Soba Ni Iru Né... escrita por JúhChan


Capítulo 47
Capítulo quarenta e sete – Atos de desculpas


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, leitoras e leitores!! Eu falei que a quarentena's time está rendendo.... Demorei para trazer uma atualização por ter me empolgado na escrita e acabei escrevendo dois capítulos cheios de momentos emocionantes! Espero que gostem!! Pois, mais tarde eu trago o próximo capítulo... Sim, sim, post duplo, porque vocês merecem por não desistirem de Soba ni Iru né!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/402418/chapter/47

—Eu gostava mais do seu cabelo longo. – resmungou Tsukimi, andando de mãos dadas com Sakura por uma rua coberta de flores de cerejeiras.

—Eu sei, porque é quinta vez que você fala isso só hoje. – Sakura disse em um tom risonho.

Fazia apenas dois dias que havia cortado as longas madeixas e havia adorado o resultado final. Pois foi como se tirassem um enorme peso de suas costas literal e figurativamente.

Quando se viu refletida no espelho após o corte, estranhou o próprio rosto, esperava que os fios curtos lhe arredondassem o rosto ou que evidenciasse sua testa, mas os olhos verdes se arregalaram em surpresa ao perceber que o cabelo cumprido lhe envelhecia. As mexas curtas moldavam seu rosto de forma jovial, mas ao mesmo tempo, transmitia um ar maduro, apesar de ter um “franjão” caindo-lhe para o lado esquerdo, o que trouxe um sorriso em aprovação quando se viu satisfeita com o novo visual.

No entanto, havia uma pessoa de meio metro que ainda estava em processo de aceitação e adaptação de seu novo cabelo. Só de recordar da expressão de espanto que a loirinha apresentou ao vê-la de cabelo curto, a rosada ria sozinha. Após o primeiro susto, ela vinha ouvindo os resmungos inconformados da criança pela noite de sábado, o domingo inteiro e agora, na segunda-feira de manhã, que também era o primeiro dia de aula de Tsukimi.

Ou melhor, o seu retornando à escola.

—E pode ter certeza que vou falar isso o dia inteiro.

—Eu acho que não, hein.

—Por quê?

—Porque eu só venho te buscar a tarde. – e riu, vendo a loirinha fazer uma careta descontente e parar de andar. Rapidamente, a rosada parou de andar também, enquanto respirava fundo e agachava para ficar na altura da menina. -Olha, eu entendo que você prefere o meu cabelo cumprido e que está chateada por ter cortado ele, mas Tsukimi, é o meu cabelo e sou eu quem decide o que fazer com ele, porque ele faz parte do meu corpo. Assim como, é você quem decide o que fazer com o seu cabelo e seu corpo, entendeu? Se eu entendi o seu lado, quero que entenda o meu também, estamos combinadas? – explicou, torcendo para que Tsukimi entendesse a profundidade de suas palavras.

—Sim. Mas não me perguntaram se eu queria ficar careca quando eu fazia quimioterapia. - disse a última parte em voz baixa e fez bico.

—A quimioterapia foi uma exceção. – Sakura falou entre risos. -Agora vamos andar mais rápido, ou vamos chegar atrasadas na cerimônia de abertura. -deu uma última olhada no vestido azul marinho, estilo marinheiro com um laço vermelho na frente e duas listras brancas na barra que a menina vestia. -Você está uma graça! – colocou-se de pé. -Está nervosa?

—Um pouco.

—Um pouco? Pensei que você ficaria como no aniversário de Akemi.

—Tia Sakura, você tinha que lembrar desse dia, né? Agora estou bastante nervosa. E se forem barulhentos? Se ninguém gostar de mim? Se ficarem falando alto perto de mim? Você pode ficar lá comigo hoje, não pode? – lançou o seu olhar pidão.

—Querida, fique calma. Nada disso vai acontecer. – deu um aperto mais forte na mão infantil que segurava. -Se forem barulhentos, você pede para fazer menos barulho; todos vão gostar de você; se falarem muito alto, você pede para falar baixo; e eu só posso ficar lá com você até a cerimônia acabar.

—Então eu vou pedir para o tio Sasuke ficar comigo, ele vai poder, não vai?

—Por que você não pergunta a ele? – e apontou para o portão da escola que surgiu grandiosamente a frente delas.

Próximo a placa com os escritos “bem-vindos novos alunos”, Sasuke as aguardava encostado ao muro que rodeava a escola, de calça jeans preta e camisa de botões azul claro.

—Tio Sasuke! – exclamou, correndo em direção a ele. -Eu tenho que te pedir uma coisa.

—Antes, vamos tirar uma foto! – disse Sakura, apressando os passos para alcança-los.

