Rose Weasley e Scorpius Malfoy - O Amor Proibido escrita por Péricles


Capítulo 16
Scorpius Malfoy - O enterro de Canino


Notas iniciais do capítulo

Gente, quero avisar que ainda hoje eu irei viajar e só voltarei segunda, por isso, Sábado e Domingo não terá capítulo novo ;(



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— Sinto muito pela morte de Canino, Hagrid.

Harry tentava consola-lo, dando tapinhas em suas costas e dizendo palavras de consolo. Em uma poltrona, Rony estava sentado com Hugo em seu colo, ambos encarando os próprios pés, os olhos tempestuosos. Hermione estava sentada na cama de Hagrid, com Rose descansando a cabeça em seu ombro. Junto á mesa, estava Hagrid, Harry, Alvo e Tiago. Em outra poltrona, Gina e Lilian choravam. Na porta, estava McGonagall, Nevile e Slughorn. O Ministro da Magia, e alguns funcionários do Ministério estavam do lado de fora da cabana, juntamente com os demais professores e alguns conhecidos de Hagrid.

— Pobre Canino, que Deus o tenha - soluçava Hagrid. - Ele viveu bem, se querem saber. Protegia-me e me ajudava nas tarefas que Dumbledore me dava. Pobre Canino...

Rose se levantou e abraçou Hagrid. Scorpius sentiu uma pontada violenta no estômago, mas ignorou-a. Hagrid se assustou no início, porém retribuiu o abraço da garota. Rose o soltou e voltou a se sentar com Hermione. Hagrid se levantou. "está na hora" disse ele com a voz fraca. Ele saiu pela porta, e todos dentro da cabana fizeram o mesmo. Scorpius não conseguia parar de olhar para Rose. Depois do beijo entre os dois na Sala Comunal eles não trocaram mais nenhuma palavra. Rose o afastou, e Brian apareceu pelo buraco do retrato, dizendo que Slughorn queria vê-lo. Scorpius xingou Slughorn e saiu.

Porém, Slughorn só queria entregar a nota dele, e dar umas dicas para os exames que ele nem sequer prestou atenção. Minerva cancelou os exames da semana, uma questão de respeito por Canino. Scorpius pensou que assim teria mais tempo para conversar com Rose, a garota, porém, havia sumido até o horário do enterro.

Eram sete horas, o sol estava sumindo no horizonte. Scorpius estava descendo para o enterro de Canino, quando a encontrou na escada de mármore. Ela estava linda. Usava um vestido preto, com sapatilhas e luvas também pretas. Ela ergueu os olhos para ele e deu um sorrisinho de canto da boca. Scorpius vestia um terno preto e uma gravata borboleta branca.

Ele parou, diante de Rose. Queria beija-la de novo, e iria se Rose não estivesse entrelaçado o braço dela com o seu e o conduzido para fora do castelo. Eles fizeram o trajeto em silêncio. Quando chegaram à cabana, os pais e o irmão de Rose já estavam lá, e ela se soltou de Scorpius e foi para junto deles.

Agora ela estava saindo da cabana de mãos dadas a Hermione, para enterrar Canino. O jardim estava cheio de bruxos. Uns pequenos, outros grandes, uns magros e atraentes, outros barrigudos e feios. Scorpius viu uma cabeleira loira no meio dos bruxos e arregalou os olhos. Era Draco. Todas as cabeças se voltaram para ele. Hagrid parou abruptamente na porta e o encarou confuso.

— Soube o que aconteceu, Hagrid. É uma pena. Gostava de Canino. Queria participar do velório, se você não se importa.

— Não, é claro que não me importo - respondeu Hagrid, rouco e ainda olhando confuso para ele. - É, Canino iria gostar disso.

— É bom ele não tentar nenhuma gracinha, senão eu o transformo em uma Doninha. - Scorpius ouviu Rony rosnar.

Draco ficou para trás e andou lado a lado com o filho. Scorpius tentou ler os olhos do pai, mas estes estavam calmos e indecifráveis como o oceano. Eles seguiram a multidão, que seguia Hagrid. Todos estavam em silêncio. A beira do lago estava o túmulo de Dumbledore. Hagrid havia pedido permissão para Minerva, para enterrar Canino ao lado de Dumbledore. Segundo ele, Dumbledore e Canino foram os dois melhores amigos que o gigante já teve. Minerva permitiu. Do lado do túmulo de Dumbledore havia um buraco, com um monte de terra do lado. Dentro do buraco, havia alguma coisa grande, do tamanho de Scorpius, enrolada em uma toalha verde. Canino. Slughorn tossiu.

— Me permite dizer algumas palavras, Hagrid?

— Vá em frente, Horácio - respondeu Hagrid.

Horácio foi para o lado oposto do buraco e ficou de costas para o lago. Antes que ele pudesse dizer alguma coisa, eles ouviram o barulho de cascos. Todos olharam para a floresta, e os centauros apareceram. Firenze vinha á frente. Ele usava um terno preto, elegante e tinha os cabelos penteados para trás.

— Desculpe o atraso, Hagrid. Queria ficar elegante para... você sabe.

— Não tem problema, Firenze. - respondeu Hagrid. - O importante é que você veio.

Slughorn começou a falar.

— Adeus, Canino. Que Deus o tenha. Que aí no céu, haja bastante pessoas para você pular em cima delas e lamber-lhe a cara.

