Clarity escrita por Mafê


Capítulo 12
To ashes


Notas iniciais do capítulo

Gentee postei esse capítulo sem as coisas que eu pedi, eu sei, mas eu queria dizer algumas coisinhas:
1° poxa, vocês pararam de comentar!
2° Ninguém mais vai recomendar a fic não? ☻
último e mais importante:
3° a fic agora vai dar uma guinada, e se vocês não estiverem entendendo, peçam explicações nos comentários, eu ajudo tá? Kkk
Kisses ♥



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“California gurls, we're undeniable

Fine, fresh, fierce we got it on lock

West coast represent, now put your hands up”

–California Gurls, Katy Perry.

P.O.V Amy

–Quem é você e o que fez com a minha irmã? –falou Dan, com um olhar de desprezo. Não liguei; ele não me entendia, nunca entenderia. Me virei e fui embora. Não estão entendendo? Vamos começar do começo...

–Até que enfim chegamos, não aguentava mais essas suas músicas! – gritei revirando os olhos enquanto fechava a porta do carro de Ian. Ele o trancou e fomos em direção à porta. – Isso não é justo, porque você sempre escolhe as músicas?

–Primeiro porque o carro é meu, Ames, e segundo que as suas músicas são muito ruins! – disse Ian me abraçando por trás – Mas eu te recompenso hoje à noite.

–Vou pensar no seu caso – disse dando um beijo bem longo no meu namorado. Quando as coisas começaram a esquentar, eu me soltei dele e disse: - Mas agora eu tenho que falar com as meninas. Te vejo mais tarde!

Corri em direção à porta com algumas sacolas na mão. Tínhamos comprado tecido de sobra, e ainda coisas para o jantar. Deixei as outras compras com Ian, porque venhamos e convenhamos, essa é uma das funções agregadas ao cargo de “namorado”.

–Meninas?! Gente?! Preciso falar com vocês! – gritei para a casa que parecia vazia. Subi as escadas até o meu quarto e quando tentei abrir a porta, ela estava trancada. Quem entrou no meu quarto? E porque trancou a porta?

Talvez tenham sido as garotas. Fiz a nossa batida para identificação, que criamos num dia em que estávamos a toa, no ritmo da frase “Baby when they look up at the sky”, de Neon Lights da Demi Lovato. A porta foi aberta no instante seguinte e vi uma das cenas que nunca achei que veria na minha família:

Nat, Sinead, Mary, Ju, Mag e Reag abraçadas com Nellie vendo, se não me engano, “Diário de uma Paixão”, sentadas na minha cama, enroladas em cobertores comendo pipoca e sorvete.

–O que está acontecendo aqui? – disse indo até o pote de sorvete e pegando uma colherada. Eita, fome danada!

–Ela chegou – sussurrou Nat. – Temos que falar.

–Xiu Natalia ou eu arranco sua tripas fora! – falou Reagan um pouco mais alto. Impressão minha ou eu estou sendo feita de boba aqui?

–Podemos falar depois. – sugeriu Ju.

–Gente, ela está de bom humor, é melhor falar agora. Amanhã começam as aulas e... – começou Nat.

–O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – gritei, assustando todas. Me repreendi mentalmente por ter gritado, elas ainda são minhas primas. – Por favor... Alguém me explica.

–É melhor você sentar – essa foi Mari.

–Estou bem em pé, obrigada. Agora falem.

–Tô falando, é melhor você sentar...

–Estou bem, Mari! Agora desembuchem!

Porque todas elas estavam me olhando assim? Pareciam com medo. O que será que tinha acontecido?

–Nellie... Foi o Dan? – perguntei a ela, que estava enrolada nos cobertores ao lado de Ju. – O que aconteceu? Foi com alguém daqui? Da família...? Aconteceu alguma coisa? Olha me fala que eu tô ficando... Eu tô meio tonta... Acho que eu tô sem ar...

–Amy? Amy você está bem? – eu sabia que tinha alguém vindo até mim, mas minha visão estava tão turva que não sabia se era uma pessoa ou um cavalo.