~~*~~*~~*~~

A expressão perdida que Tsukimi lhe mandou antes de ser levada pela professora, junto com sua nova turma de estudos, foi a última coisa que Sakura viu antes de sair do ginásio, onde aconteceu a cerimônia de abertura e de boas-vindas aos novos alunos. Ela sentiu-se culpada, mas tratou de ignorar o sentimento, pois era uma vontade da loirinha e aguardar mais um ano para retornar ao ambiente escolar, não era uma opção, de acordo com a assistente social.

Um suspiro cansado quase escapou de seus lábios ao se recordar de como foi insistente com a mulher, quando solicitou que a Yamashita permanecesse mais um tempo, agora, sob os cuidados dela. Na papelada estava registrada que Sakura ofereceu um lar temporário à Tsukimi e, que estava ciente de que a qualquer momento, ela poderia ser mandada para o orfanato, pois nenhum parente reclamou a guarda da criança até o momento. * Era uma situação instável, mas era melhor que assistir a loirinha tomar o mesmo caminho que o pai.

O sol primaveril atingiu o Uchiha e a Haruno assim que saíram do ginásio. Eles acompanhavam o fluxo de pais que se dirigiam ao portão da escola. 

—Espero que ela se dê bem no primeiro dia. – ela rompeu o silêncio que os envolvia desde o começo da manhã. -Você lembra como ela ficou no aniversário da Akemi?

—Lembro, bastante desconfortável com a agitação das outras crianças.

—O tempo que ela ficou no hospital a fez ficar sensível a barulhos.

—Convivendo com os nossos amigos, ela deveria já estar acostumada. Vamos manda-la para o Naruto neste final de semana.  

—Nós queremos a readaptação da Tsukimi e não que fique traumatizada. – respondeu rindo e foi acompanhada pelo moreno.

Novamente, pararam em frente ao portão da escola.

—Você ainda vai trabalhar hoje?

—Por quê?

—Pensei que podíamos ter a nossa conversa. – respondeu após engolir em seco.

—Minha agenda está livre.

—Podemos ir a uma cafeteria?

Sasuke assentiu.

—Se importa de ir andando? Ela é perto.

—Não, vamos.

Então, a Haruno e o Uchiha começaram a tomar distância do portão Hiruzen Shogakko*, com dois passos dela adiantado, guiando-os. Um silêncio entre os dois se instalou por cinco minutos, os fazendo prestar atenção no bairro onde a escola se localizava, era uma mistura de casas com restaurantes de comida caseira, padarias e cafeterias.

Dobraram uma esquina, se deparando com apenas casas e seus muros altos, um pouco diferente do bairro onde a rosada morava, que havia muretas para separar as casas.

—Nós oficializamos o nosso namoro em uma rua como essa, lembra?

—Lembro. O resfriado que pegamos naquela chuva nos derrubou por dois dias.

Os flashes daquela memória tomaram conta das memórias de ambos. A chuva, o guarda-chuva, o abraço caloroso e as palavras desesperadas, mas carregadas de sentimentos.

—Foi uma cena típica de anime shoujo. Acho que toda garota sonha que a vida imite os clichês. Nem em sonhos eu imaginaria que você faria uma coisa daquela.

—Naquela época, só de pensar que perderia você era assustador. – confessou com a atenção no céu azul.

—Eu tinha essa sensação também e, talvez, eu ainda a tenha um pouco agora, mas sei que você não.

E pararam na entrada da cafeteria de fachada francesa. Pelos vidros das janelas, viram que o lado de dentro era um ambiente moderno, havia até luzes amarelas e baixas para dar um clima aconchegante.

—Essa cafeteria serve o melhor crepe da cidade, se você ainda não provou, é uma oportunidade. Vamos entrar?

Ao colocar os pés dentro do estabelecimento, foram atingidos pelo cheiro de café moído e chantilly. Em uma concordância silenciosa, sentaram-se na última mesa do lado esquerdo do local, próximo à janela.

Um garçom logo se aproximou da mesa, para entregar o cardápio. Em menos de um minuto, fizeram os pedidos.

—Eu não sei como começar essa conversa. – passou os olhos ao redor da cafeteria, pensando em como abordar o assunto.

—Só fale Sakura.

Ela soltou uma fraca risada, em claro sinal de nervosismo.

—Essa cafeteria lembra o nosso primeiro encontro como namorados, você não acha? - um levantar de ombros foi a resposta, fazendo-a suspirar. Tinha que ir direto ao ponto, então apertou as mãos em punhos e fixou o olhar no rosto masculino. -Eu vi que você pisou em ovos durante a minha amnésia e ainda parece estar pisando. Fui bem egoísta pedindo mais uma chance quando nada estava resolvido entre a gente.

Foi a vez do Uchiha suspirar.

—Eu também fui egoísta várias vezes durante o nosso relacionamento. Erámos dois adolescentes, mas dizer que você só podia me amar? Eu era um idiota para exigir isso.

