I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 14
Suspeita: O ponto fraco de Madara e Jiraiya.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Primeiro: Gomenasai pela demora, como leitora eu sei como é chato esperar por um capítulo demorado. Estava tudo pronto na minha cabeça (e no meu celular kk), só não tive tempo de passar pro papel, vulgo word.
Pra quem é fã de romance esse capítulo pode parecer chato, talvez, não sei...
Enfim, espero que aprovem!



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Para Jiraiya estava tudo muito fácil e muito suspeito. Madara aceitando ajudá-los de primeira? Hm, nada confiável.

Os três caminhavam juntos pelos corredores da delegacia, seguindo os passos do chefe de polícia Uchiha. Este ultimo parou frente a uma pronta e a abriu sem avisos prévios.

Adentrando ao local encontraram dois homens sentados a uma enorme mesa comprida que encontrava-se no centro, junto as cadeiras que a rodeavam, era a única mobília ali presente. Em uma das paredes estava um mapa de Konoha que a cobria quase por inteiro, Sasori reparou que nele haviam vários pontos marcados e áreas circuladas, mas seus olhos não conseguiam identificar o porquê.

– Cavalheiros – Madara se pronunciou, referindo-se aos que entraram na sala junto a ele – Quero que conheçam Akihito e Hisahi, meus melhores e mais confiáveis detetives.

Os dois homens apresentados desviaram os olhos dos montes de papeis que tinham a sua frente e afirmaram juntos, cordialmente, em um gesto de comprimento aos recém chegados. Porem, ninguém disse nada, então Madara voltou a falar:

– Vim aqui para tratar justamente do caso que vocês estão estudando. – Cruzou os braços após apontar para os papeis na mesa.

– Senhor, nossos relatórios serão entregues ainda hoje, no horário combinado – Um dos homens apressou-se a dizer, temendo receber uma bronca.

– Não é exatamente sobre isso – Explicou o Uchiha Chefe, vendo a expressão dos seus homens suavizarem. – Eles... – Indicou, com os olhos, Jiraiya e Sasori. – Descobriram onde as crianças estão, vamos começar os preparativos para o resgate imediatamente.

Akihito e Hisahi ficaram tensos, não entendiam como alguém havia conseguido tal informação antes deles. Se sentiram desapontados, constrangidos e até um pouco enciumados.

– Como quiser, chefe! – Finalizou o outro sentado a mesa, afirmando uma vez com a cabeça.

Com isso, Madara começou a lhes dar ordens e mais ordens.

–... E tirando vocês dois, escolham os 10 melhores policiais disponíveis da base, dentre eles quero dois médicos. Partiremos assim que tudo estiver pronto. – Seu tom de voz era firme e autoritário, até que ele se dirigiu a Sasori e Jiraiya, abrindo com pequeno sorriso maldoso no canto dos lábios (típico de um Uchiha) e disse com sarcasmo: – A não ser que os cavalheiros não tenham muita pressa.

Jiraiya estreitou os olhos para ele enquanto o garoto ao seu lado se manteve indiferente, quase como se Madara não representasse perigo algum a eles.

A verdade era que a mente de Sasori não estava ali, ele não se importava com nada do que Madara dizia ou insinuava contanto que ajudasse a encontrar Sakura e Naruto.

...

Depois de algum tempo tudo estava tecnicamente preparado. Os policiais já se encaminhavam para suas devidas viaturas e os médicos estavam com tudo pronto em sua ambulância. O único problema foi dizer aos pais de Sakura e aos amigos dela e do Naruto que eles não poderiam ir, teriam que esperar por notícias ali mesmo na delegacia.

– M-mas... – A Senhora Haruno contestava incrédula – Eu tenho que ir, é a minha filha!

O detetive suspirou e tentou explicar mais uma vez:

– Eu entendo, Senhora. Mas será melhor que esperem aqui, levá-los só vai atrapalhar o andamento do caso. Vamos manter vocês informados.

Mebuki se agarrou ao marido e enterrou seu rosto choroso em sua camiseta. Kizashi acariciou os cabelos da esposa e a abraçou forte, tentando de alguma forma confortá-la, porem, ele estava no mesmo estado de pânico que ela, ou até mais, era difícil dizer.

– Quanto tempo isso vai levar, Jiraiya? – Shikamaru perguntou com as mãos nos bolsos. De todos ali presentes, ele e Neji eram os mais calmos e controlados.

Ao lado do Nara estavam Ino e Hinata, que esperavam a resposta, apreensivas.

– Não faço ideia – Confessou Jiraiya, mas vendo a tensão nos olhos das garotas, tentou se corrigir. – Não vai demorar muito, já que sabemos onde eles estão...

Perguntas e questionamentos a parte, tudo estava saindo como o planejado. Uma ambulância e três carros foram necessários para acomodar a todos, dentre eles Jiraiya, Sasori e Madara.

Sem duvidas seria uma tarefa difícil e ninguém, alem de Madara, sabia o que os esperava no Esconderijo Uchiha.

O caminho foi longo, mais longo do que o esperado.

