Rose Weasley e Scorpius Malfoy - O Amor Proibido escrita por Péricles


Capítulo 11
Rose Weasley - A Briga


Notas iniciais do capítulo

Está ficando muito meloso não acham? Por isso, Rose e Scorpius irão brigar para dar um pouco mais de clima á esse romance.



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Rose viu uma lágrima rolar silenciosamente pelo rosto de Scorpius.

Depois do pequeno incidente e o encontro nada amigável entre a família de Rose, com os Malfoys, Scorpius não disse mais nada. Eles já estavam no vagão do Expresso de Hogwarts e ninguém parecia nem um pouco feliz depois daquele encontro. Scorpius então estava pior. Sentou do lado da janela, olhando fixamente para fora e ficou assim o dia todo, enquanto Alvo, Tiago, Teddy, Rose e Victorie falavam sobre o acontecimento na plataforma nove e meia.

Já era noite, Rose e Victorie saíram de seus vagões com as vestes de Hogwarts nas mãos para se trocarem no banheiro, enquanto os meninos se trocavam no vagão. Rose chegou à porta do vagão e olhou para Scorpius, que nem se mexeu. Com as vestes de Hogwarts, um grande entusiasmo de voltar a Hogwarts e uma grande pena de Scorpius, Rose desembarcou do trem. Estava uma noite fria, ventava tão forte que as vestes da garota dançavam em seu corpo e as árvores e plantas ao redor da pequena plataforma farfalhavam, como se alguém as sacudisse.

Foi diferente de quando eles chegaram. Não foram de barco para Hogwarts, e sim de carruagem. Segundo algumas lendas confirmadas pelo próprio tio de Rose, Harry, as carruagens eram puxadas por criaturas meigas e carnívoras chamadas de Testrálios. Bem poucos podiam vê-los, segundo Harry, apenas aqueles que perderam um parente ou amigo querido. Felizmente, Rose não podia vê-los.

Ela, Alvo, Teddy, Victorie e Tiago ocuparam a mesma carruagem, e apenas quando ela começou a andar, que ela se deu conta de que Scorpius não estava com eles. Porém, a carruagem já estava andando, e ela não podia parar. Decidiu então, que falaria ele no Salão Principal, no jantar. Decepcionou-se, porém quando Scorpius não apareceu para o jantar de retorno ás aulas. Estava ficando preocupada.

Após o jantar, ela correu para a Torre da Grifinória para ver se ele estava lá, porém, também não estava. Não estava em seu dormitório, nem em nenhuma poltrona, nem em nenhuma cadeira, nem em canto nenhum da Sala Comunal. Rose ficou desesperada. Onde estava Scorpius? Já era mais de meia noite, e ela estava sentada em uma poltrona de frente a lareira lendo o livro quando ele chegou. Estava com os olhos inchados e com um ar de cansaço. Esteve chorando. Rose se levantou e olhou para ele.

— Onde você estava? - perguntou ela calmamente.

— Andando. - disse ele secamente, sem olhar para ela. - Com licença, estou com sono, vou ir dormir. Tchau.

Ele deu um selinho nela e se dirigiu ao seu dormitório. O que será que aconteceu? Não podia ser a briga na plataforma nove e meia. Durante o natal, ele mesmo havia dito a Rose que não se importava com essa briga, que não ligava para ela e que nem mesmo faria nada a respeito disso. Pode ser que ele tenha mudado de opinião depois do comportamento seco e arrogante de sua família. Com os pensamentos a mil por hora, Rose foi se deitar.

Ela acordou meio indisposta e com muito sono, devido a hora que foi dormir na noite passada. Lavou o rosto, penteou os longos e belos cabelos ruivos para o lado, fez uma trança, colocou as vestes de Hogwarts e foi tomar café. Não viu Scorpius na sala comunal, o que a deixou mais aflita.

Ao chegar ao Salão Principal, seu coração deu um pulo. Scorpius estava conversando com outra garota. Uma garota de cabelos castanhos compridos e cacheados. A menina parecia consola-lo, passava uma mão em seu cabelo e outra em seu rosto. Um monstro pareceu acordar no estômago de Rose. Ela não era ciumenta, pelo menos não muito, porque Scorpius não falava com nenhuma outra garota. Agora ele estava ali, sendo consolado e alisado por uma garota que Rose não conhecia, que era duas vezes maior que Scorpius e tinha o nariz em pé. Ela é que devia estar fazendo isso, as mãos dela deveriam estar alisando seu rosto belo e seu cabelo loiro, não as mãos asquerosas daquela garota. Rose fez uma careta e passou direto por Scorpius e a garota. Não queria papo com ele. Ele que ficasse com aquela girafa consoladora.