–Alguém pega água, travesseiros e cobertores, vamos gente, rápido! – alguém gritou na minha frente.

Minha visão ficou preta e eu caí nos meus pesadelos de novo.

–Tu não podes fazer isso, Davi! Por favor, não o faças! – gritava uma moça peculiarmente parecida comigo. Eu observava tudo de um cantinho escondido do que parecia um quarto muito, mas muito antigo. A mulher que falou de um jeito estranho estava na porta, com um vestido de época, daqueles em grandões, com armadura de ferro por baixo da saia e coisas assim.

Ela tinha meus cabelos ruivos, mas seus olhos eram castanhos, com um toque de verde, mas eram definitivamente castanhos. Ela encarava um homem de cabelos castanhos acobreados com olhos muito verdes e em um terno bege. Mas ele estava sendo segurado por um homem de cabelos escuros, rosto fino e bem bronzeado que posicionava uma faca perigosamente perto do pescoço do homem de terninho.

–Ele a desonrou, Dominique! Não podes mais viver! Deverás morrer pela minha lâmina e sua honra estarás protegida! Você não deves ver essa cena, vás embora! – ele gritou o provável Davi.

–Dominique! Vá, e deixe-me morrer por você! Restaures tua honra e case-se com Davi. – disse o cara do terninho quase chorando. Vendo essa cena, levei minha mão imediatamente ao meu pescoço, procurando o colar que Ian havia me dado, mas ele não estava mais lá; nenhuma das minhas roupas estava: eu usava um vestido igual ao de Dominique com a estrutura de ferro.

– Evangeline! Não o deixes fazer isto! Seu irmão poderás ser preso! – disse Dominique olhando para mim. – Por favor, impeça-o!

–Eu... Eu não sei... – gaguejei.

–Vá Evangeline, e leves Dominique com tu! Quando acabar eu as encontro lá embaixo! – gritou Davi. Não sei por que, mas uma vontade de desobedece-lo me invadiu e eu não controlei minhas ações.

–Não, Davi. Não farei o que mandas. Largue Augustos e a faca. Tu não deves ficar no caminho do destino. – como eu sabia o nome daquele cara? Ai, senhor me ajude! Nunca, nunquinha em nenhum dos meus ataques tive uma visão tão real, principalmente uma visão da qual eu fazia parte e falava como se aquela fosse a vida real.

–O que te destes Evangeline? De que destino tu falas?

–Do destino. O único destino que existes, ora. Matar Augustos entraria no caminho do destino. Tu não vês, mas eu posso perceber: a família Cahill depende desta união.

–Tu só falas besteira, isso não existe! – ele disse, apertando mais a faca no pescoço de Augustos.

–Não! Eu estou grávida! – gritou Dominique e, com esse golpe do destino, de tão surpreso que ficara Davi afundou a faca em Augustos.

Acordei gritando e com muita dor na cabeça, minha visão ainda turva. Percebi que estava sozinha e segurava muito forte o colar em formato de âncora dado por Ian. A minha cabeça doía como doeu no último ataque que tive naquele quarto.

Eu tinha flashes da cena da morte daquele cara e flashes do meu quarto. Era tão difícil saber em qual dos lugares eu estava que levantei cambaleando da cama e bati de cara na porta do meu quarto e tudo ficou preto pela segunda vez no mesmo dia.

***

–Amy... Amy acorda. – escutei uma voz suave acima de mim e pisquei meus olhos até me acostumar com a luz do quarto. Via uma figura acima de mim, mas não conseguia saber quem era. Os fatos começaram a se juntar na minha cabeça e me levantei um pouco depressa para quem acabou de desmaiar duas vezes no mesmo dia.

–Opa, calminha aí mariquinha. Bebe sua água, vai. – consegui finalmente focalizar o rosto à minha frente e percebi ser Nellie. Ela apontava para um copo de água que repousava sobre minha cabeceira com um sorriso nos lábios. Eu bebi o conteúdo do copo inteiro sem nem parar para respirar. – Ai, Amy, que bom que acordou, nós ficamos preocupados...

