunciasse – decidi que agora seria a hora perfeita de visitar Clarissa, todos dormiam e ninguém, ninguém inclusive Isabelle me fariam perguntas.

Sai caminhando tranquilamente pela porta da frente do instituto, não me lembrava exatamente de como tinha chegado a aquele lugar, mas, eu sentia que mesmo sem endereço minhas pernas me levariam para lá.

Depois de andar quase meia hora a procura do hospital finalmente o encontrei, subi novamente pela parede caindo perfeitamente no quarto de Clarissa.

Assim que entrei encontrei Clarissa sentada da mesma maneira que no dia anterior. Só que dessa vez, ela estava amarrada a uma camisa de forças e apenas de olhar imaginava que ela se sentia sufocada.

–Vejo que tentou pintar o sete aqui – falei irônico – Sabe, garotas devem ser comportadas.

–O que faz aqui? – perguntou surpresa, seus olhos piscavam como se quisesse mesmo confirmar que eu estava presente.

–Eu disse ontem que voltaria se não estivesse caído de sono, teria me escutado – constatei cruzando os braços.

–Devem ter sido os remédios – disse mais para ela mesma do que para mim.

–Quer minha ajuda para se soltar? – questionei apontando para ela mesma.

–Por favor – pediu.

Andei até a Clarissa e agilmente a soltei, ela se mexeu mais confortável, os seus braços pálidos estavam vermelhos pela força com que tinha sido amarrada. Ela se espreguiçou e movimento os músculos que ficaram por ora congelados.

–Obrigado – falou com a cabeça baixa.

–O que fez de tão selvagem para te amarrarem?

–Mordi um funcionário, bati em duas enfermeiras e quebrei um armário de remédio, respondi sua pergunta? – a voz de Clarissa era aveludada tinha a sensação dos pelos de Church em meus dedos quando ela falava, era sempre calma e baixa, diferente de mim que vivia gritando.

–Uau e eu aqui humildemente pensando que eu sou quem gosta de destruir as coisas – disse irônico.

–O que você faz aqui? Eu não entendo – balançou a cabeça – Como me encontrou?

–Eu estava fazendo uma caminhada matinal, aí pensei deixa-me ir ver o que a Clarissa está fazendo nesse momento – eu não conseguia usar um tom menos irônico, mas, mesmo assim sabia-se quando eu estava brincando e quando realmente eu estava preocupado e por hora estava preocupado com a garota, ninguém deveria ser amarrada porque se as pessoas fossem amarradas a Clave já teria feito isso comigo há muito tempo.

–Você é o Jace certo? – questionou, o fato de ela sempre confirmar as informações parecia ser um registro para sua própria memória.

–Jace Herondale – apresentei-me formalmente – Se posso perguntar…

–Não, você não pode perguntar – falou ela me interrompendo.

–Você nem sabe sobre o que eu queria perguntar – argumente incrédulo.

–Mas, não tenho a intenção de responder.

Observando-a melhor eu podia ver os olhos claros sob o efeito da luz do dia, ela tinha impecáveis cabelos ruivos lisos com cachos espesso nas pontas e mesmo estando descuidada e sem metade do que as garotas usavam para se arrumar todos os seus traços eram incrivelmente delicados e finos.


POV Clarissa

Não conseguia pensar em nada que justificasse a visita de Jace, ninguém nunca tinha me visitado em todos esses anos e de uma hora para outra um garoto pula minha janela e volta para me visitar, era como se ele até tivesse se esquecido de que eu estava em um hospício.

O analisei com cuidado ele tinha os cabelos em um loiro dourado que eram muito mais bonitos que os meus, era alto na medida certa e tinha incríveis olhos dourados.

Queria guardar seus traços e feições para desenhar mais tarde, deixar que minha mão caminhasse por uma folha branca formando um desenho era a única maneira que eu havia encontrado de colocar para fora tudo o que via, as coisas estranhas que ganhavam formas diante dos meus olhos e as lembranças que eu tinha.