—Éramos bem jovens, cometíamos erros e ainda continuamos cometendo, é inevitável. – o viu concordar com um movimento de cabeça. -Mas que bom que nós amadurecemos, não no sentido de termos ficado mais velhos, isso influenciou, mas crescemos mentalmente. – Sakura lançou um olhar receoso a Sasuke, como se estivesse pensando em falar ou não a sua decisão.

Em um timing perfeito, o garçom trouxe os pedidos, interrompendo a tensão entre os dois. Apenas, quando o garçom se retirou, ela tomou coragem para falar. 

—É por isso que eu não posso mais ficar com você, depois de tantas coisas erradas que fizemos um para o outro.

Os olhos negros se arregalaram pelo choque inicial que as palavras da Haruno causaram.

—Isso não quer dizer que eu não o ame mais, Sasuke. – se apressou a explicar. -Eu amo muito você, acho que nem eu faço ideia do quanto o amo, mas olha o que todo esse amor nos causou no final? - sentiu o coração falhar uma batida. -Trouxe mentiras, mágoas, desconfianças, distanciamentos. Só de lembrar o que nós passamos nesses últimos anos, meu coração dói. – os olhos cintilaram pelas lágrimas acumuladas. -Eu quero recomeçar, mas neste momento não nos vejo dando certo.

—Eu.... Não... Sakura... – o Uchiha não sabia exatamente o que dizer. Sua mente processava as palavras dela rapidamente.

—Nós dois estamos muito machucados, você mais do que eu. – disse e apertou os olhos com força, para desembaçar a visão por conta das lágrimas. Porém, também foi a maneira que ela encontrou para tomar coragem e fazer a pergunta fundamental. -Você vê um futuro próximo para nós? Porque eu não vejo.

Os olhares se encontraram. Sakura pôde visualizar surpresa e confusão nos olhos ônix, pois ele, certamente, não esperava ouvir aquelas palavras. Mas é claro que, também não esperava receber um pedido de permanecerem juntos, já que ele precisava de um tempo para refletir toda a situação que os envolvia.

Era apenas inesperado. E um pouco assustador, pois Sasuke nunca havia visto os olhos verdes brilharem com tanta determinação.

—Eu estou dizendo tudo isso, porque preciso de um tempo. – a rosada respirou fundo, para controlar o choro. -Depois que a minha memória voltou e eu me acalmei, percebi que estou perdida, confusa. Passei a última semana refletindo sobre a minha situação, a sua situação e a nossa situação e vi que nós precisamos de um tempo para refletir, para reavaliar, para nos conhecer e nos redescobrirmos. – fez uma pausa, puxando o ar longamente. -Conversei bastante com a minha psicóloga na sessão de quinta-feira e ela me ajudou a chegar a essas conclusões. E, principalmente me fez perceber que eu preciso de um recomeço para me reencontrar como Haruno Sakura e não ficar revivendo os últimos três anos, como se eu estivesse pagando por um pecado. – relaxou todos os músculos da face, sentindo as quentes lágrimas escorrerem por suas bochechas. -É por isso que eu te peço perdão por todo o mal que causei em você. Perdão por te acusar de traição, te abandonar no dia do nosso casamento, por ter deixado o nosso filho morrer antes mesmo de ele nascer, por ter sido injusta, por ter afastado e colocado o seu irmão contra você e, principalmente, por ter feito você engolir toda a mágoa na minha tentativa de sermos um casal.

—Sakura, você não faz ideia do quanto está me assustando por estar dizendo tudo isso.  

Ela sempre lhe surpreendia da forma mais inacreditável. E, por mais que esta ideia seja absurda, ele viu a luz da humildade emanando dela e fazendo contraste com a expressão determinada. 

—Eu estou me desculpando. Não tem nada de assustador nisso. Na verdade, é libertador.

Sakura colocou a sua mão sobre a de Sasuke e a apertou.

Então, com um CLICK ecoando em pela cabeça, ele arregalou os olhos ao se dar conta de sua posição em toda aquela situação. Ele só precisava ficar ao lado dela, não como um namorado ou noivo, e sim como pessoa que não a odeia mais, porque era isso que ela estava fazendo.

Após o retorno da memória da Haruno, o Uchiha vinha pensando em como se portar e lidar com ela, e nenhuma forma imaginada lhe agradava. Soava falsa e forçada.

Na madrugada que ele correu com ela para o hospital geral de Konoha, ele só mentalizava para que ela ficasse bem; na tarde daquele mesmo dia, onde saiu à procura dela por todo o prédio hospitalar, internamente, ele só pedia para que ela não tivesse feito algo que se arrependeria mais tarde; e por fim, naquela manhã, ao vê-la animada com o retorno de Tsukimi à escola, ele desejou que nada de ruim acontecesse a ela, novamente.

De repente, sua mente foi invadida por todas os momentos vividos ao lado de Sakura, desde a infância até aquele momento. A pequena garota, com um laço vermelho entre os fios rosados, de aparência frágil não existia mais. Ela não precisava mais do seu socorro, como insistia em pedir na adolescência quando namoravam, e estas constatações o deixaram orgulhoso e, ao mesmo tempo, fascinado pelo brilho que ela irradiava. Era mais intenso que quando estavam noivos.

