Clarity escrita por Mafê


Capítulo 11
Do Not Leave Me, I Changed


Notas iniciais do capítulo

OIEEEE!!!!
Pois é, aqui não é a Feeh...~choros de decepção~
Sou a co-autora (*u*) eu to tãããããão feliz de poder participar de Clarity e ajudar a Feeh ^--^
Err... espero que gostem desse meu capítulo... eu fiz a Natalie mais fofinha porque eu amo meninas um pouco pequenas fofas *O*
E... meu nome é Leticia ;3 até próximo capítulo que escreverei - talvez...
Leeh



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Put your hands on the ones

That you swore you loved!

– For The Love Of A Daughter - Demi Lovato

Juliet P.O.V. ON

– Mamãe?

A mulher a minha frente era realmente a que eu nunca mais queria ver. A bela mulher, a que é caçada pelos homens. A minha mãe. Ou melhor dizendo, a minha inimiga mortal, Zoe. Ela arregala ainda mais seus olhos, brilhantes de entusiasmo. Sinead e Natalie, que me avisaram que ela estava ali, se afastaram-se e foram pra cozinha, que por sinal, é tão perto da entrada que dava pra ouvir tudo.

– Filha! Que saudades, meu amor! Você nunca mais deu um oi pra mim... – ela faz um biquinho fofo e com um leve toque de irritação depois de me abraçar. Eu estava parada, segurando a porta. Não acredito que aquela mulher ainda ousa me tocar. Não acredito que ela ainda ousa me chamar de filha. Não sou mais a filha dela assim como ela não é mais a minha mãe. – Ora, ora, você está tão bonita! Esses seus dias com os amigos deve ter sido muito bom pra você!

Ela vira o rosto de repente. O som ainda ecoava pela entrada vazia. Sua bochecha continha a marca da minha mão. E bem vermelha, como planejava deixá-la. Minha mão ainda estava no ar quando ela tentou retribuir minha atitude “carinhosa”. Mas, por sorte, consegui segurar seu pulso bem apertado antes de ela realmente fazer aquilo.

– Como ousa ainda me chamar de “filha” e de “meu amor”, sua vagabunda?!? – gritei. Ela estava com lágrimas nos olhos ou era só minha imaginação? As meninas vieram correndo ver o que tinha acontecido. Ótimo, temos plateia agora.

– Está... doendo... – ela sussurra com o olhar extremamente interessado no chão. Só agora que percebi que a segurava com força demais. Soltei-a com raiva e bem grossa. – Desculpa se tentei dar em você... como sabe, não sou muito amigável quando me contrariam ou gritam comigo... – ela levanta os olhos do piso de mármore e me encara com um doce sorriso. – Sinto muito.

– O que quer aqui? – falei praticamente cuspindo nela. Essazinha já me fez mal e triste o suficiente.

– O que acha que eu vim fazer?

– Nada demais, apenas me levar embora e me aprisonar cada vez mais!!! – gritei novamente. Por mais grande que a raiva seja, a tristeza ainda era minha melhor amiga. Ela me olhou com uma expressão culpada. Ela não se parecia nem um pouco com a antiga Zoe.

– Errado. – ela abre um pequeno sorriso. – Quero fazer as pazes. Me desculpar. Acha que não sei desse namoro, Juliet? Soube desde quando você começou a sair de casa no meio da noite tentando fazer o mínimo barulho possível e ter conversado muito com o Jonah nas redes socias. Mas, mesmo assim, deixei. Eu quero mudar.

Aquelas palavras... elas... pareciam sinceras. Mas quantas vezes ela me enganou? Quantas vezes caí na lábia dela? Não, não, não! Não vou me entregar facilmente!

– E você acha mesmo que eu vou acreditar nisso de novo, Zoe? – olhei com desprezo pra ela. – Me polpe! Você é melhor do que isso.

– J-juliet... o... o que está acontecendo? – Natalie pergunta assustada. Ao seu lado, estava Sinead de braços cruzados esperando uma explicação.

