I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 13
Contra a parede.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Não tenho muito o que dizer, então... Boa leitura :3



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Não era difícil de adivinhar o que se passava na mente da garota de olhos perolados, que andava apressada pelos corredores da faculdade em direção a saída. Acabara de receber uma mensagem do seu primo dizendo para encontrar com ele na casa da amiga rosada, Sakura. A Hyuuga não pensou duas vezes e pediu permissão para sair, estava deixando a aula quatro horas mais cedo, mas não se importava. Se Neji estava na casa de Sakura era porque alguém descobriu alguma coisa sobre o sumiço dela e do Uzumaki.

Ah, o Naruto, como Hinata sentia falta de se perder naquela imensidão azul que eram seus olhos.

Um nó se fez em sua garganta, ela se controlou para não chorar.

Já fazia pouco mais de cinco dias que os dois estavam “fora”, e ninguém, até agora, tinha a mínima pista de onde procurá-los. No terceiro dia as ligações que eles faziam para avisar que estava tudo bem simplesmente acabaram. O que deixou todo mundo muito mais preocupado. Buscaram a ajuda da polícia, claro, mas não estavam tendo progresso com isso. Talvez alguma coisa tenha mudado, pensava esperançosa.

Enquanto Hinata saía do prédio, sem se importar com qualquer outra coisa que não fosse “voar” até a casa de Sakura, era evidente a preocupação e a aflição que sentia. As pessoas costumam dizer que a Hyuuga era como um livro aberto, onde qualquer um que olhasse poderia facilmente decifrar o que se passava, ou melhor, o que ela estava sentindo. E por mais que não gostasse, aquilo era totalmente verdade.

Seus passos se apressaram quando viu o ônibus parando perto da esquina, era aquele que a levaria mais rápido até a casa da amiga. Conseguiu alcançá-lo no último segundo, porem já estava ofegante pela pequena corrida que fez.

– Kami-sama deve estar ao meu favor – Murmurou ela ao entrar.

Demorou um pouco, mas logo já estava na porta dos Haruno.

Qualquer minuto parece horas quando se esta com pressa.

Tocou a campainha só uma vez e alguém já a atendeu.

– Shikamaru-kun? – Perguntou surpresa com a presença dele ali.

– Oi pra você também, Hinata-san – Respondeu, gesticulando com a mão para que Hinata entrasse logo.

E assim ela fez.

Encontrou a casa cheia, considerando que o lugar não era nem um terço da mansão Hyuuga, qualquer grupo de dez pessoas encheria a sala.

Neji, Chouji, Kiba e Akamaru, Ino e Sai, Sr. e Sra. Haruno e até mesmo Sasori, estavam todos ali e todos olharam para Hinata do mesmo jeito que ela olhou para eles: preocupados.

A expressão de Hinata pedia por uma explicação e Neji foi o primeiro a se pronunciar.

– Sabemos onde eles estão. – Seu primo foi direto.

O coração da garota palpitou, fazendo-a levar uma mão até o peito e apertá-lo, na esperança de fazer o ar voltar aos seus pulmões.

– Não se preocupe – Ino a tranquilizou – Está tudo sobre controle.

– É, Jiraiya descobriu – Kiba contou a novidade abrindo um sorriso satisfeito.

– E... O-o que faremos agora? – Hinata perguntou receosa.

Então uma sombra imponente apareceu na porta da cozinha, se aproximando e entrando na sala. Era Jiraiya. Ele fechou os olhos e respirou fundo, parecendo insatisfeito com o que iria dizer a seguir.

– Vamos até a delegacia Uchiha. – Respondeu.

Todos o fitaram em absoluto silêncio.

– Não é assim tão simples – Sasori se pronunciou. Ele estava encostado na parede em um canto escuro da sala, de braços cruzados, mantendo a cabeça baixa de forma que ninguém conseguia ver seu rosto.

– O que quer dizer com isso? – O pai de Sakura perguntou surpreso, já que o garoto de cabelos vermelhos, que a dias se mostrava tão preocupado, agora parecia mais sereno e calmo.

– Quero dizer que... De alguma forma, eu sinto que a polícia não quer nos ajudar. Não essa policia. – Deu ênfase na palavra, deixando todos intrigados.

