Uma Nova Chance escrita por Lady Padackles


Capítulo 41
Capítulo 40




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Dean foi dormir cedo. Antes das 21h já estava na cama. Mostraria a Kurt que o mau desempenho do dia anterior tinha sido algo momentâneo. No dia seguinte, descansado, daria tudo de si no treino.

Enquanto isso, em seu quarto, Sam tentava se concentrar, mas sem a ajuda de Romero sentia dificuldade... Ele fechou os olhos e contou a até dez vagarosamente imaginando a mesma escada de antes. Mas nada aconteceu... Tentou novamente, e mais uma vez, até que por fim foi levado pelo cansaço e adormeceu.

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Cedo pela manhã Dean acordou e seguiu para o treino, sentindo-se ainda bastante sonolento. Será que dormira demais dessa vez? Provavelmente... Mas tinha certeza de que o sono passaria assim que começasse a treinar.

– Então meninos? Estão prontos? O treino será pesado hoje! Vocês precisam se fortalecer para o próximo jogo... – anunciou Kurt assim que todos já estavam uniformizados e reunidos na quadra.

O pobres garotos se entreolharam. Kurt se vingaria da derrota, disso não tinham dúvida... Pelo jeito sairiam mortinhos dali.

Começaram o aquecimento com uma corrida leve, segundo Kurt, mas que de leve não tinha nada... Dean começou bem, mas logo sentiu-se cansado. O menino, que corria ao lado de Brian, começou a ficar para trás.

– Dean, deixa de moleza. Você precisa melhorar seu desempenho! – esbravejou o treinador.

O louro acelerou. Não podia passar vexame de novo... Correu com todas as forças que tinha. Ao final, estava completamente vermelho e sem fôlego.

– Vamos agora treinar salto e pontaria! – anunciou Kurt, chamando os meninos para um dos lados da quadra.

Dean ia caminhado lentamente. Sua pernas pesavam uma tonelada.

– Está tudo bem? – Dean olhou para trás e viu Brian se aproximando. Claro, estava tudo bem... Ele só tinha corrido demais, só isso... Mas antes que o louro pudesse responder viu tudo a sua volta girar. Segurou-se no colega para não cair.

– Você está passando mal? – perguntou Brian assustado. Dean nem precisou responder. Estava pálido e suava frio... O garoto mais velho então, nervoso, tratou de chamar o treinador.

Kurt se aproximou, olhou o menino e, com cara de poucos amigos, disse para ele se retirar do treino e ir até a enfermaria.

– Eu vou com ele então, professor... – prontificou-se Brian.

– Não, você precisa treinar. Também está fora de forma... Não posso perder dois jogadores importantes! – retrucou o homem.

Dean, que se apoiava em Brian, tratou de afastar-se dele. Não queria prejudicar o amigo. Ele poderia sim seguir sozinho até a enfermaria... Ou talvez fosse direto para o seu quarto. Era apenas uma indisposição afinal...

Mas Brian não concordou com o treinador. Olhou-o de frente e respondeu resoluto que o louro não tinha condição de sair sozinho dali. Nem esperou que Kurt lhe respondesse. Segurou o braço do amigo e saiu com ele da quadra furioso com a atitude do professor.

– Brian, você não precisava ter vindo comigo... - suspirou Dean.

– Você não está se aguentando em pé... Um absurdo o Sr. Harris não deixar que eu te acompanhe! – retrucou o moreno.

Dean respirou fundo. A verdade é que preferiria ter sido deixado sozinho. Não gostava que o vissem assim tão vulnerável. Agora, além de tudo, sentia seu estômago embrulhar. Se vomitasse na frente de Brian morreria de vergonha...

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Sam também havia acordado cedo aquele dia. Ao contrário de Dean, estava cheio de vitalidade. A primeira coisa que fez foi correr pelo colégio todo a procura de Seu Romero. Procurou-o por todos os cantos, mas foi em vão.

Já sem esperanças de encontrar o funcionário que tanto lhe ajudara no dia anterior, Sam voltou para o seu quarto. Resolveu tentar sozinho mais uma vez. Dessa vez colocou um CD de música clássica, que havia ganhado de brinde nem se lembrava onde.

1... 2... 3... O menino contou enquanto descia mentalizando os degraus de uma escada. Começou a se sentir relaxado. Perdeu o controle de seus pensamentos, e, de repente, lá estava ele de volta ao sonho.

Viu-se sentado ao lado de Dean. O louro segurava sua mão com força. Parecia mais assustado que ele.

– A decisão é do Dean, por isso ele está sentado no centro, olhando para mim. Sam e Roger foram convidados a estar aqui presentes também porque suas trajetórias serão afetadas por essa decisão. disse então Malaquias.

– Dean... – O espirito disse então, dirigindo-se especificamente ao louro. – Roger está com seu desenvolvimento espiritual estagnado. Não está evoluindo em nada... A alma do homem, que hoje é seu pai precisa ficar ao seu lado enquanto você se trata de uma doença, que ele acredite ser terminal. Ele falhou na vida passada, e também nessa. Mas agora, com a reaproximação de vocês, podemos fazer uma nova tentativa.

