Clarity escrita por Mafê


Capítulo 10
All You Need Is Love


Notas iniciais do capítulo

Hellooooo! Desculpa ter demorado tanto gatinhas! Fiz pequeno pra postar logo!
Quero apresentar a vocês minha co-autora: FlorScarlet! Vamos nos revezar nas postagens aqui na Clarity e assim espero que os capítulos saiam mais rápido!
Sugestões?
Kisses!
~~Feeh



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“I promise you as long as you're with me

There'll never be heartbreak story”

– Heartbreak Story, The Wanted.

–VAMOS, Ian! Você dirige muito devagar, assim a gente não chega nunca! – disse, reclamando. Tínhamos saído de casa há uns dez minutos e parecia que não tínhamos andado nem cinco quilômetros, com toda essa lerdeza. Revirei os olhos e bufei.

–Se você quer ser presa tudo bem, mas quando escutar uma sirene saiba que a culpa foi toda sua. – ele disse sorrindo e acelerou. Finalmente estávamos andando numa velocidade boa, uns 100 km/h. Mas aquilo estava tão entediante sem minhas primas, sem papo, sem fofoca, que eu estava começando a ficar deprimida.

Olhei para o rádio de última geração que me encarava pedindo que eu ligasse então eu o fiz. Liguei e, milagrosamente, a primeira rádio que veio, tinha musica boa. Aumentei no volume máximo e me levantei no banco, deixando o cabelo ao vento (roupa da Amy).

–She was staring out the window, and the snow, it was falling. Seemed everyting I use to know, it was crumbling. – cantei, quando a musica começou. Não sei por que existia essa rixa entre The Wanted e One Direction. Eu gostava dos dois e ponto final, sem discussão.

–Nana nina não. No meu carro a gente vai escutar a música que eu quiser. E essa música é pra mulherzinha. – ele disse e fez cara de pensativo. – E gays.

–Pronto! É pra mim e pra você, florzinha! – eu disse rindo e religando a rádio que Ian havia desligado. - He gave you up and then he let you down, all the trust is broken now. Can't remember how it used to be 'cause there'll never be a heartbreak story.

E ele mudou a estação da rádio. Eu odeio quando as pessoas fazem isso. Não deu pra perceber que eu estava escutando? Ou sua falta de respeito é tão grande que te deixou burro? Ele finalmente parou em uma estação e começou uma música horrível de rock.

–Eu sei que você não gosta dessa música. Só colocou aí pra me irritar.

–Nem tudo gira ao seu redor, querida. – ele disse, estacionando no comércio em que compraríamos os tecidos. Olhei no relógio que havia na rua, mas, como sempre, eu precisava saber as horas e ele me mostrava a temperatura. Fiquei um bom tempo lá, feito retardada no meio da rua olhando pro relógio. Finalmente. Pensei quando veio a hora: 17:50. Damn it!

–Ian! A loja fecha em quarenta minutos! – segurei a mão dele e puxei calçada a cima; só consegui porque ele estava cooperando, queria subir também. Mas, como os homens são super inteligentes, Ian estacionou numa ponta do comércio, sendo que a loja era na outra ponta. –Porque você tinha que estacionar tão longe? – perguntei. Não me sentia nem um pouco cansada, depois de correr dos ladrões mais eficientes que já conheci durante a busca as pistas, mas, por favor, talvez mais perto fosse bom.

–Talvez porque as vagas da quadra inteira estão cheias? Afinal, porque tem tanta gente fazendo compras? Amanhã é algum dia especial por acaso? – Ian perguntou com a cara mais fofa de confuso, que fazia você querer explicar pra ele o abc.

Mas então Amy se tocou. Com toda essa história de “nova versão da caça às pistas” e um novo namorado de se morrer por, ela tinha esquecido completamente.

O primeiro dia de aula.

Amy parou tão repentinamente que Ian, distraído, bateu nela e os dois caíram no chão. Apesar de estar muito preocupada com o dia seguinte, Amy começou a rir histericamente e as pessoas que passavam pela calçada, começaram a passar longe deles e olhar torto.

Depois de respirar fundo, Amy deu a mão pra Ian que a ajudou a se levantar. Ele olhou para ela confuso e perguntou:

–Porque, em nome de Cristo, você parou no meio da rua?

–O primeiro dia de aula. –respondi como se fosse óbvio.

–Muito obrigado por me informar, agora eu sei que existe esse dia. Nunca em mil palpites teria acertado isso! – odeio ironia.

–Não, Ian, amanhã é o primeiro dia de aula. É por isso que está tão movimentado: todos estão comprando roupas. – ela explicou e depois começou a falar sozinha:- Ai meu Deus, como eu fui esquecer? Claro, com essa família e um namorado desses fica difícil de lembrar...

–Espera. “... um namorado desses?”? – Ian levantou uma sobrancelha – O que você quis dizer com isso?

–Você sabe. – e Amy começou a subir a rua novamente, mas Ian ficou com os pés colados no chão e agarrou sua mão, a puxando de volta. Ele agarrou a namorada e sussurrou em seu ouvido:

–Eu sei, mas quero que você fale. – e ela se derreteu todinha.

X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X-X

O que estava acontecendo? Eu, Natalie Kabra, a indestrutível e ‘coração congelado’ estou amando? Qualé, não pode ser verdade. Não pode ser... Uma batida insistente na porta consegue me tirar de meus atormentadores devaneios.