Então, se deu conta já de que havia a perdoado.

Sakura sorriu abertamente ao assistir um sorriso verdadeiro se formar nos lábios de Sasuke, depois de muito tempo.

—Eu não estou mais na frente da Sakura frágil e dependente. Depois de tudo o que você falou, eu percebi que nós dois erámos dependente um do outro. Não estou falando que isso era ruim, porque eu acho que a gente precisava dessa dependência quando erámos mais jovens. Mas agora que somos adultos, não precisamos mais dela. E eu vejo que você foi a primeira a perceber isso, inconscientemente é claro, porque você amadureceu nesses últimos três anos, Sakura. Enquanto eu não cheguei nem a metade do seu amadurecimento, porque eu também vive preso ao passado e deixei ele me transformar em uma pessoa amargurada. Quando vinha te ver era para ver se você estava sofrendo também e para fugir da pessoa que estava me tornando. É por isso que eu sinto muito. Me desculpe, Sakura. Eu também errei, eu também te machuquei e o pior, eu te usei. Isso é imperdoável.

—Mas eu te perdoo. Assim como eu estou em processo, você também precisa se perdoar. Não precisava ter pressa para isso, porque é gradual, de acordo com a minha psicóloga. É o nosso momento de transação.

—Só não esqueça que ainda estou do seu lado.

—Eu também estou do seu lado. Obrigada pelas lembranças maravilhosas do nosso relacionamento. Cada momento que compartilhamos, com ou sem a turma, é inesquecível. Sempre será. – e riu fracamente da piada. -Você não faz ideia do quanto fez bem a mim quando estávamos juntos, principalmente quando dizia que estava do meu lado. – disse e levou a primeira fatia do crepe à boca. -Vamos comer!

Em silêncio, os dois degustaram o que pediram minutos atrás, em um clima leve. No momento da conta, houve até uma pequena discussão para decidir quem pagaria, mas por fim decidiram em dividi-la.

—Consegue voltar sozinho?

—Consigo, a minha vinda constante para Konoha tem que me servir de alguma coisa. – respondeu, guardando a carteira no bolso traseiro da calça jeans. -Quer uma carona?

—Não, obrigada. Eu vou passar no centro para comprar umas coisas para casa.

—Certo. – disse e desviou o olhar para o caminho que o levaria de voltar à escola de Tsukimi.

—Sasuke! – o chamou. -Ainda é bem-vindo para visitar a Tsukimi aos finais de semana, mas só para isso! Ela gosta muito de você.

Ele apenas assentiu com a cabeça, soltou um curto e anasalado riso.  

—Acho que vou começar a fazer terapia. – disse o que vinha pensando desde que tiveram a conversa.

—É uma ótima ideia! – vibrou Sakura. -Mas te darei três conselhos: não espere por um resultado imediato; não vá achando que ele te dará todas as respostas e soluções para seus problemas; e ele não falará o que você quer ouvir e sim o que deve ser dito.

—Terei que ser paciente, então.

—Sim, mas você vai gostar.

—Até mais, Sakura.

—Até. – se despediu com um sorriso radiante.

~~*~~*~~*~~

O Parque Municipal das Cerejeiras de Konoha estava tomado pelas cores rosa suave e branco das flores sakura. Localizado no extremo oposto da Praça Central, era o principal ponto turístico na época da primavera, pois foi construído para se realizar o tradicional Hanami* da flor símbolo do país do sol nascente.

Entre o extenso gramado, caminhos de concretos davam acesso às sombras das cerejeiras, para que as pessoas pudessem se acomodar ali. No centro do parque, um pequeno lago artificial com peixes de diferentes espécies completava o ambiente.

—Eu estou tão feliz! – uma voz infantil vibrou em meio a rodopios. -Esse lugar é mais bonito do que eu imaginei!

—Cuidado para não se machucar! – advertiu Karin enquanto esticava a toalha de piquenique com a ajuda de Namie e Sakura.

—Hai. – Tsukimi assentiu sonoramente e correu em direção a Itachi e Suigetsu que andavam pelo caminho de concreto, este último com o Yuuta nos braços. -Posso segurar ele?

—Quando estiver sentada, lembra?

—Sim, mas eu queria tanto rodar com o Yuuta. – fez uma expressão tristonha.

—Não acho que seja uma boa ideia, vocês dois podem acabar vomitando.

—E, isso seria nojento. – completou Itachi com uma careta de nojo. -É seu primeiro Hanami com a gente, deixe para rodar e vomitar quando estiver com o meu irmão. – disse brincalhão e se agachou na frente da menina, deixando a grande sacola que carregava no chão. -Venha, me ajude a levar o nosso almoço até elas. – se referiu à sacola.