A primeira aula do dia era Poções. Rose pegou os livros, os ingredientes em seu malão e foi para a aula. Ao chegar lá, viu Scorpius conversando com Brian. Ele ainda estava tristonho, porém ela não se importou. Dirigiu-se normalmente ao seu caldeirão que ficava ao lado do de Malfoy e esperou a aula começar. O Profº Slughorn chegou e aula começou.

Durante a aula toda, Scorpius nem sequer olhou para Rose. Se ela virasse o rosto para olha-lo, só veria o lado de trás de sua cabeça, pois ele estava de costas para ela, ainda conversando com Brian. Qual era o problema dele? Será que ainda estava chateado por conta da briga? Mas não foi para tanto. E ela não tinha culpa nenhuma sobre isso. Ou tinha? Rose então continuou a prestar atenção na aula, não deixando de lado a raiva e a angústia que estava começando a se formar em seu peito.

Ao fim da aula, decidiu que não iria falar com Scorpius, não iria se humilhar. Se ele quisesse falar com ela, ele viria até ela, se ele não quisesse... bem, Rose então não falaria com ele. Por mais difícil que fosse, assim ela o fez, ficando o restante das aulas com o Scorpius e nem ao menos olhando para ele o dia todo.

Quando estava saindo da última aula do dia, a de Herbologia, com os nervos á flor da pele, uma mão a puxou pelo ombro. Rose se virou e se deparou com Alvo. Grifinória e Corvinal faziam a aula de Herbologia juntos.

— Ei Rose, o que foi? Você está com uma cara péssima e ficou assim durante a aula toda.

Foi só então que Rose percebeu que fazia careta. Desfez essa cara feia e respondeu o mais calma que pôde.

— Não tenho nada Alvo, obrigada pela preocupação.

Virou então as costas para ele e recomeçou a andar. Ele, porém, a chamou de volta.

— Ei, tem alguma coisa para fazer agora?

— Não, estou livre.

— Ótimo, porque não vem comigo para a cabana de Hagrid? Ele me convidou no Natal e seria bom se você viesse também.

Rose pensou. Hagrid era de fato, engraçado. Um simples papinho com o gigante a faria esquecer Scorpius e esse remorso e raiva que estava sentindo. Aceitou então. Eles combinaram de se encontrar em frente ao Salão Principal em meia hora.

Rose foi para o dormitório guardar os livros usados na aula de Herbologia e se lavar. Desceu a enorme escada de mármore e encontrou Alvo. Ele aparentava impaciência. Segundo ele, Rose demorou demais para se arrumar. Eles desceram juntos os jardins para a cabana de Hagrid. Alvo bateu na porta e ao fundo, eles ouviram o latido de Canino, um grande cão negro de caçar javalis e a voz grave e alta de Hagrid falar "Já vou".

Parecia que estava tendo uma guerra dentro da cabana. Canino latia e rosnava e Hagrid parecia estar o perseguindo. O cachorro corria e derrubava várias coisas no chão enquanto seu dono gritava com ele. Finalmente a barulheira cessou e Hagrid abriu a porta. Ele segurava Canino pela coleira, e este estava fazendo o maior esforço possível para se livrar das mãos enormes do dono.

Alvo e Rose entraram. A Cabana de Hagrid era toda em um cômodo só. Era pequena, com cheiro de mofo e escura. Havia um fogão a lenha á um canto, junto com uma pia e alguns armários e ao outro lado, uma cama grande o bastante para Hagrid e Canino. No centro, havia uma mesa de madeira polida com três cadeiras, todas enormes, tão grandes que Rose poderia deitar nelas. Havia vários sofás espalhados pelo pequeno cômodo e em um dos sofás estava... Scorpius.

Rose arregalou os olhos para ele. Os olhos dos dois se encontraram e ela esqueceu a raiva em um instante. Queria correr e dar-lhe um beijo, porém o grande orgulho que ela herdou de seu pai o impediu. Ela desviou os olhos e se sentou em um sofá o mais longe possível. Hagrid fechou a porta e soltou canino. Este correu para Scorpius e pousou a enorme cabeça em seu joelho, molhando suas vestes de Baba.

"Espero que mande suas vestes para a Girafona limpar" pensou Rose, amarga.

Hagrid ofereceu chá para eles, Rose aceitou, pensando em beber só um pouquinho. Ela se assustou quando Hagrid tirou de um dos armários, duas canecas do tamanho de garrafas e encheu elas com chá. Ele lhes ofereceu biscoito. Alvo aceitou, Rose, porém, pensando que os biscoitos seriam enormes e ela não estava com fome, recusou. Scorpius estava olhando para ela. Seus olhos pareciam nuvens carregadas de chuva, prestes a desabarem e a garota não conseguia lê-los.