O louro olhou assutado. Ficar doente novamente provavelmente não estava em seus planos...

– Eu farei o que for preciso... – Respondeu resignado.

Sam teve vontade de chorar. Dean doente de novo? Mas tratou de se controlar, não podia fazer uma cena ali no meio de todo mundo.

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– O que você está sentido? – perguntou a enfermeira, ao mesmo tempo que convidava Dean a se sentar.

– Me senti um pouco tonto durante o treino de basquete... – respondeu o menino – Estou meio embrulhado também...

– Ele quase desmaiou! – completou Brian. – E olha como está pálido...

– Você tem se alimentado direito, menino? Tomou um bom café da manhã?

Dean acenou afirmativamente.

A moça então deu uma examinada no estudante. Pediu que abrisse a boca, e examinou seus olhos também.

– Você esteve resfriado recentemente, ou alguma coisa assim?

– Não... Ontem me senti um pouco cansado. Antes disso, estava ótimo...

A moça ficou pensativa. Talvez fosse uma virose. Mas ele também parecia anêmico... Resolveu colher sangue para um exame. Só assim para ter certeza.

Brian ficou ao lado de Dean o tempo todo e fez questão de acompanhá-lo até o quarto. A enfermeira tinha recomendado repouso, e pedido que o louro voltasse a procurá-la caso sentisse mais alguma coisa. Nada de treinos de basquete até terem certeza de que estava tudo bem...

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Enquanto isso, deitado em sua cama, Sam em transe se lembrava do encontro espiritual que tivera. Após Dean dizer que faria o que fosse preciso, Castiel pediu a palavra.

– Acho que precisa ficar bem claro, Dean, que se quiser ajudar o espírito de Roger, você irá sofrer sem necessidade kármica. Você não precisa mais passar por isso... Lembre-se que o que tinha combinado era que passaria por essa doença, o que você já fez, e seguiria adiante com sua vida, com Sam ao seu lado...

– Mas ajudar um irmão necessitado é um gesto grandioso, meu filho... – completou Donna, encarando Castiel com certa irritação.

Sam viu que lágrimas começavam a brotar dos olhos do seu amor. Começou a chorar também. Não era justo que tudo tivesse que ser tão difícil para eles... Ele e Dean deviam ter jogado pedra na cruz, só podia ser isso... A angústia que invadiu seu peito foi tão grande, que o menino acabou por despertar. Notou que seus olhos estavam molhados de verdade.

Sam ponderou se deveria ou não tentar se concentrar de novo. O que será que Dean respondera? Como ele poderia ficar calmo sem saber? Ao mesmo tempo sabia que seria difícil conseguir relaxar naquele momento... Só então o menino lembrou-se de olhar o relógio. Percebeu que o tempo passara mais depressa do que imaginara. Estava meia hora atrasado para seu encontro com Dean...

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Quando Sam beteu na porta, Dean estava deitado. Ainda sentia-se tonto e fraco, mas não pretendia dizer nada ao namorado. Sam se preocuparia a toa... E ele estava bem... O louro então levantou-se e abriu a porta com a melhor cara que pôde fazer.

– Dean, você está pálido! – Sam exclamou assustado.

Como ele podia esconder qualquer coisa de alguém que lhe conhecia como a palma da própria mão? Dean não conseguiu mentir, mas amenizou.

– Estou um pouquinho indisposto, só isso...

Sam estremeceu. Dean estava doente? Doente de verdade? O menino sentiu-se desnorteado. Sua expressão era tão desesperada que Dean se surpreendeu. Aquela reação do moreno não era normal...

– Sammy, o que você tem?

– Na.. na... da – gaguejou ele. – Tem certeza que é só uma leve indisposição?

Dean balançou a cabeça afirmativamente. O que mais haveria de ser?

Sam então abraçou-o como se aquela pudesse ser a última vez. Estava tão angustiado...

– Falta o treino e basquete amanhã cedo e vai a praia comigo hoje, por favor... – pediu.

Dean olhou para o namorado que o encarava implorativo. Se ao menos ele estivesse se sentindo melhor... Mas não conseguiria escalar aquela pedreira que levava até a praia. Não naquele dia...

– Eu não vou ao treino de basquete amanhã, Sammy...

Dean ia completar a frase, mas Sam cortou-o entusiasmado.

– Não vai?

– Não... – confirmou o louro. - Mas a gente tem aula... Olha, eu te prometo que vou no próximo Sábado à praia com você. Pode ser? Daqui a uma semana...

Sam concordou com a cabeça. Estava combinado então. No próximo sábado...

– Mas não vai a treino por que então? – o moreno perguntou por fim.

Dean não quis contar que esteve na enfermaria. Simplesmente falou que Kurt achara por bem deixá-lo descansar um pouco. Isso já foi suficiente para deixar Sam mais preocupado. Abraçou o namorado mais uma vez. Não queria ter que largá-lo jamais.


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