Com um enorme sorriso, a Yamashita subiu nos ombros do Uchiha. Levantou os dois braços para tentar tocar alguma pétala de sakura ou até mesmo pegar a flor por inteira. Mas, ficou só na tentativa, pois era mais divertido ver o quanto a altura mudava a forma que ela enxergava as flores.

—Faz com o Yuuta também. – pediu ao ouvir os gritinhos agitados do bebê.

Suigetsu apenas ergueu o filho, pois chegaram no local onde fariam o piquenique. A agitação do pequeno chamou a atenção das três mulheres, já sentadas sobre a toalha.

—Vamos comer! – exclamou Tsukimi, em um animação atípica.

Mas nenhum dos adultos estava disposto a repreender a loirinha por isso, apesar de esperarem uma reação mais amena vinda dela. Talvez, a ausência de agitação de muitas crianças a deixavam mais à vontade em exteriorizar o seu entusiasmo.

—Como foi a primeira semana de aula? – a Okada se mostrou curiosa.

—Legal, mas eu já tenho um monte de tarefa. – mordeu o onigiri. -Vocês acreditam que a tia Sakura não quis ficar comigo no primeiro dia e, que a professora não deixou o tio Sasuke ficar na sala? – fez uma expressão indignada, ao mesmo tempo em que colocava o restante do onigiri na boca. 

—Acreditamos sim. – respondeu Itachi, risonho.

—E acreditamos também que você vai engasgar. – completou o outro rapaz.

No segundo seguinte, assistiram o corpo da Yamashita contrair e iniciar uma sessão de tosse.

—É isso que dá reclamar de boca cheia! – a rosada ofereceu a garrafinha de água à loirinha, mas não deixou o sorriso desaparecer nem por um momento, pois havia cumprido a promessa de leva-la ao Hanami quando se recuperasse.

Assim, o piquenique seguiu entre risadas, reclamações infantis e pétalas de cerejeiras rodopiando no ambiente. Sakura sentiu uma alegria crescer dentro de si, quando se deu conta que fazia tempo que não se reunia apenas com os dois casais de amigos, para fazerem algo.

Os últimos quatro meses foram cheios. Cheios de emoção, pessoas e reencontros. Ela estava precisando de um tempo só com eles, as pessoas que lhe acolherem e cuidaram quando acreditou que seu mundo foi desfeito.

—Que sorriso estranho é esse? – Karin foi a primeira a perceber a mudança de expressão dela.

—Eu só estou feliz por estar aqui. Não sabia o quanto eu senti a falta de vocês, principalmente durante a minha amnésia. – respondeu enquanto deslizava os dedos entre os fios dourados de Tsukimi. Esta havia acabado de dormir com a cabeça em sua coxa esquerda.

—Ninguém mandou você se esquecer da gente. – o Hoozuki apontou o dedo indicador à amiga, sorrindo em zombaria.

—Não é como se eu tivesse pedido por isso. Mesmo assim, me desculpem.

Mesmo com dificuldade por estar segurando o filho, a Hoozuki abraçou a Haruno de lado.

—Sua boba!

—E, já que você falou de saudade. Como fica a sua situação com hospital? – Namie perguntou, na tentativa de mudar de assunto.

—É outra coisa que sinto muita falta. Não sei como aguentei e estou aguentar ficar afastada.

—Foi necessário. Você também tinha esquecido toda a experiência dos últimos anos. – consolou Itachi.

—Mas você já vai retornar?

—Não. Conversei com Tsunade antes de receber a alta e, de acordo com ela, permanecerei afastada, ativamente, até o final do verão. Talvez, eu entre na coordenação da residência médica.

—Assumir papel burocrático? – a ruiva indagou.

—Estarei fazendo algo, não? Tsunade me garantiu que isso é até meu afastamento acabar. Será como um período de readaptação ao ambiente.

—Por que você não pode voltar à ativa? – foi a vez de Suigetsu indagar.

—Minha psicóloga e meu neurologista entraram num consenso de me afastar por precaução. Querem me monitorar por pelo menos seis meses, para terem a certeza de que está tudo certo.

—Eu concordo com eles, você voltou de um coma e uma amnésia recentemente. Precisa ver se não vai aparecer sequelas a longo prazo.

—Então, a Sakura está praticamente de férias. – Suigetsu conclui.

—Olhe pelo lado bom, você pode cuidar da Tsukimi nesse tempo. – Namie tentou mostrar o seu lado positivo.

A Haruno apenas assentiu com a cabeça. Em seu interior, decidia se contava ou não o seu plano para com a Yamashita. Abaixou o olhar para o rosto infantil adormecido, a boca levemente aberta e a mão direita segurando firmemente o tecido da sua blusa.

Respirou profundamente, tomando coragem. Uma hora ou outra, ela teria que dizer mesmo.