– Está insinuando alguma coisa? – Neji foi o primeiro a perguntar.

Jiraiya sabia do que o ruivo estava falando, ou melhor, de quem. Mas o velho tarado obviamente tinha um plano, não se deixaria ser enrolado por Madara, o colocaria na parede com a informação que conseguiu, sabia onde Naruto e Sakura estavam e se o chefe de polícia não quisesse ajudar, ele passaria por cima de suas ordens sem pestanejar. Entretanto, Jiraiya não queria alarmá-los sobre isso. Era uma informação que eles não precisavam saber, pelo menos não ainda.

– Olha, garoto – Começou a dizer para Sasori. – Eu sei que você conviveu muito com os irmãos Uchiha, mas isso não quer dizer nada, então não faça suposições. Vamos até lá e eu vou fazer com que dessa vez eles nos ajudem. Estamos todos entendidos? – Jiraiya disse a última parte em tom retórico, olhando para todos na sala.

Ele foi rude, mas era preciso. Não sabia como todos iriam reagir se deixasse o garoto continuar falando. Já era ruim ter tanta gente envolvida e preocupada, se ficassem com raiva seria pior.

– Ah, cara. Isso vai ser problemático – Shikamaru murmurou batendo na própria testa com a palma da mão.

– E o que nós estamos esperando? – Chouji perguntou olhando rosto por rosto em busca de uma resposta.

– É, vamos logo! – Kiba exclamou e Akamaru latiu em seguida, deitado na cabeça do dono.

– Não, não e não – Jiraiya cruzou os braços e balançou a cabeça negativamente, com um sorriso de canto nos lábios. – Eu vou sozinho! – Avisou.

É claro que ninguém concordou com aquilo e logo uma discussão começou. Nesse momento, o velho se arrependeu da escolha que fez de ir avisar os pais de Sakura sobre as “boas novas”, e de brinde encontrar um Sasori preocupado por lá, o que foi uma grande surpresa para ele. Não demorou muito e a notícia se espalhou, enchendo a casa dos Haruno de gente. E agora estava ali, sem poder fazer nada a não ser aceitar.

– Ok! Vamos logo então! – Deu-se por vencido.

Com as últimas palavras todos começaram a se mover em direção a porta da frente.

– Espero que saiba o que esta fazendo, Jiraiya – Sasori falou baixinho para que só eles pudessem ouvir.

Eu também espero, pensou Jiraiya depois de passar pela porta. Também espero...

[...]

Ao chegar à delegacia Uchiha, entraram todos de uma vez, causando um grande alvoroço dentro do local.

Jiraiya se pôs a frente e falou com um homem que estava atrás do balcão, olhando com raiva para todos eles.

– Mas o que significa isso? – O homem perguntou, indignado.

– Fizemos um boletim de ocorrência há alguns dias, é sobre dois adolescentes desaparecidos.

– Hm... – O homem olhou desconfiado para Jiraiya e depois para as pessoas que ocupavam o local. Pesquisou algo no computador e seus olhos se arregalaram – Claro, claro. Me acompanhe por favor. – indagou ele, um pouco tenso.

Todos fizeram menção de ir atrás, mas foram avisados que somente um deles poderia ir, e este era Jiraiya.

– Será que eu poderia levar mais alguém comigo? – Perguntou. O policial olhou para ele por alguns instantes e afirmou com a cabeça.

– Apenas um – Avisou.

O velho tarado chamou Sasori, ouvindo algumas frases de protesto, que ignorou completamente.

– Por que eu? – O ruivo sussurrou, enquanto seguiam por um corredor.

– Não faça perguntas, logo vai descobrir. – Jiraiya respondeu.

Mais nenhuma palavra foi trocada até chegarem a uma sala de espera, onde o homem que os guiava saiu, avisando que logo os dois seriam chamados.

.

Na sala de Madara.

Batidas na porta fizeram com que o Uchiha desviasse a atenção dos papeis que analisava, em cima da mesa.

– Entre – Ordenou.

– Senhor, ele está aqui – Sua secretária notificou.

– Mande-o entrar.

A mulher afirmou com a cabeça e saiu, para trazer consigo, momentos depois, um homem de cabelos grisalhos e um garoto de cabelos vermelhos.