– Ela não é sua mãe, Ju? Por que toda esse desprezo? – Sinead diz.

– Vocês não entendem! Me deixem sozinha com ela! Saiam daqui! Agora! – gritei de costas para elas. Pelo jeito, ficaram sem reação. Nunca alterei a voz para as meninas.

E assim que falei, me senti culpada. Só porque estava triste e com raiva, não significa que eu posso machucar os outros. Ouvi passos apressados saindo dali junto, é o que parece ser, Natalie chorando.

– Nath... – sussurrei pra mim mesma. Não acredito que fiz isso para elas... Eu... o que está acontecendo comigo? Deve ser essa mulher.

– Ju... – ela disse – Hey, não precisa se preocupar! Sua mãe está aqui se lembra? – ela passa a mão no meu cabelo, fazendo um cafuné. Afastei sua mão gentilmente.

– Por que está aqui...? – disse baixinho.

– Eu já disse que quero que tenhamos uma nova vida! Quero que sejamos amigas! Quero que você me perdoe por tudo que te fiz! – ela fala alto e desesperadamente.

– Você já fez isso antes, lembra?! – disse no mesmo tom que ela.

– Lembro... – ela olha para todos os lugares, mas não conseguiu me encarar. – E me arrependo profundamente de ter mentido... podemos... conversar?

– C-claro... – aceitei mesmo sem nenhuma vontade. Às vezes é bom ouvir as pessoas. – Vamos para o quarto de hóspedes.

Juliet P.O.V. OFF

~Enquanto isso, Sinead e Natalie estavam na cozinha, prestando atenção na conversa com Nat choramingando. As garotas seguiram mãe e filha e ficaram ouvindo a conversa atrás de copos encostados na porta.~

– Compras Amy & Ian –

– Ian!! Olha que caderno fofinhooo!! – Amy coloca o caderno praticamente na cara de Ian. Era um lindo, o fundo era cinza decorado delicadamente nas bordas com um tom prateado quase branco e havia um gatinho laranja de olhos azuis claro me olhando igual ao gato do Shreck com um pirulito na boca. Era de uma matéria só. Amy já tinha seus cadernos escolares em casa, mas estava pensando em fazer deste seu diário.

– Ames... vamos embora, odeio fazer compras num lugar como este. – fala irritado e olha ao redor. Era o centro da cidade, pessoas se movimentando felizes segurando sacolas ou dentro de lojas provando e comprando. Sempre com um sorriso. E isso animou Amy também.

– Ian... só mais um pouquinho... deixe de ser chato! – ela fez um biquinho irritado que a deixou fofa. Logo Ian se inclinou e sussurou roucamente em seu ouvido:

– Só porque você está pedindo, gatinha. – e ela sentiu um arrepio aconchegante pelo corpo.

– Jardim da casa da Amy –

– Ei, meninos! Aqui! – Dan acena. Lá estava Jonah Wizard, os irmãos Starling ( menos Sinead ), Hamilton Holt, Bariel, um Janus, primo de Jonah e Kurt. – As meninas estão tentando escutar a conversa da Juliet com uma mulher aí... – Jonah franze as sobrancelhas, preocupado. - ...e já que Amy está fora, vamos entrar no Quartel-General delas, certo?

– Certo! – todos concordam.

– Não deveríamos ligar pro Ian, já que ele faz parte do time? – Ned se pronunciou.

– Boa ideia, cara! Quem aí tem o número dele?

Jonah pega o celular do bolso, disca alguns números e o entrega pra Dan, que já estava com a mão estendida, esperando o aparelho.

Alô?

– Ian?

– Sim?

– É o Dan, cunhadinho. É o seguinte : as meninas tão querendo ouvir uma conversa aí, essas xeretas, e Amy está fora. Com você, não é mesmo? Segure-a o máximo de tempo possível. E essa oportunidade é de ouro e vamos aproveitá-la! Vamos invadir o QG das garotas e tentar encontrar as estratégias delas. Podemos contar com você?