—Estou pensando em entrar com um pedido de adoção. – disse em um tom de voz baixo e lento, como se estivesse testando a palavra em sua boca.

Quatro pares de olhares surpresas foi desviado para si.

—Sério? – perguntou Namie.

—Sim. – a voz voltou ao tom normal, com um toque decidido. -Não posso me contentar em dar apenas um lar temporário para ela. Chega a ser cruel cuidar de Tsukimi durante esses seis meses, oferecendo tudo o que ela precisa, para depois ela ser jogada em um orfanato e perder tudo. Não posso deixa-la viver nessa inconstância. – explicou e recomeçou o cafuné na loirinha. -E, não é para vocês ficarem surpresos. Isso ia acontecer cedo ou tarde.

—Você sabe que só pode entrar com esse pedido após fazer um ano da recuperação dela, não sabe? Porque os familiares dela têm esse período para mudar de ideia. – disse Karin, colocando o filho, também adormecido, sobre a tolha. 

—Eu sei e sei também que ninguém deles virá acolhê-la. Se quando estava internada nem os avós se dignaram a vir, não será agora que virão. – falou. Ainda se encontrava revoltada pelo descaso que os parentes por parte da mãe de Tsukimi demonstraram durante todo o tratamento dela.

—E depois que o prazo do lar temporário acabar? Ela ainda tem grandes chances de ser mandada para um orfanato, em qualquer canto do país, se não abrir nenhuma vaga no daqui.

—Vou fazer o impossível para convencer a Watanabe-san de permitir mais um tempo comigo, como lar temporário. Tsukimi não vai ser mandada para um orfanato.

—Nós também queremos que ela fique com a gente. – disse Namie, brincando com os dedos dos pés da menina. -Apesar da manha, ela já faz parte da nossa grande família. – concluiu, sorrindo docemente.

Sakura correspondeu ao sorriso, concordando veemente que eles e os amigos de Tóquio eram uma grande família.

—Sabe que pode contar com a Akatsuki para essa disputa, né? – o Uchiha se referiu ao escritório de advocacia, que abriu junto com os seus amigos da época da faculdade.

—Sim. Obrigada por isso!

~~*~~*~~*~~

A primavera em Tóquio estava alcançando o seu auge, não havia mais resquícios de inverno nem do clima cinzento. Os moradores da grande metrópole demonstravam uma singular alegria ao andar pelas movimentadas ruas, dentro de trens, metrôs e ônibus, enfim, o ar primaveril tomava conta. Assim como os dias foram se passando, até chegar na véspera da inauguração do projeto de Ino e Tomoka.

O local do ateliê Violet era bem localizado, no bairro Ginza. Um sobrado muito bem estruturado e moderno, em cores vibrantes. O térreo estava destinado para ser a loja de roupas e de acessórios de marcas famosas, então muitas araras estavam postas harmoniosamente com bancadas de acessórios que brilhavam pelo reflexo da iluminação. Já no andar de cima, era o ateliê propriamente dito, onde aconteceria as criações da Yamanaka e da Okada mais nova quando a inspiração lhes atingisse ou quando recebessem algum projeto, tanto de cliente quando de eventos.

Naruto olhou novamente a fachada brilhosa do ateliê e respirou fundo. Esta seria a primeira ponta solta que ele ataria antes de seu casamento, pois, ao acompanhar a situação que envolve Sasuke e Sakura, ele havia decidido que se casaria sem nenhum ressentimento.

Contou até três e entrou.

—Naruto? O que faz aqui? – Tomoka surgiu em sua frente no minuto seguinte, alguns fios brancos estavam fora do lugar por estar dando os últimos retoques para a inauguração. -Já sei, você veio me ver! – disse empolgada, já avançando sobre o loiro, no intuito de abraça-lo.

—É, eu vim te ver. – concordou e impediu que fosse abraçado, ao contê-la pelos ombros. -Digo, vim para conversar.

—Comigo?

—Sim.

O sorriso no rosto da Okada aumentou de tamanho.

—Deixa eu adivinhar, terminou com a Hinata?!

O Uzumaki franziu o cenho no instante seguinte.

—Não, eu não terminei com a Hinata.

O sorriso de Tomoka se desfez e os olhos vermelhos se fixaram no dedo anelar direito de Naruto, que em sua base se encontrava a grossa aliança dourada.

—Então não temos nada para conversar. Vai embora. – lançou um olhar raivoso e deu as costas ao rapaz.

—Espera, Tomoka. – pediu, segurando um dos pulsos femininos. -Nós realmente precisamos conversar. – disse sério. -Por favor.

—Se pensa que vai conseguir cumprir sua promessa me convencendo a ser sua amante, esqueça. – voltou a ficar de frente para o loiro.

Os olhos azuis se arregalaram em descrença pelas palavras dela.

—Eu ainda tenho meu amor próprio.