Olhei melhor para o Jace. Ele vestia uma camisa clara gola v, podia ver marcas como tatuagens em seus braços umas eram mais vivas e outras mais apagadas em um negro desbotado. Elas me eram familiar, eram como as que meu pai tinha em seu braço e até pescoço. Devo mesmo estar enlouquecendo.

–Porque tem tantas tatuagens? É algum ex-presidiário? – perguntei quebrando o silêncio que meus pensamentos deixaram no ar.

–Certo, agora me senti ofendido – disse bem humorado enquanto cruzava os braços – Eu lá tenho cara de ex-presidiário? Qual é! Eu sou lindo.

Ao mesmo tempo em que ele era convencido era engraçado, não pude conter um breve sorriso.

–Não cara você não tem não, mas, vejamos eu não tenho cara de louca e aqui estou eu.

–Talvez quando você responder minha pergunta eu responda a sua – Jace respondeu enquanto se sentava no pé da minha cama.

–Uau, não está aqui há nem cinco minutos e já quer jogar comigo?

Jace ficou quieto como se tivesse acabado de lembrar-se de algo importante, olhou para mim por longos dez minutos, nem ao menos piscou os olhos ou disse algo engraçado apenas me olhou.

–Como você me vê? – questionou subitamente quebrando o silêncio.

–Com os olhos, depois a louca sou eu – respondia a sua pergunta revirando os olhos.

–Ninguém mais me vê Clarissa – esclareceu.

–Você está morto? – questionei assustada.

–Pelo anjo, eu mereço fala sério – disse erguendo os braços no ar – Além de ex-presidiário agora estou morto?

–Você falou como meu pai agora – sorri com a lembrança, o meu pai era a única lembrança boa que eu tinha da infância.

–Está me chamando de velho? – disse erguendo a sobrancelha.

–Não, ele falava isso – sorriu – Pelo anjo, Clarissa pare de pedir essas coisas para mim.

–E onde está o seu pai? – perguntou curioso.

Antes que eu pudesse responder Carmem, uma enfermeira , entrou no quarto e dessa vez Jace não se escondeu, não entendia porque ele queria ficar ali parado feito um idiota e ser pego por ela, mas, eu já estava a beira da loucura mesmo.

–Hora do seu remedinho Clarissa – falou a Carmem.

Murmurei algum palavrão e a mulher que tinha cabelos ruivos e não devia passar de 1,50 de altura enfiou na minha boca um comprimido e me fez engolir com a água.

–Como você se soltou garota? – perguntou a mulher só agora notando que eu não estava mais amarrada.

Continuei olhando perplexa para o Jace, como aquela bruxa não o estava vendo, como ela não via o loiro parado na sua frente? Era quase impossível não notar ele ali parado, ou melhor, era quase impossível não notá-lo em qualquer lugar que fosse.

–O que você está olhando? – perguntou à mulher assustada vendo que eu olhava fixamente para Jace.

Havia passado tempo de mais ali para conhecer bem cada um dos funcionários, sabia que Carmem morria de medo de fantasmas e por isso continuei a encerrar Jace.

–Um amigo meu – respondi maliciosa, Jace sorriu sarcasticamente para mim sabia muito bem que eu fazia aquilo de propósito – Gostaria de conhecer ele?

–Menina estranha – resmungou assustada saindo do quarto, ela bateu a porta e assim que saiu tirei o remédio da boca e escondi embaixo do colchão onde haviam vários outros.

Ri sozinha, eu mesma me achava inteligente de mais para estar aqui, entretanto as coisas que eu via não eram de alguém em estado perfeito de sanidade e talvez por isso concordasse em continuar presa.

Mas, Jace ainda não me parecia estar “vivo” ninguém vinha me ver nunca.

–Porque só eu vejo você? – questionei.

–Você tem a visão – falou pensativo.

–A visão do que?

–É uma longa história Clarissa.

–Como você vê tenho um longo tempo – disse sorrindo


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Notas finais do capítulo

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