–Por quanto tempo eu apaguei? Que horas são? – perguntei, tentando me orientar.

–De três a quatro horas. São umas quatro horas e eu mandei todo mundo sair pra tomar um ar. Acho que foram ao Starbucks. – ela disse se deitando em minha cama. – Mas vem cá, quem é Augustos Trent? Um ex-namorado?

–O quê? Você também sabe o nome dele? Como? – se eu não era a única que sabia dele, então como dizia a minha avó: tem caroço nesse angu.

–Vixi, não se lembra né? Você falou o nome dele várias vezes enquanto dormia. E de uma tal de Dominique Cahill também. Mas, confessa: pelo menos era bonitinho?

–Nellie, eu não sei quem é. Eu tive um sonho com essas pessoas e um Davi, que era meu irmão. Nossa, minha cabeça tá um inferno! Eu preciso de um banho. – me virei para ela novamente. Nellie parecia ansiosa, uma aluna nos últimos cinco minutos de aula. – Nellie, que tal você fazer alguma coisa hoje? Pode ir, eu e os meninos ficamos bem sozinhos.

A próxima coisa que eu vi foi um vulto vindo em minha direção e logo depois senti um abraço que poderia quebrar todos os meus ossos.

–Aah muito obrigada queridíssima! Xauzinho tenho compromisso em meia hora! – e saiu correndo do quarto feito desesperada. Revirei os olhos e entrei no banheiro. Depois de uma boa chuveirada sai do banheiro e procurei uma roupa para usar.

Depois de muito tempo de roupas voando do armário ao chão, do armário ao chão, saí com uma decisão colorida para colorir o humor (N/A: Amy a filósofa). Desci correndo as escadas e quase tropecei nos meus saltos. Momentos antes de sair, me lembrei que amanhã era o primeiro dia de aula e mandei uma mensagem para as meninas:

Ames❤ em Cahill’s Girls Rock:

Meninas, tô indo aí, compras para o primeiro dia às 7h?

Em menos de um minuto as respostas chegaram:

Nat☮em Cahill’s Girls Rock:

Ames eu e as meninas estamos no Starbucks com os garotos, encontra a gente aqui ok?!

Ames❤ em Cahill’s Girls Rock:

Ok! Já estou indo

***

–Hey gentee! – gritei quando vi os outros sentados em frente ao Starbucks. Saí de casa de táxi e entrei no Starbucks antes de cumprimentá-los. Peguei minha bebida e fui sentar ao lado deles.

–Querida, me fala a receita do seu chá de disposição porque estar assim depois de dois desmaios só um milagre! – falou Mary quando ocupei a cadeira ao seu lado.

–Nellie e um banho. – disse e todos riram.

Olhei para Mary e ela estava quase babando enquanto conversava com Bariel. Os dois estavam com um sorrisinho no rosto que me deu uma vontade de sorrir também; sabe quando você olha pra alguém apaixonado e se apaixona de novo, sem saber por quem ou pelo quê? Mais ou menos essa sensação que eu tive.

–Ame? Ames? – perguntou uma voz atrás de mim; me virei e vi Ian de pé com um sorriso no rosto – Vem cá, quero falar com você.

Me levantei e segui Ian debaixo do céu mais estralado que já vi.

P.O. V Mary

–Eu não acredito que você já fez um mochilão pela Europa! Ai, a sua vida é perfeita! – disse, suspirando. Ele já tinha ido para todos os lugares do mundo, e feito tudo que eu queria fazer.

Estava realmente um momento romântico perfeito; até o celular dele tocar.

–Droga – ele sussurrou olhando para o telefone. Levantou seu rosto até mim – Mil desculpas, mas eu tenho que atender...

–Sem problemas - #sóquenão! Quem foi o maldito que ligou logo agora?

–Fala Joe! Quanto tempo, irmão!

–Ei moleque! Eu estava na cidade e queria saber se você tá por aqui.

–Tô sim, o resto da galera também está aqui. Estamos no Starbucks.

–Tô na esquina chego aí em um minuto!

–Falo!

–Falo!

