Se Eu Não Te Falar Agora... escrita por Quel Machado


Capítulo 8
Giane pede ajuda a Malu


Notas iniciais do capítulo

Apesar de tentar seguir a lógica da novela com a maior coerência possível, é provável que existam algumas discrepâncias entre a ordem cronológica das cenas nesse fic e Sangue Bom. Procuro estar atenta às notícias sobre o que ainda vai acontecer, mas nem sempre é clara a exata ordem que as coisas vão ao ar. Por favor relevem se não for 100% fiel à trama, OK?



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Acácia Amarela (manhã)

Giane e Malu conversam seriamente. A corinthiana se mantém atrás do balcão montando alguns arranjos enquanto fala com a amiga encostada do outro lado do móvel.

Malu: Então quer dizer que esse homem veio aqui atrás do Fabinho. - ela coloca a mão no queixo.

Giane: Pois é, cara! Eu não sei muitos detalhes porque o Fabinho estava aqui sozinho quando ele apareceu. Eu só fiquei sabendo porque ouvi ele mandando o cara embora e depois apertei o Fraldinha pra ele me contar de qual era. Queria fazer exame de DNA e tudo!

Malu: Menina, que coisa esquisita! Como é que esse homem aparece assim do nada atrás do Fabinho? - Malu parece confusa.

Giane: Assim, do nada, do nada não é, né… - Giane abaixa um pouco a voz - O nome do cara é Perácio. Fiquei aqui pensando de onde eu já tinha ouvido o nome desse mané e me lembrei que ele é o pai do Felipinho! Eles eram de uma família importante aí, mas hoje parece que estão falidos.

Malu: Vem cá, mas esse pai do Felipinho só num reconheceu ele agora? Depois de 20 anos? Será que ele tem mais filhos espalhados por aí e resolveu partir à caça?

Giane: Filho, não Malu, presta atenção! - ela segura o braço da moça - Ele falou que era sobrinho, não filho. O que é ainda mais esquisito, porque eu nunca vi o Felipinho com nenhum tio ou tia. De qualquer forma, é a primeira vez que alguém aparece com alguma pista sobre a verdadeira família do Fabinho. - diz preocupada.

Malu: E o Fabinho não quis conhecer essas pessoas? - ela estava cada vez mais intrigada.

Giane: Nem pensar! Botou o homem pra fora e me disse que família pra ele é a Margot e que não quer fazer DNA de novo de jeito nenhum. Pow, mesmo que a família dele seja estranha e que o papo desse Perácio seja meio esquisito, acho que seria legal para o Fabinho tirar essa história a limpo.

Malu sorri levemente.

Malu: Você se preocupa bastante com o Fabinho, não é, Giane?!

Giane: Pára com a palhaçada, Malu! Num vem com sorrisinho pra cima de mim, não. Pow, eu conheço o Fabinho desde criança, cara, acho que ele finalmente tá tomando jeito. Seria legal ele saber de onde ele veio… quem sabe não melhora essa raiva toda que ele tem dentro dele, né?! Ele tá querendo melhorar, Malu, como amiga dele eu tenho que ajudar!

Malu se afasta e cruza os braços.

Malu: E se eu bem te conheço você não me chamou aqui só pra me contar essa historinha, né?! Anda, o que você quer me pedir?

Giane: Malu, você já é patricinha, tem jeito melhor do que eu pra essas coisas… Cê bem que podia quebrar uma pra mim e ir falar com esse Perácio sobre isso. Sonda ele pra descobrir que história é essa de sobrinho, DNA... e vê se ele está falando a verdade. Eu confio na sua opinião. - diz ela com cara de pidona.

Malu: Tá bom, tá bom… Eu ainda não tive como agradecer o Fabinho por ele esclarecer toda aquela história do incêndio na Toca do Saci. Se não fosse ele, era capaz de o meu pai estar achando que eu estava louca até hoje!

Giane corre e dá um abraço na amiga.

Giane: Valeu, Malu! Tu é mesmo gente fina!

Malu ri da situação.

Malu: Nossa, tá até dando abraço, a coisa tá séria mesmo, hein, Giane?!

Giane: Não abusa da sorte, patricinha - ela se afasta ainda sorrindo.

Neste exato momento, Bento entra na Acácia Amarela. Ele fica sério quando vê a irmã e a olha com uma certa indignação.

Bento: Que bom que eu te encontrei você aqui, Malu. Queria mesmo conversar com você.

Giane: Pffffffffffffff! Tow fora! Abraço, Malu! - diz saindo pelos fundos da loja.

Malu suspira e coloca as mãos nos bolsos.

Malu: Que foi agora, Bento?

Bento: Que história é essa de você se agarrando com o Érico na Crash Media? - diz se aproximando em um tom exasperado.

Malu retruca em tom de deboche.

Malu: E quem foi o fofoqueiro que já correu pra te contar, hein?

Bento: E precisava, Malu? O bairro inteiro ouviu o barraco na agência e depois a sua discussão com o Maurício!

Malu: Me perdoe o português claro, mas o que você tem a ver com a minha vida? - pergunta já impaciente.

Bento abaixa um pouco o tom e gesticula com as mãos.

Bento: Eu sou seu irmão, Malu! Me preocupo com você.

Ela chega bem perto de Bento e o olha nos olhos.

Malu: Engraçado que quando é a sua irmã aqui te alertando sobre a Amora, você se finge de surdo, não é?! Não dá ouvidos. Pois você não tem o menor direito de dizer o que eu posso ou não posso fazer enquanto se fizer de cego, surdo e mudo!

Bento: E agora você vai sair por aí se pegando com qualquer um só pra me provocar?

Malu: Pra te provocar, Bento, por favor! Com quem eu fico ou deixo de ficar é um problema meu. Dá licença.

Ela pega a bolsa do balcão e sai pisando forte.

Bento: Essa não era a Malu por quem… - ele se interrompe.

Malu pára na porta e o encara mais uma vez. Bento recomeça.

Bento: Essa não era a Malu que eu conheci.

Ela se emociona.

Malu: E nem você o Bento leve e alegre que se apresentou pra mim aqui mesmo na Acácia Amarela. Todo mundo muda, Bento… Nem sempre pra melhor.

Malu se vira e sai enquanto Bento suspira encarando o chão.


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