—Você está se ouvindo? – indagou Naruto ainda em choque. -Para de pensar no passado por um minuto e se ouça, Tomoka. Eu posso ter cara de idiota, mas eu não sou um. – respirou fundo. -Vim aqui para explicar a você que eu amo a Hinata, do fundo do meu coração, e foi ela quem eu escolhi para ficar do meu lado, assim como ela me escolheu. É por isso que eu não poderei cumprir a promessa que fizemos quando nós éramos crianças.

Com uma expressão aturdida no rosto, a Okada balançava a cabeça de um lado para o outro levemente, negando o significado de cada palavra que o Uzumaki proferia.

—Eu sei que não está sendo legal ouvir isso um dia antes da inauguração do seu ateliê, mas é necessário que a gente coloque os pontos nos is antes de você se dedicar ao novo negócio, e eu, ao meu casamento.

—Não... A Hinata deve...

—Peço que não fale mal da minha noiva. Você não é uma pessoa maldosa, Tomoka, muito pelo contrário, é cheia de bondade, ajudou a Ino a superar o distúrbio alimentar. Agora, é ela quem está preocupada com você, disse que está desejando que eu termine com a minha noiva.

 -Mas a nossa promessa....

—Eu quebrei a nossa promessa e sinto muito por isso. Tem o direito de ficar brava, mas não tome atitudes de uma pessoa mesquinha. – disse, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha esquerda. -Eu estou feliz por ver você e Ino realizando um sonho, você pode ficar feliz por mim também?

Os olhos vermelhos se arregalaram, o coração dela deu uma batida mais forte e a garganta ardeu ao tentar conter o choro, mas as lágrimas escorreram pelas bochechas vermelhas de Tomoko no segundo seguinte.

—Isso é tão injusto. – balbuciou chorosa. -Me desculpa. – soluçou. -Por tudo.

Naruto apenas a envolveu em seus braços, com um sorriso ternos nos lábios. Tomoka entendera.

~~*~~*~~*~~

Então, o dia tão aguardado por Ino e Tomoka chegou.

A calçada em frente ao sobrado de fachada brilhosa estava lotada. Mais próximo a entrada da loja, estavam os familiares e amigos próximos, e em frente a porta dupla de vidro, as duas mulheres responsáveis pelo evento se encontravam com tesouras prateadas prontas para cortar a fita vermelha com um laço no meio.

—Boa tarde. Bem-vindos a inauguração da Violet, senhoras e senhores. Eu, Yamanaka Ino, e minha sócia, Okada Tomoka, estamos imensamente gratas pela presença de vocês. A felicidade não está cabendo em meu peito. – fez uma pausa para respirar. -Está pronta, Tomoka?

—Claro!  

E cortaram a fita, oficializando o ato.

—Sucesso! – exclamou Tomoka pulando junto de Ino quando vários canhões de papel colorido e brilhoso foram estourados.

Sem pensar duas vezes, a loira se atirou nos braços dos progenitores assim que os viu.

—Estamos tão orgulhosos de você, Ino! – a senhora Yamanaka disse.

No exato momento, o fotografo contrato para cobrir o evento passou.

—Ei, Sugimori-san, tira uma foto. – pediu Ino.

Os pais se colocaram em volta da filha, em uma costumeira pose. Para o próximo click, Ino arregalou os olhos azuis quando sentiu os pais beijando suas bochechas, um de cada lado.

Ela desconhecia felicidade maior do que a que estava sentindo, rodeada pelo calor acolhedor dos progenitores e as expressões mistas de orgulho e alegria de seus amigos e do namorado.  

~~*~~*~~*~~

—Eu tenho aulas para planejar e o Naruto-kun sabe disso. – resmungou preocupada.

—Calma, Hinata. Garanto que você vai se surpreender. 

—A não ser que ele queira fazer amor no meio do mato, eu ainda não entendi o que estamos fazendo aqui.

Recebeu três olhares assustados.

—Você está bem?

—O começo do ano letivo é estressante, temos que revisar todo o planejamento de aulas e verificar se combinará com a turma e, ainda tem os últimos detalhes do casamento. Tudo isso está me deixando louca! – soltou um suspiro derrotado.

—Quando a festa de casamento acabar, você poderá relaxar na sua lua de mel.

—Se eu conseguir planejar as aulas que ficarei fora até o final do mês.

—Você vai conseguir sim. Mas, por agora, tem que se concentrar no seu futuro marido querendo fazer uma surpresa.

—Chegamos. – e o carro de Gaara adentrou uma entrada de brita, à direita.

Logo, pararam para se identificarem ao guarda que ficava ali na guarita. Após um breve diálogo entre o ruivo e o guarda, a entrada deles foi liberada e a cancela se levantou.

Ao passar pela guarita, os olhos perolados de Hinata se fixaram nas duas pequenas aeronaves, uma mais antiga e a outra mais moderna, postas paralelamente a estrada de brita que estavam andando.

—Onde nós estamos?

