Uma Nova Chance escrita por Lady Padackles


Capítulo 9
Capítulo 9




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Capítulo 9

Sam olhou o relógio. Já estava quase na hora da próxima aula começar. Voltou esbaforido, com a cabeça a mil. Então ele, Dean e Clark eram garotos do presente, enquanto Castiel, Oliver, Patrick e seu irmão Stephen eram garotos do passado...Tudo bem, por mais estranho que fosse, ele podia engolir essa nova realidade. Ele podia engolir até a sutil mudança de comportamento de Dean e a nada sutil mudança de comportamento de Clark. Talvez tudo pudesse ser explicado pelo fato de terem passado por experiências diferentes na infância. Quem sabe o antigo Clark não fosse inclusive um gay enrustido? Fazia sentido...  O que o estava intrigando de fato era o nome do ratinho marrom: Ben. Sócrates, o nome do ratinho branco, provavelmente fora escolhido por Patrick nas duas realidades, e copiado por seu irmão mais novo. Mas e Ben? Afinal, quem dera originalmente o nome ao rato? Stephen ou Dean?

Na realidade anterior, obviamente o nome tinha sido dado por Dean. A origem do nome não poderia ter sido a música de Michael Jackson, visto que ela era inspirada em um livro. Livro este que, por sua vez, tinha sido escrito por Stephen Gilbert, praticamente um bebê naquela época...

Na realidade atual, o nome havia sido dado por Stephen e não necessariamente era inspirado em um rato de verdade. Poderia ser simplesmente um nome fictício. Sem dúvida, não tinha sido escolhido por Dean, que nem era nascido quando o livro Ratman’s Notebook fora publicado.

 Seria uma mera coincidência? Será que Dean e Stephen simplesmente tinham o mesmo gosto para dar nome a ratos? Ou será que era óbvio que um ratinho marrom deveria se chamar Ben?

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Dean estava preocupado com o namorado. Primeiro saiu correndo da sala para ir a biblioteca fazer sabe-se lá o que... Depois voltou esquisito, parecendo estar com a cabeça em outro mundo.

- O que você foi fazer? – o louro sussurrou para Sam quando conseguiu chamar sua atenção. O professor de física já estava em sala.

- Pesquisar algumas coisas para o trabalho de história... – o menino respondeu de forma vaga, e aparentando estar um tanto nervoso.

Quando a aula terminou, eles tiveram um pequeno intervalo para um lanche. Sam estava muito calado e estranho, e Dean não sabia exatamente sobre o que conversar com ele. Clark e Garth sentaram-se com os dois mas pareciam não notar nada de diferente, conversando animadamente entre si.

Sam não conseguia tirar Ben da cabeça... Tinha que descobrir alguma coisa. De repente, olhou para Dean, e perguntou:

- Supondo que não existisse aquela música “Ben” do Michael Jackson...

O louro olhou para ele confuso e curioso, a pergunta que viria em seguida provavelmente não era das mais normais...

- Sim, e daí? – Ele disse, vendo Sam hesitar.

- Se eu te desse um ratinho de presente... Um ratinho marrom... Que nome você acha que daria a ele?

Dean arregalou seu grandes olhos verdes... Aquela história de novo!? Não era possível...

- Nenhum , Sam! Eu ia subir em cima da mesa e gritar! – Ele respondeu tentando parecer engraçado. Estava fazendo o possível para manter o clima leve apesar daquela pergunta maluca. Olhou ao redor preocupado que Clark e Garth fossem pensar que seu namorado era louco, mas eles nem estavam prestando atenção.

- Ahhh... – o moreno suspirou. – Mas ele era um ratinho bonitinho, limpinho, fofinho... Não era um rato de esgoto qualquer... – explicou, tentando conseguir uma resposta.

- Para que você quer saber isso?! – Dean perguntou aflito. - Dependendo da resposta você vai me presentear com um rato? Eu não quero! – protestou.

- Não, Dean... Eu só quero saber se você acha que Ben é nome de rato. Mas esquecendo que existe o Ben da música... – ele fez então uma pequena pausa e completou: - lembrando, é um rato marrom escuro!

Ahhh não. Seu querido Sam estava totalmente surtado com aquela história de rato de novo...

- É. É nome de rato. – Ele respondeu com intuito de terminar aquela conversa o mais depressa possível.

Sam se calou, e ficou pensativo. Aquela conversa o havia ajudado em alguma coisa final? Talvez não... Ele não estava mesmo era conseguindo pensar direito. Quem sabe se ele conseguisse conversar com Stephen Gilbert? Será que ele estava vivo ainda? O menino fez as contas, o homem teria 82 anos agora... Seus olhinhos se ascenderam de esperança. Era possível que estivesse...