O lugar era no meio de um enorme bosque privado e ao longe se via uma grande construção feita na montanha. Algo semelhante a uma casa, ou, a uma fortaleza.

Os carros pararam na entrada no lugar, frente a grandes portões imponentes de ferro preto. Do lado de dentro, próximo a eles, se via apenas um gramado enorme e um caminho comprido de pedras claras.

– A partir daqui seguiremos a pé – Explicou Madara após dar a ordem de todos descerem dos veículos. – Assim não seremos ouvidos.

Parecia um plano bastante simples: Encontrar, invadir e resgatar. Entretanto, havia duas vidas em jogo ali, o que fazia da operação uma coisa delicada.

Todos caminharam sorrateiramente até estarem bem próximos a “casa”. Notaram que, quanto mais se aproximavam do local, menos bonito ele parecia ficar, pois naquela altura da trilha não se via mais o lindo gramado e sim uma terra seca e pedras de diversos tamanhos por todos os lados. Foi quando, em certo ponto da caminhada, Madara passa a frente para Hisahi e Sasori, ordenando que este último termine de mostrar o caminho, e pede que seus homens vasculhem toda a área e cerquem o local.

Com um pouco (lê-se: muita) relutância, Sasori confirma com a cabeça e segue na frente. Era difícil dizer quais eram os sentimentos do garoto naquele momento, mas a preocupação era evidente em seus olhos.

Diferente dele, aqueles homens fardados pareciam estar acostumados a isso, pois, com um pequeno aceno de mão de Madara, eles começaram a se dividir em dois grupos. O primeiro cercou o perímetro enquanto o outro se preparou para invadir, parando perto de uma grande porta escura referente à entrada principal.

– Uma porta altamente resistente – Analisou um dos detetives após passar a mão por ela.

– Seja lá quem construiu isso, não queria receber visitas – Disse o outro, estudando as dobradiças com os olhos.

Madara aproveitou que todos estavam ocupados com seus devidos deveres e se aproximou de Jiraiya, que, mesmo mantendo a guarda alta, foi puxado de lado com brutalidade e jogado de contas contra uma pedra, saindo do campo de visão dos outros.

– Temos assuntos nossos a tratar – Disse Madara em um tom cordial que não combinava com a situação.

Jiraiya, que havia caído de joelhos, começou a se por de pé olhando diretamente nos olhos negros do Uchiha.

– Não tenho assuntos com gente como você – Esclareceu, levantando o queixo.

O olhar que os dois trocavam faria qualquer um em seu devido juízo sair dali correndo e gritando. A atmosfera em volta deles ficou pesada. O Uchiha mantinha sua postura indiferente e superior, enquanto Jiraiya cerrava os punhos e respirava pesado.

Não podendo se meter um uma luta naquele momento, o velho tarado resolveu atingir Madara com palavras:

– Se não vai mesmo ajudar eu sugiro que não atrapalhe! – exclamou, furioso.

Quem ele pensa que é pra me olhar assim?, pensava Jiraiya. Ele não gostava nem um pouco do modo como foi atingido, havia ferido não só se corpo como também seu orgulho, e aquilo o enfurecia.

– Hm... – Madara abriu seu sorriso sarcástico.

– Para alguém que tem o passado mais sujo do que bunda de macaco, você está bem confiante, não?

– Você não sabe mais nada sobre mim – Respondeu o Uchiha, mantendo o sorriso.

– Até onde eu sei... Aliciamento de menor, desvio de dinheiro publico e falsa identidade são crimes, e não são dos leves. – Acusou Jiraiya, esperando que a reação do outro fosse de espanto – O que o prefeito de Konoha diria se descobrisse isso de seu confiável e respeitado chefe de polícia... Uchiha Madara?

– Você não pode provar nada do que está dizendo. Esta blefando como sempre – Insinuou, cruzando os braços frente ao corpo.

Aquelas palavras realmente não afetaram Madara nem um pouco.

– Você acha que me conhece, Madara, mas eu não sou o mesmo de anos atrás. Dessa vez você se meteu com Naruto e eu vou até o fim do mundo para proteger aquele pirralho! – Disse o homem de cabelos brancos, confiante.

– Jiraiya, meu velho – O Uchiha tentava conter uma risada – Assim como eu, você sabe que nunca foi capaz de proteger ninguém. Não foi nem capaz de proteger a mulher que você dizia amar... Não vai ser agora, na sua idade, que as coisas vão mudar.

Tsunade... – Sussurrou Jiraiya, sentindo uma nostálgica e conhecida dor. Em sua mente apareceram vislumbres de lembranças que ele queria esquecer.

– Você não tem cacife para se meter comigo! – Madara acusou, tirando o outro de seus devaneios. – Eu. Sou. O grande. Uchiha. Esqueceu?

– Uchihas e esse orgulho maior que vocês – respondeu entre dentes – Aquele garoto é a única fruta não-podre dessa árvore. Até mesmo Sasuke se juntou a você...