Ela olhava para os próprios pés, para Hagrid, para Alvo e até para Canino, porém, evitava ao máximo olha-lo. Alvo deve ter percebido esse comportamento de Rose, pois perguntou.

— O que vocês dois tem?

Scorpius olhou para ele e Rose suspirou.

— Não sei. - respondeu ela. - Porque não pergunta para Scorpius?

— Não sei do que está falando. - retrucou Scorpius.

— Ou melhor do que isso - continuou Rose. - Pergunte a girafa.

Scorpius olhou para ela como se esta tivesse falado outra língua. Hagrid segurava sua caneca-garrafa com as duas mãos e olhava de Rose para Scorpius como se acompanhasse um jogo de tênis.

— Do que é que você está falando? - perguntou Scorpius.

— Não se faça de desentendido, eu vi hoje você com aquela garota de cabelos castanhos.

— Rose... Não me diga... Bem, não me diga que está com ciúmes? - perguntou Alvo, segurando o Riso.

Rose fulminou o primo com os olhos e este parou de sorrir e passou a encarar os próprios pés.

— É sim Alvo, - falou Scorpius, se recostando na cadeira e olhando maliciosamente para Rose. - Com certeza ela está com ciúmes.

— Ciúmes? - berrou Rose, se levantando e quebrando a caneca-garrafa de Hagrid. - Ciúmes? Ora, francamente, sua Doninha Junior. Como você se sentiria se sua família brigasse com a família do seu namorado hein? Como se sentiria em ver lágrimas escorrendo pelo rosto dele no Expresso para Hogwarts e não poder dizer nada que pudesse fazê-lo se sentir melhor? Como se sentiria se ele desaparecesse e aparecesse horas depois não querendo dar nenhuma explicação e sendo inteiramente frio com você? Como se sentiria, se você quisesse consola-lo e ficar junto dele e de repente, o pegar fazendo isso com outra garota? Como se sentiria se ele ficasse o dia inteiro frequentando aulas com você, sem nem sequer lhe dar um sorriso? DIGA-ME, COMO SE SENTIRIA, MALFOY?

A raiva engolia Rose, afogando-a como se ela estivesse em uma piscina. De repente, todo o ressentimento e ódio que estava sentindo do comportamento de Scorpius saíram de sua boca sem que ela pudesse controlar. Ela ficou ali, sem fôlego, olhando fulminante para Scorpius, que a olhava nos olhos com uma espécie de surpresa e raiva no rosto. Ele então, se levantou de um salto, derrubando a cabeça de canino no chão e começou a berrar com ela também.

— Ah é? - começou ele. - Me diga você então Weasley, como se sentiria se seus pais e sua família inteira quisesse vê-la morta? Como se sentiria se sua mãe estivesse morrendo em uma cama e você não pudesse fazer nada para ajudá-la e não pudesse nem ao menos vê-lá? Como se sentiria se você namorasse uma mestiça e sujasse a reputação de sua família? COMO SE SENTIRIA SE A MÃE DE SUA NAMORADA FOSSE UMA SANGUE RUIM?

Foi como se alguém tivesse dado um soco em Rose. Ela ficou de pé, parada, encarando aqueles olhos azuis cheios de raiva e remorso, sem saber o que fazer ou dizer.

Hagrid se levantou, derrubando outra caneca-garrafa no chão, enchendo o chão de cacos enormes de vidro, apontou um dedo gordo para Scorpius e também entrou na onda de berros.

— Escute aqui Scorpius, você é uma pessoa legal, sei disso, diferente de seu pai e de seu avô você provou que pode ser diferente deles e conquistou minha confiança, mas isso não significa que irei permitir que você insulte Hermione e os Weasley's em minha casa. Peça desculpa a Rose.

— Não - berrou Scorpius em resposta. - Rose é que me deve desculpas.

— Eu? - Rose riu, um riso frio, sem graça que ecoou pela cabana. - Faça-me o favor, Sr. Malfoy. Só irei pedir desculpas a você quando o inferno esfriar.

— Ah, ótimo, então que grande surpresa vai ser para minha família, quando receberem uma carta amanhã dizendo que não namoro mais a mestiça que eles odeiam.

— Será ótimo para eles Malfoy, saber que a filha da sangue ruim não ama e odeia o seu membro mais novo de sua adorável e metida família de sangues puros.

E dizendo isso, Rose correu para a porta e saiu da cabana. Fechou a porta com um empurrão e correu para o castelo, com uma onda de fúria, dor e ressentimento pairando em seu coração.


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Notas finais do capítulo

Estavam gostando de Scorpius e Rose juntos? Seria uma pena se alguém os separasse, hehehehehhee.



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