– Deixem isso comigo! Amy está dentro de uma loja escolhendo umas roupas pra ela. Por sorte, a gente chegou antes de fechar. Oh, ela está vindo, vou desligar. Boa sorte com o plano. – e desliga.

Dan olha para o time com uma expressão de “nossas esperanças acabaram!”.

– O Ian... ele... – diz num tom de choro.

– Ele o quê? – perguntam preocupados com a possibilidade de o plano deles ter se estragado.

– Ele vai segurar a Amy nas compras, seus babacas! – Dan abre um sorriso enorme e brincalhão. Todos parecem aliviados e menos tensos.

– Não nos assuste assim, nunca mais. Entendeu, Dan? – Kurt disse.

– Ahn? Não, não entendi. E nunca vou entender! – por mais sério que o grupo queria ficar, não aguentaram e logo riram da idiotice de Dan. – Agora, mãos à obra!

Kurt pegou uma escada e a depositou em pé abaixo da janela do quarto de Amy. Não queria meter a fuça nas coisas das meninas, então somente deu suporte a escada, para que ela não caísse. Lentamente, um por um foram subindo, liderado por Dan, claro.

Quando chegaram ao destino, fizeram um sinal para Kurt descansar e vagarosamente, reviraram o quarto e nenhum sinal das garotas. Então, colocaram a cortina pro lado e procuraram em cada quadradinho da parede, até encontrar o botão. As pedras se moveram, dando um espaço para passarem e revelando uma escada em espiral. A subiram devagar e quando chegaram ao final : tcharãm!! Só mulheres podem entrar. Tem até um aparelho tecnológico para confirmar se você é mesmo mulher ou não. Eles tinham que forçar uma delas a fazer isso então...*sorriso malicioso de todos os garotos*

Eles, então, saíram da piscina e do quarto e desceram as escadas até o quarto de hóspedes, onde Sinead e Natalie estavam, cada uma, com copos de vidro, tentando escutar a conversa que acontecia dentro do quarto.

– Sinead. – Hamilton toma a frente. – Precisamos falar com você.

Ela os olha assustada e envergonhada por a terem pego no flagra. Mas como era seu noivo, começou a ficar nervosa. Ele queria terminar, por acaso? Nath apenas olha confusa para tudo e depois para Dan. Ele manda um beijinho no ar e ela retribuí. Uma atitude muito fofa do casal. Ela volta a prestar atenção na conversa e ele a andar com o grupo. Jonah ficou para trás junto de Dan parecendo frustrado e preocupado.

– Ei, Jonah, o que foi? – Dan pergunta. Jonah toma um susto já que estava inerte em seus pensamentos.

– Ah, nada, mano. Tá tudo sussa. – ele responde do seu jeito casual e “maneiro” de sempre. Mas não com aquele timbre confiante costumeiro.

– Pode me contar, cara. Sei guardar segredos. – e pisca para o primo.

– É a Juliet... – ele resolve se abrir. – Tô preocupado. Acho que a mulher que ela tá conversando é a mãe dela. E, bem, nunca queira ter uma mãe como essa.

– O que foi que ela fez?

– Isso já não posso contar, primo. É pessoal demais para a Ju. – ele abre um sorriso, porém estava mais aliviado de ter conseguido compartilhar sua preocupação. – Valeu por me escutar, cara.

– De nada! Agora... vamos amarrar e amordaçar a Sinead! – ele faz uma expressão sombria e assustadora.

– Vamo nessa, mano! – Jonah concorda.

~30 minutos depois...~

E lá estavam eles no centro da piscina. Usaram Sinead pra abrir a porta daquela tecnologia de “mulheres” e subiram mais um lance de escadas até chegar no final. E não tinha absolutamente nada.

– Sinead! O que houve com o QG da minha irmã?!? – Dan pergunta indignado.

– Hmpf hmm humhmt!! – ela tenta falar, mas a mordaça impede.