– O que!? – Interrompeu – Está falando do Itachi!? – Ele achou graça e riu baixinho, para depois retornar a um semblante raivoso – Pelo contrário... Aquele moleque é a ovelha negra da família! – Começou a se alterar – Nunca se importou com os negócios Uchiha, nunca pensou grande! Ele não tem “visão”, não merece o sobrenome que carrega!

Jiraiya analisou cada palavra e cada gesto de Madara, o modo como ele reagiu ao falar de Itachi foi extremamente estranho. Queria saber por que ele havia se alterado daquele jeito, mas no momento descobrir aquilo não era importante. Talvez outra hora.

– Sugiro que fique fora dos meus assuntos! – Gritou Madara.

Foi quando, de repente, ambos desviaram suas atenções ao ouvir o barulho abafado de algo sendo explodido, e quase simultaneamente sentiram um pequeno tremor de terra.

Eles acharam!, pensou Jiraiya.

Segundos depois um outro barulho se fez presente, mas dessa vez o som era próximo e se assemelhava mais a um ruído estático.

– Alô, câmbio! – Disse uma voz entre chiados, vinda do nada.

Madara levou a mão até o sinto e de lá tirou um pequeno rádio comunicador.

– Senhor! Só há uma entrada, senhor. Câmbio.

– Ok, estou indo, não façam mais nada sem a minha permissão – Madara respondeu em tom firme e desligou o rádio. – Nossa conversa vai ser adiada, Jiraiya... Mais uma vez.

Com isso o chefe de polícia deu as costas e se pôs a caminhar em direção aos seus homens, seguido de perto por Jiraiya, que ainda analisava cada ponto daquela pequena “discussão” anterior.

Chegando ao local encontraram alguns homens encarando a porta e outros olhavam para a grande montanha acima deles, todos pareciam receosos, como se a qualquer momento algum monstro fosse sair dali e atacá-los.

– Teremos que entrar por aqui? – Madara perguntou assim que chegou a porta, mas ninguém respondeu. – Vamos! Respondam! Alguma sugestão?

– Senhor, tentamos fazer uma entrada pelos fundos, mas a montanha a soterrou imediatamente.

Assim como tem que ser, pensou o Uchiha orgulhoso. É claro que ele sabia que aquilo iria acontecer, conhecia aquele lugar como a palma de sua mão. Sabia que aquela era a única entrada, mas tinha que agir conforme o jogo.

Depois de mais algumas análises silenciosas, os peritos decidiram arrombar a porta com dinamite. Sem duvida aquilo os denunciaria para quem estivesse lá dentro, mas era a única escolha que tinham, alem do mais, Madara estava com um ar confiante e isso passou segurança a seus homens. Era como se dissesse a eles: “Podemos lidar com isso. Estamos preparados!”, mas na verdade a confiança do chefe Uchiha era devido à outra coisa.

...

Cerca de meia hora se passou e a dinamite já estava no lugar certo para a explosão, foi calculada pra ser suficiente para derrubar somente a porta, sem causar mais nenhum desmoronamento.

Todos ficaram a uma distância segura e olhavam atentos para a entrada.

– Ao meu sinal – Avisou Madara, levantando o braço direito. Ele contou até três mentalmente e quando abaixou o braço...

Bum!

A porta não existia mais e uma correria começou.

–Vocês dois, fiquem aqui com a equipe médica – Alertou um dos policiais – Nós vamos entrar.

Dito isso os policiais abaixaram as viseiras dos capacetes, prepararam suas armas a punho e entraram no local, cuidadosamente.

Sasori não concordou com aquilo, seu corpo gritava para entrar correndo e tirar Sakura de lá o mais rápido possível. Suas mãos tremiam ao mesmo tempo em que suavam, seus olhos vidrados naquela abertura onde antes se encontrava a única barreira sólida entre Sakura e ele. Acho que vou enlouquecer, ele gritava em sua própria mente, tentando em vão manter o controle. A pressão o estava sufocando. Sasori trincou os dentes, levou as mãos a cabeça e apertou seus cabelos ruivos com força, em sinal de irritação.

Percebendo o nervosismo repentino do jovem, Jiraiya se aproximou e colocou a mão no ombro do rapaz, que reagiu instantaneamente, levando um pequeno susto.

– Acalme-se – Aconselhou o velho. – Também não confio em Madara, mas esses caras são a nossa melhor chance.

Para a maioria das pessoas aquelas palavras não soariam reconfortantes, entretanto elas acalmaram, momentaneamente, a mente de Sasori.

O ruivo tentou se recompor na medida do possível. Meu Kami, o que está acontecendo comigo?, se perguntava.

.

Dentro do esconderijo Uchiha.

Madara dava graças a Kami por seus homens não insinuarem nada a respeito dos símbolos nas paredes. Sim, o símbolo de sua família estava em todo lugar e ele não foi tolo ao ponto de achar que ninguém havia notado. Nesse caso, o respeito e o medo falaram mais alto do que o óbvio.


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Notas finais do capítulo

Quero uma opinião sincera de vocês, ok? Se eu estiver fugindo do contexto, por favor puxem minha orelha! Como autora novata isso é fácil de acontecer, então conto com vocês!
Arigato aos leitores que sempre comentam e até o próximo *---*
xx



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