–Quem era? – perguntei deixando meu ciúme transbordar daquela frase. Ele me olhou ainda sorridente, possivelmente não notou o tom da minha pergunta.

–Meu irmão! Acredita que ele está por aqui...?

–Moleque! Quanto tempo! – exclamou uma pessoa atrás de Bariel. A luz fazia reflexo no seu rosto, o que tornava impossível vê-lo. Mas quando eu cheguei um pouquinho para o lado...

Ai Meu Deus.

Quase caí do banco quando me levantei. Foi por isso que reconheci o nome. ‘Joe’ esse é um que eu nunca vou esquecer.

–Mary? Você está bem? – perguntou Bariel se levantando. Joe olhou para mim estupefato, mas ainda sim sorrindo – Mary esse é...

–Eu sei quem é. -Disse indo em sua direção e lhe dando um abraço muito apertado, que foi correspondido. Mas eu me afastei e comecei a distribuir tapas por todo seu corpo – idiota! Eu pensei que você estivesse morto! MORTO! Qual seu problema, garoto? Não sabe ligar, nem mandar mensagem? Eu te odeio! ODEIO! – gritei dando um tapa em seu rosto.

Eu sabia que todos atrás de mim me olhavam assustados, mas eu não consegui segurar. Ele voltou seu rosto para mim e sorriu ainda mais.

–Você ficou mais forte, Mari. – disse ele com um sotaque italiano que só ele tinha. – E eu sei que você não me odeia. Você não consegue odiar as pessoas. – eu suspirei e dei mais um abraço nele. – Bom te ver de novo, gracinha, pensei que...

–Que eu tinha morrido. Pois é, pelo visto estamos os dois aqui. – eu disse radiante. Fazia quantos anos que eu não via Joe? Quando eu o vi pela ultima vez tínhamos só oito anos. Agora, sete anos depois, no reencontramos; parece até armação do destino.

–Não quero ser indelicada, mas já sendo e cortando o clima, alguém me explica o que está acontecendo? – perguntou Reagan.

–Confesso que também estou um pouco confuso... – disse Bariel constrangido.

–Eu cresci na base dos Madrigal, mas disso vocês já sabiam. Quando nós tínhamos o que? Uns oito anos? – perguntei virando a cabeça para Joe.

–É, se eu tinha onze... Por ai; sou péssimo com datas e você sabe disso – ele disse curvando os lábios.

–Mas enfim, uns oito anos, o Joe foi ficar lá por uns tempos. Na minha opinião, ele chegou lá só pra acabar com a base, porque quando ele saiu de lá, ainda não tinham conseguido tirar os chicletes que ele tinha prendido no chão do refeitório. Ah, e o Colin teve que raspar a cabeça, tá bom? Sinta-se culpado! – disse dando mais um tapa nele e continuei:

–Ele colocou cola de sapateiro no shampoo de um dos chefes Madrigal e bem, não acabou muito bem. Mas o foco da questão é que, quando eu tinha onze anos, nós saímos da base e fomos até o mar. O único detalhe é que ele estava muito forte e o bobão aqui não quis voltar pra base. Nós saímos num bote para treinamento, mas ele virou e eu consegui voltar para a terra firme, mas não tinha sinal de Joe. A gente te procurou por semanas, seu retardado – disse me virando para ele que tinha um sorriso de desculpas no rosto. – E nem sinal de Joe; deram ele como morto.

–Morto? Disso eu não sabia – ele disse, com cara de confuso, e depois sorriu – onde está aquela sua amiga que...

–Eu estou vendo um fantasma? – disse Amy, vindo com Ian da esquina – JOE? Seu psicopata idiota, você estava morto até segundos atrás, sabia disso?

–Acabei de saber, criatura. – ele respondeu sorrindo. Quando Amy visitou a base Madrigal, conheceu os dois e foi apelidada assim por Joe porque era sonâmbula e roncava feito um urso naquela época.

–Não me chama assim, monstrengo! – ela disse rindo.

–Voltaram com os apelidos, foi? – perguntou Joe – Aposto que ainda se lembra do seu,...

