I Have Trouble escrita por Master


Capítulo 4
Que vida cagada.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora, fiquei um pouco atrapalhada e a falta de reviews não ajudou muito a minha auto estima.Mas enfim, aqui está o capítulo.



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– Nada como o sábado! – Alvo exclamou sentando-se à mesa para tomar café da manhã ao lado de seu fiel amigo, Scorpius. – Scorpius?

Alvo olhou para o amigo que permanecia olhando para a última mesa, mais especificamente para a mesa da sonserina.

– O que está olhando tanto? – Alvo perguntou.

– Ela está com os olhos inchados. – Scorpius disse mais pra si mesmo. – Como se tivesse chorado a noite inteira.

Alvo franziu o cenho.

– Quem?

– Lily. – Scorpius respondeu e Alvo começou a rir chamando demasiada atenção para os dois. – Do que está rindo, idiota?

– Sempre achei que você combinava mais com a minha irmã do que com a Rose, cara. – Alvo disse divertido.

– O que? – Scorpius gritou e logo abaixou a voz. – Claro que não idiota, sua irmã é apenas uma pessoa... Curiosa.

Alvo encarou mais o loiro.

– Olha, eu espero que “curiosa” seja algo bom, se não serei obrigado a te azarar por ofender minha irmã mais nova. – Alvo disse rindo no final.

Scorpius voltou a olhar para a mesa da Sonserina, sempre olhando para a ruiva disfarçadamente. Olhar para ela havia se tornado um estranho hábito que ele não sabia que tinha adquirido. Lily Luna Potter era uma pessoa difícil de decifrar, nunca sabia no que ela estava pensando, e no por que sempre parecia tão afastada do mundo e foi assim que começou a perceber que sabia de mais sobre ela.

Sabia os horários dela, onde ela sempre estava, os lugares que ela procurava para ficar sozinha e foi assim que salvou ela de ser estuporada dias atrás.

– Ela é alguém que eu sinto que eu tenho que decifrar, entende? - Scorpius perguntou sem olhar para Alvo.

– Não, mas seja lá o que ela representa pra você decida-se logo quem você realmente quer. – Alvo respondeu um pouco sério.

Scorpius revirou os olhos.

– Além do mais, sua irmã é muito nova pra mim. – Disse desconversando.

Alvo riu.

– Você não parece convencer a si mesmo com isso.

~~~

[Narrador: Lily]

Certo, eu estava péssima. Sim, péssima. Mentalmente e fisicamente, eu parecia tão ruim com aqueles olhos inchados que quebrei o espelho assim que acordei.

Na verdade eu soquei o espelho, mas isso não vem ao caso.

O que estava acontecendo comigo? Ontem a noite quando voltei para o dormitório chorei como se alguém tivesse assassinado toda a minha família diante dos meus olhos, como se alguém tivesse me torturando com a maldição cruciatus.

– Você está sofrendo por amor, Di-lua. – Annie disse próximo ao meu ouvido para ninguém mais ouvir.

Arfei com a frase dela. Annie parecia ler todos os meus pensamentos e aquilo me fazia insegura, não estava completamente pronta para contar o que me afligia.

– Não há como sofrer por amor se não há alguém para amar, Annie. – Respondi sem a encarar.

Não era mentira de certo modo. Não tinha como eu amar uma pessoa sem falar com ela, sem a conhecer. O que eu sentia por Scorpius era mais uma atração física, que estava me fazendo sofrer. Era um sentimento de culpa que me corroia, era isso que estava acontecendo com o meu psicológico.

Culpa.

O que meus pais e meus irmãos iriam dizer quando eu dissesse que estava gos... Atraída pelo namorado de Rose?

– Bem, então você deveria dizer isso para o Scorpius. – Annie disse e eu quase caí da bancada.

Mas pelas barbas de Merlin, essa menina sabia tudo?

– Do que está falando? – Perguntei me fazendo de desentendida.

Ela riu.

– Simples Di-lua, você olha pra ele a cada três segundos e ele olha pra você a cada um segundo, digamos que ele parece desesperado pela sua atenção. – Ela disse divertida e eu rolei os olhos.

– Não inventa e não me chame de Di-lua. – Ralhei com ela e a desgraçada só deu de ombros.

Levantei da mesa da sonserina e decidi sair dali, era sábado, tinha um bom tempo para pensar no que fazer. As pessoas já estavam notando algo, mesmo que fosse algo inexistente, mas quando isso chegasse a Rose, eu simplesmente não saberia o que fazer.

Tem um motivo para eu ter ido para sonserina e não para a grifinória, eu não tinha coragem. Não teria coragem de enfrentá-la cara a cara, mas eu tinha algo que os grifinórios não tinham.

Ambição. Como todo sonserino eu não mediria esforços para passar por cima de quem fosse e era isso que me assustava.

Fui em direção ao meu lugar quase favorito. A torre de Astronomia. Por que quase favorito? Bem, nem eu sei ao certo, sinto sempre que falta algo quando eu vou para lá.

Sonserinos são sozinhos, mas até mesmo as pessoas mais sozinhas necessitam de alguém ao seu lado.

Alcancei a torre com um andar leve, meu pai sempre me disse que muitas vezes eu andava quase flutuando, no mundo da lua, exatamente como a amiga dele que havia composto meu nome, Luna.

Mas algo me fez sair do meu mundinho lunático assim que adentrei o local. Uma voz, uma não, duas.

Fiz o óbvio, me escondi entre o vão da entrada e o corredor, onde tudo que eu podia fazer era ouvir, não ver, mas uma das vozes eu conhecia como se fosse a minha própria.

– ... Eu só preciso dos ingredientes, você sabe que eu posso pagar muito bem para obtê-los. – A voz feminina soou e eu estremeci.

– Weasley, está com tanto medo de perder o que já é seu? – Uma voz masculina que eu não conheço disse e ela hesitou.

Fiquei um pouco chocada, a pessoa que eu jurei tanto conhecer na verdade estava hesitando sobre algo provavelmente ruim, e a Rose Weasley que eu conheço, não hesitava.

Ou ao menos eu pensei conhecer.

– Isso já não é da sua conta. – Rose vociferou e eu quase perdi o controle, queria ver o que estava acontecendo, a expressão no rosto da garota. – Apenas me traga o que lhe pedi e logo receberá o que combinamos.

Ouvi passos em direção à saída e não sabia o que fazer. Mas os passos pararam.

– Só me responda uma coisa Weasley. – O garoto desconhecido disse provavelmente segurando Rose. – O que fará se o feitiço voltar contra o feiticeiro?

Ouvi Rose rir e voltar a andar.

Merlin, que vida cagada que eu tenho.


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Notas finais do capítulo

E então?