Ele voltou para seu lugar, e Harry se adiantou e ficou no mesmo local que Horácio.

— Canino era um cachorro muito bom. Muito melhor do que vários homens que conheci. Ele era leal, isso ele era. Sentirei falta de ir à cabana de Hagrid, e não ter ele pulando em mim e enchendo minhas vestes de baba. Obrigado, Canino, por cuidar do nosso Hagrid aqui. Obrigado.

Harry voltou para seu lugar e foi à vez de Rony falar.

— Bem, Canino esteve comigo e com Harry quando nós entramos no ninho das... - um nervo começou a tremer no pescoço de Rony. - Aranhas Gigantes. Ele nos ajudou a fugir delas, e nos protegeu. Por mais que ele sempre subia em mim e lambia minha cara sempre que eu fosse à cabana de Hagrid, eu gostava disso. Bem, ãh, Obrigado por encher minhas vestes de Baba Canino. Eu... eu sempre gostei disso.

Rony franziu a testa, como se não acreditasse que havia dito isso e voltou para seu lugar, dando a vez de Hermione falar.

— Canino era um cachorro muito bom. Vou contar á vocês um segredo que não havia contado á mais ninguém. No meu terceiro ano, quando eu ganhei o Vira Tempo de Minerva, eu usei-o uma vez para ficar com Canino. Pode parecer loucura, mas, fiquei falando com ele. Pedi para ele cuidar de Hagrid, pedi para protegê-lo e para ficar com ele. Bem, parece que me ouviu, porque no meu Quinto ano, quando Dolores e os Assistentes do Ministério estavam caçando Hagrid, Canino se jogou na frente de um Feitiço Estuporante para salvá-lo. Isso deu força á Hagrid para derrubar os assistentes e fugir, carregando Canino. Bem, Obrigada Canino, por proteger o nosso Gigante.

Á essa altura, Hermione já chorava tanto quando Hagrid. Outras pessoas também falaram sobre Canino, uns quatro amigos de Hagrid, dois centauros e alguns professores. No fim, Draco se adiantou e foi à vez dele de falar. Scorpius já estava se perguntando se alguém tinha sequestrado seu pai e roubado alguns fios de cabelo dele para fazer uma poção Polissuco.

— Bem, durante meu primeiro ano, quando dedurei Harry, Hermione e Rony, e a Minerva me deu uma detenção, eu teria que cumpri-lá com Hagrid, Canino, Harry, Hermione e Neville. Canino me protegeu daquela criatura encapuzada, que tentou matar á mim e a Harry. Mesmo ele não gostando de mim e eu não gostando dele, ele me protegeu. Bem, Obrigado Canino!

Draco voltou para seu lugar. Minerva suspirou e agitou a varinha como se estivesse espantando um mosquito, e o monte de terra ao lado do túmulo de Canino tremeu e caiu em cima do corpo. Em cima da terra, surgiram algumas flores. Todos ficaram alguns minutos observando o pequeno túmulo e logo a multidão começou a se dispersar. Rony, Hermione, Rose e Hugo foram para um canto, Minerva e Kingsley foram para a sua sala, Harry, Gina, Alvo, Tiago e Lilian foram para outro canto e Hagrid voltou para a sua cabana na companhia dos centauros. Scorpius ficou olhando para o monte de terra, tristonho. Um par de mãos o segurou pelo ombro. Ele se virou, e seu pai, Draco, estava sorrindo, diante dele.

— Olá, filho.

— Oi pai.

— Eu soube que você terminou seu namoro com Rowena.

Ah, então era por isso, Scorpius pensou. Ele só veio para dar uma bronca, dizendo que ele estava novamente manchando o nome da família, etc.

— E quero dizer também - continuou ele. - Que você não podia ter feito coisa melhor na sua vida.

Scorpius o fitou perplexo.

— C-como?

— Bem, Rowena diz que é sangue puro, porém é uma mentira. O avô dela teve duas filhas, uma em seu primeiro casamento com uma bruxa que morreu logo depois que a filha nasceu e uma com uma sangue ruim. Mas ele ocultou esse fato, dizendo a todos que ela era sangue puro. Apenas seu avô sabia a verdade.

— Hum! - foi tudo que Scorpius conseguiu dizer. Ele não estava no clima para julgar a árvore genealógica de ninguém.

— Vim aqui te pedir também para voltar com Rose.

Nesse momento, Scorpius já havia sacado a varinha, apontado para o pescoço de Draco e gritado "Quem é você e o que fez com meu pai?", chamando a atenção de Rony, Hermione, Rose, Hugo, Harry, Gina, Tiago, Lilian e Alvo.

— Abaixe a varinha, filho - riu Draco. - Eu sou realmente seu pai.

— Prove.

Draco se ajoelhou, ficando da altura de Scorpius, encostou seus lábios no ouvido de dele e sussurrou:

— Você tem um ursinho marrom de pelúcia, que você chama de Trab, até o ano passado você ainda dormia com ele.

Scorpius, aos poucos, foi abaixando a varinha. De fato, isso era verdade. Não seria possível que o pai de Scorpius tenha dito isso para alguém.

— Venha filho - disse Draco, passando o braço pelos ombros de Scorpius. - Temos muito que conversar.


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Notas finais do capítulo

Pelo visto, todo mundo muda não é?



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