–Não fala, não fala, por favor! – implorei para ele; que coisa vergonhosa...

–... Franguita! – falaram juntos e choraram de rir. Literalmente. Vendo eles assim não tive como não rir, e ficamos um rindo da cara do outro até que o celular de Amy tocou o que parecia ser um alarme.

–Iihh, meninas hora de fazer compras, bora?! – falou ela, enxugado uma lágrima que caia de seus olhos e ainda rindo.

–Eu acabo de chegar e vocês já vão embora? – pergunta Joe, falsamente perplexo. Eu olho pra Amy que dá de ombros e diz:

–Tá bom, você pode vir com a gente – mas quando os outros meninos fizeram menção de acompanha-lo, ela completou: - você. Não tem graça comprar roupas novas se todo mundo já tiver visto...

E então uma explosão. O barulho era muito forte e o chão todo estremeceu. Cada um correu para onde achou ser mais seguro e cobriu a cabeça com as mãos, como se adiantasse de alguma coisa. Bariel me puxou pra debaixo da mesa e ficamos lá, observando tudo e tremer e torcer para não acontecer nada de grave.

E então parou, sem mais nem menos; todos saímos de nossos ‘abrigos’ e nos reunimos na rua, quando o telefone de Amy toca.

–Alo? Nellie? Para de gritar eu não estou te entendendo! – e então para nós: ­ Gente, eu vou colocar no viva-voz, vai que vocês entendem alguma coisa, porque eu não to escutando nada.

–Amy! Eu voltei pra mansão para pegar a minha carteira e eu vi... Ames é melhor vocês virem para cá; estão atacando a casa! – dava para perceber como Nellie estava muito nervosa e a beira das lágrimas.

Amy desligou o telefone e todo mundo s encarou. No instante seguinte, éramos um bando de adolescentes correndo feito o Bolt em direção à mansão.

Eu preferia não ter chegado e precisar ver aquela cena.

***

P.O.V Amy

A casa estava metade em chamas e caindo aos pedaços. AO ver aquilo um flashback se passou em minha cabeça, com todos os momentos que eu vivera ali. Momentos com Grace, poucas lembranças de meus pais... E agora parecia que estava tudo queimando junto com a casa. Vi e Dan oscilar e quase tropeçar, então chegue perto dele e deixei que se apoiasse em mim.

Eu entendia tudo o que ele estava sentindo agora. Ver as únicas lembranças boas e normais que você tem na vida explodirem em chamas é realmente traumatizante. Eu escutava um barulho de sirenes ao fundo, provavelmente os bombeiros, mas minha atenção foi atraída por um símbolo, quase imperceptível cortado na grama, como se alguém a tivesse aparado: VESPER.

Eu oscilei nesse momento e Dan me segurou já me abraçando. Então tudo isso aconteceu por conta deles. Então tudo isso aconteceu porque somos Cahills. Por um momento um pensamento surgiu em minha mente: e se eu não fosse uma Cahill? Meus pais ainda estariam aqui; minha vó ainda estaria viva. Eu seria normal.

Por uma vez na vida me deixei levar por esses pensamentos; lembrei de todas as preocupações e tristezas trazidas por esse sobrenome que eu carregava: Cahill, todas as coisas que eu queria esquecer e que me faziam chorar sempre que pensava nelas.

Lágrimas escorriam pelo meu rosto, mas isso era tudo o que eu sentia: tristeza. Mas, lá no fundo, começou a aparecer uma raiva que eu desconhecia; uma raiva pelo meu sobrenome: tudo poderia ter sido evitado se eu não o tivesse.

Senti que alguém me conduzia para o caminhão de bombeiros, mas não conseguia raciocinar direito. A única coisa em que eu pensava era: E se eu não fosse uma Cahill? Minha vida seria normal. Depois de apagarem o fogo, nós fomos para um hotel próximo a casa e nos hospedamos lá; Mas, enquanto deitava no travesseiro, tudo o que queria era ser normal. Era deixar de ser Cahill.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que siim! Vou mimir xau pro cês
"Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa". Xoxo
~~Feeh



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