Sam estava tão distraído que nem reparou que o sinal tocou, e que todos os meninos começaram a se dirigir às suas salas de aula. Dean, Clark e Garth ficaram ao seu lado, esperando por ele. O moreno parecia estar bem longe dali, perdido em seus próprios pensamentos. Clark e Garth começaram a rir. Como Sam podia ser tão cabeça de vento? Dean então pousou a mão em seu ombro chamando a sua atenção.

- Sam, está tudo bem com você? – o louro perguntou, não deixando de esconder a preocupação.

Sam se assustou com a voz de seu amado. Só então ele reparou que ele e seus amigos haviam ficado para trás.

- Tudo bem... – Ele respondeu, sem muita certeza.

- Então vamos para a sala, vem – o louro disse, segurando sua mão e o puxando em direção à saída da cafeteria.

Foram os quatro caminhando juntos em direção à sala, Clark e Garth mais a frente, e Dean e Sam mais atrás. Foi então que Sam deu de cara com um velho. O mesmo velho que vira dias atrás dentro da biblioteca... Dean viu quando Sam parou diante do nada, e deixou seu queixo cair como se fosse um personagem assustado de um desenho animado.

- Sam, o que foi?! – o rapaz disse, segurando o braço do moreno.

O velho não parecia sólido, era quase transparente... Apesar disso o menino pôde notar que seus olhos eram de um azul intenso.  Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas Sam desesperou-se e fechou os olhos com força. Ele estava com medo, muito medo...

- Sam!!? – Dean olhava para ele assustado.  O que estava acontecendo com o seu amor?

O moreno abriu os olhos novamente. Ele havia desaparecido, graças a Deus. Sentiu suas pernas tremerem. O que era aquele velho e o que queria com ele? Olhou para Dean que o encarava assustado e abraçou-o escondendo seu rosto no ombro do amado.

Dean apertou Sam contra seu corpo. Ele estava tão assustado... Parecia estar tendo mais um surto de loucura.

- Vem, Sam, a gente não pode ficar se abraçando aqui... – o louro falou aos sussurros. – Vamos sentar um pouco? Ele disse conduzindo o moreno até o banco mais próximo.

Foi só aí que Clark e Garth perceberam que algo diferente estava acontecendo, e se aproximaram dos dois.

- O que houve? – perguntou Clark assustado.

Antes que eles pudessem responder, o inspetor apareceu também. Dean foi logo explicando que Sam tinha sentido uma leve tontura mas que já estava melhor. Prometeu que dentro de dez minutos estariam em sala. Clark e Garth então seguiram para a aula e o inspetor, que estava ocupado com alguns alunos indisciplinados, acabou deixando-os em paz.

- O que aconteceu, Sam? Me conta... – o louro então perguntou tentando aparentar calma.

-Eu vi um velho... A.. Acho que era um fantasma – Sam falou gaguejante.

Dean achou uma certa graça.  Então seu amor tinha medo de fantasmas? Isso era coisa de neném...

Dean passou um dos braços por sobre os ombros do moreno e acariciou-o de leve.

- Fantasmas não existem... Não fica com medo não... Foi só impressão sua... – Ele disse, e se certificando de que não havia ninguém olhando, deu-lhe um beijinho ligeiro na bochecha.

Sam recostou a cabeça no ombro do namorado e fechou os olhos. Dean permaneceu ao seu lado e foi tão carinhoso que em pouco tempo o menino já se sentia melhor. Em menos de dez minutos já estavam assistindo à aula, apesar de nenhum dos dois conseguir prestar atenção alguma.

Possivelmente seu namorado tinha mesmo um parafuso a menos... Mas Sam era adorável, e talvez a doideira contribuísse para o seu charme. Dean se perguntou se deveria ter levado o moreno à enfermaria. Talvez se ele tivesse outros surtos daquele ele devesse tomar alguma providência... O louro suspirou. Queria tanto que seu amor ficasse bem... Ele faria de tudo para protegê-lo do que quer que fosse.

Sam pensou no velho por algum tempo ainda. Seria mesmo um fantasma? Sentiu-se congelar por dentro quando teve outro pensamento ainda pior: e se estivesse sonhando? E se a realidade anterior fosse a verdadeira, e essa fosse o sonho? E se quando acordasse Dean estivesse morto? Afinal, coisas malucas acontecem em sonhos... Sam teve medo de acordar.

Quando a hora do almoço chegou, Sam só tinha uma certeza. Precisava aproveitar cada momento daquela existência, antes que ela acabasse. Ele de fato não fazia ideia do que havia acontecido ou estava acontecendo com ele. Não tinha mais nada a fazer... Então relaxou, sentou com seus amigos e conversou com eles sobre assuntos banais. 


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Notas finais do capítulo

E então? Quem será esse velho fantasma? O que ele quer falar com o Sam? Algum palpite!?



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