– Já pode sair – Madara informou a mulher, e assim ela o fez, deixando os três sozinhos. – A que devo a honra?

– Não achei que seria tão fácil falar com você – Jiraiya confessou, ele estava mais serio do que nunca e também mais desconfiado.

Parecia que eram esperados ali.

– Às vezes é... Às vezes não... – O Uchiha gesticulou com as mãos em sinal de deboche. – Mas, em que posso ajudá-los?

– Vim falar sobre o sumiço de Uzumaki Naruto e Haruno Sakura.

– Ok. Estou ouvindo... – O chefe de policia o incentivou a continuar enquanto recostava-se em sua poltrona e apontava as duas cadeiras a sua frente, para que seus “convidados” sentassem.

Ambos recusaram a oferta, mantendo-se de pé.

– Sei onde eles estão, Madara. – Jiraiya foi direto e lhe lançou um olhar frio.

– Hm...

Sasori acompanhava a expressão corporal dos dois homens, como se lesse a conversa dos dois nas entrelinhas. Parecia haver uma rixa antiga entre os dois, mas aquela não era a questão no momento, então o ruivo se manteve calado e concentrado, esperando pelo momento que Jiraiya prometeu. O momento em que entenderia o porquê de estar ali.

– Sabe mesmo? – Madara perguntou em tom desafiador.

– Sei. – Foi a resposta de Jiraiya.

– E sabe como chegar lá?

– Não – Confessou. – Mas esse garoto sabe.

A surpresa nos olhos de Madara só não eram maiores do que a surpresa estampada no rosto pálido de Sasori. Como é que é?, quis perguntar, mas em questão de segundos se recompôs e fingiu saber do que o velho ao seu lado estava falando.

– Ora, ora – Madara riu. – Vejo que você se aprimorou em blefar, Jiraiya!

– Pense o que quiser, Madara, mas sei que Naruto e Sakura estão no esconderijo Uchiha e se você não me levar até lá... – Colocou a mão no ombro de Sasori – Esse garoto leva.

Como ousa passar por cima de mim?, Madara pensava furioso. É claro que se não ajudasse poderia se complicar com aquilo, afinal aquele lugar pertence a sua família e toda a responsabilidade cairia sobre ele, já que é o Uchiha mais velho. Só de pensar em todas as perguntas que teria que responder, em toda dor de cabeça que aquilo poderia gerar... É, teria que ajudá-lo.

Agora tudo fazia sentido para Sasori, ele realmente sabia onde ficava o esconderijo Uchiha, Itachi o levou até lá algumas vezes e, como sempre foi bom em lembrar das coisas, conhecia o caminho de cor.

– Tem certeza disso, garoto? – O Uchiha agora olhava para ele, contraindo os olhos e se perguntando como aquilo seria possível.

– Tenho. – Respondeu com convicção.

Madara suspirou e aliviou a expressão tensa.

– Acho que não ha mais nada a dizer – Disse abrindo os braços em sinal de derrota. – Nos leve até lá então.

Se levantou e caminhou até a porta, abrindo-a para que os três pudessem sair.

– Senhor Uchiha, onde o senhor...? – A secretária perguntou preocupada, vendo seu chefe sair de seu escritório seguido pelos outros dois.

– Desmarque todos os meus compromissos para hoje – Respondeu sem olhá-la – Tenho assuntos a resolver.

– Hai – Afirmou ela.

Madara então os conduziu até uma outra sala, onde as investigações eram feitas. Entrou e deu rápidas explicações sobre o caso (que já era conhecido pelos policias da base).

– Eles alegam saber onde as crianças estão. – Expôs o Uchiha para seus subordinados – Quero que organizem uma equipe de busca e partiremos imediatamente.

Um dos policiais presentes na sala ficou intrigado ao ouvir a palavra “partiremos”. Seria um sinal de que seu chefe estaria incluído na busca?

– Senhor, quem ficará encarregado do comando dessa operação? – Perguntou um outro a Madara.

– Não se preocupem – Respondeu ele, tranquilamente. – Cuidarei desse caso pessoalmente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Esse ficou um pouco mais curtinho, porque eu quis deixar a "agitação" pro próximo capítulo.
Até lá então! *-*
xx



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