Uma Nova Chance escrita por Lady Padackles


Capítulo 39
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Gente, um leitor me avisou que eu tinha chamado a mãe do Dean de Joan, e depois de Sarah. Eu verifiquei que realmente tinha dado dois nomes para ela!!! Desculpa se confundi alguém... Já substitui todos os “Joan” por “Sarah”. O nome dela é agora é só Sarah!



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Nos dias que se seguiram, Sam não conseguiu pensar em mais nada a não ser em seu sonho, que o deixara tão angustiado. As poucas lembranças que vieram a sua mente eram tão reais que ele tinha certeza ter de fato vivenciado tudo aquilo durante uma reunião espiritual. Precisava então de alguma forma lembrar-se do sonho inteiro...

Lembrara-se do inicio: uma reunião entre ele, Dean, Roger, Castiel, Donna e Malaquias, ao redor de uma mesa branca. Com muito esforço foi capaz de lembrar de mais uma passagem. Esta, ao final do encontro. Estava chorando. Chorando muito... Mas ele não era o único. Dean, Roger, Donna e Castiel também choravam, sendo Malaquias o único a manter o controle de suas emoções. Ou talvez ele não estivesse triste de fato... Vai ver era o vilão daquela história, o causador de todo o sofrimento...

No sonho, Castiel aproximava-se dele, e com lágrimas nos olhos pedia desculpas.

– Desculpa, Sam. Foi tudo culpa minha... Mil desculpas... – Ele repetia sem parar. Sua voz era baixa, e o garoto notou que o amigo prestava atenção ao seu redor para que ninguém mais pudesse ouvi-lo.

Sam então abraçou o espírito. Com certeza o havia perdoado... Mas o que de tão terrível Castiel haveria de ter feito afinal? Sam não se lembrava, mas apostava que a culpa toda, na verdade, era do tal Malaquias. Não se lembrava de mais nada, por mais que tentasse. Que angústia... O pior de tudo era que a medida que o tempo passava, menos provável era que conseguisse ter mais alguma recordação. Tendo consciência disso, Sam fechou os olhos, se concentrando em mais uma tentativa frustrada.

Sentados na biblioteca, Dean, Clark e Garth conversavam sobre qualquer coisa. Estavam estudando e fazendo deveres de casa. Sam, sentado ao lado dos amigos, parecia alheio a tudo o que se passava a sua volta.

Castiel tinha dito mais alguma coisa a ele... Mas o quê? Sam estremeceu quando sentiu um leve toque em sua mão trazendo-o de volta a realidade.

– Sammy... O que que você tem? – o semblante de Dean era preocupado. Seu namorado andava estranho, e ele não conseguia entender porque...

O moreno olhou para ele e tentou forçar um sorriso. O que dizer?

– Nada não... – o menino suspirou. – Estou cansado, só isso...

Se Sam pensou que com isso Dean o deixaria meditar em paz, estava muito enganado. O louro levantou-se em seguida. Se seu namorado estava cansado, deveria ir para o quarto relaxar um pouco. E Dean iria com ele... Para falar a verdade ele também já estava cansado de tanto estudar.

– Nós já vamos então... – anunciou o louro, enquanto guardava seu material e prestava atenção para ver se Sam, com a cabeça nas nuvens, não deixaria algum caderno ou livro para trás.

Sam seguiu o namorado, pensativo e calado. É... definitivamente ele não conseguiria se lembrar de mais nada... Um sentimento ruim invadiu seu corpo, comprimindo seu coração contra o peito. Então ele olhou para Dean, que mantinha um semblante sereno no rosto. E se algo de ruim acontecesse com ele? E se eles não tivessem todo tempo do mundo para ficar juntos, como pensara antes?

Quando os meninos chegaram em frente à porta do quarto de Sam, o moreno pediu para Dean entrar. O louro concordou, é claro. Queria ter certeza de que seu amor ficaria bem... Depois disso, aí sim, iria para seu quarto. Sozinho poderia dormir melhor... Ele precisava estar bem descansado, pois iria pegar o ônibus logo cedo pela manhã para mais um compromisso com o time de basquete.

– Dean... – Sam fez beicinho. – Me abraça... – pediu.

O louro deitou-se na cama ao lado do namorado e encheu-o de carinho. Aquele comportamento de Sam estava partindo seu coração... Por que seu amor estava assim tão amuado? O que havia de errado com ele afinal? Será que estava doente?

– Sammy... Você está sentindo alguma coisa? Está passando mal? – perguntou preocupado.

Sam balançou a cabeça negativamente.

– Eu só quero ficar com você, Dean... Só isso.

Dean chegou mais perto, aconchegando o outro menino junto de si. Sua vontade era de protegê-lo de tudo, de qualquer coisa que pudesse deixá-lo triste...

– Eu estou aqui, meu amor. – Ele disse, dando um beijo na testa do moreno.

O coração de Sam acelerou. O que ele sentia agora era urgência. Uma urgência enorme de viver sua vida inteira ao lado de Dean naquele exato momento, antes que roubassem todo o tempo que lhes restava.

– Dean... Vamos à praia?

Dean se surpreendeu. - Agora? – perguntou arregalado.

– Sim, agora! Por que não?

Sam já ia se levantar, mas Dean pareceu hesitante.