– Fale agora. – Hamiltom retira com cuidado aquilo da boca da sua noiva.

– Ela guardou no seu devido lugar, seus idiotas! – ela repete acrescentando algumas coisas.

– Obrigado, agora pode ir. – Ted a desamarra. Quando se vê livre, a ruiva sai em disparada e bate a porta do quarto com força.

– Nossa, ela é esquentadinha, não? – Bariel comenta.

– Você ainda não viu nada. – os gêmenos Starling falam juntos.

– Espera, o que é isso? – Dan se pronuncia pela primeira vez desde que chegou ao local. Ele estava agachado junto a parede e segurava um pedaço de papel. – Não consigo entender. – ele franze as sobrancelhas.

– Me dá isso aqui. – Jonah passa os olhos pela jolha após pegá-la. – Também não entendo uma palavra só. Deve ser um código das garotas. Destruimos?

– Não. Eu já decorei, não precisamos mais. Mas acho melhor as meninas ainda terem isso. Vamos fingir que não achamos nada. Não vamos forçá-las a nos dizer. Vamos somente entender ao longo do convívio com ela. Entenderam, garotos?

– Sim! – todos falam juntos.

E eles saíram da piscina e desceram as escadas pra contar tudo a Kurt e mais tarde a Ian.

– Amy & Ian –

– Amy... já chega de compras, não? – Ian pergunta super cansado. Ele estava segurando várias sacolas, afinal.

– Tudo bem... vamos voltar pra casa... em compensasão peço pras meninas me ajudarem a fazer um jantar delicioso! – diz Amy batendo as mãos uma na outra como sempre faz quando tem alguma ideia.

– Pode ser um jantar à luz de velas e à dois? – ele acrescenta provocantemente.

– Não. – curta, grossa e fria.

– Ah, Ames, você é muito malvada! – ele reclama.

– Obrigada! – ela lhe dá um doce sorriso que o faz sorrir também.

Às vezes sinto que ela é a única pra mim, a minha perfeitinha.

– Quarto de Hóspedes –

Juliet sai do quarto chorando alegremente de mãos dadas com a mãe. Ela se agacha onde Natalie estava e afaga o seu cabelo.

– Desculpa ter te feito chorar, ok?

Ela abre um sorriso enorme.

– Ok! – e Juliet sorri docemente pra ela. – O que aconteceu?

– Minha mãe realmente mudou. Percebi sua sinceridade. Quero sempre estar com ela agora. – ela se vira para a mais velha e a abraça. – Te amo, mamãe... – sussurra e começa a chorar, desta vez, juntamente com a própria e Natalie.

– Queria que minha mãe também mudasse. – ela funga.

– Os desejos, por mais que demorem, se realizam um dia, Nath.

– Verdade? – ela pergunta esperançosa, os olhos brilhando de emoção.

– Verdade!

– Obrigada, Ju! – Nath pula no seu pescoço. – Você é a melhor!

– Ora, ora, não é pra tanto! – ela retribui o abraço.

– Vocês, jovens, são tão cheios de energia! – Zoe ri. – Agora, garotas, sinto muito, mas tenho uma reunião de emergência e estou atrasada! Se cuide, meu amor. – ela dá-lhe um beijo na cabeça. – Te vejo em casa! – e sai andando rapidamente.

– Depois quero saber o que sua mãe fez pra te deixar com tanta raiva. – Natalie diz curiosa.

– Eu conto de noite, junto com todas as meninas!

– Como eu disse, você é a melhor! – Natalie a abraça novamente.

Continua...

P.S. da co-autora : eu vou contar a conversa inteirinha pra Feeh ou eu escrever próximo capítulo porque, se juntasse essa conversa de mãe e filha com a história em si, ficaria muuuito grande! Esperem ansiosas~ Leeh ♥


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *ooo* digam porque quero saber como foi a minha estréia de co-autora!!
Estou ansiosa esperando suas respostas!!
"Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa"
Leeh



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