—Não está óbvio? É um clube de aviação! – respondeu Tenten.

O som estridente de um pequeno avião tomou conta das audições dos quatro ocupantes do carro, pela intensidade da onda sonora, indicava que a aeronave sobrevoava acima deles, a uma distância segura.

O carro parou em uma vaga de estacionamento.

—Não me diga que vou entrar num desses? – perguntou assustada e desceu do carro, como os outros faziam. -Eu preciso estar inteira para o meu casamento.

—Não se preocupe, Hinata. Você não vai sair do chão. – pela primeira vez, desde que havia entrado no carro, Neji falou.

Com um suspiro de alívio, a Hyuuga entrelaçou o próprio baço com a da outra Hyuuga e andaram até o meio da pista de decolagem.

Era um local aberto e enorme, em termos de área. Havia grandes barracões para as aeronaves serem guardadas, um chalé que servia de recepção, um centro de convivência e mais alguns chalés espalhados pelo clube para o apoio.   

—Kankuro tem licença para pilotar avião pequeno. – Gaara começou a falar. -Ele faz parte deste clube. Para um juiz, até que ele tem um hobby normal. – estendeu o headset, que havia pego quando passaram pele recepção, à Hinata. -Neste momento, o seu noivo está voando naquele avião com um piloto profissional. – disse apontando para a pequena aeronave que parecia um ponto preto pela distância. -Coloque e só ouça o que o Naruto tem para falar.

Um pouco receosa, a morena encaixou o headset nas orelhas. O seu coração estava acelerado, pela ansiedade. Ajeitou a haste do microfone e viu pela sua visão periférica que Gaara, Tenten e Neji se afastaram, dando privacidade para o que estava prestes a acontecer.  

—Hinata? Você está me ouvindo? – a voz do Uzumaki soou em suas orelhas, mesmo que abafada pelo som do motor do avião.

—Sim, estou te ouvido. – respondeu de olhos arregalados.

—Onde você acha que eu estou?

—Dentro de um avião.

—Sim! – exclamou alegre. -Mas este avião é usado para fazer acrobacias aéreas, você sabia disso?

Os olhos perolados se arregalaram mais ainda e a boca se abriu em um perfeito O.

Era o momento da surpresa para a futura senhora Uzumaki. Mas também, era o momento de atar a última ponta solta do futuro senhor Uzumaki.

O avião foi posto no campo de visão dela e deu duas piruetas, como se estivesse dando uma cambalhota de costas.

—Eu não te contei. – um grito causada pela primeira pirueta. -Esperei para esse momento... – outro grito pela segunda pirueta, então o avião subiu, totalmente na vertical. -Porque eu tenho que me desculpar por ter te deixado insegura por causa da Tomoka. Então lá vai.

O avião que já era um pequeno ponto preto aos olhos de Hinata, começou a descer, girando em seu próprio eixo.

—Você não precisa se preocupar com a Tomoka, já me resolvi com ela.

—Naruto-kun?

—Sim, fiz ela entender que eu amo você e quero ficar do seu lado até o fim da minha vida.

O avião continuou sua descida girando no próprio eixo até que, em um piscar de olho, mudou a direção para cima e estabilizou.

—Você quer ficar ao meu lado também?

A essa altura, Hinata encontrava-se tomada pela emoção.

—Quero. – respondeu com a voz embargada.

—Eu te amei feito um louco até aqui e vou continuar te amando, Hime! Obrigado por não desistir de nós!

E o avião iniciou o procedimento de pouso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Explicações e traduções:
*ADOÇÃO NO JAPÃO: https://www.japaoemfoco.com/adocao-de-criancas-no-japao/ Este site traz certa noção de como é a adoção no Japão. Mas, não vou seguir isso a risco, pois não combina com o rumo que a fic está tomando, então dei uma modificada para ser conveniente para mim... kkkkkk'
*HIRUZEN SHOGAKKO - Escola Primária Hiruzen
*HANAMI - tradicional costume japonês de admirar as flores de cerejeiras em seu pico. Eles têm o costume de comer, beber e desfrutar da companhia de pessoas queridas debaixo das árvores.
===/===/===
Entãooo, o que acharam?
Como o próprio título do capítulo diz, os momentos de pedir desculpas aconteceram... E finalmente o nosso casal colocou tudo em pratos limpos, ou se preferirem, lavaram o roupa suja. Sem amnésia, sem ressentimentos e sem mentiras do passado...
Tomoka não será mais uma "criadora de casos agressiva passiva" (quem pegou a referência, pegou. Quem não pegou, não pega mais).
E coloquei o momento NaruHina que tinha pensado quando comecei a história! Ahhh! Alguém pensou que o nosso Uzumaki faria isso?? hsuahsuahsu'
Bem, já me prolonguei demais por aqui, espero vocês nos comentários... Beijos!
P.S. O próximo capítulo encerra a terceira fase da fic!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Soba Ni Iru Né..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.