– Sammy, você esqueceu que eu tenho jogo amanhã? Eu vou ter que acordar cedo...

Maldito jogo... Mas o moreno entendeu que não seria justo insistir... Talvez toda aquele sentimento ruim que lhe invadia o peito fosse injustificado afinal... Talvez fosse só sisma dele. Nada demais... De qualquer forma quando Dean disse que iria para seu quarto, Sam sentiu que não podia deixá-lo ir. Não podiam desperdiçar nem mais um segundo...

– Fica... Fica... Fica... – Pediu.

Dean não teve como negar... Sam estava tão dengoso... Na manhã seguinte ele daria um jeito de voltar para seu quarto sem ser visto.

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Dean corria pela quadra já sem fôlego. Quem mandou ficar namorando a noite toda? Estava se sentindo um caco, jogando muito mal, e os olhares desgostosos que seus colegas e o treinador lançavam sobre ele apenas confirmavam isso.

– Dean, o que deu em você? Presta atenção no jogo! – Reclamou Kurt do lado da quadra.

O menino pediu desculpas. Precisava se concentrar mais. Respirou fundo e seguiu os colegas em mais um ataque ao time adversário.

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Enquanto isso, no colégio, Sam decidiu aproveitar bem seu tempo livre. Correu a procura de Seu Romero. Estava subindo pelas paredes de tanta angústia, e precisava de ajuda.

– Seu Romero... – O menino chamou bem alto, assim que avistou o homem trabalhando no jardim.

O funcionário se aproximou. Ia dizer que estava ocupado, mas notando o desespero do garoto não teve coragem de negar-lhe socorro.

Sam puxou o homem para sentar-se com ele em um canto reservado e contou-lhe tudo sobre o sonho.

– E é por isso que eu preciso, de qualquer maneira, falar com o Castiel... – suplicou. – Esse tal Malaquias deve ser um ser do mal, que quer atrapalhar minha vida!

– Sam... – ponderou Romero – Nós já conversamos sobre isso antes... – suspirou ele. Estava com pena do garoto, mas não sabia exatamente como poderia ajudar.

– O que eu faço, Seu Romero? Eu sei que participei dessa reunião, mas não consigo me lembrar! E eu preciso me lembrar...

O garoto estava a ponto de chorar. Bem, talvez ele tivesse sim uma maneira de aliviar o coração daquele pobre infeliz...

Seu Romero então convidou Sam a entrar em sua casa e pediu que o menino se deitasse no sofá.

– Para quê? – perguntou ele.

– Vou te deixar bastante relaxado... Quando vocês estiver em um estado de sonolência, nem dormindo nem acordado, terá sua mente aberta para se lembrar do que quer que seja...

O homem colocou então uma música ambiente suave e pediu que Sam fechasse os olhos. O garoto obedeceu prontamente e deixou que Romero lhe conduzisse os pensamentos.

– Você vê uma escada a sua frente e começa a descer os degraus contando lentamente... – ele disse em voz macia. Em seguida pediu que Sam imaginasse outras coisas.

Logo o garoto começou a sentir seus músculos relaxarem.

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– Dean, você está bem? – Brian esticou a mão para o amigo a ajudou-o a se levantar.

O menino, vermelho de vergonha, acenou afirmativamente. Uma coisa era cair durante um combate com o oponente, outra era despencar no chão como um tomate maduro... Ele definitivamente precisava descansar melhor antes dos jogos. Sentia-se culpado agora por ter sido não negligente.

O time do colégio Saint Peter perdia feio, e Dean atrapalhava mais que ajudava. Não custou muito para Kurt Harris decidir substituí-lo. Com outro menino jogando em seu lugar, o time conseguiu recuperar-se um pouco, mas não o suficiente para derrotar o time da casa.

No vestiário, ao fim do jogo, revoltado com o desempenho do time, Kurt gritava. Reclamava com todos os jogadores, mas principalmente com Dean, que segundo ele estava dormindo em quadra. Como castigo teriam que treinar duro durante toda a semana, sem descanso.

Sentado ao lado de Brian no ônibus, voltando para o Colégio, Dean sentia-se miserável e envergonhado. O pior de tudo é que o balançar monótono do veículo mal lhe permitia manter os olhos abertos. E se ele dormisse viraria chacota do time todo... Já bastaram os risinhos que ouviu enquanto Kurt esbravejava com ele.

– Está com sono, Dean? – Brian perguntou baixinho.

– Eu dormi muito pouco à noite... – confessou o menino.

Dormiu pouco por que? Brian já imaginava, mas nem quis perguntar... Com certeza era tudo culpa daquele Sam Winchester... Balançou a cabeça em desaprovação.

– Sabe aquela do papagaio?

Dean olhou para o amigo agradecido. Por piores que fossem as piadas de Brian, pelo menos ele estava empenhado em ajudá-lo a manter-se acordado.

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Deitado no sofá da sala de Seu Romero, Sam estava agora completamente relaxado. Ele então concentrou-se no sonho. Olhou ao seu redor e lá estavam Dean e Roger, esperando diante da mesa branca.

– O que nós estamos fazendo aqui? – perguntou para o namorado.

– O Seu Malaquias quer conversar conosco... – respondeu o louro, mostrando-se apreensivo.


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