–Pode entrar – respondo e (graças a Deus) não era Dan na porta. Esse negócio de namorado fixo é muito confuso. – Ai, Juliet, me ajuda!

–O que foi querida? – ela se senta ao meu lado e fala pra eu colocar a cabeça em seu colo. A “eu normal” não faria isso, mas em momentos de fragilidade, eu aceitava tudo. – Problemas com homens? Homem sempre é problema.

–Porque a gente se apaixona? Sério, por quê? Daqui a alguns meses um faz uma burrada e os dois ficam sofrendo separados, isso não é justo, Ju! – disse já me levantando. Comecei a andar pelo quarto, nervosa, de um lado para o outro, de um lado...

–PARA! – escutei um grito vindo da porta. Sinead entra no meu quarto com uma expressão nada boa. – Seus saltos batendo no chão de um lado pro outro estão atrapalhando a minha música! – ela finalmente percebe a minha face de angústia (Natalie Kabra não tem cara, tem face - e nível-!) e vem até mim com uma expressão beem menos assustadora. – O que foi Nat?

Eu não aguento. Assim não dá. Duas no meu pé, um namorado exigente e uma voz na minha cabeça que sempre me confunde fizeram uma dama da alta sociedade britânica cair aos prantos (N/N: Poxa, autora chorar pega mal, né?) (N/A: deixe a emoção fluir...). Literalmente cair. Eu tropecei nos meus saltos agulha trinta centímetros e cai chorando.

P.O.V Juliet

Quando Nat caiu, vi que já era o suficiente, ela não sofreria mais. Fui até ela que, inesperadamente, me abraçou feito um urso e puxou Si pro abraço conjunto.

–Eu tive uma ideia – digo, quando Nat se senta no chão, já mais calma, e enxuga as lágrimas – Vou pegar filmes de romance, sorvete e pipoca. – me levanto, mas Nat segura a minha mão.

–Não, eu vou – diz, puxando o cabelo e fazendo um coque - Vai ser bom pensar em outra coisa. E além do mais, eu já sei que filme escolher! – ela diz com um sorrisinho no rosto.

Eu reviro os olhos me sento e Nat vai pegar as coisas para nosso momento “garotas também têm coração”. Até que é bom eu e Si ficarmos um pouco sozinhas, já que ela querias isso a muito tempo atrás.

–Você – ela começa, apontando o dedo na minha direção. Já era. Estava torcendo para ser outro assunto. – Vai me explicar tudinho sobre ontem a noite aqui e agora.

–Não sei do que você está falando. – me levantei e fui em direção à porta. Lógico que ela foi mais rápida e tapou a minha passagem para a liberdade.

–Bem, então eu te lembro do que aconteceu:

~~Flashback On~~

Eu acordei de madrugada, umas quatro e meia da manhã. Como não consegui dormir de novo, resolvi descer as escadas para pegar um copo de água, ver se me acalmava sabe? Me servi, tomei tudo e me servi de novo para levar o copo lá pra cima, já que não queria descer de novo à noite.

Quando estava nos primeiros degraus da escada, escutei uns barulhos. Eu resolvi ignorar, voltar a dormir. Provavelmente era só minha mente cansada me pregando peças. Quando estava na metade da escada, os barulhos ficaram mais altos, algo como gemidos. Insistentes, me fizeram voltar a escada toda para verificar.

Eu fui chegando perto do quarto de hóspedes e tudo foi ficando mais alto. Vi uma porta entre aberta e resolvi olhar. Realmente não devia ter feito aquilo. Quando olhei, vi Juliet e Jonah num momento de intimidade que não deveria ter telespectadores.

~~Flashback Off~~

–Isso refresca a sua memória? – ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas. Fui até a cama e me sentei. Seria uma longa história. Mas eu podia transformá-la em duas frases.

–Jonah e eu estamos namorando escondido. Faz um pouco mais de dois anos. – pronto. Eu deveria ganhar um troféu de melhor resumo da história.

–O que? Mas porque não contaram?

–Talvez o fato de sermos primos não importe pra você, mas... – comecei mas fui interrompida.

–Claro que não importa! Olha Ian e Amy. Dan e Nat! Vai, não pode ser só isso.

–Você não me deixou acabar – disse e ela fez um sinal para que eu continuasse. – Como eu ia dizendo, talvez o fato de sermos primos não importe pra você, mas para os meus pais e os de Jonah importa. Temos sessenta e quatro graus de parentesco, mas isso não importa aos meus pais. Nem aos dele; então estamos escondidos, nessa vida bandida que...

–Ju? – diz Nat, entrando no quarto com tudo o que pedimos e tantos filmes que não conseguiríamos ver em um dia. – tem uma mulher na porta. E ela quer falar com você.

–Comigo? – Incrédulas. Estou incrédula. Como alguém sabe que eu estou aqui? Todos que eu conheço acham que estou no Caribe de férias!

–Você é surda? Vá logo, parece ser urgente.

Eu desço as escadas correndo e chego até a porta. Respiro fundo, me preparando física e mentalmente para quem quer que seja e abro a porta.

Meu olho não conseguia ficar mais esbugalhado e eu não conseguia ficar mais assustada.

–Mamãe?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
P.S: Gente, hoje eu depilei a sobrancelha e o buço, foi horrível. Cera quente é foda.
Preciso ir dormir byeeee
"Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa". Xoxo
~~Feeh
(Gente eu me sinto a "A" quando eu assinos hasuashuashuahsua



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